sexta-feira, 21 de setembro de 2012

LITERATURA: MAIOR PREOCUPAÇÃO É A FLEXIBILIZAÇÃO DO DIREITO AUTORAL

RIO - O mercado editorial torce para que Marta Suplicy dê continuidade ao trabalho de Ana de Hollanda com relação aos direitos autorais. — Se a Ana não tivesse pedido revisão (do projeto proposto por Gil e Juca Ferreira), a lei já teria sido aprovada, e a difusão e a produção intelectual teriam sido dizimadas neste país. Não se pode ser tão flexível quanto estava sendo proposto. Espero que a Marta consiga visualizar isso — diz Karine Pansa, presidente da Câmara Brasileira do Livro, que afirma estar “bem otimista”. — Estive com Marta Suplicy na posse e ela disse: “Livro muito me interessa.”

— A expectativa é que Marta tenha a tranquilidade de ouvir os envolvidos e não siga no caminho de flexibilização, totalmente contrário aos interesses do setor — concorda Sônia Machado Jardim, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), que, no entanto, mostra preocupação com a Feira de Frankfurt, em 2013, quando o Brasil será o país homenageado. — Há uma comissão organizadora que vem trabalhando nisso. Tenho medo de retrocesso. Se trocar os envolvidos, tudo volta à estaca zero.

Diretora da Estação das Letras, a educadora e produtora cultural Suzana Vargas diz:

— Nos últimos anos, muito tem sido feito em prol da cadeia produtiva do livro. Distribuição em escolas com programas de compras governamentais eficientes e ótimas seleções, bibliotecas abrindo, feiras e salões do livro pipocando. Programas de incentivo à criação literária e a desoneração fiscal são ações que só podem ajudar o livro a chegar mais facilmente ao leitor. Talvez seja hora de pensar na capacitação dos professores e numa real preocupação com a qualidade da leitura que está sendo feita.

Karine Pansa diz que 75% dos brasileiros nunca entraram numa biblioteca:

— Acham que é lugar de estudo, de silêncio. Mas as bibiotecas não podem ser só lugar de pegar livro emprestado, têm que estar mais bem aparelhadas e com acervos novos, com horários flexíveis, contação de histórias, grupos de discussão, teatro. Temos que proporcionar o acesso mais barato, mais fácil e mais interativo ao livro.

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