domingo, 25 de janeiro de 2015

Catarinense guarda acervo com relíquias da Segunda Guerra Mundial

Joinvilense pretende formar o maior museu de guerras do Sul do país. Material tem livro datilografado com cadastro de mais de 2 mil soldados.


Um acervo com relíquias da Segunda Guerra Mundial pode formar o maior museu de guerras do Sul do país em Joinville, no Norte de Santa Catarina (veja vídeo acima). O material, composto por documentos, fardas e equipamentos de guerra usados nos campos de batalha, foi trazido para o estado por um alemão, em 2013, e corre o risco de voltar para a Alemanha.

O colecionador Doraci Vodzynski, dono das peças, procura parceiros para criar o museu. Segundo ele, se os registros históricos ficarem desassistidos em alguma residência, o acervo pode se deteriorar e seria mais vantajoso devolver tudo para o país europeu. O joinvilense chegou a conseguir um espaço em um shopping da cidade para montar o museu, mas por não conseguir manter o aluguel, corre o risco de ter que deixar o local.
O acervo faz parte de uma coleção pertencente a quatro alemães. De acordo com Doraci, eles costumam passar o verão em Santa Catarina e tiveram a ideia de criar o museu em Joinville por causa da colonização germânica do estado. Assim que o material chegou ao Brasil, em setembro de 2013, um dos colecionadores e financiador do projeto morreu, dificultando a execução da ideia.
Colecionador guarda relíquias da guerra em Joinville (Foto: Reprodução/RBS TV)
Colecionador guarda relíquias da guerra no Norte
de SC (Foto: Reprodução/RBS TV)
Peças históricas

Entre as relíquias guardadas pelo catarinense está um livro datilografado com o cadastro de mais de 2 mil soldados brasileiros depois do fim da guerra. O documento contém a descrição da situação em que cada um deles se encontrava ao retornar ao país. Há ainda uma máquina de escrever que teria pertencido a última das secretárias de Adolf Hitler.

No acervo, também se destacam um capacete de tanque de guerra usado por um soldado francês, uma mochila de um soldado brasileiro e material de sinalização de um alemão. O acervo tem ainda documentos pessoais e passaportes.
Os materiais ajudam a contar um pouco da história da guerra, que durou de 1939 a 1945. Para o historiador Wilson de Oliveira Neto, que pesquisa o assunto há 16 anos, o material possui riqueza histórica e pode ajudar a contar um pouco da batalha. “Isso pode servir como ponto de partida para uma boa reflexão sobre a Segunda Guerra Mundial e as forças que lutaram nesse conflito. É um material variado e, ao que tudo indica, autêntico”, afirma.
Fonte: www.g1.globo.com em 25.01.2015

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