sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Museu do Videogame ganha prêmio do Ministério da Cultura


O Museu do Videogame Itinerante venceu o Prêmio Brasil Criativo, promovido pelo Ministério da Cultura, na categoria Museus. A divulgação do vencedor foi feita em cerimônia na noite desta quarta-feira, dia 3 de dezembro, no auditório do Parque Ibirapuera, em São Paulo. 

Depois de ter o maior número de votos na internet entre todas as 22 categorias, o Museu do Videogame também ganhou o primeiro lugar na votação na área em que disputou pela junta do prêmio, formada por curadores de renome nacional ligados à arte, cultura, história e empreendedorismo. 

Entre os curadores estão nomes como John Howkins (consultor britânico e autor do livro The Creative Economy); Lincoln Seragini (Fundador da academia Brasileira de Marketing); Gilberto Dimeinstein (membro do Conselho Editorial da Folha de S.Paulo); Danilo Miranda (diretor regional do Sesc São Paulo); Eduardo Saron (diretor do Itaú Cultural); Debora Mazzei (Coordenadora Nacional de Projetos de empreendimentos de Economia Criativa do Sebrae Nacional); Silvio Meira (Fundador do Porto Digital de Recife); Patricia Cardim (diretora de Belas Artes de São Paulo), entre outros.

De acordo com o curador do Museu do Videogame Itinerante, Cleidson Lima, a exposição gratuita percorrerá algumas cidades do Brasil em 2015, levando um acervo com mais de 200 consoles e outros 30 disponíveis para os visitantes jogarem e relembrarem quatro décadas de evolução dos videogames. Em quatro anos, funcionando apenas durante 15 dias por ano em Campo Grande - MS, o museu recebeu cerca de 450 mil visitantes. Em 2014, foram 162 mil visitantes em 16 dias.

  
Já estão confirmadas exposições em Recife-PE, Fortaleza-CE, Belém-PA, Campo Grande-MS e Pelotas-RS, e estão previstas visitas também a Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Brasília, Florianópolis, entre outras. A exposição, que ocorre geralmente em shoppings e dentro de grandes eventos, é viabilizada por meio de patrocinadores e apoiadores de empresas públicas e privadas. Em 2014, o museu contou com apoio da Intel, PlayStation, Oi, Kingston e Ubisoft.

Entre as relíquias do museu estão o primeiro console fabricado no mundo, o Magnavox Odyssey, de 1972; o Atari Pong (primeiro console doméstico da Atari), de 1976; Fairchild Channel F, de 1976 (primeiro console a usar cartuchos de jogos); o Telejogo Philco Ford, de 1977 (o primeiro videogame fabricado no Brasil); o Nintendo Virtual Boy, de 1995 (portátil da Nintendo que rodava jogos 3D); o Vectrex, de 1982 (console com jogos vetoriais que já vinha com monitor); o Microvision (primeiro portátil a usar cartucho), de 1979 e o R.O.B (robozinho lançado juntamente com o Nintendo 8 bits, em 1985).

Um dos diferenciais do Museu do Videogame Itinerante é que, além de conhecer consoles e jogos raros, os visitantes também podem jogar em alguns videogames que fizeram história, tais como o Telejogo Philco-Ford (1977), Atari 2600 (1976), Nintendinho 8 bits (1985), Master System (1986), Mega Drive (1988), Super Nintendo (1990), Nintendo 64 (1996), Game Cube (2001), Sega Dreamcast (1998), Xbox (2001), Playstation 1 (1994), entre outros.

Fonte: www.olhardigital.com.br em 04.12.2014

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Em um ano, escritora lê um livro de cada país do mundo

Ann Morgan sentia que só conhecia autores que escrevem em inglês
A escritora britânica Ann Morgan se impôs o desafio de, em um ano, ler um livro escrito em cada país do mundo. Ao todo foram 196 livros – de 195 países reconhecidos pela ONU e de Taiwan, que hoje é considerada província rebelde chinesa.
Em muitos casos, o desafio foi encontrar edições em inglês, língua da escritora-leitora. Em relação a outros países, a dificuldade foi encontrar algo publicado. Ela recorreu diretamente a alguns autores para ajudá-la.
No Brasil, Morgan optou por ler A Casa dos Budas Ditosos, de João Ubaldo Ribeiro, que ela considerou "um desempenho envolvente e persuasivo de um escritor de ponta na cena literária mundial." A forma como o escritor retrata o pensamento feminino é "impressionante", para ela.
As impressões foram transformadas em um livro a ser lançado em fevereiro de 2015: Reading the World: Confessions of a Literary Explorer ("Lendo o Mundo: Confissões de uma Exploradora Literária", em tradução literal).
Mas para os curiosos, Ann Morgan divulga, em seu blog em inglês, a lista completa junto com cada avaliação. No artigo abaixo, escrito para a BBC, ela descreve como foi essa curiosa experiência de ler um livro de cada país do globo.
Eu sempre pensei que fosse uma pessoa razoavelmente cosmopolita, mas minha biblioteca pessoal conta uma história diferente. Com exceção de alguns romances da Índia e um ou outro livro da Austrália ou África do Sul, minha coleção literária só tem autores britânicos e americanos. Para piorar, eu quase nunca havia lido livros traduzidos. Meu universo está todo restrito a autores que escrevem em inglês. No Reino Unido, 62% dos britânicos conseguem ler apenas em inglês.
Eu queria descobrir o que estava perdendo. Então no começo de 2012, me propus o desafio de ler um livro de cada país do mundo – em um ano, foram 195 países reconhecidos pela ONU e Taiwan, que já não é mais reconhecido como tal.
Imaginei que não encontraria livros de quase 200 países na livraria perto da minha casa, então montei o blog A Year of Reading the World, pedindo recomendações de leitores de todas as partes do mundo.
A resposta foi incrível. Em pouco tempo, recebi uma avalanche de recomendações. Alguns leitores chegaram a me mandar livros de seus países pelo correio. Outros passaram horas pesquisando autores para mim.
Alguns escritores chegaram a me enviar manuscritos traduzidos para o inglês e que ainda não haviam sido publicados, como Ak Welsapar, do Turcomenistão, e Juan David Morgan, do Panamá.
Mas mesmo com toda essa "equipe de apoio", a tarefa foi dura. De todos os livros publicados no Reino Unido, apenas 4,5% são traduções. Ou seja, conseguir obras estrangeiras em inglês ainda é um desafio.
Países lusófonos


Dentro da cabeça

A dificuldade maior foi conseguir obras de países africanos francófonos ou lusófonos. Há poucas obras em inglês de lugares como Comoros, Madagascar, Guiné Bissau e Moçambique. Em vários desses países, precisei recorrer a manuscritos que não foram publicados.
Em São Tomé e Príncipe, eu teria perdido minha batalha, não fosse pelo esforço de leitores europeus e americanos que traduziram contos de Olinda Beja – só para que eu tivesse algo para ler do país.
Há países onde sequer existe uma tradição escrita. Para conseguir uma boa história das Ilhas Marshall, por exemplo, é melhor pedir permissão ao "iroji" (um líder tribal local) para ouvir algum caso narrado por um dos contadores de histórias. A literatura local não tem a mesma riqueza.
No Níger, as melhores lendas são contadas pelos "griots", poetas populares treinados desde os sete anos de idade para misturar música e ficção. Há poucos registros escritos de suas performances incríveis – e mesmo essa experiência é pobre comparada com a apresentação ao vivo.
Como se não bastassem esses obstáculos, há sempre a política para complicar tudo. A criação de um novo país, o Sudão do Sul, em 9 de julho de 2011, também colocou um desafio. O país possui vários problemas de infraestrutura, com deficiências em estradas, hospitais e escolas. Com tantas necessidades mais urgentes, quem teria escrito um livro em apenas seis meses?
Se não fosse por um contato local, que me apresentou à escritora Julia Duany, minha única solução seria tomar um avião até Juba para ouvir um contador de história. Mas Julia se dispôs a escrever uma história só para mim.
Pesquisar autores e livros me tomou tanto tempo quanto ler e escrever meu blog. O processo foi muito cansativo, pois tive de conciliá-lo com meu próprio trabalho de escritora. Passei muitas madrugadas em claro para manter de pé minha meta de ler um livro a cada 1,87 dias.
Mas o esforço valeu a pena. Muito mais do que só "viajar sem sair do lugar", me senti como se estivesse habitando a cabeça de várias pessoas pelo mundo. Na "companhia" do escritor Kunzang Choden, do Butão, eu não apenas "visitei" os templos exóticos locais – fi-lo como fazem os budistas nativos.
O mesmo aconteceu com as montanhas de Altai, na Mongólia, que tive a chance de conhecer pela imaginação de Galsan Tschinag. Em Mianmar, um festival religioso me foi narrado por um médium transgênero – criação de Nu Nu Yi.
Essa experiência é mais poderosa que mil notícias de jornais e revistas, e me fez perceber melhor como vivem as pessoas longe de mim. Isso e o contato com leitores de todas as partes do mundo me fizeram sentir mais parte do nosso planeta.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/11/141128_vert_cul_livros_mundo_dg em 28.11.2014

Site disponibiliza 14 mil livros digitais para escolas e bibliotecas

Árvore de Livros cobra assinatura mensal e oferece relatórios de leitura para professores
 
Para popularizar a leitura entre os brasileiros, a Árvore de Livros (www.arvoredelivros.com.br) oferece 14 mil eBooks de mais de 100 editoras diferentes para instituições de ensino e bibliotecas. Por meio de assinatura mensal, a ideia é ampliar o acesso às publicações criando acervos digitais customizados. A plataforma também gera relatórios sobre os hábitos de leitura dos usuários.
 
Arvore
 
Cada instituição tem acesso a todas as obras e também pode fazer uma seleção das publicações que deseja disponibilizar, personalizando sua própria “árvore”. Os livros já vêm categorizados por faixa etária e gênero. Os usuários têm login e senha próprios e todo projeto possui um gestor, que recebe relatórios sobre os títulos lidos pelos cadastrados.
 
Um professor, por exemplo, pode acompanhar o avanço nas leituras de seus alunos por meio de gráficos que mostram, inclusive, o tempo que um determinado estudante gastou em cada parte do livro ou se deixou alguma para trás. “Com esse controle, é possível identificar dificuldades que o aluno apresente, como déficit de atenção”, explica João Leal, sócio-fundador e diretor de operações da empresa. O educador pode, ainda, usar a plataforma para recomendar bibliografia e propor exercícios online a fim de avaliar interpretações sobre as leituras.
 
Por se tratar de edições digitais, é possível fazer marcações e alterar o tamanho da letra. Além disso, os usuários podem interagir entre si para comentar obras e tirar dúvidas. Há, ainda, o recurso da tradução para Libras, possibilitando que pessoas com deficiência auditiva possam, também, usufruir da plataforma. Os eBooks podem ser acessados de qualquer dispositivo – computadores, tablets, celulares –, mesmo offline. 
 
Lançada em abril de 2014, a Árvore de Livros já firmou parceria com a Associação Brasileia dos Municípios e está presente em 350 bibliotecas públicas do país. “Em uma dessas instituições, a facilidade de acesso aos livros elevou a média de leitura dos frequentadores para 14,4 títulos por ano, enquanto a média nacional é de dois. Agora é a vez das escolas”, conta o diretor de operações.

Os pacotes da Árvore de Livros variam conforme o número de usuários, com preços entre R$ 2,50 e R$ 9,90 mensais por cadastrado. A meta é começar o ano atendendo dez redes municipais de ensino e escolas privadas melhor classificadas no ENEM, além de alcançar mil bibliotecas públicas.

Fonte: www.segs.com.br em 03.12.2014

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Livros digitais estão em 95% das bibliotecas dos EUA, diz estudo

Livros digitais, os chamados ebooks, estão presentes em 95% das bibliotecas públicas dos Estados Unidos, de acordo com uma pesquisa anual sobre o tema feita pela publicação especializada “Journal Library”.

O estudo acompanha a expansão dos livros digitais desde 2010 e na edição de 2014 captou um aumento na quantidade de bibliotecas adeptas às versões digitais. Entre 2013 e 2012, 89% desses estabelecimentos disponibilizavam ebooks. Quando a pesquisa começou a ser feita, o índice de aceitação era de 72%.

Em média, as bibliotecas norte-americanas possuem em seu acervo 20.244 livros digitais. Esse número, no entanto, é puxado para cima por grandes instituições. Aquelas que declaram não oferecer ebooks não o fazem por falta de recursos. No entanto, um exemplo da mudança dos ares nos EUA foi a abertura em 2013 de uma biblioteca em San Antonio (Texas) totalmente dedicada a livros virtuais.

Os livros digitais podem ser lidos em leitores digitais especializados como o Sony Reader, o Nook, da livraria Barnes & Noble, e o Kobo, vendido no Brasil pela Livraria Cultura, e o Kindle, da Amazon. Também são consideradas plataformas destinadas à leitura virtual o iPad, da Apple, e os tablets que rodam o sistema operacional Android, do Google.

Os empréstimo digitais variam conforme o sistema utilizado. Alguns necessitam da criação de uma conta pessoal do usuário que deve ser pareada à da biblioteca para que o ebook seja transferido de uma estante para outra via cabo USB. Outros permitem com alguns cliques a cessão de um livro de um lugar para outro, que automaticamente exibe a publicação assim que ocorre uma sincronização.

Fonte: www.g1.globo.com em 01.12.2014