sábado, 31 de janeiro de 2015

Portal do Professor disponibiliza lista de livros sobre estímulo à leitura

Site indica 11 obras literárias e didáticas que abordam diferentes métodos de ensino para aplicação em sala de aula.
Projetos escolares de estimulo à leitura, reconhecidos pelo Prêmio Vivaleitura, foram abordados na última edição do Jornal on-line elaborado pelo Portal do Professor. Acesse conteúdo na íntegra.
Além de reportagens sobre métodos premiados, a edição 109 da publicação eletrônica oferece sugestões de livros aos professores e educadores interessados em estimular o hábito de leitura aos alunos da educação básica.

A edição especial também seleciona experiências que recorrem à tecnologia para auxiliar o trabalho em sala de aula. Outros utilizam o recurso poético e literáriocomo força motriz para incentivar o gosto pela leitura.
O Portal do Professor é um espaço on-line no qual educadores têm acesso a sugestões de planos de aula, conteúdos multimídia, notícias sobre o panorama geral da educação no País, iniciativas governamentais, podendo até mesmo interagir em fóruns de discussão com outros profissionais da área.
Confira abaixo os 11 livros indicados para quem deseja se aprofundar no tema e/ou levar os conhecimentos adquiridos para a sala de aula:
A Arte de Ler
Émile Faguet – Editora Casa da Palavra – Brasil

Escrito no início do século XX, o livro permanece atual quase 100 anos após sua primeira publicação (1911), principalmente quando se leva em conta o excesso de informação dos dias atuais, em que a otimização da leitura se faz oportuna.
"A arte de ler é a arte de pensar com um pouco de ajuda", disse Faguet. Dessa forma, o autor sugere o primeiro passo para um melhor aproveitamento de qualquer livro: identificar os objetivos da leitura e os diferentes tipos de livros, bem como suas particularidades.
O Incentivo à Leitura
Cláudia Stocker – Editora – Brasil – 2014

É na infância que se adquire o hábito de ler; é na criança que estão todas as potencialidades e disponibilidades para o prazer da leitura. E é evidente, também, que se torna necessário abrir para elas as janelas desse mundo maravilhoso.
Ler e contar história são formas de desenvolver o gosto pela fantasia, incentivando nos pequeninos aspectos que dizem respeito ao seu potencial criativo.
Ao ouvir histórias narradas por contadores que transformam palavras e gestos em pura magia e encanto, é que queremos mostrar ao leitor, como o despertar para a leitura pode ser iniciado nas primeiras etapas da vida através da tradição oral.
Incentivando o Amor pela Leitura
Eugene H. Cramer, Marrietta Castle – Editora Artmed – Brasil – 2001

A obra “faz uma análise do professor e do papel crítico que ele desempenha na tarefa de ajudar as crianças a tornarem-se leitores motivados, ativos e envolvidos, que leem tanto por prazer como pela necessidade de manterem-se informados.”
Estratégias de Leitura
Isabel Solé – Editora Artmed – Brasil – 1998 – 6ª edição

O livro escrito por Isabel Solé aborda diferentes formas de trabalhar com o ensino da leitura. Seu propósito principal é promover nos alunos a utilização de estratégias que permitam interpretar e compreender de forma autônoma os textos lidos.
Enfatizando sempre que o ato de ler é um processo complexo, a autora, utilizando um texto simples e agradável de ser lido, explicita-o dentro de uma perspectiva construtivista da aprendizagem.
Estratégias de Leitura, 6ª edição, é uma obra que certamente contribuirá para o desempenho docente, principalmente dos profissionais que atuam no Ensino Fundamental e na Educação Infantil.
Por que Ler?
Tânia Dauster, Lucelena Ferreira – Editora Lamparina, Coed. FAPERJ – Brasil – 2010

Neste livro, pesquisadores abordam questões que são objeto de discussão no campo educacional - a formação de leitores e de mediadores de leitura; a importância da leitura literária na construção da subjetividade; a relação entre literatura e oralidade; os desafios à formação de professores, tendo em vista diferentes concepções sobre o ensino da língua, entre outras temáticas.
Os Jovens e a Leitura: Uma Nova Perspectiva
Michèle Petit – Editora 34 – Brasil – 2008

Partindo de dezenas de entrevistas com leitores da zona rural e jovens de bairros marginalizados na periferia das grandes cidades francesas, bem como do testemunho de escritores e suas obras, a autora demonstra – com exemplos que se adequam perfeitamente à sociedade brasileira – a importância das bibliotecas públicas e de bibliotecários, mediadores de leitura e educadores de modo geral na luta contra os processos de exclusão e segregação.
Sem receitas mágicas, mas com profundo conhecimento de causa, Petit ilumina por vários ângulos as relações entre os jovens e o livro no mundo globalizado, apostando no papel fundamental que a leitura pode representar para a construção e reconstrução do sujeito, particularmente em contextos de crise ou de grande violência social.
A Arte de Ler
Michèle Petit – Editora 34 – Brasil – 2010

"Aquele livro me deu a força necessária para enfrentar a virada decisiva de minha vida, aceitar que eu não era mais o mesmo, suportar sê-lo com meus amigos que não compartilhavam o que eu pensava e que tive que enfrentar para defender minha nova maneira de ver a vida..."
O depoimento acima, de um jovem morador de um dos bairros mais pobres de Bogotá, na Colômbia, é apenas um entre as dezenas de testemunhos sobre a importância da literatura — tomada aqui num sentido amplo, que inclui histórias em quadrinhos e relatos orais, além dos gêneros tradicionais da poesia, do conto e do romance — na formação do sujeito, e o papel que ela desempenha em contextos de crise.
O Prazer do Texto
Roland Barthes – Editora Perspectiva – Brasil – 2008 – 4ª edição

Em um escrito caleidoscópico, quase um bloco de anotações, Roland Barthes busca aqui a análise do prazer sensual do texto, tanto por parte de quem escreve - sem medo de expor seu desejo, sob pena de cair na tagarelice - quanto de quem lê (normalmente situado como objeto, ser passivo e sem defesas frente ao texto, e que aqui é revelado em sua plenitude criativa da fruição).
Descartando a frigidez do texto empolado e político, evocando ao fio dos argumentos tanto Proust, Flaubert, Stendhal como Sade e Bataille, ou ainda Lacan e Freud, 'O Prazer do Texto' apresenta, de forma profunda e lúdica, - costumeiro prazer dos leitores de Barthes - um tema fundamental em semiologia e literatura.
A Importância do Ato de Ler
Paulo Freire – Editora Cortez – Brasil – 2011

“Este livro busca abordar a questão da leitura e da escrita encaradas por Paulo Freire sob o ângulo da luta política com a compreensão científica do tema. A obra pretende mostrar sua presença no desafio pelos direitos da alfabetização, pronunciados ao mundo sobre a importância do ato de ler.”
Leituras: do Espaço Íntimo ao Espaço Público
Michèle Petit – Editora 34 – Brasil – 2013

Qual o papel da leitura na construção do indivíduo? Em que medida ela pode desempenhar uma função reparadora em casos de danos psíquicos e sociais? Como pensar o lugar da leitura em bibliotecas e no contexto educacional?
Estas são algumas das perguntas levantadas neste livro pela antropóloga francesa Michèle Petit - já conhecida no Brasil por Os jovens e a leitura (2008) e A arte de ler (2009).
Os textos reunidos em no livro são o resultado de conferências realizadas em países da América Latina e voltadas, entre outros, para bibliotecários, professores, mediadores de leituras e profissionais dedicados à formação de leitores de modo geral.
Em comum, estes ensaios destacam a leitura como atividade de resistência e indagação, a qual permite a muitas pessoas em circunstâncias desfavoráveis tornarem-se agentes de seus destinos.
Como Incentivar o Hábito da Leitura
Richard Bamberger – Editora Ática – Brasil 

O livro aborda o panorama do ensino da leitura em várias partes do mundo.
Fonte:
Portal Brasil com informações do Portal do Professor 

Brasileiros incentivam a leitura usando a criatividade e as próprias mãos

As geladeirotecas estão instaladas no campus da Fundação Universidade Regional de Blumenau e em três escolas municipais da região; esta foi pintada pelo artista Fernando Pauler. Foto de Terça cultural, publicada com permissão.

Quando pensamos numa biblioteca, imaginamos um lugar silencioso e cheio de livros aguardando leitores, que, para lê-los, devem seguir duas regras à risca: se usar a sala de leitura, não faça barulho; se pegar o livro emprestado, devolva-o no dia certo. Mas alguns brasileiros estão usando sua criatividade e as próprias mãos para transformar bicicletas, carrinhos de feira, geladeiras e outros objetos em bibliotecas, incentivando a leitura em locais onde as bibliotecas públicas não chegam.
É o que mostra um mapa produzido pelo blogue Bibliotecas do Brasil, organizado por Daniele Carneiro e Juliano Rocha. Apaixonados por livros, e convictos de que havia muitas iniciativas de incentivo à leitura dentro e fora do país feitas pela própria população, eles perceberam que faltava uma voz na mídia para divulgá-las:
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O mapa tem cerca de 60 inciativas de incentivo à leitura. Clique sobre ele para mais informações sobre cada uma delas. Imagem deBibliotecas do Brasil, publicada com permissão.
Vimos que essas ações cobriam uma boa parte do Brasil e resolvemos mostrar isso graficamente ao colocar todas as ações em um mapa, para reforçar esta ideia de que os brasileiros gostam de ler quando lhes é dada a oportunidade e de que existem pessoas que acreditam nos livros livres como agentes de mudança nas mais diversas comunidades. Com esse apoio visual, fica mais fácil para os próprios projetos de incentivo à leitura criarem uma rede de contatos para se ajudarem e trocarem experiências. As bibliotecas que mais nos interessam são as bibliotecas comunitárias, bibliotecas livres, minibibliotecas ou bibliotecas públicas que são atuantes e preocupadas em trazer os leitores para seu interior e despertar neles o gosto pela leitura.
Questionados sobre o que são bibliotecas livres, Daniele e Juliano explicam que são aquelas nas quais os livros são emprestados sem a necessidade de cadastros, nem prazos de devolução. Qualquer pessoa pode pegar um livro, levá-lo para casa, pelo tempo que quiser e ainda com o direito de emprestá-lo ou levá-lo durante uma viagem e deixá-lo em outra cidade.
Nem todas as iniciativas do mapa funcionam assim, mas, em comum, há entre elas o desejo de facilitar o acesso aos livros e mudar a cara dos espaços públicos.
De carrinhos de feira a geladeiras, tudo pode ser transformado em biblioteca
Carrinhos de feira transformados em pequenas bibliotecas itinerantes no Shopping Popular da Ceilândia. Foto de Bibliorodas utilizada com permissão.
Carrinhos de feira viram pequenas bibliotecas itinerantes no Shopping Popular da Ceilândia. Foto de Bibliorodas, publicada com permissão.
Desde 2011, em Ceilândia, no Distrito Federal, Clara Etiene e Edna Freitas incentivam a leitura no mercado popular da região. Embora até reunissem algumas pessoas, elas não conseguiam atrair os próprios feirantes, que diziam não poder abandonar suas barracas durante a jornada de trabalho. Foi então que decidiram transformar carrinhos de feira em pequenas bibliotecas móveis, que depois foram batizadas debibliorodas.
A solução foi bem recebida e Clara e Edna resolveram expandir o projeto: agora, levam livros aos feirantes e à população do interior do Ceará. ”A inexistência de locais e iniciativas à leitura na periferia é alarmante, estamos longe de superar esse problema. Mas realmente acreditamos no poder emancipador e transformador da literatura. É importante que todos tenham direito a ela”, contam as idealizadoras em entrevista por email ao Global Voices.
Já em Santa Catarina, geladeiras velhas deixaram de ir para o depósito de lixo e foram transformadas em bibliotecas. Estudantes da Fundação Universidade Regional de Blumenau instalaram três geladeirotecas no campus, disponibilizando livros aos colegas, professores, servidores e frequentadores do local. Batizado de “Não deixe a cultura na geladeira”, o projeto teve início em 2012 e recebeu ajuda voluntária de três artistas para pintar as geladeiras, além de editoras e professores da universidade, que doaram livros. Um dos responsáveis pela geladeiroteca, Alan Filigrana, afirma que os universitários tomaram a iniciativa por acreditarem que a leitura é fundamental para o desenvolvimento humano.
As geladeirotecas também estão em três escolas municipais da região, nas quais estudam crianças e adolescentes. “Escolhemos livros que normalmente não estão ao alcance dos alunos e que são capazes de incentivar o raciocínio crítico deles. Além disso, nas escolas quem pinta as geladeiras são os próprios alunos, o que colabora para que eles valorizem o projeto, pois fizeram parte da sua elaboração”, explica Alan.
Essas são só duas entre cerca de 60 iniciativas presentes no mapa, que também contempla outros países, como, por exemplo, a iniciativa de três jovens brasileiras que fizeram uma campanha para arrecadar livros e reformar a biblioteca de uma escola primária em Maputo, capital de Moçambique, onde estudam aproximadamente 1.300 alunos entre 6 e 11 anos. As três estavam no país para dar aulas na escola primária de Coop durante um intercâmbio. “Convivendo com crianças tão esforçadas e interessadas, vimos que podíamos impactar ainda mais suas vidas”, disseram na apresentação da campanha que chamaram de Moçambique quer ler.
Faça você mesmo uma biblioteca livre
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Tutorial explica passo a passo para montar uma biblioteca livre. Clique para ampliar. Foto de “Bibliotecas do Brasil”, publicada com permissão.
Os organizadores do mapa e do blogue também estimulam as pessoas a se engajarem no incentivo à leitura ensinando os visitantes a construir suas próprias bibliotecas livres. Para isso, criaram um tutorial com dicas para o sucesso de novas iniciativas, incluindo as melhores escolhas para arrecadação de livros, opção pelo local onde a biblioteca será instalada, além de divulgação, organização e manutenção.
E o que não falta são brasileiros para serem atraídos pela leitura. Segundo a última pesquisa Retratos da leitura no Brasil, o brasileiro lê em média apenas cinco livros por ano, contando os livros indicados pela escola, ou dois livros sem essas indicações. É pouco, mas iniciativas como essas ajudam a reverter esse quadro, colocando os livros no caminho das pessoas em vez de deixá-los guardados nas bibliotecas e nas estantes de casa.
Fonte: http://pt.globalvoicesonline.org/ em 26.01.2015

Incêndio atinge uma das maiores bibliotecas russas em Moscou

Incêndio em biblioteca de Moscou, na Rússia, mobilizou bombeiros (Foto: Reprodução/YouTube/Eugene Pchelnikoff)
Incêndio em biblioteca de Moscou, na Rússia, mobilizou bombeiros (Foto: Reprodução/YouTube/Eugene Pchelnikoff)

Instituto de Informação Científica e Ciências Sociais foi destruído pelo fogo. Livros e manuscritos científicos foram resgatados, segundo agência.

Um grande incêndio atingiu a biblioteca do Instituto de Informação Científica e Ciências Sociais (Inion, na sigla em russo) de Moscou, embora livros e manuscritos científicos tenham sido resgatados, informaram neste sábado (31) as agências russas.
O fogo se estendeu por uma área de 2 mil metros quadrados, segundo o Ministério de Situações de Emergência da Rússia, que garantiu que as chamas não prejudicaram o acervo guardado no local, que abriga obras do século XIV.
Cerca de 200 bombeiros, auxiliados por 55 veículos, foram deslocados para o local para controlar o incêndio, iniciado na noite de ontem, mas só encerrado durante a madrugada de hoje, conforme o ministério.
O diretor do Inion, Yuri Pivovarov, explicou à agência "Interfax" que a biblioteca do Instituto é a quarta maior da Rússia e a segunda de Moscou, considerada como "a melhor de ciências sociais na Europa".
'Catástrofe'
No entanto, disse que alguns livros foram danificados pela água utilizada pelos bombeiros. Apesar disso, ele avalia que as obras podem ser recuperadas. "O mais importante é que eles não tenham sido atingidos pelo fogo. O instituto está destruído, mas a parte dos fundos do prédio, onde ficam os livros, parece que está a salvo", acrescentou.

A Academia de Ciências da Rússia, instituição científica mais importante do país, classificou o incêndio na biblioteca como uma catástrofe. "Não há outro nome para isso. Uma grande perda ocorrida", afirmou o presidente do órgão, Vladimir Ivanov.
Segundo a imprensa russa, a biblioteca guarda mais de 14 milhões de livros e documentos em diferentes idiomas, incluindo peças de valor científico e histórico "inestimáveis".
Fonte: www.g1.globo.com em 31.01.2015

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

30 de Janeiro. Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos - HQ


Muitos estudiosos querem o crédito pela invenção do gênero ao cartunista italiano Angelo Agostini, que, radicado no Brasil, escreveu, em 1869 (muito antes de Yellow Kid), As Aventuras de Nhô Quim ou impressões de uma viagem à corte, uma autêntica história em quadrinhos. Quinze anos depois ele seria responsável pela criação dos primeiros quadrinhos brasileiros de longa duração, com asAventuras do Zé Caipora.

Em 1905 começaram a surgir outras histórias em quadrinhos nacionais com o lançamento da revistaO Tico-Tico. Surgiu o personagem Chiquinho, de Loureiro. Também graças à revista, surgiramLamparina, de J. Carlos, Zé Macaco e Faustina, de Alfredo Storni, Pára-Choque e Vira-Lata, de Max Yantok e Reco-Reco, Bolão e Azeitona, de Luis Sá.

Em meados de 1930, Adolfo Aizen lançou o Suplemento Juvenil, com o qual introduziu no Brasil as histórias americanas. O sucesso o levou a editar mais duas revistas: Mirim e Lobinho. Em 1937, Roberto Marinho entrou no ramo com O Globo Juvenil e dois anos depois lançou o Gibi, nome que passaria a ser também sinônimo de revistas em quadrinhos.

Na década de 50, começaram a ser publicados no Brasil, pela Editora Abril, as histórias em quadrinhos da Disney. A revista Sesinho, do SESI, permitiu o aparecimento de figurinhas carimbadas das HQs no país, como Ziraldo, Fortuna e Joselito Matos.

Para enfrentar a forte concorrência dos heróis americanos, foram transpostos para os quadrinhos nacionais aventuras de heróis de novelas juvenís radiofônicas, como O Vingador, de P. Amaral e Fernando Silva e Jerônimo - o herói do Sertão, de Moisés Weltman e Edmundo Rodrigues. Personagens importados tiveram suas versões brasileiras, como o Fantasma.

A partir da década de 60, multiplicaram-se as publicações e os personagens brasileiros. Destaque para Pererê, de Ziraldo (que mais tarde criaria O Menino Maluquinho), Gabola, de Peroti, Sacarrolha, de Primaggio e toda a série de personagens de Maurício de Sousa, dentre os quais, MônicaCascãoCebolinha.

Maurício de Sousa é o maior nome dos quadrinhos nacionais. Foi o único a viver exclusivamente dos lucros de suas publicações. A Turma da Mônica é o maior sucesso do ramo no país, em todos os tempos. Virou uma linha de produtos que vão desde sandálias, a macarrões, passando por material escolar, roupas, etc. Também já foram produzidos desenhos animados longa-metragem com os personagens.



O jornal Pasquim ficou famoso por suas tirinhas de quadrinhos, principalmente os de Jaguar. O cartunista Henfil também se destaca nessa época. Daniel Azulay também criou e manteve um herói brasileiro, o Capitão Cipó, que representou um dos melhores momentos dos quadrinhos nacionais.

A Editora Abril passa a publicar os heróis da Marvel e da DC Comics no Brasil, com as revistasCapitão América e Heróis da TV. Posteriormente, com BatmanSuper-HomemHomem-Aranha eIncrível Hulk, dentre outros.

A partir da década de 80, os grandes jornais brasileiros passam a inserir trabalhos de autores nacionais em suas tirinhas, antes exclusivamente americanas. Dentre eles, destacam-se Miguel Paiva (Radical Chic), Glauco (Geraldão), Laerte (Piratas do Tietê), Angeli (Chiclete com Banana), Fernando Gonsales (Níquel Náusea) e Luís Fernando Veríssimo (As Cobras). Também a edição brasileira da revista americana Mad passa a publicar trabalhos com autores brasileiros.

Nos anos 90 o mercado brasileiro cresce um pouco mais. Novas revistas em quadrinhos de heróis passam a ser editadas no país, sobretudo da recém criada Image Comics. A Editora Abril continua na frente das rivais e publica a Spawn norte-americana.

O Brasil entra no Século XXI com o mercado de quadrinhos em expansão. A Editora Globo continua a publicar com grande sucesso os gibis da Turma da Mônica; a Editora Abril segue firme com os quadrinhos de heróis das americanas Marvel, DC e Image; a revista Heavy Metal americana lança sua edição brasileira, a Metal Pesado, e editoras menores publicam materiais de outras origens. Alguns cartunistas nacionais lançam a revista caricata Bundas.



Fonte: http://www.legal.blog.br