Projetado para abrigar documentos, fotografias, livros raros, registros sonoros e audiovisuais, reunindo conjunto documental significativo sobre a história da saúde no país desde o século 19, o Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS) terá sua pedra fundamental lançada no campus da Fiocruz, em Maguinhos. A solenidade de lançamento está marcada para esta quarta-feira (3/10), às 10h30, e inclui uma exposição em homenagem ao sanitarista Carlos Gentile de Mello (1918-1982), que doou seus arquivos à Casa de Oswaldo Cruz (COC), unidade técnico-científica da Fiocruz. Dividido em cinco pavimentos, o edifício terá 3.515m² de área construída, sendo 2 mil m² destinados à guarda do acervo e para atividades de ensino, estudo e pesquisa e sua conclusão está prevista para o final de 2014.
O projeto adotou critérios de sustentabilidade ambiental, contribuindo para a política de desenvolvimento sustentável da instituição, a implementação de economia de energia, o conforto dos usuários e a preservação do meio ambiente. Essa preocupação ajudou o projeto – elaborado pelos arquitetos Cristiane Cabreira e Alexandre Pessoa – a ganhar o certificado do Programa Nacional de Eficiência Energética em Edificações (Procel Edifica), emitido pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), tornando-se o primeiro a atingir nota máxima no processo de análise, concluído em novembro.
Para a construção do CDHS, a Casa de Oswaldo Cruz conta com o patrocínio das empresas Sanofi e copatrocínio da Lafarge e Nortec Química, que adquiriram cotas de participação com base na Lei Rouanet de incentivo fiscal. O espaço vai guardar cerca de 80 mil documentos que retratam os processos políticos, sociais e culturais da saúde no Brasil. Entre os arquivos a serem transferidos para a nova casa, estão os dos sanitaristas Oswaldo Cruz e Carlos Chagas, reconhecidos pela Unesco como acervos de relevância para a história da Humanidade, bem como o conjunto de cerca de 8 mil negativos de vidro do fundo Instituto Oswaldo Cruz, que acaba de ser incluído também no programa Memória do Mundo daquele organismo das Nações Unidas. O edifício vai acolher equipes de pesquisa, de gestão e tecnologias da informação e de tratamento do acervo, abrigando ainda um laboratório de fotografia digital, outro de conservação de documentos da COC e um Centro de Digitalização Tridimensional de Acervos da Fiocruz.
As atividades de ensino da Casa de Oswaldo Cruz, em processo de ampliação, encontrarão no novo prédio a infraestrutura mencionada e salas de aula destinadas aos cursos de pós-graduação sctrito e lato sensu, educação profissional e outras atividades de formação e capacitação. Os beneficiados diretos serão pesquisadores, estudantes e especialistas em ciências humanas e sociais; jornalistas, documentaristas, roteiristas, escritores, diretores de arte e produtores culturais, bem como profissionais de saúde.
Esse grupo terá um conjunto de recursos de informação dos acervos integrados aos serviços da Rede de Bibliotecas Fiocruz e das bibliotecas e centros de documentação do Centro Latino-Americano de Informações em Ciências da Saúde (Bireme/Opas/OMS). Assim a construção do CDHS conforma-se nessa área privilegiada do campus de Manguinhos um complexo integrado de setores (Biblioteca de Manguinhos e o Museu da Vida) dedicados à preservação e difusão do patrimônio, à informação e à educação e divulgação em ciência e tecnologia em saúde.
O acervo da COC
O acervo da Casa de Oswaldo Cruz data de 1986, sendo composto por cerca de 80 mil registros, incluindo 102 fundos e coleções de documentos institucionais e pessoais (textual, iconográfico, cartográfico, sonoro e filmográfico); 700 depoimentos da história oral e 640 títulos, entre filmes, vídeos e documentários do acervo de imagens em movimento, além de 34 mil itens guardados na Biblioteca de História das Ciências e da Saúde.
Carlos Gentile
Nascido em 17 de junho de 1918, em Natal, Carlos Gentile de Carvalho Mello graduou-se em 1943 pela Faculdade de Medicina da Bahia. Chegou ao Rio de Janeiro na década de 1940 e trabalhou como assistente do professor Luiz Amadeu Capriglione, na então Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil. Começou a se interessar pela carreira de sanitarista em 1958, quando fez estudos e pesquisas sobre os serviços e a gestão de saúde pública. Gentile foi epidemiologista do Hospital de Ipanema de 1969 a 1978, e assessor do Instituto do Coração na década de 1980. A função de sanitarista foi exercida de maneira intensa junto à imprensa, inclusive a especializada, tendo colaborado em diários de circulação nacional. O sanitarista morreu em 27 de outubro de 1982.
O Fundo Carlos Gentile de Carvalho Mello – doado à unidade em 2006 – pode ser consultado no portal da Casa de Oswaldo Cruz. Reúne cartas, ofícios, portarias, relatórios, informativos, pareceres, artigos e recortes de jornais, entre outros documentos referentes à vida pessoal e à trajetória profissional do sanitarista.
Certificação do CDHS
A avaliação do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel Edifica) incluiu o edifício completo: o sistema de iluminação, o condicionamento de ar e a envoltória, que são janelas, painéis plásticos, clarabóias, portas de vidro e paredes de blocos de vidro. Trata-se do primeiro do gênero no país analisado por simulação pelo Inmetro. De acordo com os critérios estabelecidos, cada item avaliado pode ter classificação que varia de A (eficiência máxima) a E (eficiência mínima). O projeto do CDHS obteve classificação A atingindo a pontuação 6 (seis) e mais um ponto de bonificação devido a economia de água, enquanto a média de projetos certificados varia entre 4,5 e 5,8.
Fonte da postagem
O projeto adotou critérios de sustentabilidade ambiental, contribuindo para a política de desenvolvimento sustentável da instituição, a implementação de economia de energia, o conforto dos usuários e a preservação do meio ambiente. Essa preocupação ajudou o projeto – elaborado pelos arquitetos Cristiane Cabreira e Alexandre Pessoa – a ganhar o certificado do Programa Nacional de Eficiência Energética em Edificações (Procel Edifica), emitido pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), tornando-se o primeiro a atingir nota máxima no processo de análise, concluído em novembro.
Para a construção do CDHS, a Casa de Oswaldo Cruz conta com o patrocínio das empresas Sanofi e copatrocínio da Lafarge e Nortec Química, que adquiriram cotas de participação com base na Lei Rouanet de incentivo fiscal. O espaço vai guardar cerca de 80 mil documentos que retratam os processos políticos, sociais e culturais da saúde no Brasil. Entre os arquivos a serem transferidos para a nova casa, estão os dos sanitaristas Oswaldo Cruz e Carlos Chagas, reconhecidos pela Unesco como acervos de relevância para a história da Humanidade, bem como o conjunto de cerca de 8 mil negativos de vidro do fundo Instituto Oswaldo Cruz, que acaba de ser incluído também no programa Memória do Mundo daquele organismo das Nações Unidas. O edifício vai acolher equipes de pesquisa, de gestão e tecnologias da informação e de tratamento do acervo, abrigando ainda um laboratório de fotografia digital, outro de conservação de documentos da COC e um Centro de Digitalização Tridimensional de Acervos da Fiocruz.
As atividades de ensino da Casa de Oswaldo Cruz, em processo de ampliação, encontrarão no novo prédio a infraestrutura mencionada e salas de aula destinadas aos cursos de pós-graduação sctrito e lato sensu, educação profissional e outras atividades de formação e capacitação. Os beneficiados diretos serão pesquisadores, estudantes e especialistas em ciências humanas e sociais; jornalistas, documentaristas, roteiristas, escritores, diretores de arte e produtores culturais, bem como profissionais de saúde.
Esse grupo terá um conjunto de recursos de informação dos acervos integrados aos serviços da Rede de Bibliotecas Fiocruz e das bibliotecas e centros de documentação do Centro Latino-Americano de Informações em Ciências da Saúde (Bireme/Opas/OMS). Assim a construção do CDHS conforma-se nessa área privilegiada do campus de Manguinhos um complexo integrado de setores (Biblioteca de Manguinhos e o Museu da Vida) dedicados à preservação e difusão do patrimônio, à informação e à educação e divulgação em ciência e tecnologia em saúde.
O acervo da COC
O acervo da Casa de Oswaldo Cruz data de 1986, sendo composto por cerca de 80 mil registros, incluindo 102 fundos e coleções de documentos institucionais e pessoais (textual, iconográfico, cartográfico, sonoro e filmográfico); 700 depoimentos da história oral e 640 títulos, entre filmes, vídeos e documentários do acervo de imagens em movimento, além de 34 mil itens guardados na Biblioteca de História das Ciências e da Saúde.
Carlos Gentile
Nascido em 17 de junho de 1918, em Natal, Carlos Gentile de Carvalho Mello graduou-se em 1943 pela Faculdade de Medicina da Bahia. Chegou ao Rio de Janeiro na década de 1940 e trabalhou como assistente do professor Luiz Amadeu Capriglione, na então Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil. Começou a se interessar pela carreira de sanitarista em 1958, quando fez estudos e pesquisas sobre os serviços e a gestão de saúde pública. Gentile foi epidemiologista do Hospital de Ipanema de 1969 a 1978, e assessor do Instituto do Coração na década de 1980. A função de sanitarista foi exercida de maneira intensa junto à imprensa, inclusive a especializada, tendo colaborado em diários de circulação nacional. O sanitarista morreu em 27 de outubro de 1982.
O Fundo Carlos Gentile de Carvalho Mello – doado à unidade em 2006 – pode ser consultado no portal da Casa de Oswaldo Cruz. Reúne cartas, ofícios, portarias, relatórios, informativos, pareceres, artigos e recortes de jornais, entre outros documentos referentes à vida pessoal e à trajetória profissional do sanitarista.
Certificação do CDHS
A avaliação do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel Edifica) incluiu o edifício completo: o sistema de iluminação, o condicionamento de ar e a envoltória, que são janelas, painéis plásticos, clarabóias, portas de vidro e paredes de blocos de vidro. Trata-se do primeiro do gênero no país analisado por simulação pelo Inmetro. De acordo com os critérios estabelecidos, cada item avaliado pode ter classificação que varia de A (eficiência máxima) a E (eficiência mínima). O projeto do CDHS obteve classificação A atingindo a pontuação 6 (seis) e mais um ponto de bonificação devido a economia de água, enquanto a média de projetos certificados varia entre 4,5 e 5,8.
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