sexta-feira, 21 de setembro de 2012

PAPEL DO BIBLIOTECÁRIO GANHA IMPORTÂNCIA E AMPLITUDE

O jornalista e relações públicas Richardt Rocha Feller foi um dos 33 conferencistas que participaram do "Contec Brasil, Conferência Internacional Tecnologia, Cultura e Alfabetização: formando Leitores do Futuro", que se realizou dias 7 e 8 de agosto no Auditório Ibirapuera por onde passaram cerca de 800 pessoas.

Na palestra sobre o futuro da transferência de conhecimento, ele afirmou que o papel do bibliotecário está sendo resgatado e vem ganhando importância e amplitude. A redação do BOBNews solicitou a ele que desenvolvesse um pouco mais sua opinião. Abaixo, a íntegra de sua resposta, com exclusividade:

"Diferente do que se imaginava, o papel do bibliotecário vem ganhando importância e amplitude diante da revolução que o livro está passando. Ele assume hoje o papel de agente decisor na seleção e indicação de conteúdos e formas de acesso. Como se localizar num mar de informação disponibilizado em multiformatos e multiplataformas? Como transformar a informação acessível e palatável aos usuários? Como manter seu acervo atualizado e competitivo diante da concorrência de audiência de seus usuários? Como medir com precisão o uso que seus usuários estão efetivamente fazendo de toda informação disponibilizada, para justificar novos ou manter investimentos? Estamos num tempo em que nunca se publicou tanto. O problema óbvio é que nunca se publicou tanto lixo. Se recordarmos, não mais que 20 anos, o empenho necessário para conceber um livro, falando apenas de sua dimensão gráfica. Indispensável tiragem mínima de 3.000 exemplares e investimento pesado na formação de um catálogo de uma Editora, para uma distribuição regional, no máximo nacional. Muito diferente da realidade atual, invadida com sistemas sofisticados de distribuição mundial, a um custo muito baixo e até gratuito. Ainda continua-se reconhecendo qualidade garantida por processos editoriais rígidos. A Minha Biblioteca é um exemplo ao manter um portfólio sólido de livros universitários, construído por selos tradicionais formados pelas Editoras Saraiva, Atlas, Grupo Gen e Grupo A, e disponibilizando este conteúdo em formatos digitais de alta tecnologia. A tecnologia é o meio. Não se pode perder o foco na qualidade e relevância da informação".

* Richardt Rocha Feller, Diretor executivo da Minha Biblioteca (plataforma brasileira de livros digitais formada por um consórcio de editoras), jornalista, relações públicas e especialista em Dinâmica da Informação.

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LITERATURA: MAIOR PREOCUPAÇÃO É A FLEXIBILIZAÇÃO DO DIREITO AUTORAL

RIO - O mercado editorial torce para que Marta Suplicy dê continuidade ao trabalho de Ana de Hollanda com relação aos direitos autorais. — Se a Ana não tivesse pedido revisão (do projeto proposto por Gil e Juca Ferreira), a lei já teria sido aprovada, e a difusão e a produção intelectual teriam sido dizimadas neste país. Não se pode ser tão flexível quanto estava sendo proposto. Espero que a Marta consiga visualizar isso — diz Karine Pansa, presidente da Câmara Brasileira do Livro, que afirma estar “bem otimista”. — Estive com Marta Suplicy na posse e ela disse: “Livro muito me interessa.”

— A expectativa é que Marta tenha a tranquilidade de ouvir os envolvidos e não siga no caminho de flexibilização, totalmente contrário aos interesses do setor — concorda Sônia Machado Jardim, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), que, no entanto, mostra preocupação com a Feira de Frankfurt, em 2013, quando o Brasil será o país homenageado. — Há uma comissão organizadora que vem trabalhando nisso. Tenho medo de retrocesso. Se trocar os envolvidos, tudo volta à estaca zero.

Diretora da Estação das Letras, a educadora e produtora cultural Suzana Vargas diz:

— Nos últimos anos, muito tem sido feito em prol da cadeia produtiva do livro. Distribuição em escolas com programas de compras governamentais eficientes e ótimas seleções, bibliotecas abrindo, feiras e salões do livro pipocando. Programas de incentivo à criação literária e a desoneração fiscal são ações que só podem ajudar o livro a chegar mais facilmente ao leitor. Talvez seja hora de pensar na capacitação dos professores e numa real preocupação com a qualidade da leitura que está sendo feita.

Karine Pansa diz que 75% dos brasileiros nunca entraram numa biblioteca:

— Acham que é lugar de estudo, de silêncio. Mas as bibiotecas não podem ser só lugar de pegar livro emprestado, têm que estar mais bem aparelhadas e com acervos novos, com horários flexíveis, contação de histórias, grupos de discussão, teatro. Temos que proporcionar o acesso mais barato, mais fácil e mais interativo ao livro.

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PESQUISA MOSTRA QUE ESTAGIÁRIOS PERDEM VAGAS EM EMPRESAS POR FALTA DE LEITURA

Baixo aproveitamento em língua portuguesa é um dos motivos que mais reprovam candidatos. Pesquisa do Núcleo Brasileiro de Estágios, feita em todo o país, com cerca de sete mil pessoas, entre 16 e 24 anos, apresentou a seguinte pergunta: "Qual o motivo de os jovens se saírem cada vez pior nos testes de língua portuguesa?". Para 70% dos entrevistados, o problema está na falta de leitura.




terça-feira, 18 de setembro de 2012

DIGA ADEUS AO BLOQUINHO DE NOTAS



Cerca de 80 mil estabelecimentos – quase um terço das empresas do estado – adotaram os documentos digitais nas transações com outras pessoas jurídicas e com o governo

Cerca de um terço dos 286 mil contribuintes pessoa jurídica do Paraná está usando a Nota Fiscal Eletrônica, apelidada de NF-e. São empresas que deixaram aquela nota de papel, em até cinco vias, para trás nas transações com outras empresas, o poder público ou mesmo com um cliente de outro estado ou país – a emissão de empresas para o consumidor final ainda engatinha. Além da economia de papel e da agilidade – quando a velocidade da internet ajuda, é claro –, a nota fiscal eletrônica é, ao mesmo tempo, um desafio e uma oportunidade para empresas de todos os portes entrarem na era digital.

“Para nós, que lidamos com vários clientes, de todos os tamanhos, é um ganho importante. Todas aquelas informações que eram mantidas em papel, nos livros contábeis, agora estão disponíveis on-line, em planilhas já organizadas, evitando erros e retrabalhos”, explica a presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Paraná (CRC-PR), Lucélia Lecheta, que também comanda um escritório de contabilidade em Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. A opinião de Lucélia é compartilhada pelo colega Marcos Sebastião Rigoni de Mello, que tem um escritório contábil na capital. “É claro que os desafios com a extensa legislação tributária do Brasil continuam, mas o acesso e a organização das informações estão muito melhores.”
O sócio-gerente da fabricantes de chás e produtos naturais Mandiervas, Luis Adriano Franco, implantou a nota eletrônica ainda em 2010. “No início foi um pouco difícil, até você entender o sistema, saber exatamente como preencher o formulário. O tempo de envio e re­cebimento das informações também era um pouco maior. Mas hoje em dia é fácil”. Franco fornece para grandes drogarias e supermercados e conta que o sistema eletrônico ajuda no planejamento do envio da mercadoria e na checagem das informações. “Emito a nota, arquivo no meu sistema e confiro antes de mandar para o meu cliente, confirmando o pedido dele. Antigamente, todo esse processo teria de ser feito pessoalmente.”

Como funciona

A nota eletrônica é um arquivo digital que substitui o documento em papel nas transações entre empresas. Gerada na empresa vendedora, pelo preenchimento de um formulário em um software, a nota eletrônica é transmitida online para a secretaria da fazenda do estado de origem. O sistema, por sua vez, envia uma cópia da nota para o registro nacional e outra cópia para a secretaria da fazenda do estado de destino. O processo, que leva alguns segundos apenas, termina com a empresa recebendo a confirmação de que o documento foi preenchido corretamente e chegou aos órgãos públicos. A única parte em papel que acompanha a mercadoria até o seu destinal final chama-se Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe). Para aqueles casos em que o receptor da mercadoria não esteja inserido no sistema eletrônico, o Danfe serve, efetivamente, como nota fiscal.

Para estar inserido no sistema da NF-e, o empresário tem de fazer um registro, uma certificação digital. “Isso custa cerca de R$ 150, todo ano. Um pouco caro ao meu ver”, avalia Lucélia. Outra necessidade que nasce com a nota eletrônica é a de melhor capacitação e atualização dos funcionários, mesmo que a empresa seja pequena. “Não vejo isso como um entrave. É mais uma oportunidade da empresa se profissionalizar”, opina o administrador de empresas e autor de cinco livros sobre sistemas de escrituração pública digital, Roberto Dias Duarte.

Sistema sozinho é incapaz de vencer a burocracia brasileira

A opinião é de alguns escritórios de contabilidade e empresas – além de federações industriais e associações comerciais do país que, por várias vezes, já se manifestaram contra a burocracia brasileira. Embora muitos sistemas, a exemplo da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), e regimes, a exemplo do Simples Nacional, tenham sido instituídos para facilitar a vida do empresariado na última década, a quantidade imensa de leis referentes a cada tributo municipal, estadual e federal ainda é o principal desafio do setor produtivo do país. “Recentemente cheguei à conclusão que cada escritório de contabilidade precisa de ao menos um gestor que seja um estudioso, que fique centrado apenas em acompanhar as dezenas de mudanças diárias que ocorrem na legislação tributária das diferentes esferas e possa repassar isso de uma forma clara para o restante da equipe, que trabalha no dia a dia com as questões”, desabafa Marcos Sebastião Rigoni de Mello, vice-presidente de Administração e Finanças do Conselho Regional de Contabilidade (CRC-PR) e também dono de um escritório de contabilidade em Curitiba. Só o estado do Paraná fez várias dezenas de mudanças nas normas de recolhimento do ICMS desde 2011, com a implantação da substituição tributária em vários produtos, como forma de melhorar a arrecadação do estado. Tantas alterações são difíceis de acompanhar.

Ainda em 2008, quando os primeiros setores (cigarros e combustíveis) começaram a operar a NF-e, a intenção de, com o novo sistema, acelerar também o andamento de uma reforma tributária no país. Mas isso não adiantou muito. “Mesmo dentro do modelo inovador da nota eletrônica, o usuário precisa estar atualizado porque o código do produto ou mesmo a alíquota do impostos incidente muda com frequência e precisa ser preenchida corretamente no formulário”, exemplifica o administrador de empresas e autor de cinco livros sobre o sistema público de escrituração digital, Roberto Dias Duarte. 


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ESPAÇOS POUCO CONHECIDOS GUARDAM ACERVO RARO E CURIOSO NO RIO

Museu da Pediatria, no Cosme Velho, reúne centenas de equipamentos, móveis, documentos, fotos e livros

RIO - Houve um tempo em que retirar as amígdalas das crianças era quase uma sessão de tortura: o médico, com ajuda de enfermeiros, sentava o pequeno numa cadeira de madeira, onde ele era amarrado e sedado com a maquininha de inalação de éter, antes de ser submetido ao procedimento médico. Até a década de 50, o uso da tal cadeirinha era comum, mas hoje, felizmente, ela virou peça de colecionador.

Um raro exemplar, doado por um hospital infantil de Recife, é uma das curiosidades expostas no Museu da Pediatria, no Cosme Velho, que reúne outras centenas de equipamentos, móveis, documentos, fotos e livros que ajudam a contar a história da especialidade no Brasil. Junto com o Museu da Justiça, o da Polícia Militar, da Cadeira e o do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, o pequeno memorial, criado em 2004, integra uma lista de casas com acervo curioso ou desconhecido, ainda pouco visitadas.

Os interessados em seguir o roteiro de “museus que pouca gente conhece” encontram farto material nas ruas do Rio. No Centro, o passeio pode começar pelo Museu da Justiça, na Rua Dom Manuel 28. O prédio de estilo neoclássico — construído em 1926 para abrigar o Poder Judiciário — já vale uma visita. Pelos corredores e salas do antigo Palácio da Justiça, há esculturas, vitrais e pinturas, como as duas que representam “A Justiça Civil” e “A Justiça Criminal”, pintadas por Carlos Oswald. Entre as salas abertas ao público, a do Tribunal do Júri é uma das que mais impressionam. Usada até 2009, ali foram realizados julgamentos de casos que causaram comoção, como os assassinatos de Cláudia Lessin Rodrigues e da atriz Daniela Perez.

Visitas devem ser marcadas (3133-3532). A média de público é de 200 pessoas por mês. A entrada é grátis.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

BIBLIOTECA RECEBE PROJETO DE INCENTIVO A LEITURA


A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul realiza na quarta-feira (19), na Biblioteca Pública Estadual Dr. Isaías Paim, às 13h30min, o projeto “Vem ler o mundo com todas as letras”, em homenagem ao Dia do Teatro. Na ocasião haverá a apresentação do espetáculo ”Palhashow”, da Cia das artes.

 A apresentação dirigida por Ramona Rodrigues reúne um repertório de entradas onde são apreciados os velhos truques e brincadeiras dos palhaços quando estão em cena no picadeiro. É fruto do trabalho desenvolvido nas "Oficinas de Teatro para Crianças" realizadas pela diretora. A biblioteca recepcionará alunos da rede pública de ensino, que após prestigiarem a apresentação teatral, participarão de atividades de incentivo à leitura desenvolvidas pela equipe da biblioteca.

 Projeto “Vem ler o mundo com todas as letras” contempla palestras, apresentações e entrevistas com artistas e produtores culturais de Mato Grosso do sul, oferecidos a alunos e professores de escolas públicas e outras instituições interessadas. É uma maneira de incentivar as diferentes formas de leitura, não importando o suporte em que ela esteja inserida.

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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

EM DEFESA DO PAPEL

 Apesar do crescente domínio do virtual entre os documentos corporativos, os papéis são um estímulo maior à organização e ao cumprimento de tarefas


O papel ainda tem sua importância. O frequente barulho das impressoras nos escritórios – apesar da internet, do Microsoft Word, das mídias sociais, scanners, aplicativos de smartphones e arquivos PDF – é uma prova disso. Podemos utilizá-lo menos que costumávamos, mas ler e escrever em papel cumpre uma função que, para muitos trabalhadores, uma tela não pode replicar.

O papel, segundo o especialista em produtividade David Allen, fica “na sua cara”. Sua presença física pode ser um estímulo para completar as tarefas, enquanto os arquivos no computador são fáceis de serem ocultados e esquecidos, disse ele. Alguns de seus clientes estão voltando ao planejamento com papel por esse exato motivo, acrescentou.
A necessidade do impresso

O papel, segundo Steve Leveen, cofundador e presidente da Levenger, “pode ser uma coisa agradável e bonita – do mesmo modo que apreciamos vinho e gastronomia, podemos apreciar a tinta e o que ela faz por nós”.

O papel nos lembra que “somos seres físicos, apesar de termos de lidar com um mundo cada vez mais virtual”, ele disse. As pessoas reclamam que escrever à mão é demorado, mas isso pode ser algo bom para o pensamento e a criação, segundo ele: “Porque nos faz ir mais devagar, para pensar, contemplar, revisar e refazer”.

As canetas para computador, chamadas stylus, também podem “forçar você a pensar com mais cuidado nas palavras que está usando e como você planeja o que irá dizer”, disse Harper. Mas, segundo ele, um stylus não é capaz de substituir a experiência física de levar a caneta de verdade ao papel.

O stylus, bem como as telas de computador, tem a vantagem de cortar o uso desnecessário de papel. E isso é uma boa notícia para as árvores.

Como uma nação, “nós estamos fazendo mais com menos papel e reciclando mais daquilo que utilizamos”, disse Joel Makower, presidente e editor executivo do Grupo GreenBiz, que visa auxiliar empresários a se tornarem mais responsáveis com o meio ambiente.

Makower não escreve muito em papel porque tem problemas para ler sua própria caligrafia. E ele é mais organizado com seus arquivos no computador do que com papel.

“Eu não sei onde pôr as coisas no mundo real”, disse ele, “mas eu sei exatamente onde pô-las no computador”.

Mas ele diz que sabe que algumas pessoas são o oposto disso e que ainda há espaço para o papel no escritório. Embora conduza a maior parte de sua pesquisa digitalmente, ele ainda imprime o seu relatório do Estado das Empresas Verdes – que neste ano tem mais de 80 páginas – para seu grupo revisar.

“Eu consigo trabalhar muito bem no computador, mas existe algo no ato de fazer a leitura numa cópia impressa”, segundo Makower, que, para ele, facilita para entender melhor o que se está lendo.
Contemplação

O cofundador e presidente da Levenger, empresa norte-americana de materiais para escritório e organização em geral, Steve Leveen acredita que a tecnologia digital é melhor para socializar e compartilhar, enquanto o papel é melhor para a contemplação em silêncio.

Allen, autor de A arte de fazer acontecer, escreve boa parte de seus textos no computador, mas ainda há vezes em que escrever com uma caneta-tinteiro num bloco de notas lhe permite “pôr a cabeça no lugar”, ele disse.

Cópias impressas também cumprem uma função importante, segundo ele. Para textos longos, o papel pode ajudar um leitor a compreender melhor a relação entre as seções do texto. E handouts de papel (folhetos com material informativo) ainda estão presentes em reuniões em parte porque também são úteis para se fazer anotações.

Ler um documento longo no papel, em vez da tela de um computador, auxilia as pessoas a “compreenderem melhor a geografia dos argumentos apresentados”, disse Richard H. R. Harper, um dos principais pesquisadores para a Microsoft de Cambridge, na Inglaterra, e coautor de O mito do escritório sem papel, publicado em 2001.

Os trabalhadores de hoje muitas vezes lidam com múltiplos objetos de maneiras complexas e criam novos documentos também, segundo Harper. Usar mais de uma tela de computador pode ser útil para esse malabarismo cognitivo. Mas, quando os trabalhadores ficam indo e voltando entre pontos diferentes de um documento mais longo, pode ser que seja mais eficaz lê-lo em papel, ele disse.

Um estudo publicado em 1997 demonstrou que a compreensão das pessoas é superior quando leem os textos no papel em vez de on-line, disse Harper. Essa descoberta, é claro, não leva em consideração as vastas melhorias na tecnologia por trás dos monitores que ocorreram desde então, dentre elas, a invenção dos leitores de livros digitais (e-books).

Harper pesquisa leitores de livros digitais, usados agora predominantemente para leituras por prazer. No futuro, os funcionários de escritório poderão fazer maior uso desses leitores “junto de outros aparelhos para leitura e criação, e isso acrescentará mais itens aos acessórios colaterais ao monitor espalhados sobre a mesa”, sem que a leitura se torne necessariamente mais eficaz, segundo ele.

Steve Leveen, cofundador e presidente da Levenger, mantém sua posição de que a tecnologia digital é melhor para socializar e compartilhar, enquanto o papel é melhor para a contemplação em silêncio. Sua empresa está envolvida no projeto de promover o papel como uma experiência estética, oferecendo cadernos, diários e canetas de maior qualidade, mesmo enquanto expande suas atividades para incluir a venda de itens como mesas de laptop e capas para smartphones.

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ZOARA FAILLA: “SE O PROFESSOR NÃO É LEITOR, NÃO CONSEGUE TRANSMITIR O PRAZER PELA LEITURA”

Os professores são os principais influenciadores nos hábitos de leitura dos brasileiros. Mas há indícios de que, no seu tempo livre, eles raramente abrem um livro, assim como a maioria dos brasileiros. O dado está no livro Retratos da Leitura do Brasil 3, que foi lançado durante a Bienal do Livro de São Paulo, no último mês. A obra analisa a pesquisa de mesmo nome feita pelo Instituto Pró-Livro, sob organização da socióloga Zoara Failla.

Ela diz que a amostra de professores ouvidos em 2011 – apenas 145, entre cerca de 5.000 entrevistados de todo o Brasil – é pequena, mas o resultado surpreendeu. Apenas três docentes disseram que gostam de ler no tempo livre. Ao serem questionados sobre títulos preferidos, eles citaram os de autoajuda e religiosos.

O Brasil ainda não é um país de leitores. Cerca de 50% da população não lê, quantidade maior do que a verificada em 2007, quando 55% se diziam leitores. Mas é preciso considerar que houve algumas mudanças na forma de conduzir as entrevistas entre uma edição e outra do estudo. O que mais afasta os brasileiros da leitura não é o preço dos livros ou a dificuldade de acesso e, sim, a falta de interesse. Por isso, a atuação de bons “professores-leitores” é estratégica.

“Se o professor for um bom ‘marketeiro’ dos livros, ele consegue despertar o interesse dos alunos”, diz Zoara Failla. Em entrevista a ÉPOCA, a pesquisadora fala sobre os hábitos de leitura de quem ensina e de quem aprende.

ÉPOCA - Qual é o perfil dos professores ouvidos na pesquisa?

Zoara Failla - É muito parecido com o dos demais entrevistados. A gente imaginava que, sendo educador, fosse haver um indicador melhor de leitura, de indicação de literatura, de clássicos, diferente da população como um todo. É uma amostra pequena, a gente não pode generalizar, mas é um indício. No seu tempo livre, eles preferem a televisão e as redes sociais.

ÉPOCA - O que afasta o professor da leitura?

Zoara - Temos problemas na formação desse professor. São as universidades. Quem está formando esse professor não está desenvolvendo esse interesse e apresentando a leitura não só como forma de atualização, mas como forma de lazer. Temos problemas também com tempo de trabalho. Muitos [professores] têm uma carga excessiva. Além disso, a maioria tem familiares de escolaridade não muito privilegiada. Há problemas de acesso. Boa parte das escolas tem bibliotecas, mas elas estão com acervos desatualizados, têm poucos livros. E, pelos salários baixos, os professores têm dificuldades para comprar obras.

ÉPOCA - O professor aparece na pesquisa como um dos maiores influenciadores do hábito da leitura dos brasileiros. Se ele não gosta de ler, como pode cativar os alunos?

Zoara - Isso é um dos principais problemas. A escola é um espaço privilegiado para formar leitores. Tanto que a gente percebe, pela pesquisa, que eles [os jovens] leem mais quando estão na escola. Depois que saem, deixam de ler porque não foram despertados para isso. Se o professor não é um leitor, não consegue transmitir esse prazer pela leitura e conquistar os alunos. Não tem repertório para indicar. Quando você tem uma conexão com os livros, consegue despertar emoções no outro. O bom leitor interpreta, fala sobre os personagens, cita frases e faz quase um marketing dos livros. Se o professor for um bom “marketeiro” dos livros, ele consegue atrair o interesse dos alunos.

ÉPOCA - É comum que a leitura nas escolas vire apenas uma atividade obrigatória. O professor tem que indicar obras clássicas que nem sempre são do gosto dos jovens. Como, então, despertá-los para a leitura por prazer?

Zoara - Sim, a leitura pode virar uma tarefa feita apenas para responder um questionário frio, que pergunta a escola literária, a época em que o autor viveu. Você massacra a obra de arte. Às vezes, o professor obriga uma leitura que não é adequada para uma faixa etária. Machado de Assis é maravilhoso, mas uma criança não vai ter condições de apreender aquele universo. Se você apresenta à garotada uma narrativa que tenha a ver com o momento dela, vai despertar interesse.

É preciso dar opções de escolhas. Mesmo entre os clássicos, há várias possibilidades. Infelizmente, o ensino médio está preso também aos vestibulares. Mas você pode deixar o momento mais interessante, com contação de história daquele romance ou rodas de leitura. Você pode fazer integração com outras disciplinas, facilitando a leitura, na medida em que a contextualiza.

ÉPOCA - O que fazer para melhorar as taxas de leitura entre os professores?

Zoara - É preciso rever o currículo da formação dos professores nas universidades. Para os que saíram da escola, a alternativa é a formação continuada, cursos de especialização. É um grande desafio para os educadores pensar em como fazer com que pessoas adultas descubram os livros e o prazer de ler.

ÉPOCA - Muitos brasileiros dizem não gostar de ler. Isso pode estar relacionado a dificuldades de leitura?

Zoara - Avaliações internacionais, como o Pisa, mostram que cerca 30% dos brasileiros não têm compreensão leitora. Se não têm a possibilidade de compreender um pequeno texto, não vão gostar de livros. Primeiro, temos que resolver essa questão, que é essencial: o letramento. Segundo a pesquisa [do Instituto Pró-Livro], 50% dos brasileiros não são leitores, ou seja, não leram nenhum livro nos últimos três meses. Desses, 30% não são leitores porque a escola não os capacitou para a leitura. Portanto, temos 20% de brasileiros que dominam a leitura, mas não gostam de ler.

ÉPOCA - Por que mesmo crianças pequenas têm dito que não gostam de ler?

Zoara - A criança fica fascinada com contação de história, quer que repita a mesma história muitas vezes. Mas nós temos que desenvolver esse interesse. É preciso ler para criança, ler na frente dela, dar livros de presente. São formas de conquistá-la, de mostrar que a leitura tem valor. Será que alguém nasce gostando de futebol no Brasil? Gostam porque isso é valorizado.

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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A SOGRA IDEAL

A sogra ideal

Por: Pe. Paulo M. Ramalho


Olá todos!


Eis a ideia para você refletir ao longo da semana: "a sogra ideal".

Ao comentar a uma moça que ia escrever sobre a sogra ideal ela respondeu imediatamente: a "minha não é"! Mas a bem da verdade, outras também disseram: “não tenho nada a reclamar da minha sogra!”

Como se vê este é um tema bastante candente!

Sendo um tema tão vivo e com muitas e muitas histórias quando se toca neste assunto, é importante que falemos sobre ele, pois nada como encontrar pela vida uma "sogra ideal".

Já adianto que na próxima mensagem escreverei sobre a "nora ideal". Assim as sogras ficarão mais calmas. Também já adianto que toda relação sogra-nora não está fadada a permanecer como está. Todo ser humano pode mudar e mudar para melhor! Comecemos por rezar!

O que Jesus Cristo diria para uma sogra? Penso que diria muitas coisas, mas mais concretamente quatro coisas?

a) : a mais fundamental: que toda sogra procure crescer continuamente na virtude da caridade

São Paulo nos diz que o amor, a caridade, é o compêndio de todas as virtudes (cfr. 1 Cor 13, 4-7). Quando há amor, e um amor verdadeiro, iluminado pelo amor de Deus, todos os nossos gestos são realizados na hora certa e na medida certa. Não há dificuldade que não possa ser superada. Tudo se resolve.

Uma sogra que procura crescer continuamente na caridade saberá passar por cima de muitas pequenas desavenças e incompreensões e encherá de bênçãos a relação com a sua nora ou o seu genro. Será, com certeza, uma sogra muito querida.

b): que toda sogra procure ter um desprendimento sadio do seu filho ou da sua filha

O desprendimento sadio é uma virtude. Tanto está errado o apego a um filho ou a uma filha quando o desinteressar-se dele ou dela.

A sogra que está apegada ao filho ou à filha inevitavelmente provocará ciúmes por parte do outro cônjuge e realizará intromissões indevidas.

Não se esqueça que o apego é uma carência afetiva. Não se esqueça que você deve amar primeiro o seu marido e se preocupar em melhorar a relação com ele do que pôr o amor no filho ou na filha para buscar uma compensação.

Nosso apoio é Deus! Quem deve preencher o nosso coração antes de mais nada é Deus e não um marido, um filho, etc. Se Deus é o nosso grande amor e em Deus amamos o próximo, então tudo fica no lugar certo!

c) : que toda sogra procure ter senso de oportunidade

Pense que intrometer-se na vida de um casal é sempre delicado, pois todos nós desejamos ter autonomia.

Procure ajudar, mas ajude somente se for solicitada ou se tiver certeza que agradará o filho e a nora ou a filha e o genro.

Eu sei que é difícil ver, ao seu entender, a nora ou o genro tomarem uma decisão errada, ou simplesmente realizarem algo que, ao seu ver, não é o melhor. Mas é preferível não falar nada se não for oportuno. Faça algo muito importante: reze!

d): que toda sogra procure crescer a cada dia na humildade

Toda sogra deve saber que nesta vida há inúmeras formas de educar, de guardar as coisas na geladeira, de colocar as coisas no armário, etc.

Toda sogra deve ser o suficientemente humildade para aceitar que ela não é melhor nem pior do que a nora ou o genro: é simplesmente diferente. Muitas vezes, sim, terá razão, mas saberá ser humilde para falar da melhor maneira possível ou, o que será necessário muitas vezes, calar.

Ser uma sogra ideal é uma ciência! Na verdade é questão de imitar cada vez mais a Cristo. Não deixem de olhar para Cristo e assim todo o vosso comportamento será "ideal".

Uma santa semana a todos!

Pe. Paulo M. Ramalho

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Pe. Paulo M. Ramalho - Sacerdote ordenado em 1993. Engenheiro Civil formado pela Escola Politécnica da USP; doutor em Filosofia pela Pontificia Università della Santa Croce; Capelão do IICS (Instituto Internacional de Ciências Sociais). Atende direção espiritual na Igreja de São Gabriel, em São Paulo

O MUSEU DA TAM AMPLIA ACERVO COM AERONAVE DA 2º GUERRA

O Museu Tam acaba de restaurar uma aeronave da 2ª Guerra Mundial para integrar em seu acervo. A nova atração é o Focke-Wulf - J44 “Stieglitz”, um modelo de monomotor alemão, fabricado na cidade alemã de Bremen, a partir de 1933, e utilizado pela Luftwaffe (Força Aérea Alemã) durante a guerra. O modelo foi ainda produzido em Córdoba (Argentina) e no Rio de Janeiro (Brasil), na antiga Fábrica do Galeão.


O exemplar que está exposto no Museu TAM, em São Carlos (SP), foi fabricado na Argentina, em 1943. Antes de ser exibido ao público, precisou passar por um extenso trabalho de restauração. Depois de quase dois anos, o avião foi finalizado com uma dupla pintura em sua fuselagem: metade com o desenho da Luftwaffe, metade com as cores da Marinha do Brasil.




“Temos muito orgulho de ter realizado este trabalho especial de restauração aqui mesmo porque resgatamos o Stieglitz de um péssimo estado de conservação para deixá-lo inteiro, com totais condições de voo. O público agora tem a chance de conferir de perto um biplano extremamente ágil e em toda a sua plenitude”, afirma João Amaro, presidente do Museu Tam.



Com esta nova atração, o Museu Tam agora tem 82 aeronaves expostas, incluindo outras raridades importantes para a história mundial da aviação civil e militar, como os aviões Tiger Moth e Stearman. Só neste ano, entre os meses de janeiro e julho, mais de 42 mil pessoas já visitaram a instituição em São Carlos.

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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

ONG É PROIBIDA DE DAR LIVRO EM VIADUTO DE SÃO PAULO

A organização não-governamental (ONG) Educa São Paulo havia programado para a manhã de ontem, segunda-feira, a distribuição de cerca de 8 mil livros, entre obras de literatura brasileira, livros infantis e gibis, no Viaduto do Chá, região central. A intenção era, além de incentivar a leitura, protestar contra o abandono das bibliotecas da cidade, que, segundo o presidente da ONG, Devanir Amâncio, "têm livros, mas não têm leitores."
Uma perua Kombi estacionou no Viaduto do Chá por volta das 23 horas de domingo para organizar e separar os títulos por autor e gênero, mas foram impedidos. Quatro guardas-civis metropolitanos disseram para os integrantes da ONG que eles deveriam ter autorização da Prefeitura para realizar a distribuição. "Eles disseram que estavam em alerta, esperando pela ação, e que a ordem era impedir", disse Amâncio.

A iniciativa, intitulada Bienal Relâmpago, agora será transformada em Bienal Móvel. Segundo Amâncio, duas Kombis - equipadas com aparelhos de som e faixas - percorrerão locais movimentados da região central da cidade oferecendo livros às pessoas. "Devemos começar ainda pela região do Viaduto do Chá, porque ali é área de Zona Azul e, se pagarmos, podemos estacionar por um tempo para distribuir os livros."

Ainda sem itinerário ou data marcada para a ação, Amâncio disse que é provável que a distribuição seja realizada neste sábado. Segundo ele, os livros foram doados por moradores da cidade. "Os próximos gestores têm de oferecer uma política eficiente de incentivo à leitura, para que as bibliotecas não sejam depósitos de livros como são hoje." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

SESCON - CURSO DE ORGANIZAÇÃO DO ARQUIVO CONTÁBIL E FISCAL




O Sescon promoverá no próximo dia 11 de setembro, das 8 às 17h30, no auditóro das Faculdades FACCAT, em Tupã, o Curso de Organização do Arquivo Contábil e Fiscal. O curso terá carga horária de 8 horas.

As atividades desenvolvidas apresentarão aos participantes, toda a rotina e métodos para organização e digitalização dos documentos contábeis/fiscais, com o objetivo de atender às exigências técnicas, legais e administrativas, proporcionando tranquilidade e agilidade na recuperação de documentos, quando da sua necessidade ou por motivo de fiscalização.

O instrutor será Juan Cacio Peixoto, bibliotecário com especialização em Organização de Arquivos/USP. Juan Cacio Peixoto tem ampla experiência na área de Arquivologia, Biblioteconomia e Documentação, desenvolvendo trabalhos de organização e reestruturação de arquivos em empresas de diferentes portes e segmentos. Transfere com clareza, valiosas experiências adquirida em múltiplas consultorias.

Atualmente é instrutor de treinamento do SENAC, PRODEP, SESCON-SP, ACIC-Associação Comercial de Campinas, SINSESP-Sindicato das Secretárias, Recicle Treinamento Empresarial, com treinamentos voltados a organização de Arquivos das áreas Contábil, Fiscal, Pessoal, Técnica e Administrativa, contribuindo na formação de profissionais que se dedicam ao gerenciamento da informação.

Programa

1 - Constituição do Arquivo
• Conceito de Informação, Documento e Arquivo
• Espaço físico ideal para guarda dos documentos
• Condições de segurança e conservação

2 - Documentação / Fluxo de Documentos
• Arquivo Ativo / Setorial, Intermediário e Inativo / Morto
• Documentação Fiscal: Identificação de documentos no arquivo
• Catalogação e Classificação de Documentos

3 - Prazo de Guarda / Temporalidade Documental
• Documentação sujeita a fiscalização
• Quanto tempo guardar o documento no Arquivo?
• Quando e como eliminar? O que determina a legislação?

4 - Metodologia de Organização - Módulo 1
• Como, quando e por onde começar?
• O que a fiscalização exige na organização?
• Metodologia de organização para cada tipo de documento

5 - Metodologia de Organização - Módulo 2
• Como organizar Nota Fiscal, Livro Fiscal, Razão, Movimento Contábil, etc. Guia de Impostos: Método rápido para facilitar a localização
• Índice de Arquivo / Controle de Entrada / Saída de Documentos

6 - Digitalização de documentos
• Preparação dos documentos
• Higienização
• Captura
• Controle de Qualidade
• Indexação
• Gravação
• Acesso via WEB

7 - Recursos Materiais
• Suporte de arquivamento: pastas, etiquetas, caixas e outros materiais utilizados na organização
• Apostila e formulários que ajudarão na organização do arquivo
• Será abordado também a Terceirização do Arquivo, suas vantagens e desvantagens.



Fonte da postagem

MAIORIA DAS MATERNIDADES DO INTERIOR NÃO POSSUI CONVÊNIO COM CARTÓRIOS








Apesar de provimentos que facilitam a emissão de certidões, poucas unidades de saúde fornecem o serviço
O Ceará registrou, no ano passado, 128.293 nascimentos. Destes, 29% somente em Fortaleza. Mas, na realidade, nem todas essas crianças vão sair do hospital com a garantia de existirem oficialmente. Isso porque, no Interior do Estado, as maternidades não são interligadas com os Cartórios de Registro Civil e muitos desses bebês poderão crescer e chegar à adolescência e à vida adulta sem um documento que prove que eles vivem.


Maternidades e cartórios devem trabalhar em parceria para emitir os registros de nascimento e também precisam estar cadastrados no sistema eletrônico da Corregedoria Nacional, atendendo ao Provimento Nº 13 da CNJ Fotos: Kid Júnior

Mesmo com cartórios civis nos municípios, não é todo pai e mãe que cumpre o dever de registrar o filho, mesmo com o serviço sendo gratuito há 15 anos. E ainda há outras facilidades oferecidas pelo Estado.

No último dia 15, a Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ) publicou documento que facilita a emissão de certidões ainda nas maternidades. Pelo Provimento Nº 17, não será mais necessário o envio da digitalização de documentos no ato do registro, bastando a declaração do profissional das unidades interligadas nas maternidades.

O sistema de unidades de saúde interligadas a cartórios de registro civil foi implantado por meio do Provimento Nº 13 da CNJ, em 2010. Para emitir o documento, as maternidades devem trabalhar em parceria com cartórios e ambos precisam estar cadastrados no sistema eletrônico da Corregedoria Nacional.

Mesmo com a publicação desses documentos, o Ceará ainda está longe de erradicar os sub-registros através desse serviço.

De acordo com a orientadora da Célula de Proteção Básica da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social do Estado (STDS), Sandra Luna, que coordena o Programa de Combate ao Sub-Registro no Ceará, somente duas maternidades no Estado atendem ao provimento: a do Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e do Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC).

No Interior do Estado, a situação é ainda mais complicada. O único município em que a maternidade tem convênio com o cartório é Tauá, de acordo com a diretora da Associação dos Notários e Registradores do Ceará (Anoreg-CE), Irani Macedo.

Documentação

Em Fortaleza, nessas duas unidades de saúde, o atendimento acontece de segunda a sábado e um profissional do cartório tem sala própria no hospital, onde o registro de nascimento é entregue em apenas dez minutos, mediante a apresentação da identidade original dos pais, da declaração de nascido vivo (DNV), fornecida pelo hospital e certidão de casamento, no caso de os pais serem casados. Já no caso dos pais que vivem juntos, a mesma documentação é exigida, com exceção da certidão de casamento, mas os dois devem assinar.


Juciane da Silva não pôde registrar a filha, Ana Lia, pois ela mesma não tem certidão de nascimento, assim, elas não existem oficialmente

Nesta segunda situação, que representa 80% dos casos atendidos no HGCC, o acesso à certidão de nascimento é facilitado, já que, se o casal registrar a criança ainda no hospital, não há a necessidade de ir ao cartório.

O vendedor Jair Freitas de Araújo, por exemplo, foi um dos beneficiados com a ação no HGCC. Se não existisse o serviço, ele teria que ir com a companheira e o filho, Victor Enzo, até a Parangaba ou o Centro e aguardar na fila para conseguir o documento. "Esse serviço facilita a nossa vida. Até para tirar cópia, a gente enfrenta fila, imagine com um bebê e uma esposa operada?".

Atendimento

Nas outras maternidades da Capital, o serviço também é disponibilizado. Entretanto, ainda não atendem ao Provimento 17, que faz a interligação entre os cartórios e as maternidades on-line. Nas unidades mantidas pela Prefeitura, Hospital Nossa Senhora da Conceição e Gonzaguinhas de Messejana, Barra do Ceará e José Walter, somente nesta última, é possível solicitar o registro uma vez por semana.


Na unidade interligada de Registro Civil do Hospital Geral Dr. César Cals, o serviço de registro de nascimento é oferecido de segunda-feira a sábado

Nas outras, o atendimento acontece de segunda a sexta, assim como na Maternidade Escola Assis Chateaubriand (Meac), da Universidade Federal do Ceará. As mães que derem à luz os filhos no fim de semana têm seus atendimentos agendados para a segunda-feira subsequente.

Mesmo assim, o número de registros é bem inferior à quantidade de partos. No Gonzaguinha de Messejana, por exemplo, segundo o diretor-geral Eusébio Teixeira, dos 450 partos feitos por mês, menos da metade dos bebês tem o registro de nascimento solicitado. "Esse número é baixo porque muitas mães moram no Interior e não querem registrar os filhos aqui. Outras não são casadas e os companheiros não vêm ao hospital para fazer o documento", analisa.

Estatísticas

De acordo com a assistente social Sara Frota Marcelo, coordenadora da Unidade Interligada de Registro Civil do HGCC, apesar de não existirem estatísticas de quantas mulheres chegam sem documentos, isso não é raro de acontecer. "Nós recebemos mulheres de todo o Estado, assim como pessoas em situação de rua e outras que nunca tiraram a certidão de nascimento".


Andreza Lima, mesmo morando em Itapajé, optou por registrar a filha em Fortaleza, mas a maioria dos pais prefere fazer a certidão em sua cidade natal

Entre esses casos, está o da dona de casa Juciane da Silva, de 20 anos. Moradora do bairro Pan Americano, ela não existe oficialmente e, por isso, não pôde registrar a pequena Ana Lia. Por ter nascido em casa, a mãe de Juciane não a registrou. Mesmo assim, ela cursou até o 8º ano do Ensino Fundamental, porque, quando começou a estudar, o documento não foi exigido. Há três meses, solicitou a primeira via do registro. "Pedi na Defensoria Pública, mas começou a greve. Não sei quando vou receber".

Na Meac, parturientes sem documentos também são comuns. A dona de casa Rafaela Rodrigues não pôde registrar o seu filho, Thauã, ainda no hospital, porque perdeu a sua certidão de nascimento. Para receber a segunda via, deverá esperar, pelo menos, três meses.

Ignorância impede que se procurem os direitos

Para o professor de Direito Urbanístico da Universidade de Fortaleza (Unifor) e doutor em Direito Público, Laécio Noronha, o fato de uma criança não ter registro de nascimento fere não só o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), mas, também, a Constituição. "O registro de nascimento é a vida documental de uma pessoa. Sem esse documento, ela não terá direito a mais nada e não poderá tirar mais nenhum documento. Isso fere o artigo 5º da Constituição", afirma.

Laécio Noronha ressalta como a falta de conhecimento sobre seus direitos interfere no não acesso a esse documento. "Muitos deixam isso para lá por não terem conhecimento de que podem tirar a primeira via gratuitamente nos cartórios. A divulgação ainda não é suficiente. Deveria ser feito um trabalho mais massivo sobre isso", destaca.

Prejuízos

O professor esclarece que não há punição penal para quem deixa de registrar seu filho. "Porém, os pais que não se interessam em tirar o registro do filho estão prejudicando-o, já que ele não poderá estudar e nem ter acesso aos programas sociais do governo. Muitas vezes, isso se dá pela desestruturação das famílias, com mães que têm filhos de três, quatro pais diferentes. É necessário mais atenção dos órgãos públicos para resolver esse problema", conclui.

Projeto facilita registros em Tauá

Enquanto
na Capital cearense a maioria das maternidades ainda não consegue registrar mais do que a metade das crianças, no município de Tauá, situado a 337 quilômetros de Fortaleza, esse índice chega a 80%.

De acordo com a diretora da Associação dos Notários e Registradores do Ceará e proprietária do Cartório de Registro Civil daquela cidade, Irani Macêdo, desde 2001, a instituição disponibiliza um funcionário para atuar em parceria com a maternidade do município e, assim, facilitar o acesso das mães à Certidão de Nascimento.

O projeto, idealizado pelo cartório, funciona de segunda a segunda, em horário comercial. "Todos os dias, um agente da cidadania, como chamamos o funcionário destacado pelo cartório, vai até a maternidade e colhe os dados necessários. Se a mulher já estiver de alta, visitamos a casa dela para fazer o documento para que ninguém fique sem a certidão", explica.

A diretora da Anoreg também concorda que uma das grandes dificuldades no combate ao sub-registro é a falta de informação dos pais. "Deveria ser feito um trabalho de conscientização em todo o Estado do Ceará. No Interior, é comum as pessoas andarem sem documentos até no dia a dia, imagine na hora do parto, em que a mulher está fragilizada por conta das dores e outras preocupações e nem sempre tem alguém para acompanhá-la", diz.

Com o projeto, o cartório tem acesso a todos os nascimentos que ocorrem na maternidade da cidade de Tauá e, assim, faz um acompanhamento caso a caso. "Quando o pai demora a comparecer e percebemos a falta de interesse, levamos o livro de registro até a casa dele", relata a diretora da Associação dos Notários e Registradores do Ceará.

Os outros 20% que preferem não registrar, em geral, são pessoas de outros municípios, que querem que o filho seja registrado na cidade dos pais. "Pela maternidade de Tauá ser regional, recebemos crianças de outros locais, como Catarina, e esses pais fazem questão de registrarem os filhos nos cartórios de lá", acrescenta a diretora.

Conscientização


Outro problema encontrado surge quando os pais não são casados. "Existem casos em que a mãe quer que o pai dê seu sobrenome ao filho e como ele não quer assumir, ela espera até ele mudar de ideia e, enquanto isso, a criança fica sem registro", acrescenta.

Nestes últimos três meses, o cartório emitiu 180 primeiras vias da Certidão de Nascimento. "Tentamos de todas as formas conscientizar as pessoas da importância desse documento e, como já foi dito, a gente vai até a casa da pessoa, se necessário for. Se existem casos hoje em Tauá, é questão de irresponsabilidade dos pais", ressalta Irani Macêdo.

Fonte da postagem.

CAMPANHA ARRECADA LIVROS PARA BIBLIOTECA INCENDIADA



Através de iniciativa popular encabeçada pelo jornalista Luciano Demétrius, uma campanha está arrecadando livros para compor o acervo da biblioteca da Escola Municipal Onero Costa Rosa, no bairro Santa Cruz, em Luís Eduardo Magalhães.

O acervo que havia na escola, de mais de 2.500 volumes, foi destruído na semana passada em um incêndio criminoso assumido por um aluno da instituição, que além de queimar a biblioteca, atingiu seis salas de aula e deixou mais de 800 estudantes sem aulas por dois dias.
Para facilitar a continuidade dos assuntos que já estavam sendo estudados, os livros preferência são de literatura brasileira, de cultura da Bahia e do Brasil e didáticos de todas as matérias.
A coordenação da campanha está providenciando um ponto de coleta em Salvador. Interessados em fazer doações podem mandar uma mensagem para o e-mail doacaodelivros@globo.com para comunicar o número de livros a serem doados e receber informação para sua entrega.

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terça-feira, 4 de setembro de 2012

HUNGRIA BATE RECORDE COM LIVRO DE 1,4 TONELADA


Obra mede 4,18 metros por 3,77 metros.
Livro foi finalizado por Bela Varga, sua mulher e 25 voluntários.

A Hungria entrou para o Guinness, livro dos recordes, com o maior livro do mundo. A obra feita pelo húngaro Bela Varga, sua mulher e outros 25 voluntários mede 4,18 metros por 3,77 metros, pesa 1.420 quilos e conta com 346 páginas. O livro está exposto em Szinpetri, a cerca de 240 quilômetros da capital Budapeste, segundo a imprensa húngara.

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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

LIVRO VOLTA A BIBLIOTECA PÚBLICA 78 ANOS APÓS EMPRÉSTIMO NOS EUA


Mulher encontrou exemplar de Oscar Wilde em pertences de sua mãe.
Obra deixou biblioteca em 1934 e foi devolvida nesta quinta (30).

Um livro foi devolvido a uma biblioteca pública de Chicago, nos Estados Unidos, 78 anos após ter sido empresado. O exemplar de “Retrato de Dorian Gray”, de Oscar Wilde, foi encontrado por Harlean Hoffman Vision em meio aos pertences de sua mãe, que havia morrido.



A mulher só devolveu o livro após receber garantias de que não seria presa. Ela aproveitou um período de três semanas no qual a biblioteca permitiu a devolução de livros com atraso sem punição para entregar o exemplar, uma edição limitada e rara da obra.
O livro havia deixado a biblioteca em 1934 e voltou ao local na última quinta-feira (30). A multa pelo atraso na devolução do livro somaria cerca de US$ 6 mil, caso tivesse sido cobrada.



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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

SENADO VOTA OBRIGATORIEDADE DE DIGITALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS IMOBILIÁRIOS


  A Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado analisará nesta quarta-feira, 29, a exigência de substituição de livros, fichas, microfilmes e demais suportes de registros públicos de transações imobiliárias por arquivos eletrônicos. A medida faz parte do Projeto de Lei 23/2010, do então deputado Índio da Costa.
O PL ainda exige que os arquivos atendam aos requisitos da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), a fim de viabilizar a verificação segura de sua autenticidade. O projeto estabelece um prazo de cinco anos para que todos os cartórios adotem o sistema de registro eletrônico, de maneira gradual.

A medida deve reduzir a receita dos cartórios com reconhecimento de firmas e autenticação de documentos, principal alvo de críticas dos opositores. Com informações da Agência Senado

Fonte da pesquisa.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

MUSEU DIGITAL DISPONIBILIZA ACERVO SOBRE A PRESENÇA NEGRA NO ESTADO


Site disponibiliza áudios, vídeos, fotos e documentos de afro descendentes.

Projeto foi criado há cinco meses e já possui mais de dois mil acessos.



Criado há cinco meses pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), o Museu Afro Digital disponibiliza para consulta um acervo on-line de quase mil fotografias sobre a presença dos negros no Estado. De qualquer lugar do mundo é possível também acessar vídeos, áudios e documentários feitos por pesquisadores do programa de pós-graduação em Ciências Sociais da UFMA.


O museu está há cinco meses no ar e já possui mais de dois mil acessos. Nas páginas virtuais um acervo bem particular. Documentos, fotos, vídeos e músicas. Muito desse material só pode ser encontrado site.

“É uma forma dessas pessoas, que são afro descentes, irem à internet, olharem seus ancestrais fotografados, as pessoas que estão representadas ali e terem contato com os pesquisadores que foram coletar material nas comunidades”, explicou o professor Sérgio Ferreti, coordenador do projeto.

O museu afro digital revela o cotidiano dos negros maranhenses desde a época da escravidão, das fugas para as áreas de quilombo. E a história é contada através da cultura popular, da religiosidade e das danças.

São cerca de mil fotografias que mostram as organizações das festas nos terreiros de umbanda, nas brincadeiras de bumba meu boi e em outras manifestações folclóricas. A maioria das fotos foi adquirida em pesquisa pelos professores da universidade. “Pessoas que fizeram pesquisa sobre a Festa do Divino, sobre quilombos e que cedem este material. Há também um grande acervo de fotografias reunidas, documentos antigos de 1940, de1930. Na medida do possível a gente consegue”, acrescentou Ferreti.

O acervo também é composto de vídeos documentários sobre os costumes trazidos pelos negros africanos. No acervo de áudio são cerca de 90 músicas, gravações dos cânticos entoados nos terreiros e a cantoria das caixeiras nos festejos do Divino Espírito Santo.

O museu afro digital promove também um intercâmbio cultural entre pesquisadores acadêmicos e a comunidade remanescente de quilombos. “É uma forma de democratizar, porque é um museu sem donos, as pessoas cedem esse material. Então é uma forma de democratizar cultura e as tradições.

Fonte da postagem.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

PARA CONTESTAR PROGRAMA DO PT , PREFEITURA ABRE SIGILO MEDICO


A Prefeitura de São Paulo divulgou ontem dados do prontuário de um paciente do sistema público que expõem erro no programa eleitoral de TV de Fernando Haddad, candidato do PT. Segundo especialistas, a divulgação de dados médicos sem autorização do paciente configura quebra de sigilo.
No horário eleitoral petista, o caminhoneiro José Machado reclama do sistema municipal de saúde e diz que está aguardando há pelo menos dois anos para fazer uma cirurgia de catarata.
A reportagem do JT questionou a Secretaria Municipal de Saúde sobre o problema. A assessoria de imprensa informou, então, que já havia consultado os dados do paciente na Unidade Básica de Saúde Guaianases 1 e no ambulatório de especialidades Jardim São Carlos e que a “hipótese de diagnóstico” não era catarata, mas pterígio – crescimento do tecido sobre a córnea.
A secretaria ainda questionou o fato de o paciente que aparece no programa de Haddad ter dito que estava na fila para receber uma cirurgia de catarata ao informar que não há filas para isso. Machado disse não ter dado autorização para a divulgação dos dados.
Segundo o Conselho Federal de Medicina, é proibido que o médico, sem consentimento do paciente, revele o conteúdo de um prontuário ou de uma ficha médica. A revelação do segredo médico somente é permitida, diz o órgão, em casos extremos, como abuso sexual, aborto criminoso ou perícias médicas judiciais.
“É quebra de sigilo (divulgar sem autorização). O hospital ou o diretor técnico que responde por ele não pode falar da doença, por mais que o paciente esteja errado”, afirmou Renato Azevedo Júnior, presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo. Para Reinaldo Ayer, professor de Bioética da USP, “caracteriza uma infração ética a divulgação do prontuário médico por parte do médico ou hospital, sem autorização”.
A Prefeitura de São Paulo é administrada pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD), que apoia o candidato do PSDB, José Serra.
A campanha de Haddad minimizou a informação errada exibida em seu programa de TV. Afirmou que foi Machado que afirmou ter catarata. Disse ainda que, provavelmente, ele não sabia a diferença entre catarata e a doença que de fato possui. Os petistas também atacaram a Prefeitura afirmando que o problema de Machado deveria ter sido resolvido independentemente do diagnóstico. “Pterígio é mais simples que catarata”, disse Carlos Neder, vereador petista.
Segundo a assessoria de imprensa da secretaria, Machado fora atendido no dia 13 de janeiro no ambulatório de especialidades no Jardim São Carlos. Depois do atendimento, afirmou o órgão, ele foi encaminhado ao Cema (hospital de especialidades que é privado, mas que tem convênio com o governo). Teria sido atendido no dia 17 de janeiro, quando fora recomendado um novo exame nos olhos do paciente.
As informações sobre o prontuário do paciente foram passadas ao JT por telefone, antes de o jornal formalizar um pedido de informações. Por escrito, a reportagem, então, solicitou que fossem repassadas as informações sobre “a fila para realizar o atendimento médico do sr. José Machado”. Depois, o jornal voltou a questionar, por telefone, a assessoria sobre o fato de a secretaria ter divulgado as informações sobre o paciente.
Nota
O órgão enviou nota dizendo que a secretaria “iniciou uma averiguação”, “como em todas as situações deste tipo”.
“A campanha do candidato Fernando Haddad colocou em seu programa de TV o depoimento do sr. J.M.S., que alega estar há dois anos aguardando por uma cirurgia de catarata e que já estaria com a visão prejudicada. Como em todas as situações deste tipo, a Secretaria Municipal da Saúde iniciou uma averiguação, até porque não há fila de espera para catarata na cidade de São Paulo”, informou a secretaria.
Ainda segundo a nota oficial, “o principal problema oftalmológico que afeta o paciente não é a catarata” e que “o paciente está sendo atendido e acompanhado pelo Cema (Hospital Especializado). A nota da secretaria também disse que “o paciente necessita de um exame UBM (ultrassom de córnea), que não está incluído pelo Ministério da Saúde na Tabela do SUS”.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

BIBLIOTECA NACIONAL ABRE INSCRIÇÕES PARA O PRÊMIO VIVA LEITURA 2012


Biblioteca Nacional abre inscrições para o Prêmio Vivaleitura 2012

A Fundação Biblioteca Nacional (FBN) lançou nesta segunda-feira o edital do Prêmio Vivaleitura 2012, que nesta edição oferece um total de R$ 540 mil a projetos comprometidos com o fomento à mediação da leitura no País. As inscrições são gratuitas e estão abertas até o dia 1º de novembro a instituições públicas, privadas e comunitárias.

Serão premiados 18 projetos, cada um com R$ 30 mil. Criado em 2006 e com abrangência nacional, o Vivaleitura já reuniu mais de 13 mil iniciativas de incentivo à leitura. O prêmio é uma realização da FBN, com a coordenação e execução da Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), em conjunto com o Ministério da Educação e parceria de outras instituições.

O Vivaleitura é dividido em três categorias. A primeira é destinada às bibliotecas públicas, privadas e comunitárias sem ligação com instituições de ensino. Trabalhos realizados em colégios públicos e particulares, sob a responsabilidade de docentes, diretores, coordenadores e bibliotecários, concorrem na categoria Escolas Públicas e Privadas.

Já a categoria Sociedade avalia projetos formais ou informais executados por bibliotecas ligadas a universidades, cidadãos vinculados a organizações não governamentais (ONGs) e instituições sociais.

Segundo a FBN, serão selecionados pela comissão organizadora do prêmio 18 projetos finalistas, seis em cada categoria, a serem contemplados cada um com prêmio no valor de R$ 30 mil. A cerimônia de premiação será realizada em dezembro.

As inscrições podem ser feitas via internet, no site, ou via postal, por carta registrada endereçada a Prêmio Vivaleitura/Fundação Biblioteca Nacional - Av. Rio Branco, 219 - Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20040-008. Os trabalhos enviados pelo correio deverão estar acompanhados da ficha de inscrição disponível no site, devidamente preenchida.

DOCUMENTO PARA RESCISÃO DE CONTRATO DE TRABALHO TERÁ NOVO MODELO A PARTIR DE NOVEMBRO


Documento para rescisão de contratos de trabalho terá novo modelo a partir de novembro


Os documentos para a rescisão de contratos de trabalho deverão seguir um novo modelo a partir de novembro. O Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho (TRCT) deverá especificar detalhadamente as verbas rescisórias devidas ao trabalhador e as deduções.

Se o documento não estiver de acordo com o novo modelo, não será autorizado o saque do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), nas agências da Caixa Econômica Federal. O modelo vale também para a rescisão de contratos de trabalhadores domésticos.

Os empregadores têm até 31 de outubro para se adequar à regra. O novo modelo está disponível na página do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) na internet e já pode ser usado.

No documento devem constar adicional noturno, de insalubridade e de periculosidade, horas-extras, férias vencidas, aviso prévio indenizado, décimo-terceiro salário, gorjetas, gratificações, salário família, comissões e multas. Também deverão ser discriminados valores de adiantamentos, pensões, contribuição à Previdência e Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF).

De acordo com o governo, o objetivo é facilitar a conferência dos valores pagos e devidos ao trabalhador.

Carolina Sarres
Da Agência Brasil, em Brasíl
Fonte

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

USUÁRIOS DEVEM SE LIVRAR DO JAVA COM URGÊNCIA, DIZ EXPERT DA MICROSOFT

Segundo Matt Oh, do Microsoft Malware Protection Center, falhas na linguagem permitem escrever malware que atinge várias plataformas.

De acordo com pesquisadores, a linguagem Java, usada em todos os sistemas operacionais, é um perigo crescente à segurança dos dados.
Na semana passada, o pesquisador Matt Oh, do Microsoft Malware Protection Center, postou um artigo no TechNet sobre como se proteger de malware baseado em Java. Para enfatizar o ponto, ele deu uma palestra na Black Hat 2012, no mesmo dia, dizendo que a situação com o Java está se deteriorando - e não apenas no Windows.
"Vemos mais e mais vulnerabilidades Java exploradas livremente... uma vulnerabilidade Java pode levar a ataques em várias plataformas", disse Oh.
O principal ponto de preocupação são violações da sandbox (método para executar aplicações protegendo o SO). Se os autores de malware podem escapar da sandbox do Java/JRE, podem assumir o controle de um sistema, seja Windows, Mac OS X, ou Unix.
Uma única vulnerabilidade Java, do tipo "type-confusion" pode resultar em invasões bem-sucedidas que ignoram as defesas do sistema operacional.
"'Type-confusion' é uma vulnerabilidade que ocorre quando a verificação de segurança no Java Runtime Environment falha na verificação de instruções de trabalho com diferentes tipos", disse Oh.
Pior ainda, o fato de que o programa ser escrito em Java facilita a chamada ofuscação de código, tornando o malware mais difícil de ser detectado.
A recomendação do especialista da Microsoft é fazer o update do Java Runtime Environment (JRE) e desabilitá-lo sempre que possível. E, caso não use o Java, desinstalá-lo do sistema.

EMPRESAS PODEM APLICAR CLÁUSULA DE SIGILO, DECIDE TRT-SP

Apesar de não estarem previstas na legislação trabalhista brasileira, as cláusulas de não-concorrência e de sigilo e confidencialidade podem ser aplicadas pelas empresas nos seus contratos. Com este entendimento, a 9ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo condenou ex-funcionário de uma consultoria em negócios a devolver os R$ 64 mil que recebeu da empresa para cumprir a cláusula de confidencialidade depois que deixou o emprego, o que não o fez.


A relatora do processo, desembargadora Jane Granzoto, explica na decisão que, diferentemente das sociedades em que o método de produção era mais simples e de conhecimento comum, hoje em dia a informação vale muito, com impactos nas questões jurídicas, econômicas e trabalhistas das empresas.

“Sobretudo em momentos cruciais de crise econômica e leonina competitividade, a questão envolvendo o uso que o empregado faz do conhecimento — know how —e das informações empresariais sigilosas obtidas na vigência do contrato torna-se relevante no âmbito do Direito do Trabalho”, escreveu a desembargadora.

Na mesma decisão, entretanto, a empresa foi condenada a indenizar em R$ 500 mil o ex-funcionário, por danos morais. Em notificação extrajudicial enviada à concorrente para a qual o executivo trabalha atualmente, a consultoria diz que há indícios e suspeitas de que ele participa de um “plano de ação” para tirar os seus melhores funcionários.

Os desembargadores do TRT-SP concluíram que essa medida criou uma situação constrangedora e vexatória para o funcionário no seu novo emprego, com repercussão negativa na sua imagem profissional. Se houve violação da cláusula de confidencialidade, de acordo com a decisão, somente o executivo e a empresa devem estar envolvidos no conflito. Portanto, houve abuso de direito por parte da consultoria.

Durante quase três anos o executivo trabalhou na consultoria em negócios. Quando saiu, recebeu os R$ 64 mil para cumprir a cláusula de sigilo, o que o impediria de aplicar as técnicas e estratégicas que aprendeu em empresas concorrentes. No entanto, ele não recebeu os R$ 191 mil previstos na cláusula que o impedia de trabalhar em empresas concorrentes. Esse foi um dos motivos que o levou à Justiça Trabalhista.

Na ação, a empresa se defendeu dizendo que não pagou o previsto na cláusula de não-concorrência porque entendeu que, sim, ele poderia trabalhar em outra consultoria no mesmo ramo de atividade. Além do que, o pagamento desta indenização dependeria de aprovação do conselho administrativo da companhia, sem se tratar de um benefício automático. Argumento que foi aceito pela Justiça, em primeira e segunda instâncias.

De acordo com os autos, depois de deixar a empresa, o executivo planejou abrir uma consultoria. Mandou e-mail para os seus antigos colegas de trabalho e os convidou para reuniões sobre o novo projeto, inclusive com a participação de clientes da empresa para a qual trabalhava.

“Frise-se, ainda, que o percuciente manuseio do mencionado documento deixa assente que o modelo empresarial proposto pelo demandante valia-se de características da ex-empregadora, a exemplo da participação e do padrão de distribuição das cotas societárias”, escreveu a relatora na decisão.

Segundo Jane Granzoto, neste caso, houve violação da cláusula de sigilo. Além de abordar funcionários e clientes da empresa, afirma a desembargadora, o autor da ação revelou “preciosas informações” da consultoria durante as discussões para a abertura da nova empresa.

No acórdão, a 9ª Turma do TRT-SP ressalta que a boa-fé objetiva, que deve nortear todas as relações contratuais, devem ser respeitadas durante e depois do contrato, como prevê o artigo 422 do Código Civil.
Clique aqui para ler a decisão.

INSS INTEGRA CERTIFICAÇÃO DIGITAL A SISTEMA DE ATESTADO ELETRÔNICO

Adoção do mecanismo de segurança é para coibir fraudes na emissão do atestado digital, que começa a ser implantado em todo o Brasil.
Para reduzir a espera dos pacientes que necessitam de perícia médica enquanto estão afastados de seus postos de trabalho, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começa a implantar, em todo o Brasil, o atestado médico eletrônico, autenticado pela certificação digital ICP-Brasil.

Com adoção da tecnologia, o trabalhador impossibilitado de cumprir suas funções por motivo de doença, no período de até 60 dias, não terá mais de passar pela perícia médica para homologar a concessão do benefício do seguro social. Segundo o INSS, espera-se uma mudança de prioridades e o direcionamento da força de trabalho para outras atividades.

De acordo com INSS, o segurado vai ao médico assistente, que pode ser da rede particular ou pública, e este profissional diagnostica normalmente a doença. Se achar que a saúde do paciente será recuperada em mais de 16 e menos de 60 dias, o médico entra no site da Previdência Social, autentica o atestado eletrônico, com uso da certificação digital ICP-Brasil, e emite as informações ao órgão.

Com esse procedimento, o benefício será concedido automaticamente e o segurado não precisará agendar uma perícia médica e nem ir a uma Agência da Previdência Social.

"O objetivo é tornar o sistema mais ágil e evitar a demora na marcação das perícias. O auxílio doença será fornecido sem perícia médica apenas aos segurados obrigatórios, como o empregado, o contribuinte individual, o doméstico e o avulso. Empregados afastados por acidente de trabalho continuam obrigados a passar pela perícia”, informa o INSS

De acordo com o orgão, com a utilização dos certificados digitais da ICP-Brasil, serão evitadas as fraudes mais comuns como a falsificação de atestado e período de afastamento. Isso em razão de ser o próprio médico quem irá informar, eletronicamente, a quantidade de dias em que o empregado deve permanecer fora do posto de trabalho e o  código internacional (CID) utilizado para classificar os diversos tipos de doenças.

FUNCIONÁRIOS DA BIBLIOTECA NACIONAL PEDEM OBRAS URGENTES


RIO - Ela abriga relíquias como partituras originais das óperas de Carlos Gomes, manuscritos sobre a administração colonial no Brasil e a primeira edição de “Os Lusíadas”, de Luís de Camões, de 1572, entre outros importantes registros históricos e artísticos. Mas foi por causa de sua arquitetura eclética, baseada em projetos franceses de meados do século XIX, que em 1973 a Biblioteca Nacional foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Apesar disso, a burocracia estatal tem impedido a realização de reformas emergenciais. Na quarta-feira, servidores da biblioteca fizeram uma manifestação nas escadarias da instituição, no Centro, para cobrar obras urgentes para os males que afligem o prédio: goteiras, paredes rachadas, periódicos destruídos por uma inundação em maio, ratos e baratas. Ainda segundo os manifestantes, com o ar-condicionado desligado há cerca de três meses, o calor ultrapassa os 40 graus.
Última grande reforma nos anos 80
Em outubro, o prédio vai completar 112 anos. A direção da Fundação Biblioteca Nacional diz que não tem poupado esforços para arrumar a casa, embora a última grande reforma tenha sido feita na década de 1980. Como noticiou ontem o jornalista Ancelmo Gois em sua coluna no GLOBO, a FBN firmou contrato para a troca do sistema de ar-condicionado, desligado desde maio, quando uma avaria causou a inundação de quatro dos seis andares do armazém de periódicos e a destruição de boa parte do acervo. Vários outros projetos estão em andamento, de acordo com a assessoria de comunicação da instituição. Além disso, no início deste mês, foi concluída a instalação de um sistema de detecção de alarme de incêndio.
Na quarta-feira, cerca de 50 manifestantes levaram um bolo com muitas velas para a escadaria da biblioteca, na Avenida Rio Branco, para celebrar, de forma irônica — conforme o texto lido pelos funcionários no local —, o “aniversário das baratas que infestam todo o prédio, com destaque para seu ‘berçário’, no quinto andar; das pragas que gostam muito de papel; brocas, traças e cupins, que ameaçam permanentemente o acervo; dos ratos do primeiro andar”. Outro problema apontado durante a manifestação é o excesso de peso exercido sobre a estrutura do prédio.
— Ficamos muito apreensivos após o desabamento dos prédios na Avenida Treze de Maio (que aconteceu em janeiro deste ano). Ainda mais quando sabemos que há uma sobrecarga de peso do acervo na Biblioteca Nacional. O prédio foi construído com capacidade para abrigar 800 mil volumes. Hoje, há mais de nove milhões de volumes. E a média de recepção é de cem mil por ano. A situação é resultado de décadas de abandono e deterioração — criticou Lia Jordão, vice-presidente da Associação dos Servidores da Biblioteca Nacional, que organizou a manifestação realizada ontem.
Vários tapumes metálicos cercam o prédio da biblioteca. O objetivo é impedir que pedestres se aproximem demais do imóvel e corram o risco de se ferir com pedaços de reboco que possam cair.

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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

CARTÓRIOS VÃO EMITIR 2ª VIA DE CERTIDÕES PELA INTERNET



Todos os cartórios de registro civil paulistas estão oferecendo aos usuários um sistema eletrônico para emissão da segunda via de certidões de nascimento, casamento ou óbito.
O novo modelo só vale para certidões emitidas em São Paulo, mas deve se integrar com cartórios de outros Estados nos próximos meses.
A novidade do sistema integrado é que os interessados poderão pedir a certidão via internet, pelo site www.registrocivil.org.br, e optar por baixar um arquivo em seu computador ou recebê-la, impressa, em qualquer um dos 836 cartórios de registro civil do Estado.
Antes o usuário deveria ir ao cartório onde se encontra o documento e pedir a segunda via. Se estivesse em outra cidade, o documento seria enviado pelo correio.
A segunda via não tem prazo de validade, e o novo serviço custará R$ 22,05, o mesmo valor adotado atualmente.
"Cada cartório já possui essas informações digitalizadas. A novidade é que iremos compartilhar entre eles as certidões, agilizando o processo de quem tem os documentos em cidades diferentes da qual habita atualmente", informa Luis Carlos Vendramin Junior, vice- presidente da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo.
A PARTIR DE 1976
Mas as certidões disponíveis nesta primeira etapa só serão as emitidas a partir de 1976. O prazo para as dos últimos 26 anos ficarem disponíveis no novo sistema eletrônico será até o final de 2014.
O grande desafio do programa será, segundo Vendramin, digitar todos os dados das certidões para integrar o sistema único de consulta.
Desde 2005 a associação previa criar o sistema, mas empecilhos judiciais impossibilitavam a implementação
Fonte:  FOLHA DE SÃO PAULO 10/08/2012