sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Bibliotecas públicas têm situação precária em vários estados do Brasil

Em Manaus, a Biblioteca Pública está abandonada há 3 anos. No Rio, Biblioteca Nacional tem parte de acervo armazenado no cais do porto.


As bibliotecas públicas estão em situação precária em vários estados do Brasil. São livros ameaçados, poucos funcionários e prédio com estrutura inadequada – problemas que afastam leitores e também põem obras raras em risco.
Um senhor prédio. Mais de 100 anos guardando a história de Manaus. A Biblioteca Pública da cidade está abandonada há três anos. Mato ao redor, portas quebradas e pichações. Os livros foram para outro prédio, alugado, esperando pela obra que nem data para começar tem. 
A prefeitura de Manaus ainda negocia com o governo federal a liberação de verbas para a reforma. Já em Brasília, quem interditou a Biblioteca Demonstrativa foi a Defesa Civil, por problemas estruturais na marquise. A reforma começou em agosto e ainda deve levar mais quatro meses.
A Biblioteca Pública de Alagoasestá fechada há três anos. Segundo a Secretaria de Cultura a obra demorou porque o prédio é tombado. E só no mês que vem a restauração ficará pronta.
Suntuosa, acervo de obras raras, a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiroestá entre as dez maiores do mundo. Na América Latina ocupa o primeiro lugar. Mas nem por isso escapa dos problemas. A reforma da rede elétrica e do telhado já começou. Mas ainda falta muito a fazer. A consequência da falta de espaço pode ser vista pelos corredores do prédio histórico.
Na época em que foi construído o prédio, há 104 anos, a capacidade era para 1 milhão de livros e documentos. Hoje, o acervo é de 10 milhões. E todos os meses chegam 25 mil novas publicações.
O jeito foi abrigar boa parte dos livros e jornais em prateleiras, em um antigo armazém de grãos do cais do porto.
O presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Renato Lessa, garante que as obras não correm risco. “Nenhum risco. Esse acervo está guardado ali, não está guardado em condições ideais, tanto não está guardado em condições ideais que nós vamos fazer obra no anexo”, afirma.
A biblioteca abriu concurso para escolha do projeto de arquitetura do novo prédio anexo, na zona portuária. O local vai receber parte do acervo para desafogar a estrutura da sede, no centro do Rio de Janeiro.
O presidente da entidade reconhece a dificuldade de resolver tudo com agilidade.
“Burocracia brasileira é terrível, você tem a pior combinação possível, que é de um lado urgência e do outro lado lentidão, isso enlouquece o gestor”, diz Renato Lessa.
A Associação dos Servidores da Biblioteca Nacional defende a contratação de mais profissionais especializados, melhores salários e mais recursos para os restauros.
Hoje o Brasil tem mais de 6 mil bibliotecas públicas. Segundo a pesquisadora Fabíola Farias, a rede chega a 98% dos municípios.
Mas isso não significa um serviço de qualidade. Boa parte do acervo vem de doações. E muitas bibliotecas não tem projeto pedagógico.
“Eu acho que a biblioteca pública no Brasil hoje não sabe o que fazer, o seu papel na formação de leitores, o seu papel na consolidação da cidadania. E é claro que faltam investimentos, a gente precisa de muito mais investimento nas bibliotecas”, afirma a mestre em Letras.
O Ministério da Cultura informou que 40 novos bibliotecários devem começar a trabalhar na Biblioteca Nacional do Rio já no mês que vem. O Ministério da Cultura disse também que vem ampliando os repasses para manutenção de bibliotecas.
Fonte: http://g1.globo.com em 10.10.2014

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Carrinhos de Jardinagem se transformam em biblioteca no Jardim Botânico

Durante o mês de outubro, dois carrinhos de jardinagem com livros e revistas estacionam no Jardim Botânico. Trata-se do projeto Leia Verde no Jardim Botânico. Os títulos poderão ser lidos no próprio jardim ou podem ser emprestados, ou até mesmo doados.
Dois monitores permanecem no local para dar informações e orientações ao público sobre o projeto.  As publicações receberão carimbos informando se estão disponíveis apenas para consultas ou se podem ser levados pelos interessados.
O projeto visa incentivar, entre os visitantes e frequentadores, a leitura de publicações sobre temas relacionados ao meio ambiente. A ideia é promover a educação ambiental.
Os carrinhos ficam até 31 de outubro, nas segundas-feiras das 11h às 16h, e de terça a domingo, das 9h às 16h.
Divulgação
Divulgação
Público pode levar livros para casa

Biblioteca Virtual da FAPESP é apresentada como exemplo de acesso aberto

Publicado em: 15/10/2014

Por Diego Freire Agência FAPESP – A experiência da Biblioteca Virtual (BV) da FAPESP foi apresentada como modelo de disponibilização pública da informação científica na 5ª edição da Conferência Luso-Brasileira de Acesso Aberto (Confoa), realizada em Portugal, de 6 a 8 de outubro, pela Universidade de Coimbra em parceria com o Ministério da Ciência e Educação de Portugal e o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict).
O objetivo da conferência, resultado de um memorando de entendimento assinado entre os governos de Portugal e do Brasil em 2009, é promover e discutir práticas e pesquisas sobre o acesso aberto, servindo ao desenvolvimento de políticas e investigações da área.
Representando a Biblioteca Virtual, as bibliotecárias Fabiana Andrade Pereira e Paula Hashimoto apresentaram o trabalho “BV-FAPESP: um modelo de biblioteca virtual para democratização do acesso à informação pública no Brasil”, que tratou da Lei de Acesso à Informação (LAI) e das contribuições da FAPESP ao seu cumprimento.
Em vigor desde 2011, a Lei de Acesso à Informação garante aos cidadãos brasileiros o direito de acessar informações sob a guarda das instituições públicas e determina como deve ocorrer a difusão dos dados disponíveis. De acordo com a LAI, o acesso deve ser garantido por meio de mecanismos e ferramentas de pesquisa de conteúdo, para facilitar a localização da informação de “forma objetiva, transparente, clara, atualizada e em linguagem de fácil compreensão”.
De acordo com Pereira, em razão de suas características técnicas, a BV contribui para o atendimento da LAI, tornando acessível à sociedade civil a informação referencial sobre os auxílios e bolsas apoiados pela FAPESP. “A normalização técnica, o uso de tecnologias apropriadas e as informações com valor agregado à BV-FAPESP reforçam a visibilidade dos conteúdos disponíveis em suas interfaces públicas de acesso aberto, atendendo às exigências da lei e indo além ao oferecer facilidades ao usuário. Sem a Biblioteca Virtual, toda essa informação ficaria restrita aos sistemas informacionais internos da Fundação”, disse à Agência FAPESP.
Para a bibliotecária, a BV, como fonte primária de divulgação da pesquisa científica, pode servir como modelo de gestão da informação no armazenamento, organização, tratamento, disseminação e acesso aberto à informação pública. “Isso porque a biblioteca apresenta soluções eficientes no cumprimento das determinações da LAI e não possui barreiras físicas ou geográficas”, explicou.
Hashimoto destacou que a importância da BV, como canal de divulgação da informação pública, é enfatizada pela quantidade de acessos à plataforma – mais de 4 milhões em 2013. “Esses resultados se referem a visitas diretas à BV e também por meio do portal da FAPESP e de buscadores na Web, com usuários de mais de 200 países, destacando-se Portugal, Estados Unidos e Índia.”
Essa relevância também foi destacada por participantes do Confoa, contou Pereira. “A BV foi citada em outra apresentação como bom exemplo de sistematização do acesso à informação, principalmente quando comparada às outras agências de fomento federais e estaduais brasileiras, o que coloca o Brasil em uma boa posição diante da comunidade científica internacional.”
A bibliotecária acredita, no entanto, que ainda é preciso valorizar mais o acesso aberto no país. “Podemos observar que, na Europa, muitos países buscam seguir os princípios do Programa Horizon 2020. Com isso, as publicações com acesso aberto são importantes inclusive para a obtenção de financiamento e há um movimento natural dos pesquisadores para publicar nesse formato”, afirmou. “No Brasil, a disponibilização de informações ainda está muito atrelada à obrigação formal, sobretudo à necessidade de publicar em determinadas revistas para se obter méritos, mas cujo conteúdo permanece fechado para assinantes. É preciso uma mudança de cultura nesse sentido.”
Pereira e Hashimoto apresentaram no trabalho os demais canais de divulgação científica, como a Agência FAPESP, a revistaPesquisa FAPESP e o boletim interno FAPESP na Mídia. O desenvolvimento da apresentação também contou com a participação de Rosaly Fávero Krzyzanowski, coordenadora da BV, Thais Fernandes de Morais, supervisora do Centro de Documentação e Informação da FAPESP, e Inês Maria de Morais Imperatriz, bibliotecária.
Fonte: www.redenoticia.com.br em 15.10.2014

Projeto transforma refrigerador em biblioteca itinerante

Um grupo de 60 crianças da Vila Torres, atendidas durante o horário de contraturno escolar pelo espaço Passos da Criança, conheceu a Refriteca e participou de atividades diferentes, como a contação de histórias. A Refriteca, projeto da Electrolux realizado com a parceria do Pró-Cidadania, está sendo lançado e transforma refrigeradores em biblioteca itinerantes.
A Refriteca circulará as instituições atendidas pelo Parceria Nota 10, projeto do Pró-Cidadania. Os livros da biblioteca, cerca de 150 exemplares e escolhidos de acordo com a faixa-etária das crianças, são do acervo da empresa ou doados por colaboradores.
“Ficaram ansiosos pela chegada da biblioteca. Explicamos a eles que além de matar a fome, nossa geladeira especial, através dos livros, alimenta a alma e a criatividade”, disse a psicopedagoga do Passos da Criança Lea Aparecida Barnabé.
Entre os títulos estão livros diversificados, como obras de literatura, infanto-juvenil, biografias, obras de culinária, artes, artesanato, política, esporte, música, saúde, livros informativos, periódicos e diferentes materiais de leitura como revistas e gibis.
“A ideia é muito interessante porque além de incentivar a leitura dentro das instituições, promove também o lazer e a cultura na comunidade”, explicou o supervisor de Ação Social do Pró-Cidadania, Rodolfo Schneider.
“Eu adorei. Queria poder ter essa geladeira em casa”, contou Lucas dos Santos, de 7 anos. Mayara Gabriela de Oliveira, de 8 anos, disse que a parte favorita das atividades foi a contação de histórias. “Parecia que eu estava vendo um filme do João o Pé de Feijão”, falou.
De acordo com Bárbara Calado, do setor de responsabilidade social da Electrolux, o tempo de permanência da mini biblioteca no projeto social pode variar. Serão 30 dias para instituições com até 80 crianças e 50 dias para instituições com mais de 81 crianças. Após este período o refrigerador-biblioteca será retirado e levado para outra escola/instituição cadastrada pelo Pró-Cidadania.
“Neste tempo, a garotada, com o auxílio das professoras, pode aproveitar como quiser a biblioteca. A reação tão positiva das crianças nos surpreendeu hoje e ficamos muito contentes”, explicou Bárbara.
Fonte: http://www.bemparana.com.br em 14.10.2014