quinta-feira, 22 de novembro de 2012

ARQUIVOS SOBRE A DITADURA QUE ESTÃO EM ROMA SERÃO DIGITALIZADOS ATÉ 2013

No Brasil, os arquivos farão parte do futuro centro de documentação do Memorial da Anistia, em construção em Belo Horizonte


Cerca de 70 mil páginas de documentos sobre a ditadura militar no Brasil (entre 1964 e 1985) deverão ser colocados para consulta pública em arquivos digitalizados até outubro de 2013, informou o Ministério da Justiça. Na primeira quinzena de outubro deste ano, foi firmado contrato para executar a digitalização desses documentos, que estão em Roma, na Itália, em posse da Fundação Lelio e Lisli Basso. Segundo o contrato, ainda está prevista a recuperação de fotos e vídeos, a realização de pesquisas e a reedição de livros sobre o período. No Brasil, os arquivos farão parte do futuro centro de documentação do Memorial da Anistia, em construção em Belo Horizonte (MG).


“É um passo a frente para afirmar o Memorial da Anistia como espaço de preservação da memória a partir da narrativa e do testemunho das vítimas. O acervo será inteiramente disponibilizado para toda a sociedade brasileira”, disse, em nota, o presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão.

Os documentos, em processo de digitalização, tratam do Tribunal Russell 2, do 1º Congresso Nacional da Comissão Brasileira pela Anistia e do Tribunal Permanente dos Povos.


Criado na década de 70, o Russel 2 foi um tribunal internacional de opinião (independente de autoridades de Estado) para denunciar violações de diretos humanos na América Latina nos períodos de regime militar, especialmente no Brasil e no Chile. O mesmo tribunal ainda investigou crimes cometidos por soldados norte-americanos durante a Guerra do Vietnã.


O 1º Congresso Nacional da Comissão Brasileira pela Anistia, realizado em 1978 em São Paulo, precedeu a edição da Lei da Anistia, de 1979, que garantia a membros das Forças Armadas ou do governo anistia por crimes políticos entre setembro de 1961 e agosto de 1979.


O Tribunal Permanente dos Povos fundado em 1979, em Bolonha, na Itália, foi outra corte internacional de opinião, que examinou violações de direitos humanos.

Fonte da postagem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário