sábado, 6 de dezembro de 2014

Revista Nature vai abrir arquivo e permitir leitura gratuita de todos os artigos


Os assinantes institucionais vão poder aceder a todo o arquivo, desde 1869, enquanto os individuais apenas desde 1997.

A revista Nature vai abrir o acesso a todos os seus artigos científicos, um arquivo que remonta a 1869, anunciou hoje a editora Macmillan esta terça-feira, e também aos artigos publicados todas as semanas.
A decisão Macmillan"s Nature Publishing Group (NPG) visa estimular a partilha dos artigos - e das ideias - entre os cientistas e o público, mas ao mesmo tempo preservar o que é a principal fonte de rendimento do grupo: as assinaturas pagas por bibliotecas e outras pessoas para terem acesso aos artigos, justificam. Como? Os artigos serão disponibilizados em formatoread only, ou seja, que não permite a cópia, impressão oudownload, numa plataforma chamada ReadCube, semelhante ao iTunes da Apple.
Os assinantes institucionais vão poder aceder a todo o arquivo, desde 1869, enquanto os individuais apenas desde 1997. A medida abrange 48 revistas do grupo Macmillan, incluindo aNature GeneticsNature Medicine e Nature Physics. Mas apenas os assinantes e cerca de 100 órgãos de comunicação vão poder partilhar as ligações que permitem a leitura.
Segundo Annette Thomas, da Macmillan, a medida será reavaliada ao longo do próximo ano.
Fonte: www.dn.pt em 02.12.2014

Governo quer estimular criação de arquivos municipais em todo o país

A falta de arquivos públicos nos municípios brasileiros é a principal ameaça à memória nacional. Das 5.570 cidades, apenas 3% dispõem de local apropriado para guarda de documentos. Para estimular as prefeituras a investir em arquivos públicos, o governo federal lançou hoje (5) uma campanha nacional.

Jaime  Antunes  da  Silva  alerta  para lapso
histórico que pode ocorrer sem catalogação
de documentosTomaz Silva/Agência Brasil

Diretor-geral do Arquivo Nacional, Jaime Antunes da Silva alertou que a perpetuação da história brasileira ficará ameaçada, caso os municípios não comecem a guardar e catalogar seus acervos documentais.

“A data é o passo inicial de uma campanha massiva para sensibilizar gestores para que se criem arquivos públicos municipais. Eles terão como função guardar e preservar acervos produzidos e de valor histórico permanente, além de fazer uma mediação fundamental com o cidadão”, destacou Jaime, que também é presidente do Conselho Nacional de Arquivos.

Segundo ele, a falta de arquivos e pessoal capacitado para lidar com documentos, separando o que tem valor do que pode ser descartado, pode causar um grande lapso histórico no país.

“A documentação produzida pelos municípios corre sério risco. Sem equipamentos, para onde mandar os arquivos das secretarias? Se não tiver uma ação aproximando governo federal, estados e municípios, corremos risco de, em pouco tempo, termos uma amnésia de informação”, salientou.

Para capacitar os gestores e servidores municipais, o Arquivo Nacional disponibilizará, a partir de março de 2015, uma página específica na internet, com informações básicas e um curso de educação a distância. Também deverão ser enviadas missões para avaliar locais de instalação e treinar pessoal. Informações e contatos podem ser obtidos no endereço eletrônico do Arquivo Nacional (www.arquivonacional.gov.br).

Fonte: www.agenciabrasil.ebc.com.br em 05.12.2014

Arquivo Público do Estado de São Paulo lança e-books com acesso gratuito

O Arquivo Público do Estado de São Paulo disponibilizará, amanhã, dia 6 de dezembro, dois novos livros eletrônicos com acesso gratuito: Brasileiros e Brasilianistas - Novas Gerações, Novos Olhares e Memória Histórica da Capitania de São Paulo - Edição e Estudo.
obra Brasileiros e Brasilianistas - Novas Gerações, Novos Olhares reúne os anais do seminário homônimo realizado em 2012 em homenagem à historiadora paulistana Emilia Viotti da Costa. O e-book apresenta o diálogo acadêmico entre brasileiros e brasilianistas sobre diferentes temáticas da história do Brasil.
Foram publicados nove dos dez trabalhos apresentados no seminário, sendo quatro conferências proferidas por pesquisadores da Brown University e da University of Maryland, nos Estados Unidos, da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
Também há o conteúdo de três mesas-redondas: São Paulo e o Século XIX, Cultura e Consumo e Da Ditadura à Democracia, com participação de representantes do Museu Paulista, da Northern Illinois University, da New York University e da Montclair State University, nos Estados Unidos, e da USP.
Já a obra Memória Histórica da Capitania de São Paulo: Edição e Estudo, de Renata Ferreira Costa, é resultado da dissertação de mestrado da autora em Filologia e Língua Portuguesa na USP, concluída em 2007 e realizada com apoio da FAPESP.
A publicação traz informações sobre o contexto histórico, cultural e linguístico do Brasil do século 18, época em que foi publicada a Memória Histórica da Capitania de São Paulo. Além disso, contém a edição semidiplomática – ou transcrição paleográfica – da obra, produzida pelo então escriturário da Secretaria do Governo de São Paulo, Manuel Cardoso de Abreu (1750-1804).
O download dos livros eletrônicos nos formatos ePUB e PDF é gratuito e pode ser feito emwww.arquivoestado.sp.gov.br/difusao/editorial_download.php.
Fonte: www.jb.com.br em 05.12.2014

Projeto de lei que estimula a leitura dentro das unidades prisionais


A leitura como meio de ressocialização. Essa é a ideia do projeto de lei do Governo do Estado do Ceará que poderá ser votado esta semana na Assembleia Legislativa. Aprovada, a Lei incentiva a leitura dentro do cárcere, subtraindo quatro dias da pena dos custodiados cearenses a cada pena lida. Em um ano, haverá um máximo de 48 dias a serem remidos da pena dos internos por meio do projeto.

A lei cearense atende à resolução 44, de 26 de novembro de 2013, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que dispõe sobre o estímulo à remição pela leitura dentro das unidades prisionais e prevê que as autoridades penitenciárias estaduais formulem projetos específicos sobre o tema, no sentido de estímulo a atividades educacionais dentro do cárcere. O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), em sua resolução 3, de 11 de março de 2009, também estabelece que o fomento à leitura é uma das diretrizes nacionais para a oferta de educação nos estabelecimentos penais. Por fim, a Lei 12.433/2011 que altera a Lei 7.210 (Lei de Execução Penal) já prevê a remição da pena por outras atividades extracurriculares.

"Para nós, o projeto significa uma regulamentação, estabelecendo o ordenamento necessário para o estímulo das atividades educacionais dos presidiários cearenses. Temos tido significativo interesse pela escolarização e precisamos incentivar esta política, porque acreditamos que somente por meio da educação é capaz de fazermos a mudança social que tanto almejamos", informa a secretária da Justiça e Cidadania do Ceará, Mariana Lobo.

O incentivo à leitura faz parte de uma política de educação dentro do sistema penitenciário cearense que tem como finalidade também preparar este interno para sua volta à sociedade. A partir de exemplos bem-sucedidos dentro do sistema penitenciário, o projeto pretende possibilitar a integração do indivíduo à sociedade e utilizar a leitura como instrumento de combate à ociosidade nas unidades prisionais. A formação educacional e preparação do interno para o mercado de trabalho são políticas públicas de ressocialização da Sejus. 

Como funciona

Pelo projeto de lei, o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus), estabelece que os livros ofertados aos internos como possibilidade para remição serão pré-determinados por uma comissão que irá também avaliar a leitura. Após a leitura, o interno deverá elaborar um relatório ou resenha. Esses documentos serão avaliados pela comissão que definirão ou não a remição dos quatro dias da pena.

O projeto é coordenado pela Sejus em parceria com a Secretaria da Educação (Seduc). À Sejus, cabe divulgar o projeto entre os apenados, oferecer os locais adequados à atividade e promover atividades que estimulem o hábito da leitura entre os participantes do projeto. A Seduc avalia os relatórios e resenhas produzidos de forma presencial, em prazo de até 30 dias. Os títulos do acervo daquela unidade serão definidos pela Comissão, para orientar os participantes para a produção do relatório ou resenha e fiscalizar a produção deste relatório.

A adesão ao projeto é voluntária e poderão participar todos os custodiados alfabetizados do sistema penal, inclusive aqueles que cumprem prisão cautelar.

Atualmente, a remição é concedida a partir de atividades de trabalho ou estudo, conforme prevê a Lei de Execução Penal (LEP). A cada três dias de trabalho ou 12 horas de estudo, um dia será subtraído da execução da pena.

Fonte: www;ceara.gov.br em 02.12.2014