quinta-feira, 4 de outubro de 2012

ROUBADOS CERCA DE CINCO MIL LIVROS DA BIBLIOTECA DA GANDA

Ganda - Cerca de cinco mil livros literários diversos, foram roubados na Biblioteca Municipal da Ganda, província de Benguela, por indivíduos ainda desconhecidos, soube hoje a Angop.
De acordo com a bibliotecária Maria Jamba, os supostos meliantes assaltaram o local na calada da noite de segunda-feira, destruindo o gradeamento e a janela, que lhes permitiu entrar na biblioteca que para além de roubarem os livros partiram cadeiras.
Avançou que a acção ocorreu quando o jardim da biblioteca acolheu uma actividade músico-cultural da juventude, onde os meliantes concretizaram tal objectivo, dado a falta do pessoal de protecção física.
Pediu as autoridades administrativas para colocarem na biblioteca municipal, pelo menos três agentes da protecção física ou da Polícia Nacional para garantir a segurança da instituição que muito contribui para progresso e desenvolvimento académico da região.
Por seu turno, o administrador da Ganda, Caetano Mateus Lopes, deplorou a acção, tendo reafirmado com este acto totalizam três assaltos consecutivos à biblioteca, cujos bens patrimoniais constantemente roubados fazem parte do desenvolvimento da região.Lamentou o facto, uma vez que o desenvolvimento das localidades passa pela manutenção e cuidados dos bens postos à disposição das populações.
Abordado pela Angop, o comandante municipal da Polícia Nacional da Ganda, superintendente Agostinho Cambeia, afirmou que a falta de iluminação pública da cidade contribui na delinquência e nesses assaltos.
Revelou que o comando municipal está tomar medidas para conter a situação na base do reforço de segurança na região.
"Os meliantes que roubaram livros na biblioteca municipal da Ganda, encontram-se em fuga, estando o comando da Polícia Nacional local a trabalhar para encalço dos mesmos e devendo até primeira quinzena deste mês, poder esclarecer o caso ao publico", disse.
Para o oficial da corporação, apesar disso, a situação operativa é de relativa calmia, tendo durante a semana finda registado apenas um afogamento no rio Catumbela e um caso de furto de electrodoméstico no bairro de boa esperança, cujo indivíduo está já a responder judicialmente.

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SITE ELEGE AS 7 BIBLIOTECAS MAIS BONITAS DO MUNDO


Biblioteca Central de Seattle, Estados Unidos. Moderna construção de onze andares, a Biblioteca Central de Seattle é um dos principais cartões-postais da cidade do noroeste dos Estados Unidos. Sua arquitetura futurista atrai muitos turistas que seguem até uma visita guiada pela biblioteca em meio a seus cerca de um milhão e meio de livros
 Foto: Alex Abboud


Biblioteca do Trinity College, Irlanda. Maior e mais antiga biblioteca da Irlanda, a biblioteca do Trinity College foi fundada em 1592 e reúne uma coleção de mais de 4 milhões de livros. O exterior da biblioteca é tão impressionante quanto seu conteúdo e suas salas míticas como o Long Room, com 200 mil dos livros mais antigos do acervo
 Foto: Brett Jordan


Biblioteca Geisel, Estados Unidos. Além de ser a principal biblioteca da Universidade de San Diego, a Biblioteca Geisel é uma das mais importantes e modernas do planeta. Inaugurada na década de 70, parece uma nave espacial, e já foi usada como cenário de diversos filmes de ficção científica
 Foto: The UC San Diego Library


Biblioteca da Universidade Tecnológica de Delft, Holanda. Construída em 1997, a biblioteca da Universidade Tecnológica de Delft está escondida sob o solo e tem um teto formado por uma colina coberta de grama e cortada por um cone futurista. A biblioteca conta mais de 800 mil livros, 16 mil assinaturas a revistas e um museu
 Foto: Nick Sherman



Biblioteca Alexandrina, Egito. Renascimento da lendária Biblioteca Real de Alexandria, a maior e mais influente do mundo grego, destruída num incêndio no século 7, a Biblioteca Alexandrina foi inaugurada em 2002 à beira do Mediterrâneo. O design futurista abriga quatro museus de antigüidades, manuscritos e ciências
 Foto: Ting Chen



Biblioteca de Stuttgart, Alemanha. Polêmica entre os habitantes da cidade por sua arquitetura que, para alguns, destoa com o ambiente, a Biblioteca de Stuttgart tem um design inovador com um formato cúbico inspirado pelo Panteão de Roma. Em meio às árvores e telhados das casas de Stuttgart, a biblioteca se destaca e chama a atenção dos passantes
 Foto: Divulgação





Biblioteca Pública de Bishan, Cingapura. Com um design sofisticado, a Biblioteca Pública de Bishan tem uma superfície de cerca de 4 mil metros quadrados e procura imitar umacasa na árvore com a entrada de muita luz. A moderna biblioteca tem espaços privados para leitura, e recebe importantes seminários e conferências
 Foto: Divulgação

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MEMÓRIA MOFADA

Parece ser cada vez mais evidente que o patrimônio público informacional tem vindo a sofrer modificações que se manifestam em vários níveis. Para lá das funções tradicionais das bibliotecas, dos arquivos públicos, dos museus e demais centros de informação.
 Todavia, restritas são as situações, em nosso Brasil continental, em que estes centros de Referencia da Informação, do Conhecimento e da Memória assumem-se como dinamizadores socioculturais, procurando participar do desenvolvimento humano, regional e global, além de trabalhar por um mundo melhor, onde o ser humano seja mais livre, mais informado e de fato cidadão.
 Em tempos de eleições e mudanças na gestão pública municipal, é importante que os novos escolhidos pelo povo preocupem-se em criar políticas públicas efetivas, amparado por profissionais especialistas, competentes e conduzidos às funções específicas na administração pública, como bem explanou o senhor Cosmo Damião, com seu artigo “Cidadania em Pauta”, publicado, aqui mesmo, no A TRIBUNA, na coluna Opinião do Leitor.
 Entretanto, o que nos motivou a escrever este texto foi publicado em reportagem especial do jornal A TRIBUNA, no domingo, sobre o “calote” ou inadimplência dos usuários das bibliotecas públicas municipais.
 Este fato realmente é crítico e preocupante porque ressalta o descompromisso com o bem público tanto da parte dos gestores municipais e gerentes das bibliotecas, quanto dos usuários que não cumprem com seus deveres de cidadão, muitas vezes por desinformação. A situação é grave e séria porque envolve princípios e valores de formação ética e humana.
 Por esta razão, é fundamental e imprescindível que os futuros gestores municipais e brasileiros valorizem os centros de informação que são, mais especificamente, as bibliotecas públicas e escolares, os museus e arquivos municipais, pois, muitos desses, se encontram apagados, sem vida, esquecidos, justamente, porque o poder público não investe em profissionais especializados e, tão pouco, em infraestrutura, como foi noticiada algumas vezes e de forma brilhante por este Jornal A TRIBUNA.
 Sendo a mais recente, no domingo (30/9), considerada por nós educadores e profissionais da Ciência da Informação e autoras deste artigo, uma das mais graves denúncias de descaso com o patrimônio público, tanto pelos seus gerentes como por seus usuários. Sabemos que as bibliotecas, os arquivos e os museus não podem mais ser vistos como depósitos de livros, documentos e objetos. Ou, ainda, privativos de indivíduo ou grupo de pessoas, que ignoram o sentido de coletividade.
 A história e o tempo vêm nos mostrando que os centros de informação que não investirem em preservação de seu patrimônio cultural, informacional, objetal e em novas tecnologias de comunicação, mas, sobretudo, em seu recurso humano, buscando novos saberes, novas competências e novas práticas bibliotecárias, arquivísticas e museológicas, estarão limitados ao recolhimento, guarda e exposição do patrimônio público.
 Diante do exposto, a questão primordial é saber como o fazer biblioteconômico, museal e arquivístico podem, efetivamente, se constituírem em instrumentos capazes de equacionar ações para a promoção do bem público e do saber humano.
 Os centros de informação possuem livros, periódicos, documentos, mapas, objetos antigos e artefatos tridimensionais e fotografias históricas e, por isso, são instrumentos de pesquisa e cultura, ou seja, são espaços ideais para geração de conhecimentos.
 Mas infelizmente, são poucos frequentados pelas crianças e jovens porque não existe uma política de gestão organizacional adequada, prejudicando a oferta de serviços e de disseminação das informações, pois, muitos destes ambientes são gerenciados por profissionais de outras áreas sem nenhum conhecimento técnico-científico e teórico da administração destes bens públicos.
 Inegavelmente, não estão preparados para administrar, organizar, disseminar e promover o conhecimento, refletindo as preocupações evidenciadas por pesquisadores e profissionais da área da Ciência da Informação em relação à produção, ao uso, à preservação e conservação do acervo e do armazenamento de livros, objetos e documentos.
 Em Mato Grosso e, mais especificamente Rondonópolis, não é diferente, pois o descaso vem há anos por parte de vários gestores municipais e estaduais. Entretanto, o que mais intriga e preocupa é por qual motivo os gestores municipais não investem nas bibliotecas municipais, tanto as escolares quanto às públicas, para que possam cumprir seu papel de atender às necessidades informacionais da população.
 Ao contrário, os prédios, as instalações e seus estoques: humano e material apresentam-se apáticos, desconfigurados do movimento democrático contemporâneo, sem nenhum objetivo inerente ao desenvolvimento cultural e científico.
 Um fator fundamental para a inserção do profissional especializado é a criação do cargo de bibliotecário, mas parece que não é “conveniente” para a gestão pública municipal e estadual ter à frente do núcleo de bibliotecas profissional especializado e ciente da função social e do fazer bibliotecário.
 Senhores eleitores e senhores candidatos, às vésperas de mais uma importante decisão nas urnas sobre quem irá comandar nosso município e os novos legisladores e fiscais do poder público, pensem no poder do voto e na responsabilidade que cada cidadão tem com o desenvolvimento de seu município e com a promoção do bem público, sendo, os principais: Educação e Conhecimento.
 Por esta razão, o papel do bibliotecário é fundamental no processo de socialização, da difusão, da intermediação da leitura e motivação da utilização do patrimônio informacional, histórico, cultural e cientifico nestes espaços pertencentes à sociedade.
 Não podemos mais compactuar com gestores que desprezam o saber técnico, acadêmico e científico. Além disso, transfere poderes aleatoriamente sem critérios definidos, prejudicando a população e a favor de interesses políticos e privados.
 Assim: educar a criança e o jovem para pesquisar e estudar as diversas obras é uma maneira de proporcionar a reflexão, o pensamento crítico, um diálogo entre o passado e o presente e adquirindo subsídios ao desenvolvimento do processo de aprendizagem. Também devolver o material bibliográfico que foi emprestado pela biblioteca é uma questão de respeito ao próximo e de cidadania. Pensem nisso!

(*) EDILEUSA REGINA PENA DA SILVA e MARIZA INÊS DA SILVA PINHEIRO são professoras-doutoras do curso de Biblioteconomia da Universidade Federal de Mato Grosso, no Campus de Rondonópolis

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FIOCRUZ LANÇA PEDRA FUNDAMENTAL DE CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E HISTÓRIA DA SAÚDE

Projetado para abrigar documentos, fotografias, livros raros, registros sonoros e audiovisuais, reunindo conjunto documental significativo sobre a história da saúde no país desde o século 19, o Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS) terá sua pedra fundamental lançada no campus da Fiocruz, em Maguinhos. A solenidade de lançamento está marcada para esta quarta-feira (3/10), às 10h30, e inclui uma exposição em homenagem ao sanitarista Carlos Gentile de Mello (1918-1982), que doou seus arquivos à Casa de Oswaldo Cruz (COC), unidade técnico-científica da Fiocruz. Dividido em cinco pavimentos, o edifício terá 3.515m² de área construída, sendo 2 mil m² destinados à guarda do acervo e para atividades de ensino, estudo e pesquisa e sua conclusão está prevista para o final de 2014.

O projeto adotou critérios de sustentabilidade ambiental, contribuindo para a política de desenvolvimento sustentável da instituição, a implementação de economia de energia, o conforto dos usuários e a preservação do meio ambiente. Essa preocupação ajudou o projeto – elaborado pelos arquitetos Cristiane Cabreira e Alexandre Pessoa – a ganhar o certificado do Programa Nacional de Eficiência Energética em Edificações (Procel Edifica), emitido pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), tornando-se o primeiro a atingir nota máxima no processo de análise, concluído em novembro.

Para a construção do CDHS, a Casa de Oswaldo Cruz conta com o patrocínio das empresas Sanofi e copatrocínio da Lafarge e Nortec Química, que adquiriram cotas de participação com base na Lei Rouanet de incentivo fiscal. O espaço vai guardar cerca de 80 mil documentos que retratam os processos políticos, sociais e culturais da saúde no Brasil. Entre os arquivos a serem transferidos para a nova casa, estão os dos sanitaristas Oswaldo Cruz e Carlos Chagas, reconhecidos pela Unesco como acervos de relevância para a história da Humanidade, bem como o conjunto de cerca de 8 mil negativos de vidro do fundo Instituto Oswaldo Cruz, que acaba de ser incluído também no programa Memória do Mundo daquele organismo das Nações Unidas. O edifício vai acolher equipes de pesquisa, de gestão e tecnologias da informação e de tratamento do acervo, abrigando ainda um laboratório de fotografia digital, outro de conservação de documentos da COC e um Centro de Digitalização Tridimensional de Acervos da Fiocruz.

As atividades de ensino da Casa de Oswaldo Cruz, em processo de ampliação, encontrarão no novo prédio a infraestrutura mencionada e salas de aula destinadas aos cursos de pós-graduação sctrito e lato sensu, educação profissional e outras atividades de formação e capacitação. Os beneficiados diretos serão pesquisadores, estudantes e especialistas em ciências humanas e sociais; jornalistas, documentaristas, roteiristas, escritores, diretores de arte e produtores culturais, bem como profissionais de saúde.

Esse grupo terá um conjunto de recursos de informação dos acervos integrados aos serviços da Rede de Bibliotecas Fiocruz e das bibliotecas e centros de documentação do Centro Latino-Americano de Informações em Ciências da Saúde (Bireme/Opas/OMS). Assim a construção do CDHS conforma-se nessa área privilegiada do campus de Manguinhos um complexo integrado de setores (Biblioteca de Manguinhos e o Museu da Vida) dedicados à preservação e difusão do patrimônio, à informação e à educação e divulgação em ciência e tecnologia em saúde.

O acervo da COC

O acervo da Casa de Oswaldo Cruz data de 1986, sendo composto por cerca de 80 mil registros, incluindo 102 fundos e coleções de documentos institucionais e pessoais (textual, iconográfico, cartográfico, sonoro e filmográfico); 700 depoimentos da história oral e 640 títulos, entre filmes, vídeos e documentários do acervo de imagens em movimento, além de 34 mil itens guardados na Biblioteca de História das Ciências e da Saúde.

Carlos Gentile

Nascido em 17 de junho de 1918, em Natal, Carlos Gentile de Carvalho Mello graduou-se em 1943 pela Faculdade de Medicina da Bahia. Chegou ao Rio de Janeiro na década de 1940 e trabalhou como assistente do professor Luiz Amadeu Capriglione, na então Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil. Começou a se interessar pela carreira de sanitarista em 1958, quando fez estudos e pesquisas sobre os serviços e a gestão de saúde pública. Gentile foi epidemiologista do Hospital de Ipanema de 1969 a 1978, e assessor do Instituto do Coração na década de 1980. A função de sanitarista foi exercida de maneira intensa junto à imprensa, inclusive a especializada, tendo colaborado em diários de circulação nacional. O sanitarista morreu em 27 de outubro de 1982.

 O Fundo Carlos Gentile de Carvalho Mello – doado à unidade em 2006 – pode ser consultado no portal da Casa de Oswaldo Cruz. Reúne cartas, ofícios, portarias, relatórios, informativos, pareceres, artigos e recortes de jornais, entre outros documentos referentes à vida pessoal e à trajetória profissional do sanitarista.

Certificação do CDHS

A avaliação do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel Edifica) incluiu o edifício completo: o sistema de iluminação, o condicionamento de ar e a envoltória, que são janelas, painéis plásticos, clarabóias, portas de vidro e paredes de blocos de vidro. Trata-se do primeiro do gênero no país analisado por simulação pelo Inmetro. De acordo com os critérios estabelecidos, cada item avaliado pode ter classificação que varia de A (eficiência máxima) a E (eficiência mínima). O projeto do CDHS obteve classificação A atingindo a pontuação 6 (seis) e mais um ponto de bonificação devido a economia de água, enquanto a média de projetos certificados varia entre 4,5 e 5,8.


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