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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Memória do clima será recuperada em arquivo digitalizado

Divulgação/MMAArmazenamento dos dados em um centro de documentação centralizado garantirá a segurança e a integração da memória do clima do Brasil
Armazenamento dos dados em um centro de documentação centralizado garantirá a segurança e a integração da memória do clima do Brasil
Ao todo, 12 milhões de documentos com dados meteorológicos serão digitalizados e recuperados pelo Ministério do Meio Ambiente
Informações sobre secas, tempestades e outros eventos climáticos ocorridos no País desde o século 19 serão recuperadas com a conclusão de ação financiada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), que está prevista para este ano.
Mais de R$ 6 milhões foram investidos, por meio do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima), no projeto do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), órgão ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Estudada de maneira histórica pelas autoridades brasileiras, a previsão do tempo entrou como aliada nas medidas de combate e adaptação ao aquecimento global. A iniciativa inclui a digitalização, conversão, importação e armazenamento em formato digital no banco de dados do órgão federal. 
Acervo
Ao todo, 12 milhões de documentos com dados meteorológicos desde o fim dos anos 1800 fazem parte do acervo do INMET. Como se encontram em papéis amarelados, os arquivos não podem ser usados, atualmente, para estudos climáticos e de frequência de fenômenos e desastres naturais de natureza atmosférica.
O armazenamento dos dados em um centro de documentação centralizado garantirá a segurança e a integração da memória do clima do Brasil. Além disso, a migração para o banco de dados já existente facilitará as consultas e o intercâmbio de informações com os setores acadêmicos, públicos e privados de maneira mais rápida e eficaz.
Curiosidade
Apesar de o INMET ter sido criado em 1909, os primeiros registros das condições meteorológicas no País remontam ao fim do século 19. Estes documentos históricos foram produzidos em diversos formatos de papel, que vão de livros e cadernetas até formulários de registradores.
Neles, eram inseridas informações numéricas pontuais, resultantes da coleta de dados realizadas por um observador ou registros contínuos por equipamentos mecânicos.
Além da dificuldade de acesso, o manuseio rotineiro dos arquivos provoca a perda de resistência e o envelhecimento precoce da documentação. Para que possam ser digitalizados, os livros e cadernetas foram armazenados, em caráter transitório, em um galpão na sede do INMET, em Brasília.
Saiba mais
Pioneiro no apoio a pesquisas e programas de mitigação e adaptação, o Fundo Clima é um dos principais instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC). Com natureza contábil e vinculado ao MMA, é administrado por um comitê formado por representantes de órgãos federais, da sociedade civil, do terceiro setor, dos estados e dos municípios.
Apesar de considerado um fenômeno natural, o efeito estufa se intensificou nas últimas décadas, acarretando mudanças climáticas. Estas alterações resultam do aumento descontrolado das emissões de gases como o dióxido de carbono e o metano. A liberação dessas substâncias é consequência de atividades humanas como o transporte urbano, o desmatamento, a agricultura, a pecuária e a geração e o consumo de energia.
Fonte: www.brasil.gov.br em 10.02.2015

domingo, 14 de dezembro de 2014

Documentos do Arquivo Público de Campos, RJ, são digitalizados

Os documentos Arquivo Público de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, estão sendo digitalizados no Instituto Federal Fluminense (IFF). Os primeiros documentos do projeto "Memórias da Escravidão” já começaram a passar pela digitalização nesta sexta-feira (12). Os 500 documentos são dos períodos da escravidão e fazem parte do acervo de documentos do Arquivo Público Municipal. 
Grande parte do arquivo é composta por documentos jurídicos que trazem ações de escravos que entraram na Justiça, para, por exemplo, pedir a liberdade por diversos motivos. O espaço foi destaque na edição de maio da Biblioteca Nacional e considerado modelo no simpósio Íbero Americano Educativo, no México.
O Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho é referência na restauração de documentos históricos no interior do estado e se destaca na preservação de acervos importantes para a construção histórica da cidade. O espaço segue as normas do Conselho Nacional de Arquivos (Conarq) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A documentação digitalizada será disponibilizada aqui na internet. A ideia é democratizar o acesso à documentação através da internet, o que vai facilitar o trabalho dos pesquisadores, já que o Arquivo recebe muitas visitas de historiadores de outros municípios e estados.
A previsão é que a digitalização aconteça até fevereiro ou março de 2015. A primeira etapa do projeto de digitalização começou em novembro para testar os equipamentos. Alguns registros são do século 18, um período em que o município concentrava o maior contingente de escravos da província do Rio de Janeiro: 60% da população era escrava. Na época, a compra e venda de negros era mediada através de cartas.
Fonte: www.g1.globo.com em 12.12 2014