domingo, 31 de agosto de 2014

7 dicas de ouro para se proteger dos criminosos digitais



OBrasil entrou de vez na mira do cibercrime: segundo levantamento da empresa de segurança digital Kaspersky Lab, no primeiro semestre deste ano foram detectados por aqui um total de 43,3 milhões de ataques. De acordo com o site Cybermap, que mapeia as ameaças no mundo em tempo real, estamos entre os dez países mais visados pelos criminosos virtuais.
Os números indicam claramente que é preciso se proteger de alguma forma dos riscos aos quais a internet nos expõe. A crescente conectividade proporcionada por tecnologias como a nuvem e os dispositivos móveis ou vestíveis aumentam ainda mais a vulnerabilidade do usuário. Reunimos abaixo sete passos relativamente simples para tornar sua navegação mais segura e ter maior tranquilidade em sua vida digital. Confira:
1. Mantenha seus softwares atualizados Quando aparece uma mensagem de atualização de software, você sempre clica na opção “me lembre mais tarde”? Então saiba que isso pode estar colocando seu computador em risco: nos pacotes de atualização, as fabricantes fornecem a correção de diversos bugs e brechas que com frequência são uma porta de entrada para os hackers. Um bom exemplo é o Java, que está constantemente sendo atualizado pela mantenedora Oracle pois, segundo os especialistas, responde por cerca de 90% das infecções por exploits – um método silencioso de ataque em que o computador pode ser comprometido via web sem que o usuário perceba. A mesma dica da atualização vale para os componentes nativos do Windows.
2. Cuidado com redes Wi-Fi abertas Quando nos sentamos em alguma cafeteria ou restaurante, é comum pedirmos a senha do Wi-Fi antes mesmo do cardápio. Todos querem desfrutar de uma conexão mais veloz do que a do 3G. Quando a rede é aberta então, melhor ainda, certo? Em partes. O Wi-Fi livre disponível em espaços públicos tem o mérito de proporcionar um acesso mais democrático à internet, no entanto facilita (e muito) a ação de criminosos. O motivo é simples: você pode estar conectado à mesma rede que alguém com más intenções, e se essa pessoa tiver certo conhecimento de informática, pode rastrear seu tráfego e obter informações importantes sobre sua navegação.
A dica é baixar uma ferramenta de VPN (Rede Privada Virtual), que basicamente criptografa seus dados e os envia para os servidores da web por meio de um túnel seguro, impedindo intromissões. Apesar de um pouco caro, o serviço é muito recomendado por especialistas para quem usa redes públicas frequentemente. O IPVanish oferece sete dias gratuitos como teste, e seus planos partem do semanal (US$ 1,99) e vão até o anual (US$ 74,99). Existem aplicativos da ferramenta para iPhone e para Android.
3. Navegue no modo 'anônimo' ou 'privado' Cientes das crescentes ameaças relacionadas à navegação na web, até mesmo os browsers mais populares como Google Chrome, Safari e Mozzila estão aderindo a táticas para preservar o anonimato e a privacidade do usuário. Os navegadores incorporaram a ferramenta de navegação anônima ou privativa, que não registra seu histórico, dados fornecidos aos sites e nem armazena cookies. Se estiver utilizando computadores de uso coletivo, como os de hotéis ou de lan houses, não se esqueça de ativar o modo.
4. Navegadores anônimos são opção No caso de um computador próprio, pode ser interessante instalar navegadores anônimos como o Tor. Assim como a VPN, ele também criptografa as informações, mas além disso a rede do browser atua no nível do IP (Internet Protocol), que é a carteira de identidade do dispositivo pelo qual você acessa a internet. Com este número em mãos, qualquer pessoa pode chegar até você, impedindo o anonimato. Em linhas gerais, o Tor troca seu IP por algum outro protocolo, que pode ser de qualquer lugar do mundo.
5. Oculte sua webcam GALILEU publicou recentemente uma matéria que alertava sobre a popularização do hackeamento de webcams. Com este tipo de invasão, os cibercriminosos podem ter acesso aos momentos mais privados da vítima, chegando a chantageá-la com a ameaça de publicar fotos ou vídeos comprometedores. Para este caso, além das dicas acima para evitar infecções, vale uma outra sugestão um tanto simples: basta cobrir a câmera sempre que ela estiver parada. Como? Cole um post-it, band-aid ou fita isolante sobre ela.
6. Instale um antivírus de confiança O primeiro passo para detectar e bloquear ameaças é contar com um bom antivírus instalado em seu computador e dispositivo móvel. Mas existem diversas opções no mercado, como saber qual se adapta melhor às suas necessidades? A organização sem fins lucrativos AV Comparatives pode ajudar, com detalhados testes comparativos de cada marca.
Neste gráfico de desempenho de softwares para computador, dois antivírus com versões gratuitas se destacam: o Panda e o Avira. Se o usuário deseja investir em soluções mais completas de segurança que também se saíram bem, a Kaspersky oferece produtos válidos por um ano a partir de R$ 59,90 e o BitDefender a partir de R$ 99,95.
Para mobile, as empresas citadas também estão entre as melhores, segundo este relatório. A licença anual do aplicativo para Android da Kaspersky sai por R$ 19,90, e o app do BitDefender custa R$ 29,90 pelo mesmo período. Se você prefere opções gratuitas, aversão mobile do avast! obteve uma boa avaliação no relatório.
7. Evite abrir sites ou arquivos duvidosos Apesar de terem extenso banco de dados dos malwares existentes e eficazes sistemas de detecção de ameaças, os antivírus não são infalíveis. Assim como a internet, o cibercrime se tornou global e massificado, e seus praticantes estão constantemente cambiando ferramentas, experiências e técnicas no ambiente sem fronteiras da rede. É impossível ter um software de segurança que garanta 100% de proteção. Por isso, os especialistas alertam: a melhor tática de defesa está no próprio usuário. Na dúvida, é melhor não clicar naquele link suspeito que você viu nas redes sociais. O mesmo vale para downloads de arquivos e plugins, bem como para a visualização de anexos.
Revista Galileu em 28.08.2014

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Incêndio destrói biblioteca e salas de aula em escola de Marília

Do G1 Bauru e Marília
Fogo atingiu a biblioteca e duas salas de aula (Foto: Divulgação / Visão Notícias)Fogo atingiu a biblioteca e duas salas de aula (Foto: Divulgação / Visão Notícias)
Um incêndio destruiu a biblioteca e duas salas de aula da Escola Estadual Augusto Cury, que fica na zona sul de Marília (SP), na noite de quarta-feira (27).  Apesar dos estragos ninguém ficou ferido. Segundo os bombeiros, o fogo começou na biblioteca da escola e se alastrou para duas salas de aula. As labaredas atingiram também algumas carteiras que estavam do lado de fora da escola.

Em nota, a Secretaria da Educação  informou que o fogo atingiu o espaço de leitura e o forro de uma sala. A unidade não conta com classes no período noturno e, portanto, não havia alunos no local.
Os bombeiros demoraram cerca de quatro horas para conter as chamas e parte do telhado ficou destruída. As causas do incêndio ainda serão investigadas.
A secretaria informou ainda que a unidade móvel, responsável pela manutenção nas unidades escolares da região, já está no local para avaliar os danos e providenciar uma reforma emergencial. As aulas não precisaram ser suspensas nesta quinta-feira (28).
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Parte do telhado ficou destruída (Foto: Divulgação / Visão Notícias)Parte do telhado ficou destruída (Foto: Divulgação / Visão Notícias)
Fonte: www.g1.globo.com

Nova universidade nos EUA inaugura biblioteca sem livros em papel

Universidade Politécnica da Flórida teve sua primeira aula nesta segunda.
A nova biblioteca tem 135 mil livros, todos em formato digital.


Do G1, em São Paulo
Prédio principal da Universidade Politécnica da Flórida, em foto sem data; a nova biblioteca foi inaugurada sem livros em papel (Foto: Reuters/Divulgação/Universidade Politécnica da Flórica)Prédio principal da Universidade Politécnica da Flórida, em foto sem data; a nova biblioteca foi inaugurada sem livros em papel (Foto: Reuters/Divulgação/Universidade Politécnica da Flórida)
A Universidade Politécnica da Flórida, nos Estados Unidos, foi inaugurada na semana passada na cidade de Lakeland prometendo abordagens inovadoras no ensino e na pesquisa em ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Uma dessas inovações é a biblioteca, que foi aberta neste mês com um acervo de 135 mil livros, mas nenhum deles impressos no papel. Todos estão em formato digital. A primeira aula da história da universidade aconteceu nesta segunda-feira (25).

Os 135 mil e-books podem ser acessados pelos estudantes pelo tablet ou notebook pessoais. O local, assim como o resto do campus, é equipado com internet sem fio. Além dos títulos já disponíveis, a instituição tem um orçamento de US$ 60 mil (cerca de R$ 140 mil) para comprar livros digitais por meio de softwares, para que os alunos possam lê-los uma vez gratuitamente. Com o segundo clique, a universidade compra o e-book. "Em vez de o bibliotecário colocar livros que eu acharia relevantes na estante, os estudantes é que estão escolhendo", disse Kathryn.
"É uma decisão corajosa avançar sem livros", disse à agência de notícias Reuters Kathryn Miller, a diretoria de bibliotecas da nova instituição. A ideia por trás dessa decisão é refletir a priorização pela alta tecnologia que permeia toda a missão da "Florida Poly", como a universidade é chamada nos Estados Unidos.
Nova função para bibliotecários
Já que não têm mais a função de carregar e guardar os livros físicos, os bibliotecários contratados pela universidade têm como principal tarefa orientar os leitores a aprender a gerenciar os materiais digitais.
A nova biblioteca, porém, não é 100% sem papel, segundo a Reuters. Alunos podem levar livros para estudar no local e emprestar livros em papel das outras 11 universidades estaduais da Flórida.
A Politécnica é a 12ª universidade mantida pelo governo do estado da Flórida e o prédio principal do campus foi desenhado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava.
A construção levou 28 meses e, além da biblioteca digital, há um supercomputador e laboratórios de pesquisa para estudantes e professores.
Prédio principal da Universidade Politécnica da Flórida foi desenhado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava (Foto: Reuters/Divulgação/Universidade Politécnica da Flórica)Prédio principal da Universidade Politécnica da Flórida foi desenhado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava (Foto: Reuters/Divulgação/Universidade Politécnica da Flórida)

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Cartórios de todo país passam a emitir certidões eletrônicas

Disponível em São Paulo desde 2013, o serviço de emissão de certidões eletrônicas de nascimento, casamento e óbito será implantado em todo o paíscom o lançamento da Central Nacional de Informações do Registro Civil.


Responsável por cerca de 10% das certidões emitidas pelos cartórios de São Paulo, o sistema foi expandido por meio do Provimento 38 do Conselho Nacional de Justiça, que prevê a integração de todos os estados no prazo máximo de um ano. Santa Catarina, Espírito Santo e Acre já aderiram integralmente.

Outra novidade instituída pelo provimento é a expansão do projeto para todos os consulados brasileiros, por meio de parceria a ser firmada com o Ministério das Relações Exteriores, que permitirá ao cidadão nascido no exterior e registrado em um consulado brasileiro solicitar a segunda via do documento em qualquer cartório em território nacional.

Além do sistema de emissão de certidões eletrônicas, o programa também prevê a expansão do projeto de certidões digitais, que são solicitadas pela internet e enviadas diretamente para o e-mail do usuário pelos mais de 8 mil cartórios de Registro Civil distribuídos pelo país. Também há previsão de expansão das unidades interligadas em maternidades, do sistema de solicitação de documentos para certidões e de fiscalização pelo Poder Judiciário.

Além disso, o sistema permitirá ao Judiciário e ao Executivo fácil acesso à pesquisa de óbitos, visando a extinção de processos ou de benefícios irregulares pagos pela Previdência Social, bem como a rápida localização e solicitação de quaisquer outras certidões de registro civil por qualquer ente público.

Com informações da assessoria de imprensa da Arpen-SP.
Revista Consultor Jurídico

Advogados e juízes criticam digitalização


No último dia 12 de agosto, a advogada Deborah Prates, com dezenas de colegas, estava à porta do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Rio de Janeiro para protestar contra a instabilidade do Processo Judicial Eletrônico (PJe), sistema digital que gradualmente substitui as montanhas de papel que por anos foram símbolo de morosidade no Judiciário.

Os advogados trabalhistas pediam para voltarem a usar petições impressas, para contornar os problemas de acesso ao sistema, que, só em julho, ficou instável ou fora de serviço por várias horas ao longo de 16 dias.

Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil, há no país 1,2 mil advogados deficientes visuais. Quando perdeu a visão, Deborah perdeu também todos os seus clientes, e, desde então, advoga em prol dos deficientes visuais. Mas a situação ficou ainda mais difícil quando a Justiça começou a digitalizar os peticionamentos.

Quando o PJe começou a ser pensado, o magistrado Ricardo Tadeu Marques da Fonseca, do TRT do Paraná, percebeu o grande potencial inclusivo da iniciativa.

Para ele, era um avanço que deficientes não tivessem mais que digitalizar centenas de páginas para ler no próprio computador, aproveitando os recursos de acessibilidade da máquina. Contudo, o primeiro desembargador deficiente visual do Brasil se decepcionou.

O PJe foi instituído pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por meio da Resolulção 185, de 18 de dezembro de 2013, e deve abarcar 100% da Justiça brasileira até 2018.

Atualmente, 36 tribunais já implantaram o sistema, além do CNJ e da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais.

Todos os tribunais do Trabalho já utilizam o PJe, que foi 100% implantado em nove deles. Na Justiça estadual, 11 tribunais e o do Distrito Federal já aderiram. (das agências)
 Fonte: Jornal de Hoje - 25.08.2014

sábado, 23 de agosto de 2014

Biblioteca Nacional disponibiliza 10 milhões de páginas digitalizadas para consulta



Biblioteca Nacional Digital
Biblioteca Nacional Digital (Reprodução)
A biblioteca Nacional Digital já atingiu o número de mais de 740 mil itens digitalizados e disponíveis para consulta gratuita do público. Entre os arquivos, encontram-se decretos de 1808, livros famosos como Os Lusíadas de Camões, de 1572, entre outras raridades.
Segundo o Ministério da Cultura, o escaneamento dos arquivos acontece desde 2006 e contabiliza, ao todo, mais de 10 milhões de páginas digitalizadas (ou 740 mil itens).
Para acessar o conteúdo, basta acessar http://bndigital.bn.br/ e ir na busca superior. Atualmente, o site possui mais de 300 mil acessos por mês.
Entre os conteúdos de relevância histórica, destacam-se a Coleção Thereza Christina Maria, doada à biblioteca pelo próprio Imperador Dom Pedro II, que contém partituras, mapas, gravuras e fotos, a coleção é considerada Memória do Mundo pela Unesco. Também é possível visualizar as primeiras fotografias feitas na Amazônia Brasileira.

Fonte: Portal EBC em 20.08.2014

Brasil ganha Museu dos Games; acervo retrô rodará o país

São 215 consoles e mais de 6 mil games; mostra passará pelo Brasil.
Acervo foi mapeado pelo Instituto Brasileiro de Museus, do MinC.


Helton Simões GomesDo G1, em São Paulo


O jornalista Cleidson Lima, curador do Museu do Videogame, o 1º do gênero no Brasil. (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal/Cleidson Lima)
O jornalista Cleidson Lima, curador do Museu do Videogame, o 1º do gênero no Brasil. (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal/Cleidson Lima)
Da próxima vez que um estudante disser que irá ao museu e voltar falando sobre videogame, não estranhe. O primeiro Museu do Videogame no país foi oficializado na sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), ligado ao Ministério da Cultura. Com o reconhecimento, o criador e curador do museu, o jornalista Cleidson Lima, já faz planos. Baseado em Campo Grande, o acervo itinerante vai começar a viajar a outros lugares do país para contar 42 anos de história, desde o console Magnavox Odyssey, primeiro do mundo, de 1972, aos mais atuais Xbox One e PlayStation 4. Por enquanto, duas cidades já são destino certo: Fortaleza (CE) e Belém (PA).
O Magnavox Odissey, de 1972, é o primeiro videogame fabricado no mundo. (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal/Cleidson Lima)O Magnavox Odissey, de 1972, é o primeiro
videogame fabricado no mundo. (Foto: Divulgação/
Arquivo Pessoal/Cleidson Lima)
Lima iniciou a coleção em 2006 e, até agora, já reuniu 215 consoles e mais de 6 mil games. Ao ser mapeado, o museu entra no radar do Ibram. Entre as 3.451 instituições listadas pelo Cadastro Nacional de Museus (CNM), é o primeiro voltado a games. O próximo passo é entrar para o cadastro oficial da instituição, que está sendo reformulado e ficará pronto no fim do ano. A partir daí, além de ser uma das 1.666 instituições de preservação da história do país, o Museu do Videogame receberá a consultoria de museólogos do instituto. “O que eles fazem é ensinar você a ser autônomo, a sobreviver, o que é difícil”, diz Lima. "Manter um museu é uma arte.”
A arte
As exposições ocorriam até agora em um shopping da capital sul-matogrossense. A última, em fevereiro, recebeu 160 mil visitantes em 15 dias. Segundo Lima, ao todo, as quatro exposições no local reuniram 600 mil visitantes. "O pessoal gosta muito do game retro”, comenta. Desde a entrada para o CNM, Lima já foi convidado a levar o museu a 17 cidades. Até agora, fechou com Fortaleza e Belém. Negocia para ir a Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. Além de exibir os consoles, o museu oferece visitas guiadas, pequenas oficinas e palestras sobre a história dos games.
Diferentemente de muitos museus em que não é permitido tocar nas obras, no Museu do Videogame, os visitantes são convidados a apertar alguns dos itens. Dos consoles antigos do acervo, 25 podem ser jogados, como o Telejogo Philco-Ford (1977), Atari 260 (1976) e o PlayStation 1 (1994). “Tinha caboclo da minha idade chorando jogando ‘River Raid’", diz Lima, que vê na criação do museu uma oportunidade de aproximar jovens de instituições de preservação da arte e da história.  “Vai convencer um guri de 10 anos a entrar num museu para ver escultura. É difícil”, diz Lima. “Já o museu do videogame naturalmente tem um atrativo.”
Exposição do Museu do Videogame, o primeiro do gênero no Brasil, em shopping de Campo Grande (MS). (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal/Cleidson Lima)Exposição do Museu do Videogame, o primeiro do gênero no Brasil, em shopping de Campo Grande (MS). (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal/Cleidson Lima)
Obras-prima
Lima diz não possuir um grande acervo de games, mas se orgulha de alguns itens. Dentre as obras-prima do museu está o Magnavox Odyssey, o primeiro videogame fabricado do mundo, que foi comprado por ela pela fortuna de US$ 15 em um brechó hippie em San Francisco (EUA). “Os caras nem sabiam o que era aquilo.” Há também o Coleco Telstar Arcade, de 1977. De formato triangular, o console tem em cada uma de suas três faces uma modalidade de jogo diferente.
Lançado em 1977, o Coleco Telstar Arcade tinha formato triangular; em cada uma de suas três faces, o console possuía uma modalidade de game diferente. (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal/Cleidson Lima)Lançado em 1977, o Coleco Telstar Arcade
tinha formato triangular; em cada uma de suas
três faces, o console possuía uma modalidade
de game diferente. (Foto: Divulgação/Arquivo
Pessoal/Cleidson Lima)
Há também os esquisitos, como o Action Max, em que o cartucho era uma fita cassete. “É um dos mais bizarros que eu já vi na vida”, comenta Lima. “Ele foi um game tão bom, mas tão bom que tinha só seis jogos.” Todos os jogos eram de tiro. Como rodava apenas fitas de vídeo, não importava quais os comandos acionados pelo jogador no controle, nada na tela acontecia, pois o game não permitia interação.
Como o museu também é história, há alguns consoles que contam um pouco da trajetória dos games. Um deles é o Fairchild Channel F, o primeiro do mundo a aceitar cartuchos. “Antes o videogame tinha cinco jogos na memória, se você quisesse jogar outro game, tinha que comprar outro console”, explica Lima. Outro deles é o Philips CDI, videogame fabricado em 1991 pela companhia holandesa que rodava CDs e foi escolhido pela Nintendo após a japonesa dispensar o candidato da Sony. “Era para o Playstation ser da Nintendo. A Nintendo não quis, aderiu ao padrão CDI, que foi uma bomba.”
Robô ROB (Robotic Operating Buddy) era um companheiro para jogar games multiplayer que acompanhava o Nintendinho, lançado em 1985. (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal/Cleidson Lima)Robô ROB (Robotic Operating Buddy) era um companheiro para jogar games multiplayer que acompanhava o Nintendinho, lançado em 1985. (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal/CleidsoFonte: www.globo.g1.com em 15.08.2014

Museu Casa de Maria Bonita, com acervo do cangaço, é roubado na BA

Espaço fica na casa onde nasceu cangaceira que foi mulher de Lampião.Objetos como máquina de costura, chocalho e fotografia foram levados.

O Museu Casa de Maria Bonita, que fica no povoado Malhada de Caiçara, zona rural de Paulo Afonso, foi arrombado e teve peças históricas roubadas. Objetos como máquina de costura de mão, chocalho, ferro de brasa, além de 15 fotografias, foram levadas.
Segundo João de Souza Lima, biógrafo da cangaceira, membro da Academia de Letras local e dono de parte do acervo, o crime aconteceu na noite de quarta-feira (20) e a queixa será registrada nesta sexta-feira (22).
"O pessoal sabe mais ou menos quem é. Esse acervo todo me pertence, porém as peças mais valiosas não estão lá, como joias e punhais. A gente sabe mais ou menos quem fez. A pessoa foi vista andando em direção ao museu e, depois, voltando com uma bolsa", diz João de Souza. Ele alega que o crime não foi comunicado antes devido à greve de 72 horas dos policiais civis.
O espaço fica na casa de reboco onde nasceu a mulher de Lampião, Maria Gomes de Oliveira, também conhecida como a "Rainha do Cangaço". O museu é aberto à visitação pública e faz parte do Roteiro Cânion e Cangaço, segundo informações da prefeitura municipal.
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Museu Casa de Maria Bonita, em Paulo Afonso, na Bahia (Foto: Divulgação/Prefeitura de Paulo Afonso)Museu Casa de Maria Bonita, em Paulo Afonso, na Bahia (Foto: Divulgação/Prefeitura de Paulo Afonso)Fonte: www.g1.globo.com - 22.08.2014

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Bibliotecas digitais e impressas vão coexistir por muito tempo, diz especialista

Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil Edição: Davi Oliveira
As bibliotecas impressas e digitais vão coexistir,  “pelo menos”, durante os próximos 20 anos, disse hoje (20) à Agência Brasil a diretora do Sistema de Bibliotecas da Fundação Getulio Vargas (FGV), Marieta de Moraes Ferreira. Ela participou do primeiro dia de debates da conferência internacional Os Desafios das Bibliotecas Digitais: Conhecimento, Tecnologia e o Crescimento da Informação Virtual nas Universidadespromovido pela instituição, em sua sede em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro. O evento reúne profissionais brasileiros e de instituições internacionais de ensino.
“O mundo dos livros está mudando muito e sempre surge aquela ideia de se criar uma biblioteca digital e diminuir o número de livros físicos”, comentou Marieta. Essa proposição, entretanto, cria uma série de debates, incertezas e desafios para o futuro. Segundo ela, isso ocorre porque uma coisa são os periódicos digitais, que são bem aceitos de modo geral e para os quais que se verifica um aumento cada vez maior de consultas por parte de pesquisadores, professores e alunos.  A questão muda, entretanto, quando se trata dos livros impressos.
Brasília - Estudo divulgado pelo Ministério da Cultura mostra que 79% dos municípios brasileiros têm bibliotecas
Participantes de encontro internacional discutem a convivência dos livros impressos com os chamadose-booksRenato Araújo/Agência Brasil
Alguns palestrantes indagaram se é possível haver uma biblioteca só digital ou essencialmente digital. “A conclusão final é a inviabilidade disso neste momento, porque os leitores ainda não estão sintonizados com isso, mesmo os jovens. A preferência pelo livro físico ainda é dominante”, explicou.
A diretora da FGV disse, ainda, que é preciso distinguir  entre livros de ficção, como um romance, por exemplo, e um livro acadêmico, que é um livro de estudo que demanda mais concentração da parte do leitor. “Acho que os livros de ficção, que levam para uma atividade mais de lazer, têm mais facilidade de serem incorporados aos hábitos das pessoas na forma de livros digitais, os chamados e-books, do que os livros acadêmicos”.
Outro problema se refere à compra de livros digitais, especialmente para as bibliotecas universitárias, indicou Marieta Ferreira, porque o modelo de negócio é diferente do adotado tradicionalmente. “Quando você compra livros digitais para as bibliotecas, não compra das editoras. Compra das agregadoras, que são como distribuidoras de livros digitais”. O que ocorre, mencionou, é que essas empresas vendem pacotes fechados de livros ou de base de dados.  “Às vezes, você compra 100 títulos e lhe interessam 20. Muitas vezes, não há opção de escolha”.
Além disso, a disponibilidade de grande parte dos livros vendidos pelas agregadoras não é perpétua, ou seja, a compra é feita por um prazo determinado, ao fim do qual os livros digitais deixam de ser acessáveis. “Se, no ano que vem, a biblioteca não tiver dinheiro, acabou o livro”. Devido a essas questões, a tendência, sinalizada pelos especialistas de vários países presentes à conferência, é que as bibliotecas digitais e impressas ainda coexistirão durante bastante tempo.
O Sistema de Bibliotecas da FGV reúne as bibliotecas da instituição no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Em todo o Brasil, a FGV tem mais de 140 mil alunos. O sistema inclui 10.733 e-bookscomprados ou adquiridos por assinatura; 3.756 livros impressos que estão em domínio público e podem ser digitalizados; 280 mil e-books  disponibilizados a partir do Portal Capes; e 149.471 livros impressos, dos quais 85.121 pertencem ao acervo da FGV Rio.

Fonte: Agência Brasil em 20.08.2014

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Brasileiro edita páginas da Wikipédia desde os 14 anos

Dividir ‘conhecimento’ está entre as motivações de Vinícius Siqueira, um dos 15 mil editores da enciclopédia no País
Por Redação Link
Pedro Caiado /
ESPECIAL PARA O ESTADO
Páginas como a da presidente Dilma Rousseff só podem ser editadas por ‘veteranos’ da Wikipédia.  FOTO: Reprodução
LONDRES – Existem 15 mil brasileiros trabalhando voluntariamente para a Wikipédia. Eles são uma comunidade ativa, que edita em torno de 200 mil páginas diariamente. Vinícius Siqueira, de 22 anos, é editor do site desde os 14 anos. “O que me motiva é compartilhar conhecimento de forma livre”, disse ele ao Estado, por telefone.
O estudante de medicina edita assuntos do seu dia a dia. “É uma técnica de aprendizado para mim. Esse é um compromisso pessoal com o acesso livre ao conhecimento”, defendeu ele.
Perguntado quais são as páginas mais vandalizadas do Wikipedia em português, ele explica que várias tem que ser trancadas. Somente administradores ou usuários registrados podem editá-las. “Entre as protegidas estão assuntos como ‘bunda’, as de celebridades como Luan Santana e Justin Bieber, e de políticos como Dilma Rousseff e Lula”, disse o jovem que já dedicou parte de suas férias editando artigos do Wikipédia.
“Um vandalismo muito óbvio, como um palavrão, não dura segundos antes de ser retirado”, ele explica. “E você pode acessar o histórico de todas as edições de uma mesma página.” O cargo de editor é considerado como de grande responsabilidade. “Os assuntos tem de ser abordados de forma imparcial”, disse.
Vinicius explica que há maneiras de monitorar a qualidade dos artigos. “Há uma parte chamada ‘mudanças recentes’, em que você consegue ver todas as edições feitas nas páginas em português.”
Segundo ele, quem faz o monitoramento de artigos conhece as regras da Wikipédia, mas não é necessariamente um profissional da área. “Você não precisa ser médico para editar páginas relacionadas à medicina”, afirmou, dizendo que as fontes é que cedem as informações, e que cabe aos editores catalogá-las. Para ele, a Wikipédia funciona de forma democrática. “Você tem que ter aprovação da comunidade para ter acesso a certas ferramentas.”
Em uma rápida analise das páginas dos candidatos a presidência, incluindo a do recém-falecido Eduardo Campos, Vinicius dá sua opinião. “Estão todas de acordo com os padrões do Wikipédia. Acho que somente a do Campos merecia mais fontes, mas talvez seja pelo momento”, disse.
Fonte: O Estado de São Paulo - 18 de Agosto de 2014 - Caderno LINK

Entrevista: ‘Lojas de livros não conseguirão sobreviver’

Jason Merkoski, ex-evangelista da Amazon, diz que livros de papel se tornarão raros como discos de vinil
Por Ligia Aguilhar
SÃO PAULO – “As pessoas da Amazon não se importam realmente com o que você quer como consumidor.” A frase soa surpreendente ao sair da boca de Jason Merkoski, primeiro evangelista (responsável por disseminar novas tendências) da Amazon e um dos membros da equipe que desenvolveu o primeiro leitor de livros digitais Kindle, lançado em 2007.
Jason Merkoski trabalhou no desenvolvimento do primeiro Kindle e é autor do livro “Burning the page: The eBook Revolution and the Future of Reading”. FOTO: Divulgação
Fundador da startup Bookgenie451, criadora de um software que identifica interesses de leitura de estudantes para recomendar livros didáticos, Merkoski mistura otimismo com alguma cautela quando o assunto são livros digitais.
Na quinta-feira, 21, ele vem ao Brasil participar do 5º Congresso Internacional CBL do Livro Digital, em São Paulo, no qual vai falar sobre a sua obra Burning the page: The eBook Revolution and the Future of Reading (ainda sem título em português), na qual decreta o fim do livro impresso.
Ao Link, ele deu mais detalhes sobre as mudanças e problemas que prevê para o mercado editorial. Confira os principais trechos.
Você decreta o fim dos livros impressos em sua obra, mas as vendas de tablets e leitores digitais começam a se estabilizar sem que isso tenha acontecido. O que falta para o livro digital se popularizar?
O que mais influencia a popularidade é a seleção de títulos. O que vimos acontecer nos EUA e Japão é que, uma vez que as pessoas consigam encontrar 80% dos títulos que buscam no digital, a chance delas migrem para e-books é de 100%.
Quanto tempo demora para essa mudança acontecer?
Cerca de três anos depois que os livros digitais estão disponíveis em um país.
Serviços de streaming podem ajudar nessa popularização?
O problema de serviços de streaming como o da Amazon é que eles têm vários livros no catálogo que as pessoas não querem ler. Um dos desafios é definir um modelo de preços para e-books, que hoje não existe. Até isso ser feito será difícil tornar o streaming uma experiência satisfatória e o seu custo sustentável.
Você esperava esses impactos quando ajudou a criar o Kindle?
Como indústria, acho que revolucionamos o mercado editorial, o que é assustador e maravilhoso ao mesmo tempo. Como dono de uma empresa de livros digitais, digo que é muito difícil trabalhar com editoras hoje, porque o mundo delas está em colapso. É como se elas estivessem no Titanic após bater no iceberg, sem coletes salva vidas, com o barco pegando fogo e naves alienígenas atirando contra o barco. As editoras estão confusas e com medo.
Teremos problemas com a coleta e uso de dados sobre nossos hábitos de leitura?
Certamente. Não vai demorar para começarmos a ver propagandas dentro dos e-books. Mas não estou realmente preocupado com o que a Amazon e o Google vão saber sobre mim porque acho que já aceitei que, inevitavelmente, eles saberão das coisas de algum jeito.
Esses dados também geram recomendações de leitura. Essa facilidade pode ter um lado ruim, como afastar o leitor de clássicos em prol de best-sellers?
Algum conteúdo poderá ser negligenciado com toda certeza. O problema de livros clássicos é que eles não são sexy e não são promovidos na página de entrada da Amazon porque a empresa não vai ganhar dinheiro com eles. O que menos gosto da virada do livro para o digital é a cultura do momento. Recomendamos apenas coisas atuais. Ferramentas de recomendação precisam melhorar.
Você já declarou em entrevistas que é difícil amar a Amazon…
Acho que o papel das empresas maiores não é estar na minha cara enquanto eu estou lendo. Elas podem ser mais sutis e acredito que esse é um papel que a Amazon faz mal. Hoje os varejistas conseguem aprender quem você é. Seria interessante se essas informações fossem repassadas para as editoras criarem conteúdo. Mas os varejistas retêm todos os dados. É por isso que o sistema está quebrado.
O que acontecerá com a palavra escrita?
Eu realmente acho que o futuro da palavra escrita é ser falada, porque a escrita é devagar. Os livros do futuro serão falados porque tudo gira em torno da fala hoje em dia. Aparelhos como o iPhone, com a Siri, permitem que você fale ao telefone o que você quer fazer.
Acredita que bibliotecas e livrarias vão mesmo acabar?
Não acho que o futuro será bom. Meus estudos mostram que nos últimos três anos os alunos gastaram 70% menos tempo nas bibliotecas das universidades. Onde eles estão pegando informação? Na Wikipédia ou em sites. As lojas de livros não conseguirão sobreviver e vão desaparecer. Sobrarão apenas algumas, especializadas em livros impressos, como as que vendem discos de vinil. Vão permanecer no mercado Google e Amazon, infelizmente. Conheço as pessoas da Amazon. E elas não se importam com o que você quer como consumidor. Elas se importam em como conseguir mais lucro. Uma maneira de fazer isso é empurrando livros populares, negligenciando outros. E infelizmente as pessoas vão aceitar. A curadoria de títulos está na mão dos varejistas.
Fonte: Jornal O Estado de São Paulo - 18.08.2014 - Caderno ECONOMIA - pág. B11