quarta-feira, 7 de novembro de 2012

CATADORA CRIA BIBLIOTECA COM OBRAS ENCONTRADAS NO LIXO NO INTERIOR DE SP

A catadora de recicláveis Cleuza Aparecida Branco de Oliveira, 47, sempre cultivou o sonho de ter uma biblioteca em sua casa, em Mirassol (455 km de São Paulo). Apaixonada por leitura, queria poder emprestar livros a pessoas sem condições de comprá-los.

De tanto ver obras jogadas no lixo de escritores como Machado de Assis, José Saramago e Érico Veríssimo, Cleuza, então semianalfabeta, passou a lê-las e pôde, neste ano, realizar seu sonho.

Foi guardando livros e inaugurou a biblioteca não em casa, mas na associação de catadores, da qual participa, localizada no centro de triagem do lixo.

O acervo já conta com 300 títulos. Criado e administrado por 11 catadores, o espaço tem um canto de leitura, uma brinquedoteca, uma área para discos, brechó e, claro, os livros.

Augusto Fiorin/Folhapress

A catadora de recicláveis Cleuza Branco de Oliveira, 47, lê obra na cooperativa de Mirassol, no interior de SP
A biblioteca não cobra pelo empréstimo das obras, mas quem quiser comprá-las -há títulos repetidos-, paga R$ 0,50 por livro. A renda vai para a própria associação. O local também faz trocas.

"Não tem burocracia e não precisa preencher nada. Alguns levam para casa e outros optam por ler no próprio barracão", afirmou o biólogo Luiz Fernando Cireia, 31, incentivador e usuário do projeto.

Empresas de Mirassol também têm feito doações, que vão possibilitar, inclusive, a ampliação da área, de acordo com Cleuza.

Com salário de R$ 500 mensais, os catadores terão um pequeno acréscimo de renda, ainda não calculado, graças à venda de alguns títulos.

Mas Cleuza garante que o objetivo não é financeiro, é dar aos colegas a oportunidade de ler esses livros.

Fonte da postagem.

COMISSÃO FACILITA ACESSO A APOSENTADORIA ESPECIAL EM EMPRESA FALIDA



A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio aprovou proposta que permite à massa falida ou ao sindicato representante da categoria fornecer declaração que comprove a efetiva exposição do segurado a agentes nocivos à saúde. O documento é usado para requerimento de aposentadoria especial. A medida inclui dispositivo na Lei dos Planos de Benefícios da Previdência Social (8.213/91).

O texto foi aprovado conforme substitutivo apresentado pelo relator, o deputado Guilherme Campos (PSD-SP), ao Projeto de Lei 2067/11, do Senado. O objetivo é assegurar os trabalhadores desempregados por causa da falência da empresa o acesso à documentação necessária para dar entrada no pedido da aposentadoria especial.

O parlamentar destacou a importância da iniciativa para proteger o segurado que se encontra em situação tão desamparada. Pelo texto original, a entidade sindical ficaria responsável por contratar laudo técnico sobre as condições de trabalho do requerente. Mas para o relator a expressão “entidade sindical” poderia trazer insegurança jurídica, por não encontrar definição normativa estabelecida.

“Para sanar esse problema e levando em conta a relevância da proposição apresentada, ponderamos que a expressão que melhor expressaria as preocupações do projeto em pauta seria “sindicato representante da categoria”. Com a adoção dessa expressão mantêm-se a conformidade com o texto constitucional, que legitima o sindicato como defensor dos direitos e interesses de uma categoria”, disse Campos.

Tramitação

A proposta tramita em caráter conclusivo e em regime de prioridade. Ainda será analisada ainda pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

ACERVO DO ARQUIVO PÚBLICO É DIGITALIZADO E MICROFILMADO

Projeto contempla 105 mil folhas das coleções de jornais.

Em breve, a maioria do acervo documental de Itajaí poderá ser consultado online. A Fundação Genésio Miranda Lins (FGML) iniciou processo de microfilmagem e digitalização das coleções de jornais itajaienses arquivadas no Centro de Documentação e Memória Histórica de Itajaí (CDMH). Serão 105.000 folhas de jornais datados de 1884 aos dias atuais. O processo faz parte do Programa de ampliação de acesso e preservação ao patrimônio cultural documental, aprovado pelo Ministério da Cultura e patrocinado pelo Bradesco Administradora de Consórcios Ltda, no valor de R$80.000,00 (oitenta mil reais).

Após a conclusão do processo, previsto para meados de dezembro, o pesquisador poderá acessar as coleções através do site oficial da FGML (www.fgml.itajai.sc.gov.br). Com isso, o acervo será conservado por mais tempo e a pesquisa será realizada com mais facilidade, visto que os originais em papel não serão mais usados. O novo sistema de pesquisa online irá permitir acesso aos conteúdos publicados, desde 1884, como o jornal Itajahy, A Idea (1886), O Arauto (1903), Progresso (1899-1901), O Pharol (1904-1918, 1921-1936), Novidades (1904-1922), Jornal do Povo (1935-1990), A Nação (1962-1980).

“Vivemos em um mundo digital e globalizado em que a informação é rapidamente disseminada e Itajaí mostra-se presente neste processo possibilitando que os acervos de jornais sejam digitalizados e disponibilizados para todos”, ressalta Vera Lúcia Estork, Diretora do Centro de Documentação. Também serão adquiridos equipamentos e confeccionados material de divulgação do CDMH.

O CDMH está trabalhando também com a catalogação informatizada permitindo agilidade na busca e disseminação dos acervos documentais, iconográficos e bibliográficos e em breve será possível efetuar a busca pelos acervos, também por meio do site. O Centro de Documentação e Memória Histórica está localizado à Rua Lauro Müller, 335 – Centro.

 

Fonte da postagem.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A CRIATIVIDADE VAI SALVAR O MUNDO (SE A BUROCRACIA NÃO NOS TIRAR O DIREITO DE PENSAR)

Em entrevista exclusiva ao Administradores.com, o sociólogo Domenico de Masi faz projeções sobre o futuro do planeta, explica por que o excesso de trabalho é negativo, critica o Google e o Facebook e, claro, culpa a burocracia pela maioria dos problemas do planeta

"Os burocratas são os assassinos tristes dos alegres criativos". Com essa pequena frase – tão cheia de efeito quanto de significado – o sociólogo italiano Domenico de Masi nos respondeu por que odeia tanto a burocracia. E é justamente essa repulsa a base de boa parte de seu pensamento, que o tornou uma das figuras de maior influência no mundo desde os anos 1970, quando suas obras ganharam notoriedade. Para Domenico, a burocracia gera trabalhos desnecessários, os trabalhos desnecessários nos fazem trabalhar mais, e trabalhando mais em atividades burocráticas temos menos tempo para dedicar à atividade intelectual, para ele, o motor que move o mundo (e nas próximas décadas moverá ainda mais).


O sociólogo estará no Brasil no próximo dia 5, quando fará a abertura do XXII ENBRA (Encontro Brasileiro de Administração) e do VIII Congresso Mundial de Administração, que acontece no Rio de Janeiro. Em entrevista exclusiva ao Administradores.com, ele adiantou alguns pontos que devem permear sua palestra. Ele faz projeções sobre o futuro do planeta, explica por que o excesso de trabalho é negativo, critica o Google e o Facebook e, claro, culpa a burocracia pela maioria dos problemas do planeta (lembrando que, para ele, a burocracia não é simplesmente a demora na tramitação de um documento em um órgão público, mas todas as dificuldades cotidianas que os processos - muitas vezes inúteis - que criamos no dia a dia geram para nossas vidas).