quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Cooperativa distribui 7 mil livros para o Natal na periferia de São Paulo

Exemplares serão distribuídos na Zona Sul de São Paulo.
Objetivo é incentivar as pessoas a criarem o gosto pela leitura.


Cooperifa vai distribuir 7 mil livros (Foto: Divulgação/Copperifa)

A Cooperativa Cultural da Periferia (Cooperifa) vai distribuir, durante o mês de dezembro, 7 mil livros na periferia da Zona Sul de São Paulo.
SP ENCANTADA
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O "Natal com Livros" vai começar a distribuição dos exemplares (adultos e infantis) a partir do dia 14, às 11h, no Largo de Piraporinha.
Uma barraca será montada na Estrada do M'Boi Mirim, altura do número 1.000, para que os moradores escolham o melhor exemplar.
Além da barraca com os livros, integrantes da cooperativa vão distribuir exemplares nas proximidades do Largo de Piraporinha para entregar livros aos passantes.
O objetivo da ação, segundo a Cooperifa, é incentivar as pessoas a criarem gosto pela leitura e tem apoio da Global Editora, Companhia das Letras e Fundação Itaú Social.

Fonte: www.g1.globo.com em 11.12.2014

Amazon lança aluguel de livros digitais no Brasil

Da Folhapress
Preço médio dos e-books é de R$ R$ 15 / Foto: AFP
Preço médio dos e-books é de R$ R$ 15Foto: AFP
Usuários do leitor digital Kindle no Brasil poderão alugar livros por meio de uma mensalidade, num modelo de negócios similar ao de aluguel de filmes da Netflix.
O serviço, que a Amazon lança nesta quinta (11), custa R$ 19,90. Ao câmbio desta quarta (10), o valor é inferior ao dos EUA -US$ 7,62, ante US$ 9,99)- ou no Reino Unido (£ 4,85, ante £ 7,99).
O Brasil é o sexto país a oferecer o Kindle Unlimited, lançado nos EUA em julho. Concorrentes da Amazon ainda não oferecem serviço similar.
O serviço dá acesso a 700 mil livros digitais, dos quais mais de 10 mil em português. Isso equivale a um quarto do catálogo da Amazon de livros digitais em português.
"A lista vai crescer com o tempo", diz o gerente da Amazon Brasil, Alex Szapiro. O catálogo para alugar não contempla os mais vendidos da semana, mas inclui bestsellers dos últimos dois anos, além de clássicos.
COMO FUNCIONA - Cada usuário pode manter em seu aparelho no máximo dez livros alugados. Uma vez liberados, os livros podem ser novamente alugados -e voltarão para o aparelho na página em que foram abandonados e com eventuais anotações feitas pelo usuário.
Szapiro não revela detalhes de negociação com editoras, mas diz que foi feito um novo contrato específico para o Kindle Unlimited. A remuneração é variável e pode estar relacionada à demanda por aluguel de cada título.
Segundo a Amazon, o preço médio dos e-books é de R$ R$ 15. O leitor torna-se vantajoso para quem lê ao menos um livro por mês. O serviço pode ser testado gratuitamente por 30 dias. É possível cancelar a qualquer momento pela internet.
Estima-se que os e-books representem de 4% a 5% das vendas de livros no Brasil.
"Temos visto uma migração grande de clientes que começam comprando o livro físico e depois compram o Kindle e migram para o digital", diz Szapiro, que atribui parte dessa migração ao serviço "Leia enquanto enviamos", que permite começar a leitura no computador, tablet ou celular antes da chegada do recebimento da encomenda.
A Amazon completou dois anos de Brasil neste mês e sua atuação está restrita ao mercado editorial (físicos e digitais) e à venda de aplicativos para Android. A empresa não revela quando pretende ampliar a oferta de produtos.
Fonte: www.uol.com.br em 10.12.2014

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Biblioteca Nacional recebe acervo pessoal do ex-presidente João Goulart

Akemi Nitahara - Agência Brasil08.12.2014 - 21h01


A Biblioteca Nacional recebeu hoje (8) a primeira parte do acervo pessoal do ex-presidente João Goulart, dentro do convênio assinado com o Instituto João Goulart para conservação, catalogação e divulgação do material. O presidente do instituto, João Vicente Goulart, filho do presidente deposto pelo golpe militar de 1964, explica que a parceria vai facilitar a pesquisa histórica sobre o período.
Ao todo, serão em torno de 10 mil documentos

“Essa parceria é de suma importância não só para o Instituto João Goulart, mas para a nação brasileira, que vai ter conhecimento. A ideia é divulgarmos isso o mais rápido possível, disponibilizar ao público, pesquisadores, estudantes, professores, enfim, disponibilizar para a academia, para que possamos ter cada vez mais conhecimento sobre a nossa história, sobre a história política do [ex-]presidente João Goulart e tudo aquilo que aconteceu após o golpe de 64”, acrescentou João Vicente.

A primeira remessa contém cerca de 200 documentos, entre eles cartas de pessoas como os papas João XXIII e Paulo VI, o então senador Salvador Allende, posteriormente também deposto da Presidência do Chile por um golpe militar, cartas das lutas políticas internas do PTB, da deputada Ivete Vargas e de Juscelino Kubitschek.

Ao todo, serão em torno de 10 mil documentos, inclusive 6 mil da CPI do Instituto Brasileiro da Ação Democrática, criada em 1963 para investigar o financiamento estrangeiro a campanhas de parlamentares brasileiro, por meio do instituto. O historiador Oswaldo Munteal, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que assessora o Instituto João Goulart, diz que esses documentos nunca foram analisados por nenhum pesquisador, e seu conteúdo trará Justiça ao ex-presidente.

“Esse acervo traz documentos inéditos que tratam, dentre outras coisas, da ação dos parlamentares na época do golpe; do derrame de milhões de dólares na compra de senadores, deputados, prefeitos, governadores, para que conspirassem contra o presidente Goulart; inclusive de parlamentares [e parentes] que estão aí. Foi um golpe congressual militar. Quando o senador Auro de Moura Andrade, por São Paulo, declara vaga a Presidência da República, com o presidente em território nacional, é um momento gravíssimo da vida política brasileira”, acrescentou.

O professor ressalta que Jango foi vigiado pelos militares diariamente, entre 1954 e 1976, e ainda há episódios a serem esclarecidos sobre a vida dele. “É importante que se liberem os documentos do Ministério das Relações Exteriores para se completar o ciclo. Ainda vejo zonas muito pouco clarificadas, como por exemplo, as circunstâncias da morte do presidente, a vida dele no exílio, como as reformas de base foram obstaculizadas”.

O presidente da Biblioteca Nacional, Renato Lessa, destaca que a entrega do acervo para a instituição simboliza a reintegração da memória de Jango à história do Brasil. “A Biblioteca Nacional é uma instituição do Estado brasileiro, que recebe o acervo de um ex-presidente da República, o único que morreu no exílio. Além da qualidade intrínseca do acervo, dos documentos, das cartas, das informações que ele contém para nos ajudar a entender um certo período da história brasileira, trata-se simbolicamente da reintegração da memória de João Goulart à narrativa que o Estado faz a respeito da sua história”.

O trabalho vai durar dez anos e, à medida que os documentos forem analisados, classificados e digitalizados, eles serão disponibilizados para consulta nos sites da Biblioteca Nacional e do Instituto João Goulart. Para 2015, o instituto também pretende começar a construção do Memorial da Liberdade e da Justiça, no Eixo Monumental, em Brasíli -, projeto de Oscar Niemeyer, que será um espaço interativo, “que conte aos visitantes como foi difícil a retomada da democracia no Brasil e porque a democracia caiu em 1964, para que o Brasil conheça a ferida que foi aberta em 1964”, segundo Goulart.

Quanto a algumas manifestações ocorridas no Brasil, nos últimos meses, pedindo intervenção militar, o filho do presidente deposto pelo golpe lamenta. “Os povos que não conhecem seu passado tendem a repetir os erros. Eu fico até assombrado, jovens falando em intervenção militar, via Facebook, eles nem imaginam que numa ditadura eles não estariam nem falando, não teriam a liberdade que nós obtemos através da democracia, é muito importante essa divulgação [dos documentos] para que eles saibam realmente o que é uma ditadura”, enfatizou.

Editor: Stênio Ribeiro