sábado, 23 de agosto de 2014

Biblioteca Nacional disponibiliza 10 milhões de páginas digitalizadas para consulta



Biblioteca Nacional Digital
Biblioteca Nacional Digital (Reprodução)
A biblioteca Nacional Digital já atingiu o número de mais de 740 mil itens digitalizados e disponíveis para consulta gratuita do público. Entre os arquivos, encontram-se decretos de 1808, livros famosos como Os Lusíadas de Camões, de 1572, entre outras raridades.
Segundo o Ministério da Cultura, o escaneamento dos arquivos acontece desde 2006 e contabiliza, ao todo, mais de 10 milhões de páginas digitalizadas (ou 740 mil itens).
Para acessar o conteúdo, basta acessar http://bndigital.bn.br/ e ir na busca superior. Atualmente, o site possui mais de 300 mil acessos por mês.
Entre os conteúdos de relevância histórica, destacam-se a Coleção Thereza Christina Maria, doada à biblioteca pelo próprio Imperador Dom Pedro II, que contém partituras, mapas, gravuras e fotos, a coleção é considerada Memória do Mundo pela Unesco. Também é possível visualizar as primeiras fotografias feitas na Amazônia Brasileira.

Fonte: Portal EBC em 20.08.2014

Brasil ganha Museu dos Games; acervo retrô rodará o país

São 215 consoles e mais de 6 mil games; mostra passará pelo Brasil.
Acervo foi mapeado pelo Instituto Brasileiro de Museus, do MinC.


Helton Simões GomesDo G1, em São Paulo


O jornalista Cleidson Lima, curador do Museu do Videogame, o 1º do gênero no Brasil. (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal/Cleidson Lima)
O jornalista Cleidson Lima, curador do Museu do Videogame, o 1º do gênero no Brasil. (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal/Cleidson Lima)
Da próxima vez que um estudante disser que irá ao museu e voltar falando sobre videogame, não estranhe. O primeiro Museu do Videogame no país foi oficializado na sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), ligado ao Ministério da Cultura. Com o reconhecimento, o criador e curador do museu, o jornalista Cleidson Lima, já faz planos. Baseado em Campo Grande, o acervo itinerante vai começar a viajar a outros lugares do país para contar 42 anos de história, desde o console Magnavox Odyssey, primeiro do mundo, de 1972, aos mais atuais Xbox One e PlayStation 4. Por enquanto, duas cidades já são destino certo: Fortaleza (CE) e Belém (PA).
O Magnavox Odissey, de 1972, é o primeiro videogame fabricado no mundo. (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal/Cleidson Lima)O Magnavox Odissey, de 1972, é o primeiro
videogame fabricado no mundo. (Foto: Divulgação/
Arquivo Pessoal/Cleidson Lima)
Lima iniciou a coleção em 2006 e, até agora, já reuniu 215 consoles e mais de 6 mil games. Ao ser mapeado, o museu entra no radar do Ibram. Entre as 3.451 instituições listadas pelo Cadastro Nacional de Museus (CNM), é o primeiro voltado a games. O próximo passo é entrar para o cadastro oficial da instituição, que está sendo reformulado e ficará pronto no fim do ano. A partir daí, além de ser uma das 1.666 instituições de preservação da história do país, o Museu do Videogame receberá a consultoria de museólogos do instituto. “O que eles fazem é ensinar você a ser autônomo, a sobreviver, o que é difícil”, diz Lima. "Manter um museu é uma arte.”
A arte
As exposições ocorriam até agora em um shopping da capital sul-matogrossense. A última, em fevereiro, recebeu 160 mil visitantes em 15 dias. Segundo Lima, ao todo, as quatro exposições no local reuniram 600 mil visitantes. "O pessoal gosta muito do game retro”, comenta. Desde a entrada para o CNM, Lima já foi convidado a levar o museu a 17 cidades. Até agora, fechou com Fortaleza e Belém. Negocia para ir a Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. Além de exibir os consoles, o museu oferece visitas guiadas, pequenas oficinas e palestras sobre a história dos games.
Diferentemente de muitos museus em que não é permitido tocar nas obras, no Museu do Videogame, os visitantes são convidados a apertar alguns dos itens. Dos consoles antigos do acervo, 25 podem ser jogados, como o Telejogo Philco-Ford (1977), Atari 260 (1976) e o PlayStation 1 (1994). “Tinha caboclo da minha idade chorando jogando ‘River Raid’", diz Lima, que vê na criação do museu uma oportunidade de aproximar jovens de instituições de preservação da arte e da história.  “Vai convencer um guri de 10 anos a entrar num museu para ver escultura. É difícil”, diz Lima. “Já o museu do videogame naturalmente tem um atrativo.”
Exposição do Museu do Videogame, o primeiro do gênero no Brasil, em shopping de Campo Grande (MS). (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal/Cleidson Lima)Exposição do Museu do Videogame, o primeiro do gênero no Brasil, em shopping de Campo Grande (MS). (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal/Cleidson Lima)
Obras-prima
Lima diz não possuir um grande acervo de games, mas se orgulha de alguns itens. Dentre as obras-prima do museu está o Magnavox Odyssey, o primeiro videogame fabricado do mundo, que foi comprado por ela pela fortuna de US$ 15 em um brechó hippie em San Francisco (EUA). “Os caras nem sabiam o que era aquilo.” Há também o Coleco Telstar Arcade, de 1977. De formato triangular, o console tem em cada uma de suas três faces uma modalidade de jogo diferente.
Lançado em 1977, o Coleco Telstar Arcade tinha formato triangular; em cada uma de suas três faces, o console possuía uma modalidade de game diferente. (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal/Cleidson Lima)Lançado em 1977, o Coleco Telstar Arcade
tinha formato triangular; em cada uma de suas
três faces, o console possuía uma modalidade
de game diferente. (Foto: Divulgação/Arquivo
Pessoal/Cleidson Lima)
Há também os esquisitos, como o Action Max, em que o cartucho era uma fita cassete. “É um dos mais bizarros que eu já vi na vida”, comenta Lima. “Ele foi um game tão bom, mas tão bom que tinha só seis jogos.” Todos os jogos eram de tiro. Como rodava apenas fitas de vídeo, não importava quais os comandos acionados pelo jogador no controle, nada na tela acontecia, pois o game não permitia interação.
Como o museu também é história, há alguns consoles que contam um pouco da trajetória dos games. Um deles é o Fairchild Channel F, o primeiro do mundo a aceitar cartuchos. “Antes o videogame tinha cinco jogos na memória, se você quisesse jogar outro game, tinha que comprar outro console”, explica Lima. Outro deles é o Philips CDI, videogame fabricado em 1991 pela companhia holandesa que rodava CDs e foi escolhido pela Nintendo após a japonesa dispensar o candidato da Sony. “Era para o Playstation ser da Nintendo. A Nintendo não quis, aderiu ao padrão CDI, que foi uma bomba.”
Robô ROB (Robotic Operating Buddy) era um companheiro para jogar games multiplayer que acompanhava o Nintendinho, lançado em 1985. (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal/Cleidson Lima)Robô ROB (Robotic Operating Buddy) era um companheiro para jogar games multiplayer que acompanhava o Nintendinho, lançado em 1985. (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal/CleidsoFonte: www.globo.g1.com em 15.08.2014

Museu Casa de Maria Bonita, com acervo do cangaço, é roubado na BA

Espaço fica na casa onde nasceu cangaceira que foi mulher de Lampião.Objetos como máquina de costura, chocalho e fotografia foram levados.

O Museu Casa de Maria Bonita, que fica no povoado Malhada de Caiçara, zona rural de Paulo Afonso, foi arrombado e teve peças históricas roubadas. Objetos como máquina de costura de mão, chocalho, ferro de brasa, além de 15 fotografias, foram levadas.
Segundo João de Souza Lima, biógrafo da cangaceira, membro da Academia de Letras local e dono de parte do acervo, o crime aconteceu na noite de quarta-feira (20) e a queixa será registrada nesta sexta-feira (22).
"O pessoal sabe mais ou menos quem é. Esse acervo todo me pertence, porém as peças mais valiosas não estão lá, como joias e punhais. A gente sabe mais ou menos quem fez. A pessoa foi vista andando em direção ao museu e, depois, voltando com uma bolsa", diz João de Souza. Ele alega que o crime não foi comunicado antes devido à greve de 72 horas dos policiais civis.
O espaço fica na casa de reboco onde nasceu a mulher de Lampião, Maria Gomes de Oliveira, também conhecida como a "Rainha do Cangaço". O museu é aberto à visitação pública e faz parte do Roteiro Cânion e Cangaço, segundo informações da prefeitura municipal.
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Museu Casa de Maria Bonita, em Paulo Afonso, na Bahia (Foto: Divulgação/Prefeitura de Paulo Afonso)Museu Casa de Maria Bonita, em Paulo Afonso, na Bahia (Foto: Divulgação/Prefeitura de Paulo Afonso)Fonte: www.g1.globo.com - 22.08.2014

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Bibliotecas digitais e impressas vão coexistir por muito tempo, diz especialista

Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil Edição: Davi Oliveira
As bibliotecas impressas e digitais vão coexistir,  “pelo menos”, durante os próximos 20 anos, disse hoje (20) à Agência Brasil a diretora do Sistema de Bibliotecas da Fundação Getulio Vargas (FGV), Marieta de Moraes Ferreira. Ela participou do primeiro dia de debates da conferência internacional Os Desafios das Bibliotecas Digitais: Conhecimento, Tecnologia e o Crescimento da Informação Virtual nas Universidadespromovido pela instituição, em sua sede em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro. O evento reúne profissionais brasileiros e de instituições internacionais de ensino.
“O mundo dos livros está mudando muito e sempre surge aquela ideia de se criar uma biblioteca digital e diminuir o número de livros físicos”, comentou Marieta. Essa proposição, entretanto, cria uma série de debates, incertezas e desafios para o futuro. Segundo ela, isso ocorre porque uma coisa são os periódicos digitais, que são bem aceitos de modo geral e para os quais que se verifica um aumento cada vez maior de consultas por parte de pesquisadores, professores e alunos.  A questão muda, entretanto, quando se trata dos livros impressos.
Brasília - Estudo divulgado pelo Ministério da Cultura mostra que 79% dos municípios brasileiros têm bibliotecas
Participantes de encontro internacional discutem a convivência dos livros impressos com os chamadose-booksRenato Araújo/Agência Brasil
Alguns palestrantes indagaram se é possível haver uma biblioteca só digital ou essencialmente digital. “A conclusão final é a inviabilidade disso neste momento, porque os leitores ainda não estão sintonizados com isso, mesmo os jovens. A preferência pelo livro físico ainda é dominante”, explicou.
A diretora da FGV disse, ainda, que é preciso distinguir  entre livros de ficção, como um romance, por exemplo, e um livro acadêmico, que é um livro de estudo que demanda mais concentração da parte do leitor. “Acho que os livros de ficção, que levam para uma atividade mais de lazer, têm mais facilidade de serem incorporados aos hábitos das pessoas na forma de livros digitais, os chamados e-books, do que os livros acadêmicos”.
Outro problema se refere à compra de livros digitais, especialmente para as bibliotecas universitárias, indicou Marieta Ferreira, porque o modelo de negócio é diferente do adotado tradicionalmente. “Quando você compra livros digitais para as bibliotecas, não compra das editoras. Compra das agregadoras, que são como distribuidoras de livros digitais”. O que ocorre, mencionou, é que essas empresas vendem pacotes fechados de livros ou de base de dados.  “Às vezes, você compra 100 títulos e lhe interessam 20. Muitas vezes, não há opção de escolha”.
Além disso, a disponibilidade de grande parte dos livros vendidos pelas agregadoras não é perpétua, ou seja, a compra é feita por um prazo determinado, ao fim do qual os livros digitais deixam de ser acessáveis. “Se, no ano que vem, a biblioteca não tiver dinheiro, acabou o livro”. Devido a essas questões, a tendência, sinalizada pelos especialistas de vários países presentes à conferência, é que as bibliotecas digitais e impressas ainda coexistirão durante bastante tempo.
O Sistema de Bibliotecas da FGV reúne as bibliotecas da instituição no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Em todo o Brasil, a FGV tem mais de 140 mil alunos. O sistema inclui 10.733 e-bookscomprados ou adquiridos por assinatura; 3.756 livros impressos que estão em domínio público e podem ser digitalizados; 280 mil e-books  disponibilizados a partir do Portal Capes; e 149.471 livros impressos, dos quais 85.121 pertencem ao acervo da FGV Rio.

Fonte: Agência Brasil em 20.08.2014