sábado, 22 de novembro de 2014

Transferência do acervo do Arquivo Público tem início

O Arquivo Público do Distrito Federal iniciou, nesta quarta-feira (19), a mudança do acervo da instituição, atualmente instalado em um dos prédios da Novacap. A sede definitiva do órgão, que fica no Setor de Garagens Oficiais Norte (Sgon), deve estar em pleno funcionamento em dezembro.
A mudança exigirá um forte esforço de logística do Arquivo Público. Durante os próximos dias serão transferidos para o Complexo ArPDF mais de 5.700 caixas contendo 4,5 milhões de documentos em pequenos formatos, 45 mil documentos em grandes formatos, dois milhões de negativos e microfilmes, além de 300 películas e mais de 500 vídeos em suportes como VHS, U-matic e Betamax, entre outros. O acervo do Arquivo Histórico é composto, principalmente, de documentos que retratam a história do Distrito Federal.
Segundo a superintendente do órgão, Marta Célia Bezerra Vale, a mudança é um momento histórico para a instituição. "Após 30 anos de existência, o Arquivo Público do Distrito Federal conquistou sua sede definitiva e agora está iniciando o processo de transferência do acervo para uma área bem maior do que a que era ocupada anteriormente", informou. "Esta nova área permitirá o recolhimento de vários acervos do Governo do DF que estão aguardando para serem recolhidos e disponibilizados à consulta pública", completou.
Todas as medidas para que não ocorram danos ao acervo foram tomadas pelo órgão. "Solicitamos e fomos orientados por especialistas do Arquivo Nacional. Estamos tendo o apoio logístico de outros órgãos do GDF e toda a equipe técnica e administrativa da instituição está comprometida com a mudança", disse.
Atendimento - Por conta da transferência do acervo do Arquivo Histórico, o atendimento à população realizado pelo Arquivo Público estará temporariamente limitado aos documentos digitalizados disponíveis nos computadores alocados para esse fim, localizados nas dependências da instituição. A medida está em vigor desde o dia 31 de outubro - data em que foram iniciados os preparativos para a transferência do acervo - e deve se estender até meados de dezembro. Eventualmente, o serviço poderá ser paralisado por completo.
O Arquivo Público manterá informações atualizadas sobre o andamento do processo de instalação em sua sede definitiva, bem como à normalização do serviço de atendimento ao público. Mais informações podem ser obtidas por meio do site oficial do ArPDF na internet, no endereço www.arpdf.df.gov.br ou por meio dos perfis da instituição nas redes sociais, como o Facebook e Twitter.
Fonte: Agência Brasília em 21.11.2014

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Encontro Nacional do PNEM ocorrerá no 6º Fórum Nacional de Museus em Belém (PA)

O 6º Fórum Nacional de Museus ocorrerá na cidade de Belém entre os dias 24 e 28 de novembro.

O Fórum Nacional de Museus é um espaço para o intercâmbio de experiências e conhecimentos entre a comunidade museológica, sociedade civil, museus e órgãos de gestão museológica federais, estaduais e municipais. Com o tema Museus Criativos, a programação incluirá conferências, painéis, minicursos, apresentações de Comunicações Coordenadas, grupos de trabalho temáticos, reuniões de redes e de sistemas de museus, além de programação paralela que visa valorizar a cultura local.

Dentre a vasta programação, está confirmado o Encontro Nacional do Programa Nacional de Educação Museal (PNEM) que tem como objetivo promover a síntese dos encontros regionais ocorridos ao longo de 2014 e discussão dos encaminhamentos futuros do programa. Será uma oportunidade de reunir os Coordenadores dos Eixos Temáticos do PNEM, os representantes das Redes de Educadores de Museus,  articuladores do Programa e demais interessados em colaborar com as diretrizes que nortearão o campo de educação em museus.

Encontro Nacional do PNEM ocorrerá nos dias 24/11 (manhã) e 25/11 (tarde). Veja o convite abaixo para mais detalhes sobre a programação.

http://pnem.museus.gov.br/wp-content/uploads/2014/11/cartaz-encontro-nacional1-1024x722.jpg

Para maiores informações: pnem@museus.gov.br

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Cono organizar uma (baita) biblioteca

DELFIM NETTO DOOU À USP SEU ACERVO DE 250 MIL LIVROS – E SEU SISTEMA DE COLECIONAR E CATALOGAR O CONHECIMENTO.

“Tem quem faça coleção de uísque ou cuecas. Livros são meu  grande hobby”

Fato memorável de julho: Antônio Delfim Netto doou sua biblioteca para a Universidade de São Paulo (USP). Eram 250 mil livros sobre economia, história, antropologia e ciências sociais em geral, que antes viviam fechados num sítio em Cotia (SP). O que fez do acervo da Faculdade de Economia e Administração da USP, agora com 470 mil volumes, o maior da América Latina sobre essa temática. “Tem gente que coleciona uísque ou cuecas. No fundo, leitura é o meu grande hobby”, diz o ex-ministro e perene voz influente em governos de diferentes cores partidárias. Aos 86 anos, Delfim lê em média quatro horas por dia, sempre à tarde – “de manhã eu trabalho”, diz, em tom de brincadeira, porque ler, naturalmente, faz parte do trabalho. Otimista com os progressos do país na área da educação, ele falou sobre as miudezas de sua relação com os livros: como escolhe e compra, como os lê e organiza. É um método que vale a pena estudar. 
Descobrir
Delfim compra mais ou menos 40 livros por mês. Ele os encontra de duas formas: em catálogos que recebe de sebos pelo mundo – Japão, Suécia, Alemanha etc – e de grandes editoras, por carta ou e-mail; ou em citações e notas de rodapé de outros livros. O tema de interesse são as ciências sociais. “Tenho procurado mais obras sobre história e menos sobre assuntos como a matemática, minha formação, porque nessa idade falta um pouco da agilidade mental necessária”, diz.


Delfim: compras pela Amazon, hábito  de ler sentado e sistema “batalha naval” para encontrar livros na estante (Foto: Valor/Folhapress, divulgação)

Comprar
Às vezes, ele solicita à secretária – a Betí – que peça um determinado volume a um sebo ou editora, mas na maioria dos casos ele compra pela internet. Principalmente pela Amazon, site que critica: “ocorre um processo monopolista por parte da empresa, o que tem feito os preços subirem”, diz. No passado, ele chegou a comprar bibliotecas completas, que, por exemplo, algum sebo havia comprado de um economista cuja família não se interessou pelo acervo.
A leitura
“Leio invariavelmente sentado, com o livro sobre a mesa, apoiado num suporte que o deixa inclinado e que se desloca para os lados”, diz. Se ele lê tudo o que compra? “Não, ninguém lê tudo isso. Faço uma leitura ‘diagonal’, e quando encontro um trecho que me chama a atenção, ou um tratamento interessante a algum tema, paro e me aprofundo”, afirma. Além da língua nativa, o economista lê preferencialmente em italiano, francês, inglês e espanhol.
Pesquisas
Para encontrar algo no acervo, Delfim criou um método próprio. Colocou todos os livros em três salas, que chamou de A, B e C. Cada sala tem algumas estantes, também nomeadas com letras. As prateleiras se tornaram linhas e colunas, como num jogo de batalha naval. Quando quer achar uma obra, ele consulta um arquivo de computador, onde anotou todos os nomes de livros e autores. “Ele me diz: está na sala A, estante B, linha 2, coluna 1”, conta.
O best-seller
Eis o que ele pensa sobre o mais recente sucesso editorial no campo da Economia, O Capital no Século 21, do francês Thomas Piketty: “É um livro muito interessante, que li no fim do primeiro semestre do ano passado, em francês. É fantástico, porque confirma a ideia de que distribuir [renda e riqueza] é um problema político. A produção [de bens e serviços] é algo técnico, que a economia dá conta, mas distribuir é político”.
Fonte: www.epocanegocios.globo.com em 19.11.2014

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Biblioteca abriga 30 mil volumes em espaço precário


17/11/2014
Secretário de Cultura diz que não é intenção tira-la dos fundos da Casa de Cultura, apesar da falta de conforto e funcionalidade

A Biblioteca Pública Municipal “Dr. Fernando Furquim”, de Olímpia, abriga atualmente cerca de 30 mil volumes de livros diversos, novos e antigos, em situação e espaço bastante precários, nos fundos da Casa de Cultura “Álvaro Marreta Cassiano Ayusso”. E apesar do grande movimento observado ali e da falta de conforto e funcionalidade, o secretário municipal de Cultura, Guto Zanette, diz não ter ideia de tira-la de lá. A Biblioteca faz cerca de três mil empréstimos por mês.

“Temos vários projetos, mas não a ideia de tirar a biblioteca da Casa de Cultura”, disse ele. “Pretendemos fazer apenas algumas adaptações para o futuro”, complementa. Para ele, a biblioteca tem tido “andamento normal”, apesar da situação física em que se encontra. Os cerca de 30 mil livros existentes são fruto de doações, programas do Estado ou mesmo compras, com o rendimento das multas por empréstimo restituído fora do prazo.

Zanette pensa em “mudar o layout” da biblioteca, mas não tira-la dali, pelo menos por enquanto. Pensa, ao invés disso, num projeto itinerante, levando a biblioteca para os bairros. Mas reconhece que o espaço está pequeno para abrigar 30 mil livros. Além disso, falta nela uma bibliotecária, para catalogar, por exemplo, cerca de 200 volumes recebidos em doação que ainda puderam ir para as prateleiras ou serem melhor acomodados.

Recentemente foi feito concurso para a vaga, mas as duas inscritas não alcançaram o índice exigido. Hoje estão lá duas funcionárias, uma delas há 17 anos, mas uma bibliotecária é exigida por lei. Por isso a prefeitura terá que fazer novo concurso em breve. “Há livros mal acomodados por falta de quem catalogue, são mais de 200 volumes”, observa Zanette.

Quanto a tirar dali, Zanette alega que não há planejamento quanto para onde leva-la, embora reafirme que o local “está ficando pequeno”. Somente em um futuro não tão próximo o secretário admite tirar dali a biblioteca. Mas isso após “ter um prédio estratégico, estruturado, novo”.  Só assim, observa, haveria chance de a biblioteca municipal ser tirada da Casa de Cultura.
Fonte: www.planetanews.com.br em 17.11.2014