É a aplicação de técnicas e métodos específicos voltados à organização, à conservação e à restauração de arquivos. O arquivista é o profissional responsável por identificar, organizar, avaliar e preservar documentos dos mais diversos tipos, estejam eles em papel, fotografia, filme, microfilme, disquete, CD-ROM ou, ainda, em banco de dados on-line. Esse graduado é o responsável por tornar disponíveis as informações que são geradas e acumuladas em empresas, órgãos do governo, escolas, associações, instituições de saúde e ONGs. Ele precisa desfrutar sólida formação cultural para poder avaliar a importância dos documentos que manipula e ter preparo para trabalhar com produção documental de diferentes épocas históricas. É fundamental que ele possua, também, boa organização, senso crítico e flexibilidade para atuar em equipe, com gerentes, pesquisadores e profissionais de informática, entre outros.
Mercado de Trabalho
A exigência, cada vez maior, de transparência na gestão de órgãos públicos e empresas privadas é responsável, impulsiona o crescimento do mercado. “O acesso à informação é, muitas vezes, dificultado pela desorganização dos acervos documentais, daí a importância do arquivologista para atender à legislação que permite à população ter amplo acesso aos dados de uma entidade pública”, diz Aurora Leonor Freixo, coordenadora do curso de Arquivologia da UFBA. A maior demanda parte do setor público, em universidades, no Congresso, em prefeituras e outros órgãos. Nesse caso, a entrada se dá por concurso público. No setor privado, os arquivistas são requisitados por hospitais, instituições de ensino superior, indústrias, centros de memória, casas de cultura e grandes escritórios de advocacia, contabilidade, engenharia e arquitetura. Sua função principal é organizar papéis e imagens que contam a trajetória da empresa. Centros de informação e documentação, editoras e instituições assistenciais são outros empregadores. Os principais núcleos de absorção desses profissionais são as grandes cidades e capitais, que sediam empresas de maior porte. As vagas encontram-se principalmente nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. O bacharel também tem a possibilidade de abrir a própria consultoria e atuar como autônomo.
Salário inicial: R$ 3.000,00 (fonte: prof. João Franklin Leal, da UFRJ).
Curso
Além das disciplinas básicas, como história, teoria da administração, informática e estatística, o aluno estuda as específicas dessa graduação, como descrição documental, projeto e implantação de sistemas de arquivo e paleografia (estudo das escritas antigas). Em laboratório, aprende técnicas de classificação, higienização, preservação e guarda de documentos e toma contato com ferramentas computacionais que auxiliam no gerenciamento de arquivos. É necessário conhecer bem a legislação para avaliar corretamente a validade dos documentos manipulados. Para isso, o aluno tem durante a formação aulas de avaliação documental. Estágio curricular e trabalho de conclusão são obrigatórios.
Duração média: quatro anos.
O que você pode fazer
Conservação e restauração
Prevenir a deterioração de documentos e recuperar os que se encontram danificados.
Consultoria
Orientar administradores de empresas sobre como manter seu acervo.
Difusão educativa e cultural
Orientar o público na consulta e no manuseio de documentos.
Documentação Eletrônica
Criar banco de dados, fazer microfilmagem e digitalização.
Gerenciamento de conteúdo
Avaliar as informações e os documentos, decidindo pelo seu arquivamento ou pela sua destruição.
Racionalização de documentos e transcrição de arquivos
Classificar e organizar documentos, a fim de agilizar sua localização e seu uso.
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