Autoridades afirmam que a instituição não tem culpa, já que não tinha conhecimento da proveniência dos itens quando os adquiriu, entre 1991 e 2003.
Os agentes dizem que os itens foram supostamente contrabandeados para os Estados Unidos por um negociante de arte. O comerciante, Subhash Kapoor, foi preso em 2011 e aguarda julgamento na Índia. Autoridades dizem que Kapoor criou falsos documentos de procedência para as antiguidades ilícitas.
Agentes aduaneiros dos EUA levarão os itens para Nova York para que, eventualmente, possam ser devolvidos ao governo da Índia.
Denúncia
No ano passado, um visitante do museu viu o nome da galeria de Kapoor como a fonte de um objeto de terracota de 2 mil anos de idade e avisou as autoridades sobre a possível procedência ilícita, disse Stephan Jost, diretor do museu. O investigado vendeu mais cinco itens para o museu e doou uma sexta peça.
O museu de Honolulu está sendo saudado por ser a primeira instituição americana a dar publicidade à história e cooperar totalmente com a investigação, chamada de “Operação Ídolo Escondido”, que já gerou quatro prisões e recuperou milhares de peças no valor total de US$ 150 milhões.
"Possuir material roubado não faz parte da nossa missão", disse Jost. "Eu não tenho acredito que fizemos algo heroico. Nós apenas queremos fazer a coisa certa." Museus de arte norte-americanos estão tornando mais rigorosa a apreciação da história dos objetos que adquirem, disse Jost.
Fonte: www.g1.globo.com em 02.04.2015
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