O Dia do Arquivista
Marly dos Santos Vasconcellos
“O trabalho de um Arquivista nunca termina. É um trabalho para a posteridade no duplo sentido de ser feito para e pela posteridade.”
“O trabalho de um Arquivista nunca termina. É um trabalho para a posteridade no duplo sentido de ser feito para e pela posteridade.”
Foi a 20 de outubro de 1823 incluída a existência de um Arquivo público no Brasil. No Projeto da Constituinte; consagrada pela Constituição de 25 de março de 1824. Sua inclusão foi apresentada pelo deputado Pedro de Araújo Lima, futuro Marquês de Olinda. Na Constituição do Império de 1824 em seu art. 7º e no 191 do Projeto da Assembléia Constituinte já constava que “assinada, referendada e selada a lei será guardado o original no Arquivo Público”.
Não se fundou desde logo uma instituição especial com este título e os originais das leis, os decretos legislativos e atos do Poder Executivo continuaram sendo guardados e conservados nas secretarias de origem. Pelo regulamento nº 2 de 2 de janeiro de 1838 durante a menoridade de D. Pedro II, estabelecia-se o Arquivo Público dentro do Ministério do Império aproveitando-se o próprio pessoal da secretaria. Portanto, a Diretoria da AAB, diante da importância do fato histórico relatado, escolheu o dia 20 de outubro para consagrar aos profissionais de Arquivo.
O Arquivista, que depois de viver apenas como um simples funcionário relegado a última instância, passa a ser um técnico na ciência da Arquivologia. A função do Arquivista ficou consagrada, profissionalizando-se através de nível universitário. O 20 de outubro, além de lembrar a fundação da AAB, consagra também os profissionais de Arquivo. Artigo publicado na Revista Arquivo&Administração, v.3, n.1, abril 1975.