terça-feira, 23 de outubro de 2012

GOSTO PELA LEITURA É DESENVOLVIDO EM PROJETO



Você sabe por que o dia 29 de outubro é considerado o dia Nacional do Livro? Porque foi nesse mesmo dia, no ano de 1810, que a Real Biblioteca Portuguesa foi transferida para o Brasil. Foi, então, fundada a Biblioteca Nacional e por isso a data foi escolhida para celebrar o Dia Nacional do Livro. Apesar de a data já existir há muito tempo, o hábito da leitura não é uma prática muito comum no Brasil.

 É o que aponta pesquisa lançada em setembro deste ano, pela Fundação Itaú Social e Datafolha. O estudo apontou que 60% dos entrevistados não teve experiência de leitura de livros ou histórias durante sua infância. Por outro lado, o levantamento demonstrou que os entrevistados têm consciência de que ler é importante para o desenvolvimento intelectual. Com relação à importância e percepção sobre incentivo à leitura, 96% afirmaram ser importante incentivar crianças de até 5 anos a ter gosto pela leitura. Por isso, iniciativas como o projeto Baú de Leitura, metodologia desenvolvida pelo Movimento de Organização Comunitária (MOC), que é desenvolvida na Bahia e em Sergipe, se destaca nessa conjuntura educacional.

 O Instituto Recriando desenvolve o Baú de Leitura desde 2003, projeto que trabalha com a educação contextualizada por meio de três temáticas. A primeira desenvolve atividades referentes à identidade pessoal, social e cultural, abordando a questão do ‘eu’. A segunda temática do projeto trata sobre o meio ambiente, devido à necessidade de despertar a consciência ambiental nas novas gerações. Por último, os educadores do Baú de Leitura trabalham questões relacionadas à cidadania.

 “O objetivo central do Baú de Leitura é provocar o gosto e o prazer pela leitura em crianças e adolescentes. De forma crítica e reflexiva, o projeto visa estimular um olhar voltado à comunidade e à própria realidade, dando outro sentido à leitura, para que ela não cumpra apenas um papel didático. Procuramos trazer a leitura para o contexto dos meninos e meninas para que, assim, eles possam atuar na realidade deles e fazer a diferença, para que eles mudem a realidade deles através do pensamento”, explica a coordenadora pedagógica do Instituto Recriando, Conceição Borges.

 Vera Carneiro, coordenadora do Programa de Educação do MOC completa. “Outro objetivo é praticar uma leitura de forma prazerosa, lúdica e contextualizada com estas crianças e adolescentes, ou seja, estimular o gosto duradouro pela leitura”.

 Foi com essa vontade de valorizar o aprendizado e sensibilizar meninos e meninas, conscientizando-os sobre o papel da leitura, que o UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) entrou em contato com o Movimento das Organizações Comunitárias (MOC), organização de Feira de Santana (BA), para que ela realizasse ações voltadas à leitura de forma lúdica e reflexiva junto a crianças. Vale lembrar também a atuação do Centro Dom José Brandão de Castro (CDJBC). Desde o segundo semestre de 2002, por indicação do MOC, o Centro foi convidado pelo UNICEF para implantar e monitorar o projeto Baú de Leitura no interior do estado. Assim, em 2002, foi iniciado trabalho em oito municípios da região citrícola e cinco da região São Francisco.

 De acordo a assessora educacional do CDJBC, Joilda Aquino, atualmente o projeto está acontecendo em 54 municípios do interior de Sergipe, o que equivale a cerca de 70% do estado, estatística bastante promissora. Ela também ressalta que a iniciativa tem se tornado política pública em algumas cidades do interior. “Os municípios que estão com o Baú atualmente mantêm o projeto ou pela secretaria de educação ou pela secretaria de ação social. Os gestores nos procuram e nós fazemos a capacitação dos educadores e monitoramos as atividades”, complementou a assessora.

Resultados

 A educadora Ana Cláudia Ribeiro atua no projeto em Aracaju, onde o Baú de Leitura é desenvolvido pelo Instituto Recriando. Ela conta que de todos os educandos orientados por ela, a menina Clarícia se destaca pela desenvoltura com as palavras. Inteligente e muito comunicativa, a garota é um exemplo de como o estímulo à leitura auxilia no desenvolvimento da aprendizagem e do senso cognitivo. “Nas aulas, ela sempre tem um exemplo para dar. Ela consegue fazer a relação com o que aprende aqui e as vivências dela. Clarícia é bem perceptiva”, comenta a educadora.

 Ela não é a única criança que enche os olhos de Ana Cláudia de alegria. A pequena Francielly também é um dos grandes nomes da turma do Baú de Leitura, que é desenvolvido atualmente na Casinha de Jesus, no bairro Santa Maria. Nas palavras da educadora, a menina é uma mobilizadora social. Apesar da pouca idade, ela consegue estimular os coleguinhas a participar das atividades. “Eu lembro que, em uma atividade do Baú, ela conseguiu organizar as atividades com os meninos como se ela própria fosse a professora. Ela é uma líder nata”, orgulha-se a educadora.

 Esses são só alguns exemplos da importância de um projeto de literatura infanto-juvenil no desenvolvimento intelectual e social dessas crianças. Muito mais do que estimular a leitura, o projeto trabalha as temáticas presentes nos livros por meio de outras atividades. A cada encontro, um novo universo de fantasias é descoberto. E, a cada descoberta, os meninos e meninas empenham-se em dar suas próprias interpretações para as histórias. “É tão bom ver a sinceridade no rosto das crianças. É um trabalho muito gratificante. Fico sem palavras para explicar”, comenta a educadora sobre o resultado obtido no seu trabalho.

Fonte: Ascom Instituto Recriando


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

JUSTIÇA RESGATA ARQUIVO MORTO

A Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania reformulou todo o arquivo morto da pasta para contribuir com o resgate da memória da história do Estado e aumentar a transparência dos bens públicos.

 O acervo ocupa o andar superior do prédio onde funciona a garagem da Secretaria da Justiça, no bairro do Glicério. O espaço tem uma área aproximada de mil metros quadrados, e está dividido por 15 prateleiras. Há documentos desde 1893 até os dias de hoje e compreende todos os processos de diferentes áreas de todas as Secretarias do Estado de São Paulo.

 Entre os processos foram encontrados documentação da época da Revolução de 1932, registros de despesas penitenciárias, pedido de camisa de força para crianças e adolescentes, assinaturas de governantes de São Paulo como Pedro de Toledo, solicitação de entrada de imigrantes no país, pedidos de naturalização, entre outras curiosidades.

Tirando o pó

 Angela Maria Peixoto Dias, assistente técnica da Secretaria da Justiça e responsável pela organização do arquivo, explicou que o espaço estava parado, sem organização e limpeza desde 1994.

 O trabalho pesado, segundo ela, começou em fevereiro deste ano, com um mutirão, em que participaram todos os reeducandos, que prestam serviços na Secretaria. O trabalho envolve a ressocialização dos reeducandos, detentos que cumprem pena em regime semiaberto no presídio de Franco da Rocha, e que possui convênio com a Secretaria da Justiça. "Conviver com eles, conhecer a natureza de cada um, os anseios, os sonhos, a pretensão futura me fez pensar que nem tudo é como a gente pensa e que temos que olhar os dois lados”.

 Depois da limpeza pesada, três pessoas se dedicaram a restaurar os processos. Foram nove meses de trabalho envolvendo cerca de dez mil documentos sujos, mofados e empoeirados. Em uma primeira etapa estão sendo resgatados os documentos até 1940. Em uma segunda etapa eles serão separados por ano e data.

  Angela conta que recuperar o arquivo é um trabalho de resgate em todos os sentidos: da história, do ser humano e do social. “É um trabalho muito interessante poder conviver e aprender um pouco da história do país. Esta é uma experiência que vou levar para sempre”

Digitalização

 O futuro de todo esse trabalho será a digitalização dos documentos e arquivos na Casa Civil do Governo para onde todos os documentos serão transferidos quando o processo for finalizado.

Fonte da postagem

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

ORDEM NA BAGUNÇA

Os papéis vão se juntando em cima da mesa do escritório, formando enormes pilhas. Você pressente que um dia aquela papelada pode se virar contra você, mas continua esperando dar uma brecha na rotina para colocar em ordem os documentos. De repente, precisa da apólice do seguro do carro. Sabe que está guardada, mas onde? Em casa ou na empresa? Nas gavetas ou nas pastas? Começa, então, uma procura estressante, que vem acompanhada da antiga resignação de não conseguir manter a organização. Você bem que tenta, tira uma tarde para colocar as coisas em ordem. Um mês depois, a bagunça volta a imperar. Quando a situação chega a esse ponto, uma boa saída pode ser contratar um profissional.

As empresas especializadas em organização de documentos cobram entre R$ 1 mil e R$ 2 mil para colocar em ordem a papelada pessoal. “É preciso saber o que realmente precisa ficar guardado e por quanto tempo”, diz o bibliotecário Juan Cacio Peixoto, proprietário da Acervo, empresa paulista especializada na organização de documentos. O trabalho começa com a triagem total da papelada. Falta um carimbo na escritura da sua casa de praia? Esse tipo de problema também fica a cargo dos profissionais da arrumação. “Os documentos precisam estar completos para ter validade”, alerta Peixoto. O segundo passo é mapear o patrimônio. Imóveis, carros, barcos ganham uma espécie de dossiê. Se necessário serão tiradas cópias do certificado de propriedade e segunda via do que estiver danificado. As contas de consumo e de gastos pessoais ficam divididas. Uma caixa de entrada, para os documentos a pagar, e um arquivo com os recibos.

Outra opção é digitalizar os documentos. Os programas custam a partir de R$ 400. Segundo Waida Coimbra, da Linear Assessoria de Documentação, manter os papéis organizados é fundamental para evitar transtornos no caso de uma fatalidade. “Os familiares terão acesso à documentação com facilidade”, completa ela.


Fonte da postagem



quinta-feira, 11 de outubro de 2012

INSTITUTO LANÇA CAMPANHA PARA AMPLIAR ACERVO SOBRE A HISTÓRIA DE MATO GROSSO DO SUL

O Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul, pede ao cidadão sul-mato-grossense que tenha alguma foto, registro ou documento referente a datas, locais, momentos especiais ou um simples registro, que na sua maioria mostram em preto e branco a nossa Capital e cidades do interior de MS há algumas décadas, compareçam ao Instituto.

Não é necessário fazer a doação do material, quem não quiser deixá-lo no acervo, o Instituto Histórico faz a digitalização do material.

Vista aérea de Três Lagoas durante sua fundação, registro da rua 14 de Julho no final da década de 70, Correio Central de Campo Grande, Estação Ferroviária da Capital, margens do Rio Paraguai em Corumbá, e autoridades em solenidades em de meados do século passado, são alguns dos registros que o Instituto possui.

 “Queremos guardar para democratizar e disponibilizar ao mundo essas informações. O povo de sente mais importante com a sua história gravada”, disse o presidente do Instituto Hildebrando Campestrini.

A importância dessa preservação, reflete no que chamam de “identidade” cultural do Estado (alguns historiadores não gostam do termo), ensino pedagógico, reformas de prédios históricos com a conservação de seus moldes originais entre outros.

Em relação a essa conservação patrimonialista, os historiadores Hildebrando Campestrini e Madalena Greco lembram que a nossa cidade e estado ainda são novos, se comparados com outras unidades federativos que já passaram por revoluções como São Paulo (Revolução Constitucionalista de 1932), Rio Grande do Sul (Revolução Farroupilha, 1835-1845) e Bahia (Guerra de Canudos, 1896-1897).

Diferente desses confrontos da população contra o poder instalado, ocorreu na antiga província de Mato Grosso, atual Mato Grosso do Sul (Bela Vista, Antônio João, Guia Lopes e Nioaque), um determinante e importante fato histórico que foi a Retirada da Laguna. A Retirada foi uma das batalhas da Guerra do Paraguai, contra a invasão do Exército Paraguaio em dezembro de 1864.

De três mil homens, liderados em uma das colunas pelo coronel Carlos de Morais Camisão em janeiro de 1867, apenas 700 homens retornaram. O fato ficou registrado na literatura pelo Visconde de Taunay.

Sobre a importância pedagógica, Campestrini lembra que muito dos professores que ensinam história regional são de fora do estado e a disciplina é ensinada muito cedo as crianças, e, posteriormente cobrada antes da entrada em universidades e faculdades.

Outro ponto abordado são os prédios históricos da nossa Capital que estão abandonadas. “Em Blumenau por exemplo, as agências bancárias e outros órgão são instalados em casas históricas, tombar só por tombar não adianta nada, tem que dar um valor que mantenha o imóvel”, argumenta.



Fonte da Postagem