sexta-feira, 14 de março de 2014

Não há dinheiro que baste

12 de março de 2014 | 2h 10

JOSÉ RENATO NALINI - O Estado de S.Paulo
 
Um dos desafios que o gigantismo da Justiça paulista enfrenta é a guarda de seus processos findos. A constatação de que há 83 milhões de autos em arquivo é de eloquente dramaticidade para quem tem o dever de cuidar de sua guarda e conservação - 370 mil são os processos tramitados até 1940, insuscetíveis de descarte, pois considerados todos como de valor histórico; 13 milhões foram produzidos de 1941 a 1986, sem nenhum cadastro no sistema informatizado; e 70 milhões de processos se originaram a partir de 1987, estes com algum tipo de registro de dados.

A guarda de tal acervo implica dispêndio de vultosa quantia, dinheiro do povo. Numa equação singela de custo-benefício, a urgência de modernização estrutural e aperfeiçoamento da prestação jurisdicional clamaria por prioridade em cotejo com a obrigatoriedade de conservação de ações que já surtiram seus efeitos na Justiça.

O Tribunal de Justiça (TJSP) destina atualmente mais de R$ 3,276 milhões mensais para a guarda desses processos. Ou seja, quase R$ 40 milhões anuais empregados na conservação de arquivo morto. Só que a necessidade de cadastramento dos 83 milhões demandaria mais de R$ 9 milhões por mês ou quase R$ 110 milhões por ano!

O Poder Judiciário de São Paulo não dispõe de dinheiro para satisfazer essa demanda. Primeiro porque, a despeito da explicitude do artigo 99 da Constituição da República, repetido no artigo 55 da Constituição do Estado, carece de autonomia financeira. A peça orçamentária é ordinariamente mutilada pelos órgãos de planejamento e não se vislumbra perspectiva de alteração desse quadro. Depois porque, se dispusesse de numerário, investiria prioritariamente na informatização, processo irreversível e que no futuro o liberará do uso do suporte papel. Entre atender à demanda crescente e manter arquivo de demanda encerrada, qual a opção do gestor consciente?

O TJSP não declina de sua responsabilidade na gestão documental. Mas é de fácil reconhecimento a circunstância de não serem suscetíveis de arquivo perpétuo, por sua historicidade, todos os processos arquivados. A imensa maioria poderia ser descartada sem prejuízo para quem quer que seja.
O surrado argumento de que o conselheiro Rui Barbosa destruiu a documentação relativa à escravidão é aqui de evidente demasia. Qual o interesse em manter perpetuamente arquivados os inquéritos policiais que não geraram processo-crime, ações contra concessionárias de serviço público ou bancos, ações de despejo, ações ordinárias de cobrança e tantas outras lides terminadas?
Depois de um esforço hercúleo de servidores públicos auxiliados por estagiários dos cursos de bacharelado em História e Direito, o TJSP conseguiu examinar um conjunto de 10 mil processos ao longo de dez meses. Daí resultou que 4.272 processos poderiam ser descartados e 5.728 precisariam ser temporariamente conservados. Se esse ritmo viesse a merecer continuidade, o cadastramento dos 83 milhões de processos chegaria a 227 anos, segundo o mais otimista dos cálculos.

É óbvio que São Paulo precisa de alternativa para cuidar desse tema, que aflige os responsáveis pelos destinos da Justiça. A Recomendação 37/2011 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) dificilmente poderá ser observada de maneira rígida e inflexível, salvo se o CNJ reservar também a quantia necessária para seu cumprimento. A alternativa mais consentânea seria a conclamação de todos os interessados - universidades, institutos históricos, arquivos públicos, ONGs, escritórios de advocacia e mesmo as partes - a retirarem os processos findos de seu interesse em custódia. Após ampla divulgação, em editais reiteradamente publicados, a entrega se daria mediante um termo de depósito para fins de identificação da responsabilidade pela guarda. Os processos sobre os quais ausente qualquer busca poderiam ser reciclados. 

Os números impressionantes da Justiça paulista precisam merecer tratamento singular desse órgão do Poder Judiciário, que tem a missão de planejar o futuro do equipamento estatal encarregado de solucionar os conflitos humanos.

É certo que a maioria desse acervo não interessa à História nem a ninguém. Parcela considerável dos intervenientes em tais demandas já deixou esta existência e não deixou sucessores. Demandas menores, questões singelas, só por amostragem poderiam merecer arquivamento.

Um país carente de moradias, escolas, creches, de inúmeras dependências úteis para facilitar a vida das pessoas não pode despender recursos financeiros, cronicamente insuficientes, para a guarda de papel usado. A posteridade seria severa ao julgar nossas atitudes, ao verificar que não nos indignamos com semelhantes a ocupar as ruas, com a proliferação dos sem-teto, enquanto investimos o suado dinheiro do contribuinte na preservação de documentos que consubstanciam conflitos já resolvidos.
Não é desarrazoado lembrar que nós, seres humanos, tornaremos ao pó. Naturalmente ou por cremação, segundo a vontade pessoal ou de quem tiver a incumbência triste de cuidar de nossos restos mortais. Por que o papel mereceria destino mais nobre? Se o próprio homem tornará ao pó, mais do que racional reservar a processos judiciais findos a finitude natural do que não nasceu para a perenidade.

Obrigar a Justiça a conferir caráter de infinitude a tudo o que já examinou, sobre o que já fez incidir a vontade concreta da lei e deu a resposta possível, não se mostra plausível. Ao menos num contexto circunstancial em que faltam valores para custeio, sendo ausente qualquer quantia para investimento, e impõe ao Judiciário um regime de contenção e de crescentes restrições, sem o qual ela enfrentará o caos. 

Clama-se por bom senso, ponderação e criatividade para que o valor preponderante mereça tutela, com justificável prejuízo do que se mostra acessório ou, em grande parte, verdadeiramente supérfluo.

PRESIDENTE DO TJSP

Fonte: www.estadao.com.br em 12.03.2014

quarta-feira, 12 de março de 2014

O Bibliotecário" é o romance estreia de A. M. Dean



O Bibliotecário é o romance estreia de A. M. Dean
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DR

A. M. Dean é um conceituado historiador especializado em culturas antigas. Há muito fascinado pela Biblioteca Real de Alexandria, o maior arquivo de conhecimento da Antiguidade, surge agora como autor do romance "O Bibliotecário".

Os pormenores fornecidos no romance acerca deste milagre do mundo antigo são fiéis à realidade, bem como a atmosfera de mistério que rodeia o derradeiro destino do extraordinário legado literário egípcio, confirma o autor.

Emily Wess e Arno Holmstrand são os protagonistas da história, que desde as primeiras páginas conduzem o leitor até à biblioteca perdida de Alexandria, um importante centro de estudos no Egito entre o século III a. C. e até cerca de 30 a. C., e acerca do qual deixam de existir referências a partir do século VI.

O que terá sucedido? Será possível a biblioteca ter passado à clandestinidade? Será possível ter sobrevivido, de alguma forma, até aos nossos dias? Será possível ainda existir, mas noutro local? E se sim, onde poderá estar?

O intruso inspirou e, sem sequer pestanejar, disparou dois tiros consecutivos, que se alojaram no peito de Arno. A escuridão da sala cresceu. Arno Holmstrand ficou a ver a silhueta do seu assassino perder a nitidez. Depois pareceu afastar-se. A escuridão aumentou. E depois mais nada.

Ou, pelo contrário, tudo sucede a partir daqui no enredo construído por A. M. Dean. Com a morte de Arno, o leitor acompanha Emily na descodificação de várias pistas, por lugares e tempos historicamente magníficos e bem documentados, até que todas as respostas estejam finalmente respondidas.

O Bibliotecário é o romance de estreia de A. M. Dean e foi muito bem recebido pela crítica e pelos leitores. Já está traduzido para 16 línguas.

Fonte: http://www.rtp.pt

Bibliotecária fala sobre a profissão no seu dia

Franciele Gasparini
12/3/2014 08:32:00
 
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Uma profissão que atravessou gerações e com história impressa em muitas páginas de livros e estantes espalhadas pelo mundo tem seu dia celebrado hoje, quarta-feira (12), o Dia do Bibliotecário. Em Curitibanos, quem conhece bem a profissão, tem paixão e é formada em Biblioteconomia há 18 anos é a bibliotecária e documentarista Luciane Brígida de Souza.
Afinada com a leitura desde pequena, Luciane buscou uma profissão com a qual se identificasse, mas, nessa busca, encontrou dificuldades. “A Biblioteconomia ainda tem desafios, como o projeto em trâmite para que cada biblioteca do país tenha um profissional habilitado”, revelou, avaliando que isso valorizaria mais a profissão.
Segundo Luciane, a oferta de formação também é pequena no Estado. Ela comentou que, em Curitibanos, atualmente, existem três bibliotecários formados, um na UnC e dois na UFSC, incluindo ela, que aguarda nomeação para assumir a biblioteca da UFSC, no campus de Curitibanos.
Catalogar, guardar as informações, orientar, analisar, sintetizar e organizar livros, revistas, documentos, fotos, filmes e vídeos são algumas das responsabilidades do profissional, que também pode prestar serviços de assessoria e consultoria na área de informação e redes e sistemas de informação.
A profissão, bastante abrangente, passou por mudanças nos últimos anos. A tecnologia agregou a biblioteconomia, que também desempenha a função de banco de dados tecnológicos. O acervo online de livros e materiais de estudo também contribui para a profissão. “Não é só um serviço técnico. A profissão é 50% ciência da informação e 50% biblioteconomia”, explicou Luciane.
Entre os diversos tipos de biblioteca, como as infantis, especializadas e públicas, a universitária foi a que despertou maior interesse na bibliotecária. Ela afirmou que o trabalho do bibliotecário não se restringe à biblioteca e que a interação com a comunidade é um papel importante da profissão, como o projeto Cinema Mundo, que possibilita sessões gratuitas de cinema em Curitibanos, com pausa para bate-papo e debates após a exibição dos filmes.
Para ser um bibliotecário, Luciane revelou que o primeiro passo é gostar de ler. Ser dinâmico, sociável e estar sempre se atualizando também são pré-requisitos para quem pretende ser bibliotecário.

SOBRE A DATA
O Dia do Bibliotecário é comemorado em 12 de março e foi instituído em 12 de abril de 1980, pelo Decreto nº 84.631. A data refere-se ao nascimento do bibliotecário Manuel Bastos Tigre, considerado o primeiro bibliotecário concursado do Brasil. Ele trabalhou durante muitos anos na Biblioteca Central da Universidade do Brasil, na qual também se tornou diretor, mesmo depois de aposentado.

Fonte: http://www.adjorisc.com.br

quarta-feira, 5 de março de 2014

O fim dos ratos usando feijão

Fique livre desses terríveis roedores usando uma espécie de “veneno natural”, que todos nós temos em casa, não é perigoso para nós humanos e nem para o meio ambiente.

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Chega do incômodo de ficar colocando ratoeiras e comprando venenos super tóxicos para tentar acabar com esses bichos que nos dão tantas dores de cabeça, é que segundo algumas pesquisas, o feijão cru foi descoberto como um veneno natural que possui substâncias (como antitripsina, lectina, etc) que inibem o crescimento destes roedores. Essas substâncias ajudam a inibir as proteases, causando a diminuição das atividades das enzimas digestivas. Isso influi nutricionalmente no desenvolvimento dos ratos, depois de terem comido muito eles dormem, e é aí que a anti-tripsina a lectina agem fazendo com que o organismo desses bichos não absorvam o feijão (cru), causando envenenamento natural por fermentação matando-os em até três dias, o cozimento completo do feijão inativa esses inibidores e promove um efeito benéfico a digestão.
Assim ainda não se sabe ao certo se as substâncias que inibem o crescimento são as mesmas que causa este envenenamento, mas vários testes laboratoriais garantem que o feijão pode sim ser tratado como um veneno natural para os ratos, com a grande vantagem de manter a família e os animais de estimação longe de venenos. Até porque, o feijão cru é facilmente digerido no organismo humano.
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No entanto embora os cientistas comprovem essa descoberta, também é comprovada a repulsa dos ratos a feijão cru em grãos, os ratos consomem a milhares de anos todos os tipos de grãos exceto o feijão in natura.
Mas o feijão triturado quase em farinha e mais um aditivo que aguce a fome dos ratos é o veneno natural e de efeito quase que rápido, pois após comerem a mistura os ratos levam de 2 a 9 dias para morte, lembrando que e os ratos serão eliminados todos de uma só vez

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Modo De Fazer
200 gr de feijão cru, 200 gr de qualquer achocolatado, (você pode acrescentar o achocolatado ou qualquer coisa que sirva de alimento para os ratos, sempre proporcionalmente, isso aguça a fome dos ratos).
Bata em um liquidificador as 200 gr de feijão cru sem lavar até se transformar em uma farofa, misture ao achocolatado e em montinhos coloque onde os ratos transitam e em locais como atrás de fogões, em dispensas ou em qualquer outro local que você por um acaso viu esses bichinhos passando ou simplesmente encontrou vestígios deles.
OBS: Esta receita é natural e não afetará seus animais de estimação.
Existem muitos fatores que atraem os ratos para a sua casa, como por exemplo, o lixo destampado, sobras de comida que você dá para os seus animais de estimação, restos de construção, criação de galinhas entre outros. Cuide de seu quintal, mantenha sempre seu lixo fechado e longe da sua casa, alguns cuidados simples e muito importantes para quem quer se livrar desses bichos.

Fonte: www.bioretro.eco.br