O acervo de nove bibliotecas públicas de Mato Grosso agora pode ser consultado online, por meio do site www.bibliotecasmt.com.br. A ferramenta de pesquisa integra um projeto do Sistema Estadual de Bibliotecas, coordenado pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), que contempla, entre outros objetivos, a democratização do acesso e o estímulo à leitura entre a população. De acordo com a bibliotecária Ana Heloíza Farias Pereira, a proposta é integrar num único sistema o acervo de todas as bibliotecas do Estado, chegando a 25 instituições até o final deste ano.
Hoje são 152 bibliotecas cadastradas em Mato Grosso, dentre estaduais e municipais. Inicialmente, o projeto disponibiliza o acervo de instituições em Água Boa, Nova Mutum, Campinápolis, Marcelândia, Pontal do Araguaia, Vera, Peixoto de Azevedo, Barra do Bugres eCuiabá. Parte delas já apresenta todo o conteúdo catalogado para consulta, outras estão em processo de inclusão das obras para pesquisa. Em média, cada instituição possui 10 mil volumes.
Ana Heloíza explica que, antes de utilizar a ferramenta, os profissionais das instituições passaram por capacitação nos municípios, com supervisão e orientação feita por servidores da Secel. “De forma geral, as bibliotecas no Estado usavam o sistema de tombo, com registro e consulta manual das obras. A informatização do acervo, além de facilitar o acesso à informação, aumenta as possibilidades de pesquisa pelo cidadão. Após essa fase inicial, vamos ampliar a rede, oferecendo o suporte técnico e acompanhando o processo de integração de mais instituições”.
O sistema da rede de bibliotecas de Mato Grosso foi criado com base no programa Biblioteca Livre (Biblivre), um software de catalogação e difusão do acervo de bibliotecas públicas e privadas, coordenado pela Fundação Biblioteca Nacional e o Instituto Cultural Itaú.
A consulta do acervo é simples e didática. O cidadão acessa o site, escolhe a biblioteca de interesse e depois define as opções de busca, que pode ser feita por bibliografia, autoridade, vocabulário e distribuição. Em cada link, a pessoa encontra explicação sobre o tipo de pesquisa que está acessando e as orientações sobre como encontrar o livro no site. “Além das informações de acervo, futuramente haverá possibilidade de interatividade com as instituições, por meio de um chat que está em fase final cadastro dos atendentes”, ressalta a bibliotecária.
Fonte: www.cenariomt.com.br em 26.06.2015
Organização é o princípio de tudo, mantê-la significa competência. Alfredo Valente Júnior
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sábado, 27 de junho de 2015
terça-feira, 27 de janeiro de 2015
Bibliotecas públicas do Recife sofrem com situação de abandono
Estrutura danifica acervo, com janelas quebradas e há buracos no teto. Espaços têm papel importante no combate à violência urbana.
No Recife, é precária a situação das bibliotecas públicas. A Biblioteca Popular de Casa Amarela, na Zona Norte da cidade, por exemplo, costumava receber cerca de 50 visitantes por dia, mas o público é cada vez menor e não há sequer um bibliotecário no local. Na Biblioteca Popular de Afogados, Zona Oeste da capital, os mesmos problemas. A situação foi apresentada no Bom Dia Pernambuco desta terça-feira (27).
Em Casa Amarela, a estrutura da biblioteca pública danifica até mesmo o acervo do local. Janelas estão quebradas, algumas lâmpadas estão queimadas e há buracos no teto. A infiltração já destruiu mais de mil livros da coleção, que possui um total de 14 mil obras. Não há bibliotecário no local, por isso, metade do acervo está fora de catálogo. A biblioteca recebia ainda um encontro de poetas mensal, mas a verba foi cortada pela Prefeitura.
O universitário Marcos André Queiroz, que foi à biblioteca buscar livros e acesso à internet, conta que não encontrou rede e que o local pode melhorar. "As bibliotecas desenvolvem um papel fundamental, de incentivo à leitura", destaca.
Na Biblioteca de Afogados, a situação é semelhante. Na sala de leitura, os ventiladores e lâmpadas não funcionam. Enquanto isso, na sala de informática, nenhum dos nove computadores funciona. O local também não tem bibliotecário e, por isso, os livros ficam espalhados e fora de catálogo.
Murilo Cavalcanti, que é secretário de Segurança Urbana do Recife, pasta responsável pela administração das bibliotecas, explica o porquê de elas não serem vinculadas a setores como Educação ou Cultura. “A biblioteca tem um papel fundamental de reversão da violência urbana”, explica. “Pedi ao prefeito Geraldo Julio que essas duas bibliotecas ficassem com a pasta para ser criada uma rede de bibliotecas, pela paz e pela não-violência na cidade do Recife”, completa o secretário.
Cavalcanti reconheceu as dificuldades e garantiu que o prefeito da cidade, Geraldo Julio, vai assinar a ordem de serviço de reforma das bibliotecas ainda nesta semana. “É responsabilidade dessa gestão recuperá-las e entregá-las ao cidadão como um novo espaço, com uma dinâmica diferente, que a gente está chamando de biblioteca de convivência cidadã, para que a gente possa atrair o jovem”, pontua.
O secretário aponta ainda que a gestão pretende contratar bibliotecários, contadores de histórias e profissionais que criem novas dinâmicas dentro do ambiente, principalmente para as crianças. “O prazo de conclusão é até 31 de dezembro de 2015, para a gente entregar essas bibliotecas recuperadas. Queremos dar essa nova dinâmica, baseada em experiências que deram certo”, completa.
Fonte: www.g1.globo.com em 27.01.2015
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
Frequentadores reclamam da estrutura da biblioteca de Petrolina
A Biblioteca Municipal Cid Carvalho, que fica localizada no Centro de Petrolina, é procurado por estudantes da cidade do Sertão pernambucano que desejam um local tranquilo para realizar pesquisas e estudar. Alguns desses frequentadores vão todos os dias e acabam criando uma afeição com o espaço. Por isso, muitos estão preocupados com problemas estruturais como, rachaduras nas paredes e falta de produtos de limpeza nos banheiros, além do calor que gera reclamações.
Frequentadores temem que parte da estrutura caia
(Foto: Yuri Matos/G1)
O estudante Francisco Ferreira Neto frequenta a biblioteca todos os dias há dois anos. Segundo ele, a estrutura do local é boa, se comparada a outras cidades, mas precisa de manutenção. “Já fui a bibliotecas em outras cidades, como Fortaleza-CE e acho a estrutura daqui boa, mas precisa de um cuidado maior com a limpeza. Precisa reparar o teto, pois caíram algumas partes com a chuva e também à tarde é muito quente”, disse.
Para o estudante, uma as principais vantagens do local é que fica em uma região central. Francisco destaca também o espaço amplo e a Internet sem fio, que na opinião dele, é muito boa. “Eu vou em outras bibliotecas que têm ar condicionado, que a estrutura é melhor, mas prefiro aqui. O ambiente é muito bom”, conta.
Segundo frequentadores, a biblioteca é muito quente, principalmente no período da tarde (Foto: Yuri Matos/G1)
Outra frequentadora assídua da Biblioteca Municipal é Jaqueline Maria de Jesus. Ela estuda há um ano e oito meses diariamente no local. Para a estudante, o maior problema são os banheiros. “Os banheiros são sujos, não tem papel e não tem sabonete líquido. A higiene não é a ideal para o volume de pessoas que visitam. Tem também o bebedouro que nunca foi trocado”, afirmou. Segundo Jaqueline, uma questão também grave são as rachaduras na parede e no teto.
Funcionários que não quiseram se identificar, afirmaram que há dois anos não tem bibliotecário e que sem o profissional, não é possível catalogar livros novos. Outra declaração foi de que desde a inauguração, em 30 de setembro de 2002, não acontece uma reforma no local. Eles sentem falta de um treinamento para atender melhor os leitores.
Abaixo assinado pede melhorias estruturais
(Foto: Yuri Matos/G1)
Um dos frequentadores iniciou um abaixo assinado no dia 3 de dezembro pedindo uma reforma na biblioteca. Mais de 250 pessoas já assinaram.
Segundo o secretário executivo de Cultura, Ozenir Luciano Silva Júnior, com a diminuição da circulação dos frequentadores em janeiro, por conta das férias, deverá ser realizado um levantamento da estrutura da biblioteca. “Vamos analisar os banheiros, a iluminação e outros setores que precisam de reparos ou reformas. Em janeiro também pretendemos realizar uma capacitação dos funcionários”, contou.
De acordo com o secretário executivo, não há previsão para a contratação de um bibliotecário.
Fonte: www.g1.globo.com em 22.12.2014
terça-feira, 18 de novembro de 2014
Biblioteca abriga 30 mil volumes em espaço precário
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segunda-feira, 10 de novembro de 2014
Pesquisa Nacional de Acessibilidade em Bibliotecas Públicas é prorrogada
Os dados cadastrais, bem como as informações prestadas, ficarão armazenados em ambiente seguro, sob os cuidados do SNBP, e serão utilizados para a realização do Diagnóstico Nacional de Acessibilidade em Bibliotecas Públicas.
Fonte: www.aquiacontece.com.br em 10.11.2014
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
Bahia tem uma biblioteca pública para cada 34 mil habitantes; no Brasil média é de 33 mil
Foto: Reprodução
Com 441 bibliotecas públicas, a Bahia possui uma unidade para cada 34.114 habitantes, de acordo com levantamento feito pelo G1, com base nos dados do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas, do Ministério da Cultura, atualizados neste segundo semestre.
O número é um pouco acima da média nacional, que mostra a existência de uma biblioteca pública para cada 33 mil habitantes. O índice nacional é idêntico ao de cinco anos atrás, mesmo com a criação de mais espaços nesse período – o aumento da oferta não foi maior que o crescimento populacional. Segundo o levantamento, o estado com a maior oferta de espaços por habitante é o Tocantins. São 141 bibliotecas – uma para cada 10 mil pessoas. Já o Rio de Janeiro registra o pior índice: um equipamento para cada 111 mil.
O estado, que tem 16 milhões de habitantes, abriga apenas 148 bibliotecas. A meta do governo de zerar o número de municípios sem bibliotecas também não foi alcançada ainda. Hoje, 115 cidades ainda não contam com o equipamento de cultura. Em 2009, eram 361.
Fonte: www.bahianoticias.com.br
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
Brasil tem uma biblioteca pública para cada 33 mil habitantes
O Brasil tem uma biblioteca pública para cada 33 mil habitantes, em média. São 6.148 no país. É o que mostra levantamento feito pelo G1 com base nos dados do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas, do Ministério da Cultura, atualizados neste segundo semestre.
O índice é o mesmo de cinco anos atrás. Apesar de terem sido criados mais espaços no período, o aumento da oferta não foi maior que a taxa de crescimento da população.
A meta do governo de zerar o número de municípios sem bibliotecas também não foi alcançada ainda. Hoje, 115 cidades ainda não contam com o equipamento de cultura. Em 2009, eram 361.
Biblioteca Pública dos Barris, em Salvador
(Foto: Mateus Pereira/Secom)
A presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB), Regina Céli de Sousa, diz que os dados não refletem a realidade, ainda mais crítica. “Há casos em que a biblioteca é listada no sistema, mas ela está fechada.” O conselho diz que não estão em funcionamento várias das bibliotecas listadas no site do governo federal.
“Em muitos estados, o que existem são apenas espaços com amontoados de livros sem nenhum tipo de controle, organização, serviço e produtos para a sociedade. Estão lá apenas para justificar as verbas recebidas”, afirma a presidente do CFB. “É difícil encontrar nas bibliotecas públicas do país espaços prazerosos, com um acervo atualizado, e isso é fundamental para que a população frequente os espaços.”
Na semana passada, foi comemorado o Dia Nacional do Livro. Segundo o Instituto Pró-Livro, 76% dos brasileiros não frequentam bibliotecas. Dados da associação mostram também que 50% das pessoas com mais de 5 anos não praticam o hábito da leitura no Brasil – mais da metade diz que a falta de tempo é um dos principais motivos.
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Para Regina Céli, um outro problema é a falta de profissionais qualificados atuando nos espaços. “Grande parte não conta com um bibliotecário, que tem um papel fundamental. Além de gerir bases de dados e desenvolver produtos e serviços de qualidade à população, ele atua com mediação e rodas de leitura, com a hora do conto”, diz.
Diferenças regionais
O estado com a maior oferta de espaços por habitante é o Tocantins. São 141 bibliotecas – uma para cada 10 mil pessoas. Já o Rio de Janeiro registra o pior índice: um equipamento para cada 111 mil. O estado, que tem 16 milhões de habitantes, abriga apenas 148 bibliotecas.
Entre as regiões, a que possui o maior número absoluto de bibliotecas é a Sudeste: 1.968. Na Nordeste, são 1.873. A região Sul possui 1.263, a Norte, 525, e a Centro-Oeste, 519.
Compromisso
A Fundação Biblioteca Nacional diz, no entanto, que tem realizado ações para ampliar a quantidade de bibliotecas e que a meta de zerar o número de municípios “vem sendo pactuada junto aos governos estaduais e municipais”. O órgão não comenta as críticas do CFB.
Segundo a fundação, por meio do projeto ‘Mais Bibliotecas Públicas’, o Sistema Nacional de Bibliotecas tem realizado um processo de “mobilização local” em busca da ampliação. O órgão diz ainda que, com o programa, foi possível reunir 1.400 gestores públicos de mais de 350 cidades do país. Vários encontros já foram feitos nos estados.
Também está em curso, de acordo com a fundação, um projeto que tem o objetivo de transformar bibliotecas em referência em acessibilidade. “O governo federal investe na área de bibliotecas integrando as instituições de ensino na área de biblioteconomia”, informa.
Fonte: www.g1.globo.com
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
Bibliotecas públicas têm situação precária em vários estados do Brasil
Em Manaus, a Biblioteca Pública está abandonada há 3 anos. No Rio, Biblioteca Nacional tem parte de acervo armazenado no cais do porto.
As bibliotecas públicas estão em situação precária em vários estados do Brasil. São livros ameaçados, poucos funcionários e prédio com estrutura inadequada – problemas que afastam leitores e também põem obras raras em risco.
Um senhor prédio. Mais de 100 anos guardando a história de Manaus. A Biblioteca Pública da cidade está abandonada há três anos. Mato ao redor, portas quebradas e pichações. Os livros foram para outro prédio, alugado, esperando pela obra que nem data para começar tem.
A prefeitura de Manaus ainda negocia com o governo federal a liberação de verbas para a reforma. Já em Brasília, quem interditou a Biblioteca Demonstrativa foi a Defesa Civil, por problemas estruturais na marquise. A reforma começou em agosto e ainda deve levar mais quatro meses.
A Biblioteca Pública de Alagoasestá fechada há três anos. Segundo a Secretaria de Cultura a obra demorou porque o prédio é tombado. E só no mês que vem a restauração ficará pronta.
Suntuosa, acervo de obras raras, a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiroestá entre as dez maiores do mundo. Na América Latina ocupa o primeiro lugar. Mas nem por isso escapa dos problemas. A reforma da rede elétrica e do telhado já começou. Mas ainda falta muito a fazer. A consequência da falta de espaço pode ser vista pelos corredores do prédio histórico.
Na época em que foi construído o prédio, há 104 anos, a capacidade era para 1 milhão de livros e documentos. Hoje, o acervo é de 10 milhões. E todos os meses chegam 25 mil novas publicações.
O jeito foi abrigar boa parte dos livros e jornais em prateleiras, em um antigo armazém de grãos do cais do porto.
O presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Renato Lessa, garante que as obras não correm risco. “Nenhum risco. Esse acervo está guardado ali, não está guardado em condições ideais, tanto não está guardado em condições ideais que nós vamos fazer obra no anexo”, afirma.
A biblioteca abriu concurso para escolha do projeto de arquitetura do novo prédio anexo, na zona portuária. O local vai receber parte do acervo para desafogar a estrutura da sede, no centro do Rio de Janeiro.
O presidente da entidade reconhece a dificuldade de resolver tudo com agilidade.
“Burocracia brasileira é terrível, você tem a pior combinação possível, que é de um lado urgência e do outro lado lentidão, isso enlouquece o gestor”, diz Renato Lessa.
A Associação dos Servidores da Biblioteca Nacional defende a contratação de mais profissionais especializados, melhores salários e mais recursos para os restauros.
Hoje o Brasil tem mais de 6 mil bibliotecas públicas. Segundo a pesquisadora Fabíola Farias, a rede chega a 98% dos municípios.
Mas isso não significa um serviço de qualidade. Boa parte do acervo vem de doações. E muitas bibliotecas não tem projeto pedagógico.
“Eu acho que a biblioteca pública no Brasil hoje não sabe o que fazer, o seu papel na formação de leitores, o seu papel na consolidação da cidadania. E é claro que faltam investimentos, a gente precisa de muito mais investimento nas bibliotecas”, afirma a mestre em Letras.
O Ministério da Cultura informou que 40 novos bibliotecários devem começar a trabalhar na Biblioteca Nacional do Rio já no mês que vem. O Ministério da Cultura disse também que vem ampliando os repasses para manutenção de bibliotecas.
Fonte: http://g1.globo.com em 10.10.2014
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