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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Arquivar documentos em espaço planejado e organizado

O espaço deve ser planejado, de acordo com o mobiliário.


Juan Cacio Peixoto*


Um bom planejamento requer tempo, esforço, estudo, paciência e vigilância constante, a fim de que o resultado final corresponda ao valor do investimento.

Compete ao profissional da informação, determinar o espaço para o arquivo, de que necessita, tendo em vista, tanto a quantidade de materiais, documentos, equipamentos, mobiliários etc., que o arquivo deverá abrigar, as necessidades dos funcionários e dos usuários, como as funções que ali serão desenvolvidas.

Compete ao arquiteto projetar o espaço, não só perfeito do ponto de vista arquitetônico e estético, mas que funcione eficiente e economicamente.

Compete ao profissional da informação, dizer ao arquiteto como o prédio deverá ser, para propiciar o desempenho desejado.

Não se pode esperar que o arquiteto, conheça os requisitos de funcionamento de um Centro de Documentação, Arquivo, Biblioteca, Museu etc., a não ser que ele, seja informado pelos profissionais responsáveis.

Vamos delinear algumas diretrizes para um bom planejamento do Arquivo:

    Definição do local – Para a estruturação do planejamento deverá ser previsto um local, onde deverão ser avaliadas todas as possibilidades para a adequação da mesma, às necessidades da área de arquivo.

·   Acondicionamento/embalagens (caixas, pastas etc.) – Para a definição de um projeto de forma regular, deverão ser avaliadas as variáveis de embalagens que serão armazenadas no local. Vale ressaltar que quanto mais uniformes os volumes mais simples será a configuração da área.

·   Estantes e arquivos atuais – Dependendo das condições atuais das estantes e arquivos, deverão ser avaliadas as possibilidades de reaproveitamento.

·    Avaliação de novas necessidades – O arquivo poderá ter características estáticas ou ativas, dependo da necessidade da empresa. Além disso, este poderá abrigar outras mídias, além do suporte em papel, devendo ser avaliadas caso a caso, cada necessidade.

·    Mobília e bancadas – Dependendo do arquivo, compartilhando o Corrente (consulta constante), Intermediário (menor freqüência de consulta) e Permanente (guarda permanente), serão necessárias mobílias especiais para o tratamento da documentação.

      Mídias - Depois do diagnóstico inicial, deverão ser apresentadas propostas de                     utilização ou transposição de outras mídias além do papel, que necessitam de                       tratamento específicos, além de condições ambientais diferenciadas.

Na construção do espaço para arquivo, o processo básico de planejamento é enormemente complicado pela complexidade das funções envolvidas, pela variedade de materiais a serem guardados e protegidos, pelas necessidades dos funcionários e usuários, pelas condições ambientais a serem mantidas e por inúmeras outras considerações.

Boas construções, não ocorrem simplesmente, mas são bem feitas mediante cuidadoso planejamento.

Cuide bem do espaço para o arquivo, ele guarda a memória de sua empresa, com valor inestimável.


*Bibliotecário da Acervo Organização e Guarda de Documentos, Especialista em Organização de Arquivos e Consultor Organizacional, para saber mais, acesse o BLOG JUAN PEIXOTO em http://juanpeixoto.acervo.com.br


quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Uma palavra chave tanto para bibliotecários, quanto arquivistas é organização.

Uma palavra-chave tanto para bibliotecários, quanto arquivistas é organização. Isso porque essa qualidade está intrinsecamente ligada aos profissionais citados e já não há como pensá-los separadamente, sobretudo quando entende-se que sem organização, especialmente em relação à informação, não há a menor possibilidade de uma empresa ou os profissionais que nela atuam avançarem no mercado. Pensando nisso, Juan Cacio Peixoto criou há dezenove anos a Acervo Organização e Guarda de Documentos. Nesta entrevista Peixoto, que é bibliotecário formado pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e especialização em Organização de Arquivos pela Universidade de São Paulo, fala da empresa que é sócio.
Chico de Paula: Como é que surgiu a ideia da Acervo?Juan Cacio Peixoto: Em 1990, fui prestar serviços como bibliotecário autônomo em uma indústria química na cidade de São Paulo. Permaneci por três anos, porém, no terceiro ano, estava crescendo no Brasil, a terceirização de serviços, e, a empresa, solicitou que eu abrisse uma empresa para continuar a prestação de serviços, devido ao risco de vínculo empregatício, trabalhando como autônomo por muito tempo. O surgimento da Acervo foi mais por uma necessidade de continuar trabalhando, mas, já pensava em trabalhar como pessoa jurídica. O nome Acervo foi planejado com dois anos antes de sua abertura. Como a empresa estava aberta e com o primeiro cliente, uma empresa de grande porte e nome internacional, parti para desbravar o mercado, que é imenso, porém, foi um período sem internet, de difícil divulgação e um serviço desconhecido. Neste ano completamos dezenove anos de muito sucesso. 
C. P.: Qual a missão da empresa?J. C. P.: “Desenvolver metodologia em Gestão da Informação e Documentação, proporcionando melhores condições de trabalho para nossos clientes, facilitando o acesso à informação e documentação”.  Temos a preocupação em implantar metodologia que possa melhorar o ambiente de trabalho e facilitar a rotina dos colaboradores. 
C. P.: A empresa investe em iniciativas de marketing para divulgar a sua marca?J. C. P.: Nossa divulgação é abrangente, principalmente em patrocínios de eventos, palestras gratuitas, cursos, redes sociais e links patrocinados. Em 2012 já confirmamos nossa participação, com stand em duas feiras de grande porte, que serão realizadas em São Paulo. O trabalho de Gestão da Informação, infelizmente, ainda é um trabalho desconhecido do mercado. O investimento em divulgação é necessário para manter a estrutura funcionando e a captação de clientes. 
C. P.: Quais são os produtos e/ou serviços que a Acervo oferece hoje?J. C. P.: Nosso principal serviço é a Organização de Arquivos e Documentos, onde somos especialistas em todas as áreas, porém, precisamos oferecer um pacote de serviços para atender todas as necessidades de nossos clientes, conforme informamos abaixo:
  • Organização de Arquivos e Documentos;
  • Organização de Biblioteca e Centro de Documentação;
  •  Digitalização de Documentos;
  • Guarda de Arquivos e Documentos;
  • Mudança de Arquivo e Biblioteca;
  • Check list da documentação de RH;
  • Check list de Impostos recolhidos;
  • Cursos, palestras e eventos;
  • Venda de livros novos e usados. 
C. P.: Existe um mercado apto a esses serviços/produtos?J. C. P.: Existe um mercado a ser explorado. Toda empresa tem por obrigação legal manter a documentação arquivada com fácil acesso, para possível apresentação a fiscalização, por determinado período de tempo, que varia conforme o tipo documental. Portanto, são milhões de empresas, com possibilidades de comprar este serviço. 
C. P.: Há quanto tempo atua nesse ramo ou segmento?J. C. P.: Em Março de 2012 completamos dezenove anos de atuação no mercado. Somos a terceira empresa registrada no Conselho Regional de Biblioteconomia de São Paulo. 
C. P.: Que dificuldades a empresa encontrou ao longo do caminho?J. C. P.: Nossa maior dificuldade ainda é a valorização dos serviços. A área de documentação não é valorizada no mercado. Acredita-se que qualquer profissional possa fazer este trabalho. É uma total falta de conhecimento do valor do profissional da Arquivologia e Biblioteconomia. Em todos os nossos treinamentos, no Brasil e Exterior, informamos que os profissionais de Arquivologia e Biblioteconomia são de nível superior, que é desconhecido do grande público, contribuindo para divulgar nossa profissão. Se houvesse uma união de Arquivistas e Bibliotecários em um mesmo Conselho Regional e promovesse uma ação de marketing a nível nacional para divulgar a profissão, seria um grande passo para a valorização da área e aumento do mercado de trabalho. 
C. P.: Você acredita que o poder público tem despertado para essa questão das bibliotecas, da informação de um modo em geral? Como é que você enxerga essa questão?J. C. P.: A facilidade no acesso à informação via internet, o aumento do poder de compra e o aumento de faculdades/universidades em todas as regiões do país despertaram e facilitaram ao cidadão a necessidade de ser informado, até mesmo para diferenciar no mercado de trabalho, e o poder público, em alguns casos, vem contribuindo para facilitar o acesso à informação, via criação de bibliotecas, internet mais fácil, programas de acesso à universidade etc. 
C. P.: Atualmente a empresa está envolvida ou apoia algum projeto social?J. C. P.: Desde sua criação, a Acervo preocupa-se com a inserção do adolescente no mercado de trabalho. Temos vários profissionais que começaram trabalhando conosco e hoje atuam em empresas de grande porte. A Acervo desenvolve treinamento para capacitar adolescente, preparando para o mercado de trabalho, atuando como Auxiliar de Arquivo. Tenho esta preocupação porque o meu primeiro emprego foi no Banco do Brasil como Menor Aprendiz, e o trabalho inicial foi a organização do Arquivo de Conta Corrente. Acredito que foi o pontapé inicial de minha carreira profissional. 
C. P.: Como é que se faz para contatar a Acervo?J.C.P.: Através de nosso site www.acervo.com.br e Central de Atendimento (11) 2821-6100. Em redes sociais: www.facebook.com/iacervo e www.twitter.com/iacervo 
C. P.: A biblioo agradece a entrevista e se você quiser fazer as considerações finais, o espaço está aberto.J. C. P.: Gostaria de agradecer o espaço disponibilizado, a oportunidade para divulgar nossa empresa e os serviços dos profissionais da Arquivologia e Biblioteconomia. Parabenizamos pela publicação da Revista biblioo, canal para compartilhar informações e experiências profissionais. Conte com a Acervo. Obrigado!
Fonte: Revista Biblioo

sábado, 11 de outubro de 2014

Bagunça nos papéis só dá prejuízo

Arquivos desorganizados afetam produtividade, irritam clientes e desestruturam a empresa

Flávia Marreiro
FREE-LANCE PARA A FOLHA 

Se para achar um documento ou uma informação você leva horas ou até dias, é sinal de que sua empresa não tem um arquivo bem organizado. O prejuízo virá a curto ou a longo prazo, dizem os consultores ouvidos pela Folha.

O tempo que um funcionário gasta para encontrar o papel requerido reduz a produtividade. Caso a solicitação seja de um cliente, o risco de perdê-lo se torna maior por causa da espera. Caso o documento seja necessário para uma auditoria fiscal, os valores das multas, em razão de eventual atraso, podem ser indigestos.

"Quem solicita um orçamento para compra não espera muito. Se a empresa demora para levantar as informações, o cliente busca o concorrente", diz Vadson do Carmo, gerente do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), em Jundiaí (SP), que fez mestrado sobre sistemas de informação em empresas.

Para Juan Peixoto, da Acervo Organização e Guarda de Documentos, especializada na organização de documentos e arquivos de empresas, residências e escritórios, há 21 anos no mercado, a perda de tempo por conta desses entraves chega a 20%. "Encontramos essa média nas empresas."

A desorganização de documentos também impede contratos de fornecimento com empresas de grande porte. "Essas companhias exigem uma série de informações dos fornecedores para fechar negócio. Se todas elas não estão bem documentadas, a pequena não se insere na cadeia produtiva", afirma Carmo.

Dados decisivos
Além dos problemas do dia-a-dia, a falta de ordenação dos papéis pode ter reflexos mais profundos. "A organização melhora a qualidade de decisão do empresário, impede que ele repita procedimentos que já foram feitos e deram errado", afirma a professora do curso de biblioteconomia da USP (Universidade de São Paulo) Asa Fujino, 43. 

Segundo ela, organizar informação é mais do que arrumar bem o arquivo. Mesmo que todos os documentos estejam guardados em pastas e etiquetados, eles podem não obedecer à catalogação mais adequada à empresa.

Por exemplo, os dados sobre um fornecedor armazenados por data e não por produto comprado comprometem a ordem do arquivo. Se a companhia não consegue localizar o contato, pode perder dinheiro no negócio.

"Arquivo não é depósito nem almoxarifado. Não deve existir arquivo morto, aquele que fica no porãozinho e ninguém sabe o que está guardado lá", diz Vera Stefanov, Presidente do SINBIESP.

Casos extremos
A percepção de que algo não vai bem na organização das informações da empresa, no entanto, só aparece em situações-limite: papéis espalhados pelas mesas da companhia, prejuízos concretos ou falta de espaço para guardar a papelada acumulada.

"Há quem não saiba dados básicos, como o tempo durante o qual cada documento deve ser guardado, e acaba tendo problemas judiciais por causa disso", diz Suely dos Santos.

"Há clientes que jogam tudo fora. Outros guardam papéis desnecessários", afirma Juan Peixoto da Acervo Organização e Guarda de Documentos.

Certificação e exportações
Para as empresas que querem obter certificados de qualidade, como ISO, a organização de documentos e o registro de processos produtivos são pré-requisitos.

"Segundo a norma, deve ficar claro onde estão as informações e quem tem acesso a elas", diz Melvin Cymbalista, diretor da área de qualidade da Fundação Vanzolini, certificadora ISO.

Outra situação que exige organização documental são os trâmites de exportações. "O processo é ainda muito burocrático e quem não está organizado vai ficar de fora", afirma Santos.

Para ela, as pequenas são punidas de maneira severa com a desorganização. "Elas têm de executar os serviços e competir com as grandes com uma equipe de trabalho muito enxuta. Precisam estar organizadas para isso", diz.

Fonte: Jornal Folha de São Paulo 

sábado, 22 de junho de 2013

Aprendendo a pensar na Organização do Arquivo



*Everton Francisco Moreira

Quase todo sistema educacional, objetiva ensinar as pessoas uma única ''resposta certa”. Isso pode ser ótimo em alguns problemas de matemática, que realmente só existe uma resposta, o problema é que, a vida, geralmente, não é assim, nela existem muitas respostas corretas todas dependem do que você está procurando, mas se pensar que só existe uma, é obvio que vai parar de procurar outras e, só vai encontrar uma.

Quando estamos na infância, somos pontos de interrogação, questionamos, perguntamos e o principal, imaginamos tudo; Porém, quando nos tornamos jovens, aprendemos a tirar a resposta certa, logo, deixamos a imaginação de lado e paramos de procurar outras maneiras corretas. Esses exemplos, faz lembrar a seguinte história:

Duas pessoas se desentenderam, devido a organização do arquivo de uma empresa, para resolver a questão marcaram uma reunião com o Diretor, pediram que ele servisse de árbitro.
No dia marcado, o reclamante iniciou apresentando sua reinvindicação. 

Senhor Diretor, estamos falando da organização da folha de ponto dos empregados, no entanto, deve ser ordenado por ordem alfabética, pois terei facilidade em realizar as inclusões mensais e em caso de uma eventual ação trabalhista, os pontos do funcionário estarão todos juntos agilizando e facilitando à apresentação documental perante a justiça. E por ai continuou, foi muito convincente na argumentação, quando terminou, o Diretor acenou com a cabeça em sinal de aprovação e disse:''Tem razão''. 

Ao ouvir isso, o acusado levantou e disse: Espere um pouco, senhor Diretor, o senhor nem se quer ouviu meu lado da questão. O Diretor então pediu que apresentasse seus argumentos e em seguida começou seu pronunciamento.

Senhor Diretor, eu não concordo que nosso arquivo seja ordenado por ordem alfabética, pois obteremos muitos problemas, visto que, possuímos aproximadamente 1.500 funcionários trabalhando, vai chegar um momento que não conseguiremos incluir documentos no mesmo acondicionamento, precisando criar um novo e refazer toda ordem já armazenada, e tem mais, quando vencer o prazo legal de guarda  dessa documentação, vamos precisar avaliar um à um para realizar o descarte desses documentos, e por ai continuou. Portanto, sugiro que nosso arquivo não seja ordenado por ordem alfabética, e  assim, ordenado mensalmente, ele foi muito persuasivo e também muito convincente, quando terminou o Diretor disse: ''Tem razão''.

Quando a secretária viu aquilo, saltou da cadeira por sua vez, dizendo ao Diretor: Senhor Diretor, os dois não podem estar certos, sendo que desejam algo diferente. O diretor olhou para a secretária com um ar de dúvida e disse:''Tem razão''.

A resposta certa está em todas as partes, o que será preciso é realizar um estudo sobre as áreas e entender as necessidades da empresa, dessa forma, obteremos recursos para aplicar a metodologia correta para cada tipo documental. 

Sendo assim, nós do arquivo adquirimos a responsabilidade de conhecer todas as áreas, agendando reuniões no intuito de descobrir e estabelecer suas necessidades e juntar com outros propósitos para chegar ao ideal, não para o arquivo, nem para os departamentos e sim, para a ''Empresa.''


*Líder de Projetos em Gestão de Documentos e Arquivos, na Acervo Organização e Guarda de Documentos, saiba mais em www.acervo.com.br

sábado, 4 de agosto de 2012

O FAMOSO "ARQUIVO MORTO" NÃO EXISTE



Juan Cacio Peixoto*

O conhecido “Arquivo Morto” não existe, quando uma documentação não é                   necessária ser arquivada, deve ser eliminada, evite guardar a papelada                   desnecessária, portanto, crie o Arquivo Central, com objetivos da guarda, conservação e preservação de documentos, por um motivo Contábil, Fiscal, Legal, Técnico, Administrativo ou Histórico, obedecendo prazos de guarda de acordo com a legislação específica para cada tipo/título ou assunto arquivado.
Elimine os prejuízos de sua empresa, com a falta ou demora na busca de documentos arquivados, somente percebemos a desorganização do Arquivo, quando não encontramos a documentação solicitada pela fiscalização Trabalhista, Fiscal, Previdenciária ou da Receita Federal ou em casos de Aposentadoria de ex-empregados ou Ação Trabalhista, as multas começam a aparecer, antecipe-se, organize-se e lucre com a organização do Arquivo.

O conhecimento dos documentos, produzidos no desempenho das respectivas funções, habilita a uma decisão criteriosa e fundamentada quanto à eliminação, ou à guarda, em caráter temporário ou permanente.
A oportunidade organizar os Arquivos é propícia a que se conheçam realmente os documentos produzidos e acumulados, em decorrência das atribuições e competência dos departamentos.

O conhecimento da rotina dos documentos oferece condições para uma administração racional de papéis, fator de economia e eficiência para a empresa.

Saber como se processa a rotina dos documentos nos departamentos, no desempenho das várias atividades pertinentes às funções que lhe competem, é matéria de alto interesse para a racionalização dos Arquivos.

O Ciclo Vital dos Documentos,  como conseqüência da explosão documental do pós-guerra, passou a levar em conta as diferentes fases por que passam os documentos sob o ponto de vista de sua administração e de seu uso, desde  o momento de sua produção até a sua eliminação ou guarda permanente, dividindo os arquivos em Corrente, Intermediário e Permanente.

O Arquivo Permanente, em empresa privada, conhecido como “Inativo”, por armazenar documentos de guarda temporária e permanente, cuja freqüência de uso é esporádica e que são conservados em razão de seu valor legal, informativo e histórico.

Esse arquivo, normalmente denominado incorretamente de "Arquivo Morto", talvez pelo seu reduzido fluxo de informação ou devido aos objetivos organizacionais se diferenciarem dos arquivos ativos, sempre dinâmicos.

O Arquivo Inativo representa a última rotina constituída pelas diversas normas possíveis de conservação de documentos. Deve, por conseguinte, fornecer a contra-prova da eficiência, de todo o sistema, em geral é levado a subestimar a importância do Arquivo Inativo porque se pensa que, chegados a este ponto, os documentos adquirem valor puramente histórico e perdem todo o valor operativo, devendo apenas esperar que chegue o momento de sua eliminação.

Se isto é verdade em parte não convém esquecer que os documentos inativos também podem ser pedidos uma vez por outra. Em qualquer dos casos é oportuno recordar que a eficiência dos Arquivos Corrente e Intermediário dá existência aos Arquivos Inativos.

Gostaríamos de ressaltar alguns pontos que acreditamos necessários e fundamentais na organização e funcionamento do arquivo.

Neste aspecto, queremos lembrar que é o instrumento principal de controle à ação administrativa de qualquer empresa, isto é, um centro ativo de informações.

O arquivo deve adaptar-se a empresa, obedecendo a um plano racional e tecnicamente orientado.

Arquivos organizados sem orientação técnica se transformam em verdadeiros depósitos de documentos.

O arquivo quando bem organizado transmite ordem, evita repetições desnecessárias de experiências, diminui a duplicidade de trabalho, revela o que está para ser feito, o que já foi feito, os resultados obtidos.

Nossa intenção é alertá-lo no que diz respeito à tarefa de arquivar, principalmente no que se refere ao controle que requer atitude de vigilância e cuidado nos possíveis desvios que, provavelmente, poderão aparecer no decurso da execução do serviço.

Não se esqueça de que o funcionamento eficaz de um arquivo, depende de uma organização adequada.




*Bibliotecário da Acervo Organização e Guarda de Documentos, Especialista em Organização de Arquivos e Consultor Organizacional, para saber mais, acesse o BLOG JUAN PEIXOTO em http://juanpeixoto.acervo.com.br

terça-feira, 31 de julho de 2012

APLICANDO OS 5S NA ORGANIZAÇÃO DO ARQUIVO


Juan Cacio Peixoto*

A organização de documentos permite que no futuro outras pessoas tenham acesso a importantes informações a respeito dos fatos.

A agilidade no levantamento destas informações, facilita o cumprimento de leis que definem o prazo de guarda, porém, o hábito de guardar sem necessidade, enche gavetas, armários, pastas, arquivos e muitos outros meios de armazenar documentos, em vários casos, evita-se eliminar por medo e insegurança, SI alguém pedir?

Você tenta “achar” uma nota fiscal de compra de um equipamento, demanda dias, o comprovante de pagamento de conta, depende de revirar várias caixas, pastas, pacotes etc.

Se você já passou por alguma dessas situações, precisa implantar o programa de qualidade cinco S, criado pelos administradores japoneses.


Dicas de como aplicar no Arquivo:

1- Senso de utilização
Identifique documentos que não mais utiliza, faça uma análise dos mesmos, separando-os por grandes categorias: Contábil, Fiscal, Administrativo, Legal, Recursos Humanos, Pessoal/Particular, Administrativo e Histórico.

Para definir o que realmente utilizar, faça algumas perguntas:
  • Qual a freqüência de consulta ao documento?
  • É cópia ou original? Preciso guardar?
  • O documento contém informações importantes? Tenho digitalizado? Posso fazer prova com documento digitalizado?
  • O documento já atendeu meu objetivo?
  • Conheço o prazo legal de guarda? Posso eliminar?

Na eliminação, fragmente a documentação, é uma garantia, para que pessoas não autorizadas, leia informações sigilosas.

Em casa, utilize a tesoura e picote os documentos, depois, separe em sacos de lixo diferentes, coloque na lixeira em dias alternados.

2- Senso de organização
Identificar e organizar tudo, para que todos possam localizar facilmente. Utilize etiquetas com o título do documento em pastas suspensa, caixas, estanterias e arquivos de 4 gavetas etc.

Uma boa sinalização das estanterias, corredores e caixas, facilitará a rápida localização dos documentos arquivados.

Em casa, utilize cores para identificar pastas/caixas com documentos, agiliza a busca.

Não deixe de produzir um Índice/Inventário de toda a documentação arquivada.

3- Senso de saúde, higiene e limpeza
Manter o ambiente sempre favorável a saúde e higiene.

Mantenha sua mesa sempre limpa, no final da tarde, guarde seu material de trabalho, para que se possa começar sem transtornos o dia seguinte.

Não faça alimentação em ambiente de trabalho, restos de alimentos, atrai insetos, que poderão transmitir doenças e danificar documentos importantes.

O Arquivo, obrigatoriamente, deve ser limpo diariamente, para evitar acúmulo de poeiras, traças, baratas e outros animais.

Equipamentos fora de uso, deve ser vendido ou doado, o excesso de materiais inservíveis no ambiente do Arquivo, dificulta a limpeza, ocupa espaço desnecessáro e cria esconderijo de animais.


4- Senso de conservação e manutenção
Crie uma rotina de arquivar documentos diariamente, de preferência pela manhã, seu dia começa com mesa limpa e documentos arquivados.

Faça um planejamento de suas tarefas diárias, priorize o atendimento a consulta de documentos.

Faça palestra de conscientização aos colaboradores, para mostrar a importância do arquivo organizado, de maneira que todos se comprometam a colaborar com as mudanças implementadas.

5- Senso de autodisciplina
Convencidos das vantagens dos quatro Ss, seus colaboradores passam a cumprir as regras estabelecidas, sem necessidade de cobrança.

A elaboração do Manual de Procedimentos de Arquivos, é uma garantia da continuidade do sistema implantado.

Nos anos 60, o cheque de papel foi declarado fadado a sumir. “Vai desaparecer para sempre a tarefa maçante de escrever e postar cheques para pagar as contas mensais”, dizia uma matéria de capa da Forbes em 1967.

A tão falada sociedade sem papel não aconteceu, para diminuir sua utilização, depende da disciplina e disposição de seres humanos, para mudarem hábitos arraigados e cheios de vícios.


*Bibliotecário da Acervo Organização e Guarda de Documentos, Especialista em Organização de Arquivos e Consultor Organizacional, para saber mais, acesse o BLOG JUAN PEIXOTO em www.acervo.com.br