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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

30 de Janeiro. Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos - HQ


Muitos estudiosos querem o crédito pela invenção do gênero ao cartunista italiano Angelo Agostini, que, radicado no Brasil, escreveu, em 1869 (muito antes de Yellow Kid), As Aventuras de Nhô Quim ou impressões de uma viagem à corte, uma autêntica história em quadrinhos. Quinze anos depois ele seria responsável pela criação dos primeiros quadrinhos brasileiros de longa duração, com asAventuras do Zé Caipora.

Em 1905 começaram a surgir outras histórias em quadrinhos nacionais com o lançamento da revistaO Tico-Tico. Surgiu o personagem Chiquinho, de Loureiro. Também graças à revista, surgiramLamparina, de J. Carlos, Zé Macaco e Faustina, de Alfredo Storni, Pára-Choque e Vira-Lata, de Max Yantok e Reco-Reco, Bolão e Azeitona, de Luis Sá.

Em meados de 1930, Adolfo Aizen lançou o Suplemento Juvenil, com o qual introduziu no Brasil as histórias americanas. O sucesso o levou a editar mais duas revistas: Mirim e Lobinho. Em 1937, Roberto Marinho entrou no ramo com O Globo Juvenil e dois anos depois lançou o Gibi, nome que passaria a ser também sinônimo de revistas em quadrinhos.

Na década de 50, começaram a ser publicados no Brasil, pela Editora Abril, as histórias em quadrinhos da Disney. A revista Sesinho, do SESI, permitiu o aparecimento de figurinhas carimbadas das HQs no país, como Ziraldo, Fortuna e Joselito Matos.

Para enfrentar a forte concorrência dos heróis americanos, foram transpostos para os quadrinhos nacionais aventuras de heróis de novelas juvenís radiofônicas, como O Vingador, de P. Amaral e Fernando Silva e Jerônimo - o herói do Sertão, de Moisés Weltman e Edmundo Rodrigues. Personagens importados tiveram suas versões brasileiras, como o Fantasma.

A partir da década de 60, multiplicaram-se as publicações e os personagens brasileiros. Destaque para Pererê, de Ziraldo (que mais tarde criaria O Menino Maluquinho), Gabola, de Peroti, Sacarrolha, de Primaggio e toda a série de personagens de Maurício de Sousa, dentre os quais, MônicaCascãoCebolinha.

Maurício de Sousa é o maior nome dos quadrinhos nacionais. Foi o único a viver exclusivamente dos lucros de suas publicações. A Turma da Mônica é o maior sucesso do ramo no país, em todos os tempos. Virou uma linha de produtos que vão desde sandálias, a macarrões, passando por material escolar, roupas, etc. Também já foram produzidos desenhos animados longa-metragem com os personagens.



O jornal Pasquim ficou famoso por suas tirinhas de quadrinhos, principalmente os de Jaguar. O cartunista Henfil também se destaca nessa época. Daniel Azulay também criou e manteve um herói brasileiro, o Capitão Cipó, que representou um dos melhores momentos dos quadrinhos nacionais.

A Editora Abril passa a publicar os heróis da Marvel e da DC Comics no Brasil, com as revistasCapitão América e Heróis da TV. Posteriormente, com BatmanSuper-HomemHomem-Aranha eIncrível Hulk, dentre outros.

A partir da década de 80, os grandes jornais brasileiros passam a inserir trabalhos de autores nacionais em suas tirinhas, antes exclusivamente americanas. Dentre eles, destacam-se Miguel Paiva (Radical Chic), Glauco (Geraldão), Laerte (Piratas do Tietê), Angeli (Chiclete com Banana), Fernando Gonsales (Níquel Náusea) e Luís Fernando Veríssimo (As Cobras). Também a edição brasileira da revista americana Mad passa a publicar trabalhos com autores brasileiros.

Nos anos 90 o mercado brasileiro cresce um pouco mais. Novas revistas em quadrinhos de heróis passam a ser editadas no país, sobretudo da recém criada Image Comics. A Editora Abril continua na frente das rivais e publica a Spawn norte-americana.

O Brasil entra no Século XXI com o mercado de quadrinhos em expansão. A Editora Globo continua a publicar com grande sucesso os gibis da Turma da Mônica; a Editora Abril segue firme com os quadrinhos de heróis das americanas Marvel, DC e Image; a revista Heavy Metal americana lança sua edição brasileira, a Metal Pesado, e editoras menores publicam materiais de outras origens. Alguns cartunistas nacionais lançam a revista caricata Bundas.



Fonte: http://www.legal.blog.br