Uma biblioteca criada pelo estudante Luiz Fernando, de apenas nove anos, em Divinópolis, ganhou novos livros. O jovem conseguiu ajuda após a exibição de uma reportagem sobre o projeto no programa Bem Viver, na TV Integração, afiliada da Rede Globo. Todos os livros vão ocupar um espaço especial na biblioteca, que agora fica na entrada da casa. Com as doações, o menino vai ampliar os empréstimos e aumentar as carteirinhas.
Luiz conta que o objetivo é ampliar a biblioteca e conseguir novos leitores. “Quero aumentar minha biblioteca. Quero uma biblioteca como a municipal, cheia de pessoas, com vários livros de vários escritores”, afirmou.
Apaixonado por literatura, ele quis incentivar os outros a também tomarem gosto pelas palavras. Um desses adeptos é Carlos Eduardo Silva, de 13 anos. Ele afirma que não tinha gosto pela leitura, até saber da biblioteca de Luiz. “Não gostava muito de ler, mas o Luiz me incentivou. Minha leitura era ruim, mas peguei um livro com ele e consegui melhorar”, explicou.
Cativada pela iniciativa, a dona de casa Denise Chaves Silva Palhares abraçou a ideia e arrecadou quase 300 exemplares. “Quando as pessoas viram a história da biblioteca, elas ficaram inspiradas. Chamei minhas amigas e conseguimos bastante livros”, afirmou.
A iniciativa de Denise ainda incentivou o filho, João Vitor Palhares, de oito anos, que doou alguns gibis. “Gosto muito de gibis e desde o segundo ano minha professora nos incentivava a ler. Aí falei com minha mãe para juntarmos livros e doar para o Luiz”, contou.
Com tantas obras, o estudante vai precisar de mais espaço. A família já providencia estantes novas. “É um presente maravilhoso para uma mãe. Sei que ele está muito contente e explodindo de alegria, além de aumentarmos a biblioteca. Coisa que ele queria”, observou a mãe de Luiz, Rosana Maria da Silva.Luiz ainda conseguiu arrecadar exemplares importantes da literatura, filosofia e sociologia de Uberlândia. O presente é do filósofo Dênnys Xavier, que mandou até uma carta para o jovem. “O que achei legal na iniciativa, é que ele aprendeu que livro gosta de ser lido e folheado. Ficamos cheio de dedos para falar de leitura, apenas nos preparando para ler, mas o livro tem que ser folheado. E ele aprendeu isso cedo. Achei isso extraordinário”, destacou.
Fonte: www.g1.globo.com em 14.11.2014
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