quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Museu Sarney custa R$ 8,1 milhões ao estado e pode ser privatizado

O governador do Maranhão, Flávio Dino, pediu um estudo à sua equipe para que pode demonstrar a viabilidade da privatização.

O novo governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), pediu à sua equipe um estudo que pode levar à privatização da Fundação José Sarney, que custou R$ 8,1 milhões aos cofres públicos maranhenses desde sua estatização, em 2011.


A fundação foi criada pelo próprio Sarney - adversário político de Dino - e tem a incumbência de preservar o acervo de documentos, homenagens e presentes recebidos por ele no período em que foi presidente da República, de 1985 a 1990. Institutos semelhantes criados por outros ex-presidentes, como Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardozo, são mantidos com doações de apoiadores.

Segundo dados da Secretaria de Planejamento do Maranhão, os R$ 8,1 milhões foram gastos de 2012 a 2014. O dinheiro inclui despesas com salários, serviços de manutenção e investimentos.

De acordo com a Secretaria de Gestão, o museu de Sarney tem 48 funcionários, todos em cargos de confiança. Ou seja: nenhum fez concurso público para as vagas que ocupam. A folha de pagamento gira em torno de R$ 174 mil mensais.

Personalismo

O estudo solicitado por Dino deve ajudá-lo a decidir o rumo da fundação nos próximos anos. Seus secretários afirmam que a instituição pode até continuar sob a alçada estatal, mas terá orçamento reduzido e precisará mudar o serviço.

"A diretriz politica do governo é fazer com que a fundação seja da memória republicana e não do culto à personalidade de um ex-presidente. Se tiver que permanecer pública, que não use recursos públicos para fins privados", diz o secretário de Articulação Política, Márcio Jerry.

A privatização, segundo o secretário, é uma possibilidade que dependerá do resultado das análises. No momento, afirma, a equipe quer entender a "natureza da instituição". "Partimos do pressuposto que é uma instituição bancada por recurso público, mas que não tem função pública muito clara", diz.

A estatização da Fundação Sarney ocorreu em 2011 por iniciativa da então governadora Roseana Sarney (PMDB), filha de José Sarney. Ela enviou um projeto com esse teor, em regime de urgência, para a Assembleia Legislativa. Sua ampla maioria na Casa garantiu a aprovação. O nome formal da instituição passou então a ser Fundação da Memória Republicana Brasileira (PMRB). O museu é aberto ao público de segunda à sexta, das 8h às 19h. Aos sábados, das 8h às 12h. A entrada é gratuita.

'Stálin'

Em resposta às críticas da gestão de Flávio Dino, José Sarney comparou o adversário ao ditador soviético Josef Stalin. "Nunca fiz nenhuma promoção pessoal minha ali. O Stalin é que mandou refazer a enciclopédia russa, retirando o nome dos que não apoiavam o regime e a ele mesmo; exemplo maior, Trotsky", disse Sarney em nota enviada à reportagem.

No último domingo, 11, em artigo publicado no jornal "O Estado do Maranhão", Sarney afirmou que aceita de volta o acervo que doou à fundação. "Se não quiserem, devolvam-me", escreveu. O ex-presidente disse ainda que acervos de ex-presidentes são considerados, por lei, como patrimônio nacional protegido. "A FMRB é hoje um grande monumento cultural, o mais visitado do Estado, e tem prestado grandes serviços educacionais, culturais e turísticos."

A reportagem não conseguiu contato com Roseana Sarney e seus assessores.

Fonte: www.em.com.br em 14.01.2015

Rede Marista de Solidariedade lança livro sobre Biblioteca Interativa

A biblioteca interativa é uma biblioteca viva que busca a formação e a transformação de pessoas, oferecendo contação de histórias, mediação de leitura, jogos, dramatizações, saraus e rodas literárias que levam o público, especialmente as crianças, a se movimentar pelo mundo da leitura e desvendar seus encantos. A Rede Marista de Solidariedade, com o objetivo de mostrar como é essa modalidade, lança o livro Biblioteca lnterativa como espaço de promoção cultural – Sistematização das experiências de Londrina e Maringá.


A publicação traz uma experiência de desenvolvimento da metodologia avaliativa dos projetos do Programa Biblioteca Interativa, implementados pelo Centro Educacional Marista Ir. Acácio, em Londrina, e  pelo Centro Educacional Marista Ir. Beno, em Maringá, no Paraná.

“As bibliotecas interativas Maristas são espaços abertos aos educandos, aos educadores e à comunidade, como fonte difusora de informações, ideias, valores e experiência que requerem a participação ativa do usuário desse espaço”, explica Vanderlúcia da Silva, coordenadora de projetos da Rede Marista de Solidariedade. 

De 2007 a 2010, o Programa Biblioteca Interativa, a partir da experiência desenvolvida em Londrina e Maringá, realizou aproximadamente 221.800 atendimentos. O acervo, o acesso à tecnologia e as ações culturais dessas bibliotecas contribuem para o desenvolvimento de valores humanos, cidadania e garantia de direitos. 

“O projeto é muito interessante porque, além de aprendermos a nos expressar melhor, aprendemos a ler e escrever, mostrar os sentimentos e o principal, perder a vergonha. É importante porque incentiva às crianças, adolescentes e até adultos a ler ou ser um mediador de leitura. Para mim, é bom porque vivemos um momento de criança e nos divertimos com as crianças, aprendemos muito”, conta Larissa, 13 anos, de Maringá.

O livro retrata uma ação que potencializa e consolida práticas vivenciadas há bastante tempo pela instituição e apresenta as bibliotecas como espaços aliados da escola e da comunidade. “Hoje em dia, as crianças e os adolescentes se envolvem muito com internet e outros tipos de brincadeiras e não são muito ligados à leitura. Acho muito importante, na hora do intervalo da escola, eles terem esse momento. Minha filha ama os livros e fica encantada com os livros daqui, que são diferentes da escola. A importância para educadores e comunidade é a mesma que para os educandos que podem fazer uma pesquisa, procurar um livro e ter momento de leitura”, diz Ângela Araújo, 33 anos, mãe de Letícia Araújo, 10 anos, de Londrina. 

Fonte: www.planetauniversitario.com em 13.01.2015

Biblioteca Nacional do Rio exibe desenhos de cartunista do Charlie Hebdo


Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil Edição: Armando Cardoso

Biblioteca Nacional expõe trabalhos do cartunista Wolinski assassinado no atentado ao Charlie Hebdo em Paris. São 20 trabalhos publicados na revista Grilo, nos anos 1970 (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Trabalho do cartunista George Wolinski, um dos mortos no atentado ao Charlie HebdoTânia Rêgo/Agência Brasil
Quadrinhos do cartunista George Wolinski publicados no Brasil podem ser vistos, a partir de hoje (14), em exposição na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro. São desenhos cedidos para a revista Grillo, que circulou no Brasil de 1971 a 1973, em pleno regime militar. A mostra é uma homenagem ao desenhista, um dos mortos no atentado de quarta-feira (7) ao jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris.

Divididos em duas pranchas, no hall da instituição, os desenhos e tiras reúnem peças com reconhecimento politico, anarquista e erótico. A maior parte é referente à personagem feminina Paulette, criada com o cartunista Georges Pichard e foi publicada na Grillo. A revista, que chegou a ser censurada pela ditadura, integra o acervo da instituição.
“Paulette era uma mulher de vanguarda, livre, sensual, muito sensual”, destacou Renato Lessa, presidente da biblioteca. “Os conservadores e caretas podem não gostar”, adverte.


Biblioteca Nacional expõe trabalhos do cartunista Wolinski assassinado no atentado ao Charlie Hebdo em Paris. São 20 trabalhos publicados na revista Grilo, nos anos 1970 (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
A  mostra  é  uma  manifestação  simbólica  em  favor
da liberdade de expressãoTânia Rêgo/Agência Brasil

A mostra em homenagem a Wolinski é uma manifestação simbólica em favor da liberdade de expressão e de criação. Segundo Lessa, o atentado contra o Charlie Hebdo procurou atingir também o humor, fundamental para estimular a crítica e o pensamento.

“Rir é uma virtude cognitiva. O humor surpreende, desloca significados cristalizados, alarga a sensibilidade”, salientou Renato Lessa na mensagem de abertura. “Por tal razão, a relação entre humor e liberdade é central para sociedades democráticas, nas quais nada deve ser sacralizado. Ninguém está a salvo do juízo crítico e da mordacidade”, acrescentou o presidente da biblioteca.

Fonte: Agência Brasil em 14.01.2015

Cidadão pode pesquisar milhares de fotos no acervo digital do Senado

Da Redação | 14/01/2015, 19h30 - ATUALIZADO EM 14/01/2015, 19h46  


O arquivo do Senado é uma fonte rica de imagens para o cidadão que procura fotos históricas numa pesquisa pessoal ou profissional. O Arquivo Fotográfico da Secretaria Especial de Comunicação do Senado (Secs) atende a mais de mil pedidos anuais, e também é possível baixar as fotos diretamente da internet, sem o envio de uma solicitação formal por e-mail.
Atualizado diariamente, o banco de imagens disponibiliza as fotos da cobertura da Agência Senado. Ele pode ser acessado por meio do site de compartilhamento de fotos Flickr, no link https://www.flickr.com/photos/agenciasenado. Entre outras imagens recentes, o banco inclui a cobertura completa da posse de Dilma Rousseff em seu segundo mandato presidencial, no primeiro dia de 2015.
O uso das imagens é gratuito, bastando que o solicitante dê o devido crédito ao autor da foto, conforme a descrição na própria página de download. Estão disponíveis as imagens publicadas pelo site do Senado, pelo Jornal do Senado e pela revista Em Discussão!.
Os álbuns no Flickr são organizados por data, da mais recente para as mais antigas, mas pelo e-mail é possível solicitar pesquisas específicas. Imagens produzidas pela Agência Senado desde 1999, ou imagens anteriores a 1999 que estejam digitalizadas, podem ser pedidas a fotojornal@senado.gov.br. O acervo digital dispõe, por exemplo, de imagens da construção dos prédios do Senado e da Câmara dos Deputados, entre 1958 e 1960.
- Os pedidos que chegam diariamente por email costumam ser de pesquisas no acervo que envolvem um período de tempo grande, ou pedidos pontuais de cidadãos e autoridades que visitam a Casa. Além disso, atendemos muitos órgãos de imprensa e gabinetes - explica Leonardo Sá, chefe do Serviço de Fotografia da Agência e do Jornal do Senado.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)