segunda-feira, 8 de outubro de 2012

ACERVO MILIONÁRIO DE JOIAS DE HEBE CAMARGO TEM DESTINO INCERTO

Passada a missa de sétimo dia da apresentadora Hebe Camargo, que morreu aos 83 anos no último sábado (29) em São Paulo, a família deve se reunir para decidir o que será feito com as joias e objetos pessoais da diva da televisão brasileira. “Ainda estamos emocionalmente muito abalados. Mas nas próximas semanas devo me reunir com o Marcelo [Camargo] para, juntos, discutirmos essa questão”, afirmou Claudio Pessutti, empresário e sobrinho da estrela, em entrevista ao UOL.

 Hebe é detentora de uma das maiores coleções de joias do Brasil, incluindo peças assinadas por designers, criações exclusivas e acessórios cravados de pedras preciosas que podem ser facilmente avaliados na casa dos milhões de reais. Por isso mesmo, as especulações sobre a herança da loira começaram cedo, já em seu enterro.

Segundo Vida Alves, atriz pioneira da televisão brasileira, amiga pessoal de Hebe e presidente do Museu da TV, localizado na cidade de São Bernardo do Campo (SP), é possível que algumas peças de Hebe Camargo, incluindo artigos de luxo, sejam expostos no local. “Conversei com Pessutti a respeito do assunto no velório da Hebe, mas falamos brevemente.

Ainda estou aguardando uma confirmação dele sobre o que será doado ao museu”, comentou. De acordo com o gerente da instituição, Elmo Francfort, Hebe mostrou interesse em colaborar com o acervo do museu durante a festa que comemorou os 60 anos da televisão brasileira. “Na nossa concepção, ter objetos da Hebe em nosso acervo seria uma forma de homenageá-la”, disse Francfort

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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

OS 7 ERROS MAIS COMUNS AO USAR O E-MAIL NO TRABALHO

Deslizes de ortografia, expressões informais e excesso de abreviações são alguns deles, de acordo com especialista

São Paulo – A linguagem da internet costuma ser abreviada, informal e até simplória. No e-mail de trabalho, no entanto, isso muda de figura. Depois que você aperta a tecla enviar, não há nada mais a ser feito. Se o e-mail corporativo tiver algum deslize - ortográfico, de tratamento, ou mesmo destinatário incorreto - só lhe resta enviar outro, com um pedido de desculpas.

 Sandra Oliveira, representante da Dale Carnegie em São Paulo, recomenda que as pessoas tenham em mente que o e-mail corporativo também carrega sua imagem profissional. “O e-mail tem a sua cara”, diz ela. Portanto, acredite, erros mais graves podem colocar em xeque a sua reputação dentro da empresa e prejudicar a sua carreira. Confira quais são as gafes mais comuns cometidas em e-mails de trabalho e saiba como evitá-las.

1-)  Erros de ortografia

 Na pressa, é comum que a pessoa fique mais desatenta e assassine a ortografia. “Muitas pessoas não têm o cuidado de reler o e-mail antes de enviar, por isso recebemos tantas mensagens com erro”, diz Sandra. A dica é investir um tempo na mensagem para não perder a credibilidade. Letras trocadas e erros de digitação e de português vão chamar a atenção de quem recebe e podem ser interpretados como desleixo ou até ignorância.

2-) Informalidade x formalidade

 Você começa a mensagem com um simples “oi”, ou seja, um tratamento informal, mas ao final, antes de assinar, coloca o tradicional e formal “atenciosamente”. Essa mistura de tratamentos, diz Sandra, não é indicada no ambiente profissional. Decida se a mensagem é formal ou informal e não misture tratamentos. “Se começar a mensagem de maneira mais informal, deve terminá-la informalmente também. O mesmo vale para a mensagem formal”, diz Sandra.

 De acordo com ela, clientes e gestores devem ser tratados formalmente, sempre. “As pessoas acabam levando a informalidade da fala para o e-mail e isso é errado”, diz a especialista. Terminar a mensagem com “abraços” só vale para colegas mais próximos, na opinião dela. Beijos também devem ser evitados. “Só entre namorados e amigos”, diz.

3-)  Expressões temporais

 Evite marcar a mensagem com expressões como “bom dia”, “boa tarde” e “boa noite”. Você não tem certeza do momento do dia ou da noite em que o e-mail será lido. "“Nesse caso o 'bom dia' é só para quem enviou a mensagem, não para quem recebeu”, diz.

4-) Abreviações

 Esqueça as abreviações quando estiver redigindo e-mail no trabalho. Nada de “vc” no lugar de “você”, nem “tb” para também. O risco de usar palavras abreviadas é o excesso de informalidade. “É comum as pessoas levarem os vícios dos bate papos virtuais instantâneos e redes sociais para o email de trabalho”, diz Sandra.

 Confira a mensagem antes de enviar para ter certeza de não deixar escapar nenhuma abreviação e evitar o excesso de informalidade no e-mail de trabalho.

5-) Uso de maiúsculas

 Este não chega a ser propriamente um erro, mas pode trazer um certo desconforto. Colocar uma palavra com todas as letras maiúsculas para dar ênfase a ela pode ofender o destinatário. “Quando se faz isso, a pessoa que lê entende como um grito”, explica Sandra.

Por isso, pense bem antes de deixar um texto ou uma palavra com todas as letras maiúsculas. Se a intenção não é “dar uma bronca”, opte por outro marcador para dar mais visibilidade ao trecho ou à palavra.

6-) Mensagens desnecessárias

 Muitas vezes, o problema não é que a mensagem contenha erros, mas que ela simplesmente não deveria existir. Na opinião de Sandra, a comunicação exagerada por e-mail resulta em problemas com a administração de tempo. “Há pesquisas que indicam que das 8 horas que uma pessoa passa em média no escritório, 5 são dedicadas a escrever e redigir e-mails”, diz ela.

 De acordo com a especialista, há uma banalização do uso da ferramenta. “As pessoas até se cumprimentam por e-mail, mandam mensagens para tudo”, diz. Se você deixar para enviar mensagens quando realmente for necessário, vai ganhar tempo para produzir mais, indica Sandra. “Economizaria muito tempo dos profissionais”, diz.

7-) Uso pessoal


 Usar o e-mail do trabalho para assuntos pessoais é um mau uso da ferramenta, na opinião de Sandra. Embora o Tribunal Superior do Trabalho tenha limitado o poder de fiscalização das empresas a computadores e e-mails corporativos recentemente, mandar mensagens particulares do endereço corporativo não é indicado.

 A dica é separar as coisas. “Use o e-mail do trabalho apenas para mensagens profissionais”, diz Sandra. Lembre-se de que dar uso particular para o e-mail do trabalho pode colocar até o seu emprego em risco.


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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

SISTEMA DE IDENTIFICAÇÃO AUTOMÁTICA DE VEÍCULOS ENTRARÁ EM FUNCIONAMENTO EM JANEIRO

Thais Leitão

Repórter da Agência Brasil

Brasília - Seis anos depois da criação do Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos (Siniav) por uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), a iniciativa deve entrar em funcionamento em janeiro do ano que vem. Esta é a data prevista pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) para que se comece a instalar, em toda a frota rodoviária do país, os dispositivos eletrônicos que armazenarão dados dos veículos.

O objetivo é facilitar o controle e a fiscalização do tráfego no território brasileiro por meio de monitoramento em tempo real. A implantação do sistema deve ser concluída até 30 de junho de 2014.

O desenvolvimento da tecnologia que será usada como base do sistema foi financiado pelos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e das Cidades e envolve investimentos de aproximadamente R$ 5 milhões.

Segundo o coordenador de Microinformática do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Henrique Miguel, o mecanismo funciona a partir de um sistema de radiofrequência, que prevê a emissão de sinais por antenas espalhadas pelas cidades e rodovias. Estes sinais são captados por um pequeno chip que integra a placa eletrônica a ser instalada no para-brisa dos veículos de passeio e em outros locais específicos, no caso de motocicletas e carretas.

"É uma espécie de tag eletrônico, que vai permitir o controle do tráfego em tempo real. Ao ser acionado, o chip enviará dados do veículo às antenas que, por sua vez, enviarão as informações para as centrais de processamento, que verificarão a situação do veículo analisado. A tecnologia desenvolvida é bastante complexa e representa uma solução segura e barata, que pode ser reproduzida", disse.

Entre as aplicações do sistema, Miguel destaca a possibilidade de localizar um carro furtado e associá-lo ao proprietário, facilitando a recuperação do veículo e evitando a clonagem. Além disso, será possível fiscalizar a velocidade média dos automóveis e a circulação em locais e horários em que ela for proibida.

O Siniav também facilitará o serviço de cruzamento de dados relativos aos veículos e às obrigações do proprietário, como o licenciamento anual e o pagamento de impostos e de multas. Com o projeto, espera-se aumentar a segurança no envio de cargas e diminuir filas em pedágios, com a possibilidade de abertura automática de cancelas por meio da leitura do chip.

Henrique Miguel disse que, por se tratar de tecnologia inédita, o Denatran pôde formalizar o registro de patente no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual.

As informações obrigatórias que ficarão armazenadas no dispositivo são: número de série do chip, identificação da placa, categoria e tipo do veículo.

De acordo com Henrique Miguel, o serviço prevê a confidencialidade das informações relacionadas ao proprietário e o protocolo de segurança utilizado é confiável, baseado em chaves de proteção "extremamente modernas".

Segundo a assessoria de imprensa do Ministério das Cidades, ao qual está submetido o Denatran, a instalação das placas eletrônicas caberá aos departamentos estaduais de Trânsito (Detrans). O custo para instalação do tag eletrônico, anteriormente estimado em R$ 5, vai depender de licitação pública e ficará a cargo do proprietário do veículo, devendo ser cobrado junto com o licenciamento dos automóveis.

A assessoria da pasta informou que ainda estão sendo definidas as sanções que serão aplicadas aos proprietários de veículos flagrados sem o chip após o prazo final de implementação do sistema, o que pode incluir multa e perda de pontos na carteira de habilitação.

O Siniav foi criado pela Resolução nº 212/2006 do Contran para modernizar a tecnologia dos equipamentos e procedimentos empregados na prevenção, fiscalização e repressão ao furto e roubo de veículos e cargas. Segundo o Ministério das Cidades, a demora na implementação da iniciativa pode ser explicada pela necessidade de garantir abrangência nacional à ação, além da integração de órgãos públicos, como os Detrans, a Agência Nacional de Transportes Terrestres e a Receita Federal.

Edição: Nádia Franco//A matéria foi atualizada às 15h58 para atualização de dado fornecido pelo Ministério das Cidades: o custo para instalação do tag eletrônico, anteriormente estimado em R$ 5, vai depender de licitação pública.

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MULTA POR ERRO EM LIVRO FISCAL PODE SER ALTERADA

Valor Econômico

Por Laura Ignacio, Adriana Aguiar e Fernando Torres



Com 27 páginas, o texto da minuta de uma medida provisória (MP) que acabaria com o Regime Tributário de Transição (RTT), à qual o Valor teve acesso, também estabelece algumas novidades que exigirão maior controle dos livros fiscais e contábeis pelas empresas. Se o texto for aprovado como está, caso os contribuintes errem, omitam ou atrasem o envio de informações referentes ao lucro real pelo Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), poderão sofrer pesadas multas. Isso porque eles passariam a pagar sobre percentuais de sua receita bruta, e não mais valores fixos.

O Fisco poderá cobrar multa de 0,01% da receita bruta por cada grupo de cinco informações no e-Lalur (livro eletrônico de apuração do lucro real) omitidas, incorretas ou inexatas. Caso a empresa deixe de enviar as informações no prazo, pagará 0,025% da receita bruta por mês de atraso. Assim, a Petrobras, por exemplo, pagaria R$ 61 milhões mensais por atraso no envio do e-Lalur e R$ 24 milhões por entrega de dados com erros. A Vale pagaria, respectivamente, R$ 25 milhões e R$ 10 milhões. Para a advogada Valdirene Lopes Franhani, do Braga & Moreno Consultores e Advogados, "isso seria eminentemente desproporcional e não seria razoável diante das polêmicas trazidas com a nova norma, que poderá valer já em 2013".

Hoje, segundo a Lei nº 10.426, de 2002, a multa é de 2% do imposto devido ao mês, na falta de entrega ou envio fora do prazo. Esse valor pode ser representativo para grandes empresas. Porém, no caso de erros, a legislação atual é bem mais branda. Deve ser aplicada multa de R$ 20 para cada grupo de dez informações incorretas ou omitidas. "Ambas as penalidades em vigor atualmente são aplicadas em relação a dados da DIPJ, DIRF, DCTF e Dacon, as quatro principais declarações devidas ao Fisco pelas empresas de grande porte", afirma o contador Welinton Mota, da Confirp Consultoria Contábil.

A minuta também inviabiliza um tipo de planejamento tributário comum no mercado da construção civil. Segundo o advogado Fernando Moura, do Sacha Calmon - Misabel Derzi Consultores e Advogados, as incorporadoras - normalmente tributadas pelo lucro real - não poderão mais transferir receitas para as sociedades em conta de participação (SCPs) do grupo, caso elas sejam tributadas pelo lucro presumido, para reduzir os impostos a pagar. Um dispositivo do texto diz que "o regime de tributação da SCP deve ser o mesmo adotado pelo sócio ostensivo".

O texto também trata de contratos de permuta realizados por incorporadoras. A Receita não vai mais considerar como permuta a troca de um lote por unidades de empreendimento imobiliário, passando a tributar a operação. A minuta diz que, na hipótese de permuta envolvendo unidade imobiliária, será computado no lucro real a diferença entre o valor da transação e do valor justo. "Assim, isso passa a ser tributado mesmo sem a realização da transação", afirma Moura.

Para o contabilista Francisco Papellas Filho, do Braga & Moreno, esses valores a serem tributados seriam, com a edição da MP, pagos no ato da operação ao Fisco e não posteriormente, como era até então. Isso porque se a construtora, ao fazer a permuta com o dono do terreno, por exemplo, oferecesse duas unidades imobiliárias por um valor abaixo do mercado, a diferença seria embutida nos preços oferecidos nas outras unidades e tributada anos depois, quando fossem vendidas.

Outro esclarecimento trazido pela minuta da MP tem relação com o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP). Atualmente, o limite para remuneração do acionista por meio desse mecanismo é calculado ao se aplicar a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), hoje em 5,5%, sobre o patrimônio líquido. O texto da minuta lista as contas do patrimônio que devem ser usadas como base de cálculo do limite anual do JCP (como capital e reservas de lucros e ações em tesouraria). Mas não aparece na relação a conta "outros resultados abrangentes". Nessa última conta entram, principalmente, variações de valor justo de ativos que não transitam diretamente pelo resultado, como ganhos com participações societárias ou instrumentos financeiros classificados como disponíveis para venda.

Um ponto que não foi tratado na minuta e que pode causar dúvidas envolve os custos incorridos com a emissão de debêntures. Segundo Eduardo Kiralyhegy, do Negreiro, Medeiros & Kiralyhegy Advogados, hoje, esses custos reduzem o patrimônio líquido da empresa. No RTT, no entanto, são tratados como despesas dedutíveis, neutralizando os efeitos fiscais das novas regras contábeis. "Como não se tem previsão sobre isso, não se sabe se deve prevalecer a forma utilizada hoje no RTT."

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ROUBADOS CERCA DE CINCO MIL LIVROS DA BIBLIOTECA DA GANDA

Ganda - Cerca de cinco mil livros literários diversos, foram roubados na Biblioteca Municipal da Ganda, província de Benguela, por indivíduos ainda desconhecidos, soube hoje a Angop.
De acordo com a bibliotecária Maria Jamba, os supostos meliantes assaltaram o local na calada da noite de segunda-feira, destruindo o gradeamento e a janela, que lhes permitiu entrar na biblioteca que para além de roubarem os livros partiram cadeiras.
Avançou que a acção ocorreu quando o jardim da biblioteca acolheu uma actividade músico-cultural da juventude, onde os meliantes concretizaram tal objectivo, dado a falta do pessoal de protecção física.
Pediu as autoridades administrativas para colocarem na biblioteca municipal, pelo menos três agentes da protecção física ou da Polícia Nacional para garantir a segurança da instituição que muito contribui para progresso e desenvolvimento académico da região.
Por seu turno, o administrador da Ganda, Caetano Mateus Lopes, deplorou a acção, tendo reafirmado com este acto totalizam três assaltos consecutivos à biblioteca, cujos bens patrimoniais constantemente roubados fazem parte do desenvolvimento da região.Lamentou o facto, uma vez que o desenvolvimento das localidades passa pela manutenção e cuidados dos bens postos à disposição das populações.
Abordado pela Angop, o comandante municipal da Polícia Nacional da Ganda, superintendente Agostinho Cambeia, afirmou que a falta de iluminação pública da cidade contribui na delinquência e nesses assaltos.
Revelou que o comando municipal está tomar medidas para conter a situação na base do reforço de segurança na região.
"Os meliantes que roubaram livros na biblioteca municipal da Ganda, encontram-se em fuga, estando o comando da Polícia Nacional local a trabalhar para encalço dos mesmos e devendo até primeira quinzena deste mês, poder esclarecer o caso ao publico", disse.
Para o oficial da corporação, apesar disso, a situação operativa é de relativa calmia, tendo durante a semana finda registado apenas um afogamento no rio Catumbela e um caso de furto de electrodoméstico no bairro de boa esperança, cujo indivíduo está já a responder judicialmente.

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SITE ELEGE AS 7 BIBLIOTECAS MAIS BONITAS DO MUNDO


Biblioteca Central de Seattle, Estados Unidos. Moderna construção de onze andares, a Biblioteca Central de Seattle é um dos principais cartões-postais da cidade do noroeste dos Estados Unidos. Sua arquitetura futurista atrai muitos turistas que seguem até uma visita guiada pela biblioteca em meio a seus cerca de um milhão e meio de livros
 Foto: Alex Abboud


Biblioteca do Trinity College, Irlanda. Maior e mais antiga biblioteca da Irlanda, a biblioteca do Trinity College foi fundada em 1592 e reúne uma coleção de mais de 4 milhões de livros. O exterior da biblioteca é tão impressionante quanto seu conteúdo e suas salas míticas como o Long Room, com 200 mil dos livros mais antigos do acervo
 Foto: Brett Jordan


Biblioteca Geisel, Estados Unidos. Além de ser a principal biblioteca da Universidade de San Diego, a Biblioteca Geisel é uma das mais importantes e modernas do planeta. Inaugurada na década de 70, parece uma nave espacial, e já foi usada como cenário de diversos filmes de ficção científica
 Foto: The UC San Diego Library


Biblioteca da Universidade Tecnológica de Delft, Holanda. Construída em 1997, a biblioteca da Universidade Tecnológica de Delft está escondida sob o solo e tem um teto formado por uma colina coberta de grama e cortada por um cone futurista. A biblioteca conta mais de 800 mil livros, 16 mil assinaturas a revistas e um museu
 Foto: Nick Sherman



Biblioteca Alexandrina, Egito. Renascimento da lendária Biblioteca Real de Alexandria, a maior e mais influente do mundo grego, destruída num incêndio no século 7, a Biblioteca Alexandrina foi inaugurada em 2002 à beira do Mediterrâneo. O design futurista abriga quatro museus de antigüidades, manuscritos e ciências
 Foto: Ting Chen



Biblioteca de Stuttgart, Alemanha. Polêmica entre os habitantes da cidade por sua arquitetura que, para alguns, destoa com o ambiente, a Biblioteca de Stuttgart tem um design inovador com um formato cúbico inspirado pelo Panteão de Roma. Em meio às árvores e telhados das casas de Stuttgart, a biblioteca se destaca e chama a atenção dos passantes
 Foto: Divulgação





Biblioteca Pública de Bishan, Cingapura. Com um design sofisticado, a Biblioteca Pública de Bishan tem uma superfície de cerca de 4 mil metros quadrados e procura imitar umacasa na árvore com a entrada de muita luz. A moderna biblioteca tem espaços privados para leitura, e recebe importantes seminários e conferências
 Foto: Divulgação

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MEMÓRIA MOFADA

Parece ser cada vez mais evidente que o patrimônio público informacional tem vindo a sofrer modificações que se manifestam em vários níveis. Para lá das funções tradicionais das bibliotecas, dos arquivos públicos, dos museus e demais centros de informação.
 Todavia, restritas são as situações, em nosso Brasil continental, em que estes centros de Referencia da Informação, do Conhecimento e da Memória assumem-se como dinamizadores socioculturais, procurando participar do desenvolvimento humano, regional e global, além de trabalhar por um mundo melhor, onde o ser humano seja mais livre, mais informado e de fato cidadão.
 Em tempos de eleições e mudanças na gestão pública municipal, é importante que os novos escolhidos pelo povo preocupem-se em criar políticas públicas efetivas, amparado por profissionais especialistas, competentes e conduzidos às funções específicas na administração pública, como bem explanou o senhor Cosmo Damião, com seu artigo “Cidadania em Pauta”, publicado, aqui mesmo, no A TRIBUNA, na coluna Opinião do Leitor.
 Entretanto, o que nos motivou a escrever este texto foi publicado em reportagem especial do jornal A TRIBUNA, no domingo, sobre o “calote” ou inadimplência dos usuários das bibliotecas públicas municipais.
 Este fato realmente é crítico e preocupante porque ressalta o descompromisso com o bem público tanto da parte dos gestores municipais e gerentes das bibliotecas, quanto dos usuários que não cumprem com seus deveres de cidadão, muitas vezes por desinformação. A situação é grave e séria porque envolve princípios e valores de formação ética e humana.
 Por esta razão, é fundamental e imprescindível que os futuros gestores municipais e brasileiros valorizem os centros de informação que são, mais especificamente, as bibliotecas públicas e escolares, os museus e arquivos municipais, pois, muitos desses, se encontram apagados, sem vida, esquecidos, justamente, porque o poder público não investe em profissionais especializados e, tão pouco, em infraestrutura, como foi noticiada algumas vezes e de forma brilhante por este Jornal A TRIBUNA.
 Sendo a mais recente, no domingo (30/9), considerada por nós educadores e profissionais da Ciência da Informação e autoras deste artigo, uma das mais graves denúncias de descaso com o patrimônio público, tanto pelos seus gerentes como por seus usuários. Sabemos que as bibliotecas, os arquivos e os museus não podem mais ser vistos como depósitos de livros, documentos e objetos. Ou, ainda, privativos de indivíduo ou grupo de pessoas, que ignoram o sentido de coletividade.
 A história e o tempo vêm nos mostrando que os centros de informação que não investirem em preservação de seu patrimônio cultural, informacional, objetal e em novas tecnologias de comunicação, mas, sobretudo, em seu recurso humano, buscando novos saberes, novas competências e novas práticas bibliotecárias, arquivísticas e museológicas, estarão limitados ao recolhimento, guarda e exposição do patrimônio público.
 Diante do exposto, a questão primordial é saber como o fazer biblioteconômico, museal e arquivístico podem, efetivamente, se constituírem em instrumentos capazes de equacionar ações para a promoção do bem público e do saber humano.
 Os centros de informação possuem livros, periódicos, documentos, mapas, objetos antigos e artefatos tridimensionais e fotografias históricas e, por isso, são instrumentos de pesquisa e cultura, ou seja, são espaços ideais para geração de conhecimentos.
 Mas infelizmente, são poucos frequentados pelas crianças e jovens porque não existe uma política de gestão organizacional adequada, prejudicando a oferta de serviços e de disseminação das informações, pois, muitos destes ambientes são gerenciados por profissionais de outras áreas sem nenhum conhecimento técnico-científico e teórico da administração destes bens públicos.
 Inegavelmente, não estão preparados para administrar, organizar, disseminar e promover o conhecimento, refletindo as preocupações evidenciadas por pesquisadores e profissionais da área da Ciência da Informação em relação à produção, ao uso, à preservação e conservação do acervo e do armazenamento de livros, objetos e documentos.
 Em Mato Grosso e, mais especificamente Rondonópolis, não é diferente, pois o descaso vem há anos por parte de vários gestores municipais e estaduais. Entretanto, o que mais intriga e preocupa é por qual motivo os gestores municipais não investem nas bibliotecas municipais, tanto as escolares quanto às públicas, para que possam cumprir seu papel de atender às necessidades informacionais da população.
 Ao contrário, os prédios, as instalações e seus estoques: humano e material apresentam-se apáticos, desconfigurados do movimento democrático contemporâneo, sem nenhum objetivo inerente ao desenvolvimento cultural e científico.
 Um fator fundamental para a inserção do profissional especializado é a criação do cargo de bibliotecário, mas parece que não é “conveniente” para a gestão pública municipal e estadual ter à frente do núcleo de bibliotecas profissional especializado e ciente da função social e do fazer bibliotecário.
 Senhores eleitores e senhores candidatos, às vésperas de mais uma importante decisão nas urnas sobre quem irá comandar nosso município e os novos legisladores e fiscais do poder público, pensem no poder do voto e na responsabilidade que cada cidadão tem com o desenvolvimento de seu município e com a promoção do bem público, sendo, os principais: Educação e Conhecimento.
 Por esta razão, o papel do bibliotecário é fundamental no processo de socialização, da difusão, da intermediação da leitura e motivação da utilização do patrimônio informacional, histórico, cultural e cientifico nestes espaços pertencentes à sociedade.
 Não podemos mais compactuar com gestores que desprezam o saber técnico, acadêmico e científico. Além disso, transfere poderes aleatoriamente sem critérios definidos, prejudicando a população e a favor de interesses políticos e privados.
 Assim: educar a criança e o jovem para pesquisar e estudar as diversas obras é uma maneira de proporcionar a reflexão, o pensamento crítico, um diálogo entre o passado e o presente e adquirindo subsídios ao desenvolvimento do processo de aprendizagem. Também devolver o material bibliográfico que foi emprestado pela biblioteca é uma questão de respeito ao próximo e de cidadania. Pensem nisso!

(*) EDILEUSA REGINA PENA DA SILVA e MARIZA INÊS DA SILVA PINHEIRO são professoras-doutoras do curso de Biblioteconomia da Universidade Federal de Mato Grosso, no Campus de Rondonópolis

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FIOCRUZ LANÇA PEDRA FUNDAMENTAL DE CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E HISTÓRIA DA SAÚDE

Projetado para abrigar documentos, fotografias, livros raros, registros sonoros e audiovisuais, reunindo conjunto documental significativo sobre a história da saúde no país desde o século 19, o Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS) terá sua pedra fundamental lançada no campus da Fiocruz, em Maguinhos. A solenidade de lançamento está marcada para esta quarta-feira (3/10), às 10h30, e inclui uma exposição em homenagem ao sanitarista Carlos Gentile de Mello (1918-1982), que doou seus arquivos à Casa de Oswaldo Cruz (COC), unidade técnico-científica da Fiocruz. Dividido em cinco pavimentos, o edifício terá 3.515m² de área construída, sendo 2 mil m² destinados à guarda do acervo e para atividades de ensino, estudo e pesquisa e sua conclusão está prevista para o final de 2014.

O projeto adotou critérios de sustentabilidade ambiental, contribuindo para a política de desenvolvimento sustentável da instituição, a implementação de economia de energia, o conforto dos usuários e a preservação do meio ambiente. Essa preocupação ajudou o projeto – elaborado pelos arquitetos Cristiane Cabreira e Alexandre Pessoa – a ganhar o certificado do Programa Nacional de Eficiência Energética em Edificações (Procel Edifica), emitido pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), tornando-se o primeiro a atingir nota máxima no processo de análise, concluído em novembro.

Para a construção do CDHS, a Casa de Oswaldo Cruz conta com o patrocínio das empresas Sanofi e copatrocínio da Lafarge e Nortec Química, que adquiriram cotas de participação com base na Lei Rouanet de incentivo fiscal. O espaço vai guardar cerca de 80 mil documentos que retratam os processos políticos, sociais e culturais da saúde no Brasil. Entre os arquivos a serem transferidos para a nova casa, estão os dos sanitaristas Oswaldo Cruz e Carlos Chagas, reconhecidos pela Unesco como acervos de relevância para a história da Humanidade, bem como o conjunto de cerca de 8 mil negativos de vidro do fundo Instituto Oswaldo Cruz, que acaba de ser incluído também no programa Memória do Mundo daquele organismo das Nações Unidas. O edifício vai acolher equipes de pesquisa, de gestão e tecnologias da informação e de tratamento do acervo, abrigando ainda um laboratório de fotografia digital, outro de conservação de documentos da COC e um Centro de Digitalização Tridimensional de Acervos da Fiocruz.

As atividades de ensino da Casa de Oswaldo Cruz, em processo de ampliação, encontrarão no novo prédio a infraestrutura mencionada e salas de aula destinadas aos cursos de pós-graduação sctrito e lato sensu, educação profissional e outras atividades de formação e capacitação. Os beneficiados diretos serão pesquisadores, estudantes e especialistas em ciências humanas e sociais; jornalistas, documentaristas, roteiristas, escritores, diretores de arte e produtores culturais, bem como profissionais de saúde.

Esse grupo terá um conjunto de recursos de informação dos acervos integrados aos serviços da Rede de Bibliotecas Fiocruz e das bibliotecas e centros de documentação do Centro Latino-Americano de Informações em Ciências da Saúde (Bireme/Opas/OMS). Assim a construção do CDHS conforma-se nessa área privilegiada do campus de Manguinhos um complexo integrado de setores (Biblioteca de Manguinhos e o Museu da Vida) dedicados à preservação e difusão do patrimônio, à informação e à educação e divulgação em ciência e tecnologia em saúde.

O acervo da COC

O acervo da Casa de Oswaldo Cruz data de 1986, sendo composto por cerca de 80 mil registros, incluindo 102 fundos e coleções de documentos institucionais e pessoais (textual, iconográfico, cartográfico, sonoro e filmográfico); 700 depoimentos da história oral e 640 títulos, entre filmes, vídeos e documentários do acervo de imagens em movimento, além de 34 mil itens guardados na Biblioteca de História das Ciências e da Saúde.

Carlos Gentile

Nascido em 17 de junho de 1918, em Natal, Carlos Gentile de Carvalho Mello graduou-se em 1943 pela Faculdade de Medicina da Bahia. Chegou ao Rio de Janeiro na década de 1940 e trabalhou como assistente do professor Luiz Amadeu Capriglione, na então Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil. Começou a se interessar pela carreira de sanitarista em 1958, quando fez estudos e pesquisas sobre os serviços e a gestão de saúde pública. Gentile foi epidemiologista do Hospital de Ipanema de 1969 a 1978, e assessor do Instituto do Coração na década de 1980. A função de sanitarista foi exercida de maneira intensa junto à imprensa, inclusive a especializada, tendo colaborado em diários de circulação nacional. O sanitarista morreu em 27 de outubro de 1982.

 O Fundo Carlos Gentile de Carvalho Mello – doado à unidade em 2006 – pode ser consultado no portal da Casa de Oswaldo Cruz. Reúne cartas, ofícios, portarias, relatórios, informativos, pareceres, artigos e recortes de jornais, entre outros documentos referentes à vida pessoal e à trajetória profissional do sanitarista.

Certificação do CDHS

A avaliação do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel Edifica) incluiu o edifício completo: o sistema de iluminação, o condicionamento de ar e a envoltória, que são janelas, painéis plásticos, clarabóias, portas de vidro e paredes de blocos de vidro. Trata-se do primeiro do gênero no país analisado por simulação pelo Inmetro. De acordo com os critérios estabelecidos, cada item avaliado pode ter classificação que varia de A (eficiência máxima) a E (eficiência mínima). O projeto do CDHS obteve classificação A atingindo a pontuação 6 (seis) e mais um ponto de bonificação devido a economia de água, enquanto a média de projetos certificados varia entre 4,5 e 5,8.


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MUSEU DA REGIÃO TERÁ ACERVO PARA HEBE CAMARGO

Cidade da TV, museu em São Bernardo, deve ganhar um O relicário para a madrinha da televisão brasileira. Ainda em vida, Hebe Camargo e a família tinham manifestado interesse em doar objetos pessoais para o museu. A apresentadora morreu no sábado, dia 29, aos 83 anos.

Os principais legados que Hebe deixa para a cultura nacional são a valorização da mulher como apresentadora, a alegria de viver e o espírito do trabalho em equipe, afirma Elmo Francfort, gerente do museu.

Francfort acredita que um acervo exclusivo que preserve a história da artista conseguiria também trazer mais visitantes ao local. “Não é difícil falar da história da televisão sem a Hebe. É, na verdade, impossível”, destaca.

As negociações com a família da apresentadora não estão em andamento no momento por causa do período de luto, mas o gerente acredita que dentro de um mês o assunto poderá ser formalmente discutido. A apresentadora esteve na primeira transmissão da televisão, financiada e organizada pelo magnata da comunicação Assis Chateaubriand em 1950.

No confuso e desorganizado programa da TV Tupi estavam outros artistas, como Lima Duarte e Mazzaropi (1912-1981).

CIDADE DA TV
 A Cidade da TV, instalada dentro da Cidade da Criança (Rua Tasman, 301. Tel.: 4330 -6998), foi inaugurada em setembro de 2011 e tem algumas relíquias expostas, como câmeras antigas, figurinos, objetos, telas interativas e aparelhos televisores utilizados nas produções desde a década de 1950.

Com dois andares, o local já tem alguns pertences e imagens em tamanho real da apresentadora, além de outros materiais do SBT. O museu fica dentro da réplica da Vila Redenção,  homônima à novela exibida  pela extinta TV Excelsior e a mais duradoura da história brasileira, com mais de dois anos de produção.

A entrada para adultos custa R$ 10. Estudantes e crianças pagam a metade. O espaço funciona de terça-feira a domingo, das 9h às 17h

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ROUPAS , BOLSAS E SALTOS DE HEBE SERÃO DOADOS PELA FAMILIA

A apresentadora Hebe Camargo ganhará uma homenagem no Museu da TV, organizado pela atriz Vida Alves, a primeira brasileira a dar um beijo na televisão. A família de Hebe já estava planejando doar roupas, sapatos, bolsas e alguns acessórios de luxo da loura para o memorial. Segundo Elmo Francfort, gerente do museu, Hebe, ainda em vida, manifestou vontade de doar alguns objetos para o espaço localizado em São Bernardo do Campo.
“Adiamos as conversas por causa das internações. Vamos abraçar esse acervo para enaltecer o legado de Hebe. Se assim Deus e a família dela quiserem. A TV brasileira merece que esse acervo seja preservado. O público merece também”, disse Elmo, ao jornal Diário de São Paulo.

 Durante o velório da apresentadora, Vida Alves fez questão de falar sobre a amizade entre elas. “Quero aproveitar dela a ideia de viver com garra. Mesmo triste com o falecimento, não podemos deixar de pensar que Hebe foi uma luz que brilhou e está no céu. Talvez, num sofá branco e brilhando”, disse.

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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

"O AMBIENTE DIGITAL ESTÁ ALTERANDO NOSSO CÉREBRO DE FORMA INÉDITA", DIZ NEUROLOGISTA BRITÂNICA



Susan Greenfield, especialista em fisiologia cerebral, diz que estamos cada dia mais dependentes de redes sociais e videogames e prevê um futuro sombrio para os "nativos digitais", geração que passará a vida inteira online


Para a neurocientista britânica Susan Greenfield, o admirável mundo novo da internet e das redes sociais não é tão admirável assim. Videogames e redes sociais estão, na visão dela, criando uma nova geração – a de "nativos digitais" – que vai passar a maior parte de sua vida online. E isso não é bom, segundo ela. "As crianças que estão crescendo agora nesse ambiente do ciberespaço, não vão aprender como olhar alguém nos olhos, não vão aprender a interpretar tons de voz ou a linguagem corporal", disse em entrevista ao site de VEJA, concedida em sua passagem pelo Brasil para falar na Conferência Fronteiras do Pensamento, em São Paulo e Porto Alegre.

 Susan, de 52 anos, autora de livros como The Private Life of the Brain (A Vida Privada do Cérebro, sem edição no Brasil), afirma que há um grande risco de as pessoas passarem a viver suas vidas exclusivamente em ambientes virtuais. "Um estudo americano, de 2010, mostrou que mais da metade dos adolescentes entre 13 e 17 anos gastava mais de 30 horas por semana na internet. São quatro ou cinco horas por dia não andando na praia, não dando um abraço em alguém, não sentindo o sol no rosto, não subindo em uma árvore, não fazendo todas as coisas que as crianças costumavam fazer."

 Outra comparação feita pela neurocientista, que também é professora de Farmacologia na Universidade de Oxford, é entre as redes sociais e a indústria do cigarro. De acordo com ela, assim como as produtoras de tabaco negavam o poder viciante do cigarro, o mesmo ocorre hoje com as companhias que lucram com o uso das redes sociais e videogames. "É preciso admitir que existe um problema", diz ela, citando estudos que relacionam a utilização intensiva de redes sociais com a liberação de substâncias estimulantes no cérebro.

 Apesar de enxergar com pessimismo um mundo em que estejamos conectados a maior parte do tempo, Susan diz que não adianta proibir crianças e adolescentes de usar videogames e redes sociais. "É preciso oferecer um mundo tridimensional mais interessante para eles."

A  internet afeta o cérebro? Todos estão interessados em saber como as tecnologias digitais, especialmente a internet, afetam o cérebro. A primeira coisa a saber é que viver afeta o cérebro. O cérebro muda a todo instante de nossas vidas. Tudo que é feito durante o dia vai afetar o cérebro. A razão disso é que o cérebro humano se desenvolveu para se adaptar ao ambiente, não importando qual fosse esse ambiente. É interessante notar que agora o ambiente é muito diferente, de maneira sem precedentes.

Como a imersão num ambiente virtual pode afetar o cérebro? Há várias perguntas diferentes a serem respondidas. Eu acho que há três grupos abrangentes. O primeiro é o impacto das redes sociais na identidade e nos relacionamentos. O segundo é o impacto dos videogames na atenção, agressividade e dependência. E o terceiro é sobre o impacto dos programas de busca no modo como diferenciamos informação de conhecimento, como aprendemos de verdade. É claro que há muitos estudos que ainda precisam ser feitos, mas certamente há cada vez mais evidências sobre aspectos positivos e negativos. Por exemplo, já foi demonstrado que jogar videogames pode ser similar a fazer um teste de QI. Pode ser que o aumento de QI visto em alguns testes aconteça graças à repetição de uma certa habilidade ao jogar videogames. Agora, só porque vemos um aumento de QI em quem joga videogames não quer dizer que haja um aumento de criatividade ou capacidade de escrita. Também se sabe, por alguns estudos, e por exames de imagem, que os videogames aumentam áreas do cérebro que liberam dopamina. Também sabemos que, em casos extremos, nos quais as pessoas gastam até 10 horas por dia na frente da tela, existe uma forte correlação com anormalidades em exames cerebrais. Como costumamos dizer, uma andorinha só não faz verão. Então é importante fazer mais estudos. Isto não é definitivo, em se tratando de ciência nada é definitivo, por isso é importante começar a fazer pesquisa básica porque, até agora, está claro que coisas boas e coisas ruins estão acontecendo de um modo que não haviam acontecido em gerações passadas.

Existe um limite de tempo seguro para navegar na internet? É claro que muitos pais já me perguntaram: 'com que frequência meus filhos devem usar a internet? Até quando é seguro?' O que acontece na Inglaterra, acho que aqui também, é que alguns pais falam para os filhos 'façam uma pausa a cada 10 minutos'. Mas eu não conheço ninguém que no meio do jogo pensa 'está na hora da minha pausa de 10 minutos'. Minha sugestão é agradar as crianças, em vez de dizer 'você só jogar por uma ou duas horas, ou você simplesmente não pode jogar.' Não seria melhor se a criança decidisse sozinha que não quer jogar? E por que eles fariam isso? Porque o que você vai oferecer a ele é muito mais excitante, muito mais agradável, muito mais interessante, do que esse jogo. É um desafio, mas o que temos que fazer é tentar pensar em maneiras, não tentar negar a tecnologia. Nós podemos, na nossa sociedade maravilhosa, com toda essa tecnologia, com todas as oportunidades que temos, dar aos nossos filhos um mundo tridimensional interessante para viver.

Há quem associe o aumento da incidência do transtorno de déficit de atenção e da hiperatividade (TDAH)  ao uso da internet pelas crianças. Essa ligação faz sentido? Está havendo um crescimento alarmante de TDAH. Sabemos que a prescrição de drogas como ritalina, usadas para TDAH, triplicaram, quadruplicaram nos últimos 10 anos. É claro que isso é muito. A condição pode estar sendo mais diagnosticada ou pode ser que os médicos estejam prescrevendo mais os remédios. Há, porém, outro fator importante: a causa pode ser as tecnologias digitais.

Por que culpar a internet e não a TV, por exemplo? Algumas pessoas dizem que a TV é a mesma coisa que a internet. Mas já se mostrou que não é o caso. Há uma grande diferença para o que fazemos na internet, que é altamente interativa e também tende a ser mais estimulante. Nós também sabemos que, quando se joga videogame, uma substância química no cérebro relacionada com o estímulo, chamada dopamina , é liberada. O que é interessante é que, quando se toma ritalina, a dopamina também é liberada. Então, agora as pessoas estão pensando que talvez as crianças estejam viciadas em videogames. E estão medicando essas crianças porque elas teriam TDAH, e estão fazendo, embora não façam ideia, com que haja mais dopamina no cérebro. Então certamente há uma ligação entre TDAH e videogames, mas precisamos entender mais sobre os mecanismos cerebrais para entender como isso funciona.

Como a senhora acha que a geração atual será no futuro? É interessante pensar no caráter, nas aptidões da próxima geração, os cidadãos da metade do século 21. Eu acho que haverá coisas boas e coisas ruins. Imagino quetalvez eles tenham um QI maior e uma boa memória. Acho também que eles correrão menos riscos que nossa geração – isso pode ser tanto bom quanto ruim. Por um lado, ninguém quer pessoas que nunca se arriscam, que são excessivamente precavidas, mas, por outro lado, também não queremos pessoas inconsequentes. Infelizmente, também acho que essa geração terá um senso de identidade mais frágil, menos empatia, menos concentração, e podem ser mais dependentes ao viver o "aqui e agora" em vez de ter um passado, presente e futuro. Talvez eles fiquem mais presos ao presente.

Por que o senso de identidade seria menor? Até recentemente, em muitas partes do mundo, os seres humanos tinham preocupações mais imediatas, como sobreviver, se manter aquecido, não ter dor, não viver com medo e ter onde se abrigar. Essas questões eram as mais importantes quando se era um adulto. Mas agora a tecnologia, em sociedades mais privilegiadas, como o Brasil e a Grã-Bretanha, está permitindo que a população, pela primeira vez na história, viva muito mais e tenha uma vida saudável. Uma criança tem, agora, uma em três chances de viver mais de 100 anos. Então o que fazer com esse tempo? Essa é uma pergunta que não se fazia no passado porque as pessoas morriam de doenças ou estavam preocupadas com outras coisas. Mas agora é factível presumir que as pessoas não saberão o que fazer com a segunda metade de suas vidas, após seus filhos estarem criados. Se elas estiverem saudáveis, em forma, mentalmente ágeis, não poderão simplesmente jogar golfe todo dia, ou sudoku. Acho que uma das grandes questões para eles será fazer perguntas que tradicionalmente apenas adolescentes fazem: "Quem sou eu? Qual é o sentido da vida? Para onde estou indo? Qual o propósito disso tudo?" Na minha opinião, isto pode ajudar a explicar por que, de uma maneira engraçada, Facebook e Twitter são tão populares.

Por quê? As pessoas têm um senso integral de identidade. De repente elas se sentem importante porque gente ao redor do mundo está se comunicando com elas, comentando o que elas disseram. Então, este tipo de pessoa, que no passado vivia em uma comunidade local, e tinha uma identidade dentro daquela cultura, dentro daquele país, agora tem uma presença global, mas que é construída externamente. Não é real. É como em uma ocasião na qual estava em um café da manhã com Nick Clegg (vice-primeiro-ministro da Grã-Bretanha) e tinha uma mulher perto de mim tão ocupada contando a todo mundo que ela estava tendo uma café da manhã com Nick Clegg que nem conseguiu prestar atenção ao que ele estava dizendo. Ela só ficava tuítando o tempo todo: "café da manhã com Nick Clegg". Eu vi um filme com duas meninas conversando dentro de um carro e uma pergunta para a outra: "Como você se sente dentro deste carro?" Ela não responde "estou triste" ou feliz ou animada, nada disso. Ela diz: "o carro é digno de um post no Facebook."

Por que isso é preocupante? A partir disso eu infiro que as pessoas estão construindo uma identidade no ciberespaço que em boa parte é formada pela visão das outras pessoas. Existe um site chamado KLOUT. Se você entrar nesse site, ele te diz o quão importante você é, te dá um número chamado Klout Score. Klout, em inglês, significa importante. As pessoas pagam para ver qual é a sua pontuação e para aumentá-la. Eu acho interessante essa tendência de que mesmo que você sinta-se muito importante, muito conectada, você se sente insegura, tenha baixa autoestima, sinta-se constantemente inadequada. Existe um livro muito bom escrito por Sherry Turkle chamado Alone Together - Why We Expect More From Technology and Less From Each Other (algo como "Juntos sozinhos - Por que esperamos mais da tecnologia e menos de cada um de nós", lançado em janeiro, ainda sem editora no Brasil). Ela disse: "bizarramente, quanto mais conectado você está, mais você está isolado."

Hoje, entretanto, a maior parte das pessoas continua levando suas vidas normalmente, fora do ciberespaço, e apenas uma pequena parte dentro dele. Isso se inverterá no futuro? A maioria das pessoas dirá que, se tirarmos um instantâneo da sociedade hoje, um monte de pessoas está vivendo normalmente e feliz em três dimensões. Elas têm amizades saudáveis e gostam de estar no Facebook e no Twitter. Com certeza, é apenas uma minoria de pessoas que gastam até 10 horas por dia em frente do computador. Porém eu acho esse tipo de argumento problemático porque é solipsista — você está argumentando a partir do seu ponto de vista. Já falei várias vezes com jornalistas, que geralmente são de meia-idade e de classe média, e dizem que usam isso e aquilo e é fantástico. Às vezes sou criticada porque não estou no Facebook, não estou no Twitter, e mesmo assim estou comentando a respeito. Eu respondo que, mesmo se eu estivesse me divertindo muito no Facebook, isso não quer dizer que todos sejam como eu ou que vão usar do mesmo modo que eu uso, ou que vão ter o mesmo tipo de amizades que eu tenho. 

O uso então é exagerado? Eu acho que precisamos olhar para as estatísticas em vez de apenas levar em conta as impressões pessoais ou os meios de comunicação. De acordo com as estatísticas, os chamados nativos digitais, gente que nasceu após 1990, apresentam níveis de uso alarmantes. Por exemplo, um estudo americano, de 2010, mostrou que mais da metade dos adolescentes entre 13 e 17 anos estavam gastando mais de 30 horas por semana na internet. O que me chama atenção não são as 30 horas, mas o que vai além disso. Isso significa que pelo menos quatro ou cinco horas por dia em frente ao computador. O problema com isso é que, não importando o quão fantásticas ou benéficas sejam as redes sociais — vamos dizer que sejam 100% maravilhosas — ainda são quatro ou cinco horas por dia não andando na praia, não dando um abraço em alguém, não sentindo o sol no rosto, não subindo em uma árvore, não fazendo todas as coisas que as crianças costumavam fazer. Acho que devemos prestar atenção a essa questão. Acho também que podemos comparar o que acontece hoje com o momento do anos 50 quando as pessoas começaram a mostrar uma relação entre o câncer e o cigarro. A indústria do tabaco foi hostil a essa descoberta, tentou negar e insistir que fumar não era viciante. E se você tem um grupo de pessoas se divertindo e outro grupo fazendo dinheiro com isso, esse é um círculo perfeito. A primeira coisa a fazer quando pensamos na relação entre os jovens e a internet é reconhecer que talvez aí exista um problema.

Não se trata de excesso de zelo? Existem outras questões também. Há uma grande diferença entre os chamados "imigrantes digitais", pessoas como eu e possivelmente pessoas como as que estão lendo essa entrevista e que tiveram uma educação convencional, cresceram lendo livros, tendo relações apropriadas, em três dimensões, e as crianças que estão crescendo agora, recebendo um comando evolucionário para se adaptar ao meio ambiente. Se esse ambiente é incessantemente o ciberespaço, elas não vão aprender como olhar alguém nos olhos, elas não vão aprender a interpretar tons de voz ou a linguagem corporal. Elas não vão aprender como é quando se toca alguém, se tem um contato físico. O que significa que, se alguém ficar cara a cara com alguém no mundo real será mais desagradável, mais agressivo, então as pessoas vão preferir se comunicar por meio das telas. Já é o caso da Grã-Bretanha, não sei como é aqui no Brasil. Escritórios se tornaram locais bastante silenciosos, porque, em vez de conversarem entre si, as pessoas preferem enviar mensagens. Outro problema que, acho eu, mostra uma tendência, é um fantástico aplicativo — é fantástico que as pessoas paguem por isso. São dois, na verdade. Um deles se chama Self Control (Auto controle). O outro se chama Freedom (Liberdade). Você paga para que eles não o deixem usar a internet obsessivamente. Eles desligam seu computador a cada 50 minutos ou a cada hora. Por que as pessoas deveriam pagar por algo que elas mesmas poderiam fazer facilmente, a menos que estejam obcecadas ou tenham se tornado dependentes? Eu posso chegar para você e dizer que tenho uma maneira brilhante de ganhar dinheiro: você me paga para eu desligar seu computador para você. Você vai me dizer que estou louca.

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O DOCUMENTO EM PAPEL PERSISTE

Em plena era digital ainda existe a necessidade de armazenamento de documentos, notas fiscais, recibos e contratos de prestação de serviços em papel. A regra , detalhada em leis federais estaduais e municipais, vale tanto para pessoas físicas quanto jurídicas e a falta deles pode acarretar sérios problemas em caso de fiscalização. Para empresas de pequeno e médio porte as dificuldades aumentam em razão da falta de espaço e de pessoal especializado para a tarefa. Mesmo assim, consultores especializados na organização e gestão de arquivos alertam para a importância de se guardar documentos em papel.

 A Confirp Consultoria Contábil, empresa especializada na organização e digitalização de documentos, orienta   empreendedores de todos os ramos de atuação através de consultorias e palestras.

 Um dos palestrantes da Confirp,  Juan Cacio Peixoto, bibliotecário da Acervo – que também oferece consultoria neste campo – explica que muitas  empresas desejam digitalizar todos os seus documentos, mas esbarram nas dificuldades que poderão ter. Os  órgãos públicos  ainda não estão preparados para receber e enviar arquivos digitais.

Um dos exemplos é a Justiça do Trabalho, que ainda exige os tradicionais cartões de controle de ponto como prova física no caso de reclamações sobre horas extras não pagas. Ele lembra que apesar da Lei de Digitalização (de nº 12.682),  sancionada em julho deste ano, ainda são necessários ajustes. Inicialmente foi vetada a permissão para destruir os arquivos após a  transformação digital deles.

Prazos – Pessimista, Peixoto diz que a geração que está nascendo agora é que será beneficiada por estes avanços tecnológicos. Por isso,  recomenda que as empresas consultem os prazos determinados pela legislação e encarreguem seu departamento jurídico de verificar se ainda há processos em andamento, já que a eliminação de documentos em papel poderá  deixá-las sem provas em caso de fiscalização ou necessidade de apresentação de documentos (leia  os prazos acima). Ele opina que muitos empreendedores arcaram com custos enormes decorrentes de ações perdidas porque não foram cuidadosos ao arquivar documentos ou ainda pensam que esta prática representa um passivo para suas empresas. "Entre as dúvidas mais frequentes dos empresários que atendo está a validade dos documentos digitais que substituem os físicos (em papel)", afirma.

Valor histórico – Para Adriano Damato, sócio-diretor da unidade de São Paulo da empresa Arquivar, "estes documentos são essenciais para o funcionamento de uma empresa e devem ser considerados como parte da sua história".

 Segundo Damato, os prazos de arquivamento variam de acordo com cada legislação. As informações podem ser encontradas no Conselho Nacional de Arquivos (Conarq), órgão colegiado, vinculado ao Arquivo Nacional do Ministério da Justiça, que tem por finalidade definir a política nacional de arquivos públicos e privados, como órgão central de um Sistema Nacional de Arquivos. Ele é encarregado de oferecer orientação normativa nos campos de gestão e proteção de arquivos e documentos.

 Os prazos para notas fiscais, recibos e documentos referentes a tributos, recibos e contratos de aluguel, contas (água, luz, telefone e gás), contratos de compra e escrituras de imóveis, fazem parte dos itens controlados por estas leis.

 Atualmente, a Arquivar é procurada por empreendimentos de todos os portes e de diversos ramos, pois a fiscalização foi intensificada nos últimos anos, principalmente por parte da Receita Federal. Os preços dos serviços variam de acordo com o seu porte.

 O comércio varejista e atacadista segue as mesmas normas e, segundo o sócio-diretor da Arquivar, os grandes grupos são os que dispõem de mais recursos e pessoal para arquivar toda a sua documentação. Já os estabelecimentos de pequeno e médio portes encontram mais dificuldades tanto do ponto de vista físico (instalações com espaço reduzido) quanto do organizacional e financeiro.

 Outro segmento que  requisita mais serviços deste tipo são as importadoras e exportadoras, pois na sua avaliação, "os documentos são verdadeiros dossiês, com uma legislação que conta com regras muito específicas".

 Damato acredita que, neste momento, apenas a Nota Fiscal eletrônica conta com um sistema já consolidado e confiável.

BIBLIOTECA NACIONAL REÚNE JORNAIS E REVISTAS ANTIGOS EM ACERVO DIGITAL

A Fundação Biblioteca Nacional criou a chamada "Hemeroteca Digital". A página reúne jornais e revistas desde o começo do século XIX em versões digitalizadas, informou o site Rede Brasil Atual. As digitalizações estão disponíveis aos usuários de forma gratuita desde o mês de julho no site do projeto.
A "Hemeroteca Digital" reúne cerca de cinco milhões de páginas de jornais, revistas, anuários e boletins que fizeram parte da história da imprensa brasileira. “A preservação e o acesso à memória documental brasileira são as missões da Biblioteca, e o jornais fazem parte importantíssima dessa memória”, afirmou Ângela Bittencourt, coordenadora da Biblioteca Nacional Digital e responsável pelo projeto.

O projeto foi realizado com a ajuda do financiamento de R$6 milhões da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), empresa pública ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Ângela diz que, até o final deste ano, 10 milhões de páginas devem compor o acervo.

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PRIMEIRA LEI DA CIDADE COMPLETA 120 ANOS

Documento criava cargos de governo no período em que a cidade não tinha prefeito


SÃO PAULO - Nem sempre houve leis em São Paulo. Na verdade, a cidade passou 338 anos sem que existisse sequer uma lei municipal para contar história. Isso só foi mudar no dia 29 de setembro de 1892, quando foi aprovada a primeira lei pela Câmara Municipal, que havia sido recém-reformada, após a Proclamação da República. Hoje, 120 anos depois desse dia, mais de 15 mil outras leis já foram sancionadas na capital paulista - uma média de mais de 130 por ano.


O objetivo da primeira lei paulistana é criar as "intendências". Elas eram uma espécie de secretaria, importantes para organizar a cidade em uma época em que ainda não existia a figura do prefeito - o primeiro só assumiu em 1899 e, antes disso, era a própria Câmara a responsável pelo Poder Executivo. "São quatro intendências: Justiça e Polícia, que vinham do modelo colonial; Higiene e Saúde Pública; Obras Municipais; e Finanças", explica o historiador e arquivista da instituição, Guido Alvarenga.


A Câmara paulistana começou a funcionar em 1560, quando os cinco vereadores precisavam percorrer quilômetros a cavalo para encontros à luz de velas. Durante todo o período colonial, porém, não houve leis municipais. "As regras eram chamadas de posturas, nem sequer eram numeradas", explica o historiador Ubirajara de Farias Prestes Filho, que também trabalha no Legislativo. O mesmo ocorreu durante o Império - que, por ser mais centralizador, ainda obrigava todas as decisões dos vereadores a passar pelo crivo dos deputados da Assembleia Provincial.

Isso só foi mudar após a promulgação da primeira Constituição da República, em 1891. Ao conceder mais autonomia aos municípios, ela abriu espaço para que as Câmaras aprovassem as próprias leis e decidissem sobre os assuntos locais como bem entendessem. E assim foi aprovada a lei número 1, que é guardada em manuscrito no Arquivo Histórico Municipal.
Em vigor. Apesar de o modelo de organização municipal ter mudado diversas vezes, a primeira lei só foi revogada expressamente em 2005, ano em que o então prefeito José Serra (PSDB) enviou projeto à Câmara para acabar com mais de uma centena de leis antigas. Atualmente, a lei mais velha ainda sem revogação expressa é a n.º 5, também de 1892, que, entre outras coisas, proíbe que "conductores" de carros de transporte de carnes transitem na rua com roupas "sujas e repugnantes", sob pena de multa de 20 mil réis.


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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

ERA DIGITAL É O DESAFIO SETORIAL

Em pleno processo de consolidação, cinco anos após sua chegada, o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) ainda é visto, pelo menos por boa parte daqueles que lidam com esta sistemática, como mais um imbróglio a ser resolvido exclusivamente pelo contador, quando muito, também pelos profissionais de Tecnologia da Informação (TI). A análise é do auditor e administrador de empresas pós-graduado em Informática Pericial, Edgar Madruga, especialista em Sped, Governança Tributária e Perícia Tributária Digital, coordenador e professor do MBA em Contabilidade e Direito Tributário do Instituto de Pós Graduação (Ipog).

 Segundo Madruga, distorções deste tipo são frequentes nas relações entre quem dirige uma empresa e os responsáveis por projetos de grande envergadura como este, "em que um costuma jogar no colo do outro doses excessivas de responsabilidade, em meio a pitadas igualmente generosas de indiferença e omissão", diz. Para ele, o Sped é um daqueles "problemas" que envolvem praticamente todos numa organização, mas, em essência, tem como protagonista a figura do próprio empreendedor, não apenas por ser ele o primeiro interessado no sucesso do negócio, como também pela grande responsabilidade legal advinda de sua condição. "Uma certeza me inquieta: o empresário precisa ter em mente que a responsabilidade sobre tudo que possa colocar seu negócio em risco é dele, inclusive a gestão do Sped", acentua Madruga. O Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) é um projeto positivo para o País, portanto tem que ser tratado com seriedade. A sistemática acelera a transição da sociedade analógica para a digital, onde valores como o conhecimento e a ética sobressaem sobre o capitalismo industrial clássico.

 Mola propulsora

 "Produto da Era Digital ou do Conhecimento, como alguns preferem, esses novos tempos têm sido a mola propulsora de expressivos avanços na coexistência entre fisco e pessoas jurídicas, e só podem ser geridos com uma atuação conjunta envolvendo os administradores e suas equipes", esclarece o especialista. Madruga ressalta que um sinal evidente da importância deste trabalho integrado é que, sem ele, vem se tornando impossível prestar informações corretas às autoridades fiscais, uma vez que a mesma tecnologia reconhecidamente pródiga em facilitar processos impõe novas diretrizes à gestão dos negócios, sob pena de simplesmente inviabilizá-los. Dividido entre dois períodos históricos - pré e pós-Sped -, o mundo corporativo vai aos poucos se moldando a essa realidade, na qual as empresas passarão por auditorias tributárias digitais a cada Nota Fiscal eletrônica (NF-e) emitida.

 "As diferenças entre o que se fazia antes e o que se faz agora são inegáveis. Passamos de um modelo de fiscalização arcaico, generalista, baseado em poucas fontes, auditorias in loco e amostragens repletas de falhas, para um modelo marcado por modernidade, especialização e eficiência, no qual se fiscalizam em tempo real 100% das operações fiscais e contábeis", acrescenta Madruga.

 Os empresários conscientes de seu real papel nisso tudo certamente conseguirão vencer mais facilmente a fase de transição em curso. Já os que insistirem em procurar responsáveis -ou, pior ainda, culpados- para as eventuais dificuldades surgidas rumo à plena assimilação do Sped são fortes candidatos a ficar pelo caminho. E tão rápido quanto todas essas mudanças vêm acontecendo.

 Caça às bruxas

 "Por estas e por outras, os empresários devem se cercar de profissionais qualificados, comprometidos em buscar soluções para as eventuais inconsistências técnicas ou tecnológicas do Sped, ao invés de iniciar uma caça às bruxas, em busca de culpados quando as coisas neste campo não estiverem indo bem", avalia Vanessa Miranda de Mello Pereira, gerente de Tributos Diretos da ThomsonReuters - FiscoSoft. De acordo com ela, só desta maneira, sem perder tempo com jogo de empurra-empurra e prestando informações de qualidade, as empresas poderão correr menor risco tributário.

 Vanessa argumenta que o momento é de qualificar o quadro de colaboradores (interno ou autônomo), a fim de buscar a excelência das informações prestadas ao fisco municipal, estadual e federal. "Como nunca houve esse nível de compartilhamento de informações, a consequência provável é que as autuações sejam mais rápidas e eficientes", diz.

 Outro ponto de destaque do Sped é a maior chance de autuação contra contribuintes que aplicam manobras fraudulentas para reduzir a carga tributária (evasão fiscal) e praticar preços melhores. "O Sped funciona não apenas como um protetor da concorrência desleal, mas como um incentivador da maior transparência das informações prestadas, que, por consequência, ajudará a elevar as autuações e incrementar a arrecadação tributária", ressalta Vanessa.

 Desde 1999, a FiscoSoft serve de instrumento de informação e conhecimento para os públicos jurídico-tributário e contábil, mantendo seus clientes atualizados com publicações de sua equipe de especialistas. Em março de 2012, a empresa anunciou a sua compra pela Thomson Reuters, uma das líderes mundiais em fonte de informação inteligente para negócios e profissionais.

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TECNOLOGIA QUE VEIO PARA FICAR

"A certificação digital é uma tecnologia que veio para ficar." A afirmação é de Júlio Cosentino, vice-presidente da Certisign, empresa pioneira e líder do mercado de certificação digital no Brasil. "Ela atua como um grande facilitador no dia a dia de profissionais dos mais variados segmentos, principalmente dos contadores", avalia Cosentino. Isso se dá porque a área contábil é precursora da certificação digital no Brasil desde quando a Receita Federal determinou seu uso, em 2005, para a entrega da Declaração de Contribuições e Tributos Federais (DCTF). "Eles [os contadores] são os maiores tutores de compra de certificados para o empresariado brasileiro.

 "Hoje em dia, a assinatura eletrônica se tornou imprescindível para o desempenho desta profissão", explica o vice-presidente. No Brasil há 16 anos, a Certisign foi a terceira autoridade certificadora a entrar em operação no mundo e a primeira a fazê-lo na América Latina. É a única empresa brasileira que tem foco exclusivo em soluções que contemplam a certificação digital. Com o advento da tecnologia digital, a assinatura de contratos diários, bem como a realização de procedimentos junto a órgãos como Receita federal, estadual ou municipal, Caixa Econômica Federal e prefeitura tornou-se mais ágil, rápida e simples. Além de reduzir custos com impressão e compra de papéis, "a certificação otimizou o tempo gasto pelos profissionais do ramo de contabilidade que, agora, não precisam se deslocar do escritório para os clientes e cartórios, entre outros, apenas para colher assinaturas. Isso sem contar os impactos positivos ao meio ambiente, na medida em que se reduz significativamente o uso de papel, como também a emissão de CO2 gerada pelo transporte de documentos físicos", explica Cosentino.

Indicação

 Segundo o vice-presidente da Certisign, atualmente, dos 3,5 milhões de certificados emitidos pela empresa no Brasil, cerca de 70% foram indicados pelo profissional contábil. Graças à certificação, o titular do certificado digital pode assinar qualquer documento ou transação eletrônica com a mesma equivalência jurídica aplicada por uma pessoa em um documento de papel.

 A desburocratização de processos e o aumento no nível de segurança, devido ao sistema de criptografia que está por trás desta tecnologia, são outros aliados. Além disso, é interessante ressaltar a eliminação do trânsito de papéis, que favorece a manipulação indevida de informações ou até mesmo a fraude dos documentos. "A soma de todos esses fatores contribui cada vez mais para o aumento da adesão dos profissionais contábeis a esta tecnologia", diz Júlio Cosentino.

 Se, por um lado, esta tecnologia traz uma série de benefícios para quem a usufrui, e principalmente para o meio ambiente, por outro, caso não seja bem administrada, pode trazer sérios problemas. O principal deles diz respeito à vulnerabilidade imposta ao responsável pelo compartilhamento de certificados digitais. Emprestar, ceder, dividir ou compactuar do uso do seu documento eletrônico com terceiros pode ser comprometedor e de altíssimo risco, dependendo das mãos em que o certificado estiver. Entretanto como em qualquer tecnologia, a certificação digital existe para contribuir e facilitar a vida de pessoas, organizações e instituições; com o passar do tempo, a certificação digital vem ganhando cada vez mais funcionalidade para o setor, e novas aplicações surgem no mercado. Como exemplo: Declarações de Imposto de Renda Pessoa Jurídica, consultas de situações fiscais do cliente, procuração eletrônica, emissão de NF-e, prestação de contas, consulta e emissão de pagamentos, atualização de cadastros, acesso a dados e movimentações do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) são apenas algumas das funções que podem ser realizadas com o uso do certificado digital.

Hotsite

 Hoje a Certisign dispõe de uma equipe dedicada ao atendimento dos escritórios contábeis que, atenta ao potencial de influência por parte do setor, lançará em outubro um hotsite especialmente para atendimento destes profissionais. "A ideia é ir além da orientação sobre as possibilidades de uso do certificado digital: divulgar, ensinar e disseminar o conhecimento a respeito desse sistema", esclarece Cosentino. O objetivo dessa ação é criar um canal de informação para facilitar ainda mais a rotina dos contabilistas que precisam orientar seus clientes sobre as necessidades e a utilização de certificados digitais.

 Um certificado e-CNPJ da empresa custa a partir de R$ 165,00 e tem validade de um ano, menos de R$ 15,00 por mês para realizar mais de 20 procedimentos junto à Receita Federal, entre outros serviços.

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SAIBA COMO O SPED SOCIAL VAI AFETAR AS PEQUENAS EMPRESAS

Com implantação prevista para o ano que vem, a Escrituração Fiscal da Folha de Pagamento e das Obrigações Previdenciárias, Trabalhistas e Fiscais - mais conhecida como Sped Social - vai afetar a rotina das empresas. O sistema reunirá em um só arquivo informações hoje prestadas em separado a diversos órgãos, como Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Receita e INSS

 Com implantação prevista para o ano que vem, a Escrituração Fiscal da Folha de Pagamento e das Obrigações Previdenciárias, Trabalhistas e Fiscais - mais conhecida como Sped Social - vai afetar a rotina das empresas. O sistema reunirá em um só arquivo informações hoje prestadas em separado a diversos órgãos, como Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Receita e Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

 Amauri Liba, professor do curso de Ciência Contábeis da Fecap (SP), explica que o Sped Social vai ser exigido, em um primeiro momento, somente para as empresas que fazem parte dos setores que obtiveram desoneração da folha de pagamentos em 2012 - e aí não importa se elas são de micro ou grande porte. Entre esses setores está o têxtil, de tecnologia da informação e de móveis, por exemplo. "Em longo prazo, o sistema digital de prestação de contas do governo será estendido para todas as empresas e segmentos", afirma o professor.

 O objetivo é eliminar, em uma primeira fase, o papel usado na impressão de folha de pagamento. Depois, o livro de registros deverá ser banido. As ações facilitam o trabalho do Fisco, já que os créditos previdenciários e trabalhistas serão reunidos em base única. "As empresas, especialmente as de contabilidade, terão custos para adequar sua estrutura administrativa, pois o programa do escritório terá de ser compatível com o do governo", alerta Amauri.

 As informações que farão parte do Sped Social são as seguintes: eventos trabalhistas - tais como admissões, afastamentos, comunicação de aviso prévio etc -, folha de pagamento e retenções de contribuições previdenciárias.

Benefícios para as empresas
 O professor da Fecap acredita que o fato de a sonegação de impostos no Brasil ser muito alta acaba impactando todas as empresas. "Uma das razões de os impostos serem altos é o fato de haver muita sonegação também. Por ser um sistema digital, que não permite um acompanhamento humano, as chances de fraude serão quase extintas", diz.

 Para Amauri, em longo prazo, é esperado uma diminuição na sonegação de impostos, o que favorece uma concorrência mais leal entre as empresas. "Com a melhoria da arrecadação, há a possibilidade de desoneração maior na folha de pagamento das empresas", avalia. Segundo dados da Receita, o Sped Social visa também reduzir a informalidade na relação de emprego.

 É importante que mesmo os empreendedores que terceirizem a área de contabilidade - realidade na maior parte das micro e pequenas empresas - tenham conhecimento sobre o Sped Social. "O empresário precisa saber do que se trata até para poder cobrar de maneira mais efetiva o seu escritório de contabilidade. A multa para quem não se adequar ao sistema está prevista em R$ 5 mil por mês a partir da dada de implantação", explica Amauri

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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

CENTRO É A REGIÃO QUE REÚNE O MAIOR NÚMERO DE BIBLIOTECAS

 RIO - Apesar da agitação e do barulho das ruas, o Centro do Rio ainda tem refúgios de tranquilidade que convidam à leitura. Junto com a Biblioteca Nacional e o Real Gabinete Português — que se destacam tanto pela riqueza do acervo, quanto pela beleza arquitetônica —, o Centro é a região da cidade que reúne o maior número de bibliotecas. A lista, com mais de 20, inclui desde as que oferecem títulos diversificados, como a Biblioteca Euclides da Cunha, localizada no Palácio Gustavo Capanema, até estantes mais especializadas, como a Biblioteca Paulo Santos, no Paço Imperial, repleta de títulos de arquitetura do Brasil e de Portugal. No próximo dia 12, o roteiro da boa leitura na área central volta a contar com um antigo endereço: a biblioteca do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) reabrirá as portas depois de passar dois anos em obras.Com 140 mil volumes, o espaço do CCBB está sendo preparado para abrigar um conjunto de livros de arte, literatura, filosofia, economia e catálogos de exposição de arte. A reforma de R$3,5 milhões modernizou as salas, trocou móveis e deixou o andar mais claro. Um pouco da história da antiga biblioteca, fundada 1931 (originalmente voltada para assuntos mais técnicos, de interesse dos funcionários do Banco do Brasil), foi preservada na Sala de Coleções Especiais e Obras Rara, que manteve o mobiliário de época. Lá, estão sendo recolocados 4 mil exemplares de títulos considerados raros, como a coleção dos livros publicados pela Sociedade dos 100 Bibliófilos, a partir da década de 1940, de autores brasileiros como Manuel Bandeira, Jorge Amado e Machado de Assis, com ilustrações de Carybé, Portinari, Di Cavalcanti e Djanira.

— Enquanto no restante da biblioteca o público tem livro acesso às estantes, aqui nesta sala a consulta terá a supervisão de bibliotecários — explica a bibliotecária Cecília Bosco.

Após a reforma, foi a sala infantojuvenil foi ampliada e recebeu nova decoração, mais colorida. A garotada poderá escolher entre 4 mil títulos, que inclui autores consagrados da literatura brasileira, como Monteiro Lobato, até sucessos recentes de venda entre os adolescente, como a escritora Thalita Rebouças. Ao lado, separada por vidros, uma sala com computadores tem games educativos. Na biblioteca do CCBB, o público pode pesquisar, ler ou consultar as publicações, mas os empréstimos só são liberados a funcionários do BB ou para outras bibliotecas.

Outro recanto da boa leitura no Centro é a Biblioteca Euclides da Cunha, localizada no Palácio Gustavo Capanema, clássico da arquitetura modernista projetado por Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, na Rua da Imprensa. Fundada na década 30 como Biblioteca do Ministério da Educação e Saúde, ela passou a ocupar o 4º andar do prédio, quando o edifício foi inaugurado, na década de 40, e ainda preserva móveis e luminárias daquela época. Hoje, ela é ligada à Biblioteca Nacional, de onde recebe todos os livros duplicados da instituição. As estantes têm títulos de interesses variados: literatura, ciências, livros didáticos, filosofia, além de coleção especiais, como a de obras de Euclides da Cunha. É comum ver jovens com tablets, e notebooks, fazendo pesquisas no salão com vista para o jardim de Roberto Burle Marx. Com acervo de cerca de 100 mil títulos, a biblioteca recebe 8 mil visitantes por ano. E é uma das poucas da região que faz empréstimos.

— Os livros atraem, mas muita gente vem aqui em busca de silêncio — diz Tânia Maria Guimarães de Motta, coordenadora substituta da biblioteca.

Obras raras dos séculos XVI e XVIII

Na Praça Quinze, a biblioteca do Paço Imperial (Biblioteca Paulo Santos) é outra opção de leitura em um prédio histórico. Segundo o diretor do Paço, Lauro Cavalcanti, a biblioteca tem cerca de 9 mil volumes e é especializada em arquitetura do Brasil e de Portugal, entre elas algumas obras raras dos séculos XVI a XVIII. Em média, 90 pessoas por mês vão até lá fazer alguma consulta. Empréstimos, só entre bibliotecas:

— Ela foi doada para ser aberta no Paço pelo Professor Paulo Santos, criador e titular da cadeira Arquitetura do Brasil na FauUfrJ. Ele foi arquiteto e dono de uma firma de construção civil.

Quando o tema de interesse é o cinema, o teatro, a música e ou as artes plásticas, a Biblioteca Edmundo Moniz (Cedoc/Funarte), instalada na Rua São José, costuma ser a escolhida. Criada em 1956, ela foi incorporada à Funarte em 1990 e guarda mais de 40 mil livros. O acervo, apenas para consulta, inclui periódicos, textos teatrais, cartazes, partituras, fotos, arquivos sonoros, vídeos e dossiês de personalidades, eventos e espaços culturais, num total de 1 millhão de peças. Entre os itens raros, estão as coleções de “A Scena Muda”, revista brasileira sobre cinema, que circulou entre 1921 e 1955, sendo a primeira publicação do país especializada no tema, e de “Cinearte”, que circulou entre 1926 e 1942. A média mensal de visitantes é de 150 pessoas.

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JORNAIS E REVISTAS ANTIGOS SÃO DIGITALIZADOS PELA BIBLIOTECA NACIONAL

São Paulo – A  Fundação Biblioteca Nacional criou a Hemeroteca Digital, um vasto acervo digital de publicações impressas antigas que datam desde o começo do século XIX. Desde julho as digitalizações podem ser acessadas gratuitamente. São cerca de cinco milhões de páginas de jornais, revistas, anuários e boletins que marcaram a história da imprensa do país.

Ângela Bittencourt, coordenadora da Biblioteca Nacional Digital e responsável pelo projeto, explica que a digitalização dos acervos é importante, principalmente, por duas causas que dão a razão de ser da Biblioteca Nacional: a preservação dos documentos e o maior acesso a eles. “A preservação e o acesso à memória documental brasileira são as missões da Biblioteca, e o jornais fazem parte importantíssima dessa memória”.

Ela ressalta que as documentações digitalizadas podem ser consultadas sem serem manuseadas, o que poderia causar danos aos impressos. “Dar acesso para alguém manusear o jornal é ir contra a preservação”, diz.

Outro fator que deve ser levado em conta é democratização dos acessos por parte da população. “Há a superação de limites geográficos. Qualquer um, a qualquer hora e em qualquer lugar do mundo pode acessar esses documentos”.

Para a realização do projeto, R$ 6 milhões foram financiados pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), empresa pública ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, que financia e apoia iniciativas de inovação tecnológica.

A microfilmagem, uma tecnologia de digitalização mais adequada ao frágil material com que os jornais eram feitos, possibilita uma maior velocidade ao ritmo de digitalizações: O número pode chegar a 30 mil por dia.

Segundo a coordenadora do projeto, até o final do ano cerca de 10 milhões de páginas devem compor o acervo.

No portal (www.hemerotecadigital.bn.br), a ferramenta de pesquisa por palavra é uma inovação, ressalta Ângela. “A pesquisa por palavras no arquivo completo facilita muito a pesquisa dos internautas”. Lembrando das diferenças da grafia antiga para a atual, Ângela lembra que, em breve, o portal contará com um dicionário de época, que mostrará as equivalências entre as palavras escritas de forma diferente.

À frente do projeto estão 21 pessoas que compõem uma equipe interdisciplinar. São historiadores, arquivistas, bibliotecários, técnicos em fotografia e literatos, que além de se encarregarem das digitalizações, produzem artigos sobre os impressos antigos, contextualizando historicamente a trajetória de cada um. Este conteúdo também está disponível no site da Hemeroteca.

Todos os impressos que estão sendo digitalizados são do arquivo da Biblioteca Nacional, que, segundo Ângela, possui o maior acervo de periódicos no país. Os mais antigos, já disponíveis na para consulta, são o Correio Braziliense, considerado primeiro jornal brasileiro, publicado em 1808 como oposição à coroa portuguesa, e a Gazeta do Rio de Janeiro, primeiro jornal impresso no Brasil, também de 1808.

O projeto da Hemeroteca foi iniciado no começo do ano passado. O Jornal do Brasil , disponível apenas em versão online desde 2010, terá até o final do ano suas edições digitalizadas e será a publicação mais recente do acervo.

Outras publicações disponíveis para consulta são: O Espelho, Reverbero Constitucional Fluminense, O Jornal das Senhoras, O Homem de Cor, Marmota Fluminense, Semana Illustrada, A Vida Fluminense, O Mosquito, A República, Gazeta de Notícias, Revista Illustrada, O Besouro, O Abolicionista, Correio de S. Paulo, Correio do Povo, O Paiz e o Diário de Notícias

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FILHO DE RENATO RUSSO ASSUME LEGADO DA JÁ LENDÁRIA BANDA LEGIÃO URBANA




Cabeça dura, teimoso, empreendedor, excelente para começar projetos, para colocar fogo nas ideias. O produtor Giuliano Manfredini enumera assim as características do seu signo, Áries, o mesmo do seu pai, Renato Manfredini, o Renato Russo. O pai de Giuliano morreu quando este tinha 7 anos, e ele, que completou 23 anos em março, acaba de assumir o que chama de "espólio intelectual" do seu velho (até então, era a mãe do cantor, avó de Giuliano, que geria tudo).

Não é pouca responsabilidade: foram cerca de 25 milhões de discos vendidos em 14 anos de atividade, números de megagrupos como Oasis ou The Cure. A Legião Urbana foi (e continua sendo) um dos maiores fenômenos da música na América Latina. Manfredini já assume com o desafio de coordenar a celebração dos 30 anos da banda, que começa neste final de ano com a estreia do longa-metragem Faroeste Caboclo, com Isis Valverde, a Suélen, no papel da Maria Lúcia da canção.

Giuliano chama a atenção por ser quase uma antítese do pai. Nunca responde uma pergunta de bate-pronto, sempre inicia com uma palavra que, não raro, substitui por outra que considera mais adequada. É superponderado. Renato Russo era uma metralhadora verbal (há episódios em que xingou críticos de "bichas mal-amadas"), atacava detratores ferozmente. Algumas vezes, quando o tema é mais controverso, Giuliano pede delicadamente: "Me preserve disso, tá bom?" Não deixa nem o interlocutor terminar a pergunta para assegurar que não vai respondê-la.

"Não sou careta, mas não bebo. Sou tranquilo. Sou espírita kardecista, e o que mais gosto de fazer é ir ao cinema e ler. Também adoro comer o melhor da baixa culinária", diz rindo o produtor, num perfil relâmpago de si mesmo. Não namora atualmente, diz. Aos 21, namorava Anna Cecília, mas acabou. "É tudo fortuito. Ainda não achei a pessoa certa, vai demorar um pouco. Até porque estou assumindo a Legião, tô muito focado."

Ele diz que seu comportamento low profile também é parte de sua responsabilidade como condutor do legado da banda. "Os papéis se invertem. Ele era um criador, um artista, e eu tenho outra função: cuidar, preservar, difundir", explica o rapaz, que vive em Brasília, mas procura apartamento em São Paulo - acredita que na capital paulista as condições são mais adequadas para desempenhar melhor sua função.

Giuliano está trabalhando em uma infinidade de projetos relacionados à Legião. Em maio, ele se mostrou contrariado com a iniciativa dos outros dois remanescentes da banda, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, de reunirem a banda em torno do ator Wagner Moura para um show da MTV, em São Paulo. Ele é atualmente o dono de 100% da marca Legião Urbana, e ninguém pode realizar nada relacionado ao seu legado sem pedir autorização a Giuliano. Na época, ele disse: "Nenhuma obra em conjunto pode ser decidida unilateralmente".

O produtor estuda modelos para criar o Instituto Renato Russo, uma instituição que será voltada para ações de apoio e conscientização de dependentes de drogas. Ele diz que a própria agonia final do pai, que foi alcoólatra e usava drogas, o motivou a criar o instituto. Às vezes, quando estava em Brasília, Renato abusava de alguma substância e ia dormir em casa de amigos, para que o filho não visse o seu estado.

Outro fato que o motivou a criar o Instituto Renato Russo foi a revelação, pela TV, de que o antigo baixista da banda, Renato Rocha, o Negrete, estava vivendo como sem-teto no Rio de Janeiro. "Meu pai adorava o Negrete. Eram muito amigos, e ele não deixaria que ele terminasse assim. Eu vou fazer o que meu pai faria, vou tentar ajudá-lo", disse.

"A Legião Urbana é uma empresa, e foi criada por meu pai. Temos advogados, estrutura de comunicação, marketing, planejamento. Mas a maneira que eu lido com isso tudo é mais terna, mais familiar. Não gosto de gritar ordens. Acredito que a forma como se relaciona com as pessoas muda até a qualidade do trabalho", afirma Manfredini, que também é dono da produtora Mundano.

Giuliano não gosta de falar da parte materna de sua família. Sabe-se que sua mãe, Raphaela Manoel Bueno, era uma moça de origem humilde da Ilha do Governador. Giuliano foi adotado por Renato Russo e criado pela avó materna, Maria do Carmo, a Carminha. Em 2004, houve um processo judicial movido pela família da mãe, mas os pais de Renato Russo ganharam na Justiça o direito de manter a guarda do garoto até sua maioridade. Renato vivia no Rio de Janeiro, mas Giuliano conta que o pai nunca o deixou largado.

"Vinha sempre me visitar, escondido. Me protegia do assédio, passeávamos. Ele me fazia ver filmes repetidamente, e me ensinava a ler livros. Lembro muito dos Natais em família, a gente ia para o apartamento dele no Rio, eu era muito amado. Vim muito novo para Brasília, mas ele dava o norte de como eu deveria ser criado", conta. O resultado é quase um anti-Renato Russo. "Quero casar, ter família, sou desse tipo de cara." No início, Giuliano até que teve pretensões artísticas. Tocou guitarra numa banda de rock chamada Síndrome, mas logo jogou a toalha nas pretensões de ser artista e passou para o outro lado do balcão. Está no sétimo semestre de Direito e também termina o curso de Administração.

Renato Russo teve dois grandes amores em sua vida, lembra Giuliano. "Um menino e uma menina", brinca, lembrando da letra do pai. O primeiro foi a nipo-brasileira Suzy, um namoro de juventude. "Meu pai me apresentou a ela, é um doce de pessoa. Está casada, vive em Brasília." Depois, namorou o americano Robert Scott Hickmon, que conheceu em Nova York (e vive atualmente em São Francisco).

Toda a história de Renato Russo está agora nas mãos de Giuliano. "Meu pai deixou um universo a ser descoberto. E eu vou organizar isso. Cada um que o descreve mostra apenas um lado. Mas não há uma verdade única", pondera.

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