terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Bibliotecas públicas do Recife sofrem com situação de abandono

Estrutura danifica acervo, com janelas quebradas e há buracos no teto. Espaços têm papel importante no combate à violência urbana.

No Recife, é precária a situação das bibliotecas públicas. A Biblioteca Popular de Casa Amarela, na Zona Norte da cidade, por exemplo, costumava receber cerca de 50 visitantes por dia, mas o público é cada vez menor e não há sequer um bibliotecário no local. Na Biblioteca Popular de Afogados, Zona Oeste da capital, os mesmos problemas. A situação foi apresentada no Bom Dia Pernambuco desta terça-feira (27).
Em Casa Amarela, a estrutura da biblioteca pública danifica até mesmo o acervo do local. Janelas estão quebradas, algumas lâmpadas estão queimadas e há buracos no teto. A infiltração já destruiu mais de mil livros da coleção, que possui um total de 14 mil obras. Não há bibliotecário no local, por isso, metade do acervo está fora de catálogo. A biblioteca recebia ainda um encontro de poetas mensal, mas a verba foi cortada pela Prefeitura.
O universitário Marcos André Queiroz, que foi à biblioteca buscar livros e acesso à internet, conta que não encontrou rede e que o local pode melhorar. "As bibliotecas desenvolvem um papel fundamental, de incentivo à leitura", destaca.
Na Biblioteca de Afogados, a situação é semelhante. Na sala de leitura, os ventiladores e lâmpadas não funcionam. Enquanto isso, na sala de informática, nenhum dos nove computadores funciona. O local também não tem bibliotecário e, por isso, os livros ficam espalhados e fora de catálogo.
Murilo Cavalcanti, que é secretário de Segurança Urbana do Recife, pasta responsável pela administração das bibliotecas, explica o porquê de elas não serem vinculadas a setores como Educação ou Cultura. “A biblioteca tem um papel fundamental de reversão da violência urbana”, explica. “Pedi ao prefeito Geraldo Julio que essas duas bibliotecas ficassem com a pasta para ser criada uma rede de bibliotecas, pela paz e pela não-violência na cidade do Recife”, completa o secretário.
Cavalcanti reconheceu as dificuldades e garantiu que o prefeito da cidade, Geraldo Julio, vai assinar a ordem de serviço de reforma das bibliotecas ainda nesta semana. “É responsabilidade dessa gestão recuperá-las e entregá-las ao cidadão como um novo espaço, com uma dinâmica diferente, que a gente está chamando de biblioteca de convivência cidadã, para que a gente possa atrair o jovem”, pontua.
O secretário aponta ainda que a gestão pretende contratar bibliotecários, contadores de histórias e profissionais que criem novas dinâmicas dentro do ambiente, principalmente para as crianças. “O prazo de conclusão é até 31 de dezembro de 2015, para a gente entregar essas bibliotecas recuperadas. Queremos dar essa nova dinâmica, baseada em experiências que deram certo”, completa.
Fonte: www.g1.globo.com em 27.01.2015

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Rede social ajuda a encontrar documentos perdidos

PM teve ideia após observar número de itens entregues à corporação.

Raphael Costa
raphael.costa@jornaldebrasilia.com.br


Depois de criar a  rede social Mirtesnet, para que seu filho navegasse em segurança, Carlos Henrique do Nascimento viu que podia ir além. Com a ajuda do policial militar Jean Nery, criou uma ferramenta para ajudar as pessoas que perderam documentos. A ideia surgiu após o amigo, que trabalha no Recanto das Emas,  falou sobre a quantidade de itens perdidos. Com aproximadamente mil documentos no banco de dados, a tecnologia já ajudou pelo menos 50 pessoas.
De acordo com Jean,  "muitas pessoas encontram um RG, uma CNH no chão e por não saber o que fazer, nos entrega. Por mês, chegamos a receber algo em torno de 200, 300 documentos em nosso posto", revela o policial.
De acordo com Carlos Henrique, o projeto foi aceito de prontidão. "No momento em que ele me falou sobre a ideia, já imaginei como ficaria na página. Era algo que não precisava de um design muito sofisticado, mas sim um sistema de banco de dados e de busca eficiente. Logo, contactei um programador para providenciar isso", afirmou.

Apesar do grande volume de devoluções, o cabo Jean afirma que não há um setor especializado no assunto dentro da corporação para cuidar do assunto. "Foi aí que notei que um banco de dados poderia ser feito para que as pessoas pudessem encontrar os documentos perdidos de uma maneira mais prática", contou. Nesse momento, Jean decidiu pedir ajuda a Carlos. "Sabia que ele tinha criado o site e queria a opinião dele para saber o que poderia ser feito", afirmou.

Bem-vindo

Após a criação da ferramenta, Jean levou todos os documentos que estavam em seu local de trabalho para que Carlos fizesse o registro. "Foram quatro dias fazendo o cadastro de todos. Isso graças a ajuda da esposa do Jean Nery, que me ajudou a colocá-los no banco de dados", explicou o criador da Mirtesnet. 

Com apenas uma semana de funcionamento, a ferramenta já ajudou dezenas de pessoas. O motorista José Feliciano de Mesquita tem 35 anos, é um deles. Há três semanas, ele teve o vidro do automóvel quebrado por criminosos e diversos pertences furtados, na região de Taguatinga Norte. “Entre os pertences que me roubaram estavam todos os meus documentos. RG, CPF, reservista, carteira de trabalho. Registrei o Boletim de Ocorrência, pois não tinha a menor esperança de ter os meus documentos de volta”, disse. 

Busca pela rede é mais prática, rápida e segura
De acordo com o motorista  José Feliciano de Mesquita, 35 anos, foi um amigo que o alertou sobre a ferramenta. "Entrei meio desacreditado, mas quando digitei o meu nome e vi que meus documentos tinham sido encontrados, fiquei extremamente feliz", declarou. 

Além do resultado positivo, Feliciano destacou a facilidade para encontrar e mexer na ferramenta, inserida à rede social Mirtesnet. "Foi muito simples. Abri a página, fiz o cadastro e quando fiz a primeira busca, achei os meus documentos. Foi um alívio sem igual", revela

Para os criadores da página, a satisfação em entregar a documentação de volta aos donos é a parte mais recompensadora do trabalho. "Sabemos o trabalho que é refazer todos os documentos. Por isso, ficamos muito felizes em devolvê-los às pessoas", relatou Carlos Henrique, idealizador da Mirtesnet, disponível no site mirtesnet.com.br.

Usuários
Segundo Carlos Henrique, a rede social já tem pelo menos cinco milhões de usuários. O criador  ressalta que planeja expandir a ferramenta desenvolvida com Jean Nery. "Com uma adesão grande, como está ocorrendo agora, e com a divulgação da mídia, acredito que no futuro o site tenha o propósito de reencontrar documentos perdidos", explicou. 

O militar Jean Nery, por sua vez,  afirma que entrará em contato com os superiores da Polícia Militar para expandir o alcance do projeto e tornar a ferramenta uma aliada para buscar a documentação perdida.

 "Nosso objetivo é fazer um grande banco de dados com todos os documentos que forem entregues à Polícia Militar. Isso vai ajudar a população e criará uma maior interação com os cidadãos. Caso haja uma eficiência e um bom retorno, podemos expandir o projeto a nível nacional", especulou o policial. 


Fonte: Da redação do Jornal de Brasília em 26.01.2015

domingo, 25 de janeiro de 2015

Tempo de guarda de documentos, é tema de curso

Para melhor esclarecer, informar e tirar dúvidas dos participantes, a ACERVO programou para o 31 de janeiro, o curso “Prazo de guarda de documentos”, que será realizado via internet, com acesso livre durante 24 horas.
Tabela de Temporalidade Documental, é um dos assuntos tratados.

A importância da guarda dos documentos das áreas Fiscal, Contábil, Recursos Humanos, Administrativa e Técnica, e, orientar quanto ao tempo de guarda, e a sua eliminação com segurança, são os principais objetivos deste curso.

Existem determinados documentos que, por sua importância, devem ser mantidos em local de fácil localização, e conservados durante determinado espaço de tempo, em atendimento ao que dispõe a lei.

Quais são estes documentos e por quanto tempo guardar? Quando e como eliminar?

Guarde o DIÁRIO GERAL, por tempo indeterminado.
Garantir tranqüilidade a empresa, evitando prejuízos desnecessários, diminuindo o volume de documentos e aumentando o espaço, são os principais resultados, após o descarte de documentos, assuntos que serão abordados durante o curso.

Os participantes ainda poderão tirar suas dúvidas, durante o curso, com o BATE PAPO AO VIVO com o instrutor, que será realizado, para facilitar a comunicação com todos os participantes.


Você poderá participar deste curso, fazendo sua inscrição em nosso site www.acervo.com.br ou 11 – 2821-6100 e 98543-1356.  


Catarinense guarda acervo com relíquias da Segunda Guerra Mundial

Joinvilense pretende formar o maior museu de guerras do Sul do país. Material tem livro datilografado com cadastro de mais de 2 mil soldados.


Um acervo com relíquias da Segunda Guerra Mundial pode formar o maior museu de guerras do Sul do país em Joinville, no Norte de Santa Catarina (veja vídeo acima). O material, composto por documentos, fardas e equipamentos de guerra usados nos campos de batalha, foi trazido para o estado por um alemão, em 2013, e corre o risco de voltar para a Alemanha.

O colecionador Doraci Vodzynski, dono das peças, procura parceiros para criar o museu. Segundo ele, se os registros históricos ficarem desassistidos em alguma residência, o acervo pode se deteriorar e seria mais vantajoso devolver tudo para o país europeu. O joinvilense chegou a conseguir um espaço em um shopping da cidade para montar o museu, mas por não conseguir manter o aluguel, corre o risco de ter que deixar o local.
O acervo faz parte de uma coleção pertencente a quatro alemães. De acordo com Doraci, eles costumam passar o verão em Santa Catarina e tiveram a ideia de criar o museu em Joinville por causa da colonização germânica do estado. Assim que o material chegou ao Brasil, em setembro de 2013, um dos colecionadores e financiador do projeto morreu, dificultando a execução da ideia.
Colecionador guarda relíquias da guerra em Joinville (Foto: Reprodução/RBS TV)
Colecionador guarda relíquias da guerra no Norte
de SC (Foto: Reprodução/RBS TV)
Peças históricas

Entre as relíquias guardadas pelo catarinense está um livro datilografado com o cadastro de mais de 2 mil soldados brasileiros depois do fim da guerra. O documento contém a descrição da situação em que cada um deles se encontrava ao retornar ao país. Há ainda uma máquina de escrever que teria pertencido a última das secretárias de Adolf Hitler.

No acervo, também se destacam um capacete de tanque de guerra usado por um soldado francês, uma mochila de um soldado brasileiro e material de sinalização de um alemão. O acervo tem ainda documentos pessoais e passaportes.
Os materiais ajudam a contar um pouco da história da guerra, que durou de 1939 a 1945. Para o historiador Wilson de Oliveira Neto, que pesquisa o assunto há 16 anos, o material possui riqueza histórica e pode ajudar a contar um pouco da batalha. “Isso pode servir como ponto de partida para uma boa reflexão sobre a Segunda Guerra Mundial e as forças que lutaram nesse conflito. É um material variado e, ao que tudo indica, autêntico”, afirma.
Fonte: www.g1.globo.com em 25.01.2015